Movimento de Resistência Nacional

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Movimento de Resistência Nacional
Líder Yoweri Museveni
Fundação 1986
Sede Kampala
Ideologia Conservadorismo nacional
Conservadorismo social
Democracia cristã
Nacionalismo
Populismo
Liberalismo econômico
Autoritarismo
Histórico:
Socialismo africano
Pan-Africanismo
Marxismo
Espectro político Partido pega-tudo[1]
Antecessor Movimento Patriótico de Uganda
Cores Amarelo

Movimento de Resistência Nacional (em inglês: National Resistance Movement, NRM), comumente conhecido como Movimento, é o partido político governante e dominante em Uganda desde 1986, após sua vitória na Guerra Civil de Uganda contra o governo de Milton Obote. O Movimento Nacional de Resistência foi fundado por Yoweri Museveni em junho de 1981 como um movimento de libertação que travou uma guerra de guerrilha através do seu braço armado, o Exército de Resistência Nacional. Foi fundado durante a guerra civil pela fusão de dois grupos armados: o Exército de Resistência Popular de Yoweri Museveni (do Movimento Patriótico de Uganda) e os Combatentes da Liberdade de Uganda do ex-presidente interino Yusufu Lule, que constituíram o Exército de Resistência Nacional.[2][3] O exército derrubou o governo, tomou Kampala em janeiro de 1986 e Museveni declarou-se presidente.[4]

Entre 1986 e 2006 fez prevalecer no país o "sistema do Movimento" que, teoricamente, converteu Uganda em um Estado sem partidos, no qual fundar um partido era ilegal. No entanto, na prática, todos os candidatos indicados nas eleições, devido a proibição de atividades políticas da oposição,[5] eram membros do Movimento de Resistência Nacional. Em 2006, o país retornou legalmente ao multipartidarismo, sendo o Movimento de Resistência Nacional fundado como partido do governo Museveni e obtendo resultados esmagadores em todas as eleições, o que a oposição denuncia como fraude.

Declara-se como um partido de direita que promove a democracia cristã, a estabilidade política, o respeito pelos direitos humanos, a unidade nacional, a paz, a segurança, a ordem pública, o constitucionalismo e o Estado de direito. No entanto, na prática, seu governo tem sido considerado autoritário e há acusações de fundamentalismo cristão contra seus membros, especialmente o Presidente Museveni.[6][7] Embora o regime do Movimento de Resistência Nacional tenha sido elogiado por efetivamente controlar a epidemia de HIV / AIDS, com uma das melhores políticas em relação a essa questão no que diz respeito a África, o alto índice de desemprego e pobreza põe em questão o êxito econômico que o governo alega ter.[8]

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. Same Same but Different: Parties, Politics and Ideology in Uganda
  2. (em inglês) Kevin Shillington (2013). Encyclopedia of African History. [S.l.]: Routledge. p. 1631. ISBN 1135456704 
  3. (em inglês) «Yoweri Kaguta Museveni». Encyclopædia Britannica 
  4. Bruno Meyerfeld (16 de fevereiro de 2016). «Yoweri Museveni, roi d'Ouganda» (em francês). Le Monde 
  5. «Hostile to Democracy The Movement System and Political Repression in Uganda». Refworld. 1 de outubro de 1999 
  6. «Rachel Maddow Show transcript». Msnbc.msn.com. 30 de novembro de 2009 
  7. "The Secret Political Reach of 'The Family'", NPR Fresh Air transcript, 24 de novembro de 2009.
  8. Ashaba, Anita. (2013). Unemployment: Uganda's Time Bomb Arquivado em 2 de dezembro de 2013, no Wayback Machine.. Chimp Reports.