Melongena corona

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Como ler uma infocaixa de taxonomiaMelongena corona
Vista superior de uma concha de M. corona.
Vista superior de uma concha de M. corona.
Vista inferior de uma concha de M. corona.
Vista inferior de uma concha de M. corona.
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Mollusca
Classe: Gastropoda
Subclasse: Caenogastropoda
Ordem: Neogastropoda
Superfamília: Buccinoidea
Família: Melongenidae
Género: Melongena
Schumacher, 1817
Espécie: M. corona
Nome binomial
Melongena corona
(Gmelin, 1791)[1]
Vista lateral de uma concha de M. corona.
Distribuição geográfica
A região do golfo do México e áreas próximas é o habitat da espécie M. corona[2][3]; na zona entremarés até os 2 metros de profundidade.[4]
A região do golfo do México e áreas próximas é o habitat da espécie M. corona[2][3]; na zona entremarés até os 2 metros de profundidade.[4]
Sinónimos
Murex corona Gmelin, 1791
Cassidula corona (Gmelin, 1791)
Melongena corona corona (Gmelin, 1791)
Fusus bicolor Say, 1826
Melongena bicolor (Say, 1826)
Melongena corona bicolor (Say, 1826)
Melongena altispira Pilsbry & Vanatta, 1934
Melongena corona altispira Pilsbry & Vanatta, 1934
Melongena perspinosa Pilsbry & Vanatta, 1934
Melongena corona perspinosa Pilsbry & Vanatta, 1934
Melongena sprucecreekensis J. K. Tucker, 1994
(WoRMS)[1]
Volema (Melongena) corona (Gmelin, 1791)[5]

Melongena corona (nomeada, em inglêsː American crown conch, Florida crown conch, common crown conch ou king's crown conch; com "crown conch", na tradução para o português, significando "concha coroada")[2][3][6] é uma espécie de molusco gastrópode marinho costeiro-estuarino, predador ou detritívoro, pertencente à família Melongenidae, na subclasse Caenogastropoda e ordem Neogastropoda. Foi classificada por Johann Friedrich Gmelin, em 1791, com a denominação de Murex corona. Habita áreas de variação de salinidade, como lodaçais entre marés e manguezais, ambiente próximo à foz de rios e em prados de ervas marinhas, no oeste do oceano Atlântico; em ambas as costas da península da Flórida e no leste do Alabama, nos Estados Unidos, até o México, na região do golfo do México; e em grande parte das Índias Ocidentais, em direção à América do Sul. Trata-se de uma espécie com coloração, tamanho e arquitetura de conchas altamente variáveis (coletivamente chamadas de "complexo de corona"), o que lhe rendeu uma série de nomenclaturas de espécies e subespécies, muitas atualmente inválidas.[1][3][7]

Descrição da concha[editar | editar código-fonte]

Sua concha é piriforme de, no máximo, 20.5 centímetros (fêmeas são, em média, ligeiramente maiores que os machos), com espiral mais ou menos alta e protoconcha pequena e arredondada. Sua característica mais marcante é a presença de uma superfície estriada com uma série de projeções espiniformes, mais ou menos altas, nas extremidades de suas voltas finais, que geralmente apontam em direção ao topo de sua espiral; às vezes acompanhadas de outra sequência de projeções espiniformes na metade final de sua volta corporal. Abertura dotada de lábio externo fino e interior esmaltado, dotada de grande opérculo córneo e oval, em forma de unha e com anéis concêntricos. O canal sifonal é curto e a columela sem pregas. Sua coloração vai do branco ao grisáceo, com faixas pardo-violáceas ou creme-alaranjadas de tonalidades mais ou menos intensas.[2][3][6][7][8][9]

Habitat, distribuição geográfica e hábitos[editar | editar código-fonte]

Melongena corona habita a zona entremarés até os 2[4] a 2.5 metros de profundidade, em águas tropicais a subtropicais do oeste do oceano Atlântico; em ambas as costas da península da Flórida e no leste do Alabama, nos Estados Unidos, até o México, na região do golfo do México; e em grande parte das Índias Ocidentais, em direção à América do Sul; em áreas de variação de salinidade, como lodaçais entre marés e manguezais, ambiente próximo à foz de rios e em prados de ervas marinhas; em associação com recifes cobertos por ostras, enquanto os animais menores, de sua espécie, dominam as regiões entre as marés. Elas são excluídas das áreas costeiras de arrebentação (com fortes ondas) e, quando expostas na maré baixa, normalmente se enterram na areia até a próxima maré alta. Seus indivíduos podem cometer o canibalismo; mas geralmente são detritívoros ou se alimentam de vários tipos de bivalves, como Crassostrea virginica, Ensis minor e Tagelus divisus, além de gastrópodes maiores (Busycon) ou Ascidiacea.[2][3][7]

Subespécies[editar | editar código-fonte]

M. corona possui duas subespécies, segundo o World Register of Marine Speciesː[1]

  • Melongena corona corona - Descrita por Gmelin em 1791 (forma nominal).
  • Melongena corona winnerae - Descrita por Petuch em 2003; na obra Cenozoic Seas: The View From Eastern North America.

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b c d «Melongena corona (Gmelin, 1791)» (em inglês). World Register of Marine Species. 1 páginas. Consultado em 21 de abril de 2020 
  2. a b c d ABBOTT, R. Tucker; DANCE, S. Peter (1982). Compendium of Seashells. A color Guide to More than 4.200 of the World's Marine Shells (em inglês). New York: E. P. Dutton. p. 175. 412 páginas. ISBN 0-525-93269-0 
  3. a b c d e «Melongena corona (Chemnitz, 1777)» (em inglês). Hardy's Internet Guide to Marine Gastropods. 1 páginas. Consultado em 21 de abril de 2020. Arquivado do original em 11 de agosto de 2021 
  4. a b «Melongena corona (Gmelin, 1791) crown conch» (em inglês). SeaLifeBase. 1 páginas. Consultado em 21 de abril de 2020 
  5. LINDNER, Gert (1983). Moluscos y Caracoles de los Mares del Mundo (em espanhol). Barcelona, Espanha: Omega. p. 184. 256 páginas. ISBN 84-282-0308-3 
  6. a b WYE, Kenneth R. (1989). The Mitchell Beazley Pocket Guide to Shells of the World (em inglês). London: Mitchell Beazley Publishers. p. 109. 192 páginas. ISBN 0-85533-738-9 
  7. a b c «Indian River Lagoon Species Inventoryː Melongena corona» (em inglês). Smithsonian Marine Station at Fort Pierce. 1 páginas. Consultado em 21 de abril de 2020 
  8. FERRARIO, Marco (1992). Guia del Coleccionista de Conchas (em espanhol). Barcelona, Espanha: Editorial de Vecchi. p. 134. 220 páginas. ISBN 84-315-1972-X 
  9. René (18 de dezembro de 2009). «Melongena corona» (em inglês). Flickr. 1 páginas. Consultado em 21 de abril de 2020 
Ícone de esboço Este artigo sobre gastrópodes, integrado no Projeto Invertebrados é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.