Mosaico do Espinhaço

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Mosaico do Espinhaço: Alto Jequitinhonha - Serra do Cabral
Categoria V da IUCN
Entre serras e flores

Campo de flores sob a Serra do Galho
Localização  Brasil, Minas Gerais
Localidade mais próxima Diamantina, Minas Gerais
Dados
Área 910,000 ha
Criação 26 de novembro de 2010 (13 anos)
Gestão Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - ICMBio
[[Imagem:
Relief Map of Brazil
|center|]]
Mapa de relevo do Brasil
Coordenadas 18° 10' 30.41" S 43° 20' 7.57" O
Mosaico do Espinhaço: Alto Jequitinhonha - Serra do Cabral está localizado em: Brasil
Mosaico do Espinhaço: Alto Jequitinhonha - Serra do Cabral
Mosaico de áreas protegidas


O Mosaico do Espinhaço: Alto Jequitinhonha - Serra do Cabral abrange uma área de aproximadamente 2 milhões de hectares, onde estão localizadas importantes unidades de conservação como o Parque Nacional das Sempre-Vivas e o Parque Estadual do Rio Preto no estado de Minas Gerais, Brasil.

Localização[editar | editar código-fonte]

A Serra do Espinhaço estende-se por cerca de 1.200 quilômetros, indo do Quadrilátero Ferrífero no centro-sul de Minas Gerais até a Chapada Diamantina ao norte da Bahia. As montanhas ficam entre o bioma cerrado a oeste, a Mata Atlântica a leste e a caatinga ao norte, distribuídas em 25 municípios. Nas regiões mais altas os campos rochosos abrigam um ecossistema de indispensável biodiversidade. A área engloba 19 Unidades de Conservação (UCs) de proteção integral e de uso sustentável.[1]

Histórico[editar | editar código-fonte]

Em 2005, a UNESCO reconheceu uma grande parte da Cadeia do Espinhaço em Minas Gerais como uma Reserva da Biosfera.[1][nota 1] Seguiram-se discussões sobre como conservar melhor os ecossistemas, e as primeiras propostas para um Mosaico de Unidades de Conservação do Espinhaço: Alto Jequitinhonha - Serra do Cabral foram feitas no final de 2007. As atividades oficiais começaram em abril de 2008, coordenadas pelo Instituto Biotrópicos, uma ONG científica e conservacionista, em parceria com o Instituto Estadual de Florestas de Minas Gerais (IEF) e com o apoio da Conservation International Brasil e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).[nota 2]

A área pertinente foi definida como 910.000 hectares da porção elevada do Vale do Jequitinhonha e da Serra do Cabral, incluindo unidades de conservação e suas zonas de amortecimento.[2] Ela incluiu sete unidades totalmente protegidas e cinco áreas de proteção ambiental em 14 municípios: Itamarandiba, Senador Modestino Gonçalves, São Gonçalo do Rio Preto, Felício dos Santos, Rio Vermelho, Couto de Magalhães de Minas, Santo Antônio do Itambé, Serra Azul de Minas, Serro, Diamantina, Buenópolis, Joaquim Felício, Bocaiuva e Olhos-d'Água.[nota 3]

Organização[editar | editar código-fonte]

O Mosaico do Espinhaço no estado de Minas Gerais foi reconhecido pela portaria 444 de 26 de novembro de 2010, que também criou o conselho gestor.[3][nota 4] O conselho inclui representantes de órgãos públicos e organizações da sociedade civil.[4] É administrado pelo ICMBio.[3][nota 5] Como ferramenta de manejo integrado para um conjunto de unidades de conservação que se sobrepõem ou estão próximas umas das outras, o mosaico expande as ações de conservação para além do escopo das unidades individuais.[3][nota 6]


Unidades constitutivas[editar | editar código-fonte]

O mosaico foi criado com as seguintes unidades de conservação:[4]

Rio Preto State Park
Unidade Nível Criado em Área (ha)
APA das Águas Vertentes estadual 1998 76,310
Parque Estadual do Biribiri estadual 1998 16,999
Área de Proteção Ambiental Felício municipal 11,476
Estação Ecológica Mata dos Ausentes estadual 1974 498
Parque Estadual do Pico do Itambé estadual 1998 4,696
Área de Proteção Ambiental do Rio Manso municipal 1998 7,331
Parque Estadual do Rio Preto estadual 1994 10,750
Parque Nacional das Sempre-Vivas federal 2002 124,154
Parque Estadual da Serra Negra estadual 1998 13,654
Parque Estadual da Serra do Cabral estadual 2005 22,494

Notas

  1. Azevedo et al. 2009, p. 3.
  2. Azevedo et al. 2009, p. 4.
  3. Azevedo et al. 2009, p. 5.
  4. Histórico Jurídicos
  5. Gestão
  6. Características

Referências

  1. a b AZEVEDO. A. A.; GOULART, M. F.; SILVA, J. A.; VILHENA, C. A. (Org.). Relatório do Mosaico de Unidades de Conservação do Espinhaço: Alto Jequitinhonha – Serra do Cabral - Processo de criação e implantação. Instituto Biotrópicos, 2009. Consultado em 31 de julho 2022
  2. https://oeco.org.br/dicionario-ambiental/28754-o-que-e-uma-zona-de-amortecimento/ Consultado em 31 de julho 2022
  3. a b c MOS do Espinhaço: Alto Jequitinhonha - Serra do Cabral, ISA: Instituto Socioambiental, Consultado em 31 de julho 2022
  4. a b Teixeira, Izabella (2010): https://www.icmbio.gov.br/portal_antigo/images/stories/mosaicos/portaria-reconhecimento-espinhaco.pdf Consultado em 31 de julho 2022

Leitura adicional[editar | editar código-fonte]

Scalco, Raquel. (2017). Possibilidades de desafetação e recategorização em unidades de conservação de proteção integral: as UCs da porção central do Mosaico do Espinhaço (Minas Gerais/Brasil). Revista da Anpege. 13. 247-276. 10.5418/RA2017.1322.0010.

Zona de amortecimento, O eco Consultado em 31 de julho 2022

Links da web[editar | editar código-fonte]

Mosaicos de unidades de conservação PDF em português. Consultado em 31 de julho 2022

https://www.researchgate.net/publication/323117976_Possibilidades_de_desafetacao_e_recategorizacao_em_unidades_de_conservacao_de_protecao_integral_as_UCs_da_porcao_central_do_Mosaico_do_Espinhaco_Minas_GeraisBrasil Consultado em 31 de julho 2022

Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros Consultado em 31 de julho 2022

Instituto Socioambiental Consultado em 31 de julho 2022

Mosaico do Espinhaço: Alto Jequitinhonha- Serra do Cabral, ICMBio Consultado em 31 de julho 2022

Mosaico do Espinhaço: Alto Jequitinhonha - Serra do Cabral Consultado em 31 de julho 2022