Luiz Galdino

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Luiz Galdino
Luiz de Alvarenga Galdino
Conhecido(a) por Literatura Infantil, Arte Rupestre Brasileira e Tradição Indígena brasileira
Nascimento 17 de julho de 1940 (83 anos)[1]
Caçapava, SP
Morte 18 de novembro de 2020
São Paulo, SP
Nacionalidade brasileiro
Cônjuge Lúcia Cialone de Camargo
Ocupação Escritor e professor
Prémios Prêmio Jabuti
Gênero literário ficção e não ficção

Luiz de Alvarenga Galdino (Caçapava, 17 de julho de 1940São Paulo, 18 de novembro de 2020) foi um escritor e professor brasileiro. Sua obra conta com mais de quarenta títulos que incluem ficção para adultos, livros infanto-juvenis e obras de não-ficção. Destaca-se seu trabalho com a tradição dos povos originários do Brasil, em especial Terra sem males 1985, Prêmio Jabuti e A astronomia indígena (Nova Alexandria, 2011), resultado de mais de quatro décadas dedicadas ao estudo dos costumes e tradições dos índios do Brasil e da arte rupestre brasileira.


Biografia[editar | editar código-fonte]

Galdino começou escrevendo livros para adultos. Já havia publicado um romance e um volume de contos quando estreou na literatura infantil-juvenil. Sua obra soma-se mais de quarenta títulos, que inclui ficção para adultos, novelas infanto-juvenis e obras de não-ficção (ensaios sobre História e histórias brasileiras). Esses livros conquistaram quase trinta premiações, entre as quais o Prêmio Literário Nacional do Instituto Nacional do Livro (DF), Prêmio Nacional do Clmio Jabuti, além de alguns no exterior - México, Alemanha, Estados Unidos e Itália.

Literatura infantil[editar | editar código-fonte]

Sobre a contribuição de Galdino à literatura infantil, Fernanda Martins d'Ávila e Clarice Fortkamp Caldin o colocam na chamada terceira fase da produção desta literatura no Brasil. Afirmam que, de 1980 a 1990 continua crescendo a produção literária voltada ao público infantil no Brasil, em que os escritores experimentam uma nova forma de linguagem, que valorizam o lúdico e surgem livros sem texto, dando primazia às ilustrações.

Galdino está entre os principais escritores deste período: Marina Colasanti, Mirna Pinsky, Paula Saldanha, Pedro Bandeira, Ricardo Azevedo, Roniwalter Jatobá, Santuza Abras, Sylvia Orthof, Stela Maris Rezende, Tatiana Belinky, Telma Guimarães entre outros (D'Ávila e Caldin, p.254-255).

Os Incas no Brasil[editar | editar código-fonte]

O livro Peabiru – Os Incas no Brasil analisa o Brasil pré-Cabral. Demonstra, com uma riqueza fenomenal de detalhes, referências, citações, conteúdo literário e estilo, uma possibilidade quase incontestável: os Incas dominaram boa parte da América do Sul e estiveram no Brasil muito antes dos portugueses. Em sua passagem, Galdino descreve, "eles deixaram como legado, entre outras coisas, uma rede de estradas conectando diversos pontos do nosso litoral à capital inca, Cuzco, no Peru". Seu nome Peabiru (Editora Kalapalo).

Cecília Prada apresenta alguns detalhes desta obra. Segundo Galdino essa é uma designação que somente passou a ser utilizada no século 17, quando os paulistas descobriram que “biru” era o nome dado ao Peru pelos seus naturais. Ainda segundo esses historiadores, o primeiro a utilizar um simulacro dessa palavra teria sido Díaz de Guzmán, autor de uma Historia da Argentina, que se referiu ao “peabuyu”.

A presença incaica, diz ainda Galdino, “pode ser atestada mesmo no nordeste brasileiro, através de registros onde se podem ver barcos de um e dois mastros, com velas coloridas, e cenas de combates entre índios com seus arcos e flechas e um povo que usa lança e funda”. Afirma ainda Prada, há em sua obra uma cuidadosa pormenorização de itinerários de expedições, uma demonstração de como realmente muitos dos caminhos encontrados até na região amazônica assemelhavam-se em tudo aos incaicos do Peru, e reprodução de lendas e tradições que confirmam seu ponto de vista.

Livros publicados[editar | editar código-fonte]

  • 1932 - A Guerra dos Paulistas(1996)
  • Amigas pra Sempre
  • Abóbora e Estrume de Boi
  • Um Aniversário Inesquecivel
  • Uma Bomba no Quintal
  • O Brinquedo Misterioso
  • Urutu Cruzeiro
  • Café, Suor e Lágrimas
  • Os Cavaleiros da Tavola Redonda
  • Os Cavalheiros do Graal
  • A Charada do Sol e da Chuva
  • A Cidade Perdida
  • Conjuração Mineira
  • As Cruzadas
  • Demônio da Meia Noite
  • O Destino de Perseu
  • Doze Trabalhos de Hércules
  • O Enigma das Amazonas
  • O Estado Novo
  • A Expedição de Argonautas
  • Extraterrestres
  • O Fantasma que Falava Espanhol
  • Herdeiros da Incerteza
  • Um Índio Chamado Esperança
  • Itacoatiaras
  • O Mágico Errado
  • A Maldiçao de Édipo
  • O Matador de Passarinhos
  • Medéia - O Amor Louco
  • Merica, Merica
  • O Mistério da Cobra de Fogo
  • Mistério na Casa das Runas
  • A Morte Brilha do Mar
  • Negras Memórias
  • Nunca diga Adeus
  • Odisséia
  • Orfãos do Silêncio
  • Palmares
  • Peabiru - Os Incas no Brasil (2002)
  • Pega Ladrão
  • O Planeta Perfeito
  • O Destino de Perseu
  • Popul Vuh
  • Primeiro Amor
  • O Rapto de Helena
  • Rio Abaixo, Vida Acima
  • Sacici Siriri Sici
  • Sarue,Zambi!
  • Saudade da Vila
  • O Segredo da Pedra Verde
  • Segura,Peão!
  • A Solidão do Mico Leão
  • Terra sem Males
  • Terseu e o Minotauro
  • As Trapalhadas do Sapatinho
  • O Túnel do Fim do Mundo
  • Viagem ao Reino da Sombras
  • A Vida Secreta de Jonas
  • A Vingança de Electra
  • Tuan e o Toba
  • Moleque de Rua

Referências

  1. «Museu da Pessoa». acervo.museudapessoa.org. Consultado em 19 de setembro de 2021 
  • Editora Kalapalo [1]. Gonçalves (MG).

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Araújo, Diones Charles Costa. Uma Proposta para a Inserção de Tópicos de Astronomia Indígena Brasileira no Ensino Médio'. UNB, dissertação de Mestrado. Ensino de Ciências, 2014
  • Caldin, Clarice Fortkamp. A poética da Voz e da Letra na Literatura Infantil. UFSC, dissertação de Mestrado. Literatura, 2011
  • D'Ávila, Fernanda Martins e Caldin, Clarice Fortkamp. Breve Histórico da Literatura Infantil Brasileira. in: Pesquisa Brasileira em Ciência da Informação. João Pessoa, v.14, n.2, p.245-258, 2019.
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