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Nacionalismo sérvio

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Monumento para Karađorđe em Belgrado

O nacionalismo sérvio defende que os sérvios são uma nação e promove a unidade política e cultural dos sérvios.[1] É uma forma de nacionalismo étnico,[1] originalmente surgindo do contexto geral de ascensão do nacionalismo nos territórios sob gestão do Império Otomano, teve a influência do linguista Vuk Stefanović Karadžić e do político sérvio Ilija Garašanin.[1] O nacionalismo sérvio foi um fator importante durante a Guerras dos Balcãs, que contribuiu para o declínio do Império Otomano, durante e após a Primeira Guerra Mundial quando contribuiu para a dissolução do Áustria-Hungria, e novamente durante a dissolução da Iugoslávia e a guerra da Iugoslávia na década de 1990.[2]

Depois de 1878, os nacionalistas sérvios fundiram seus objetivos com aqueles dos Iugoslavistas, e imitaram o papel de liderança do Reino da Sardenha no Risorgimento italiano, ao reivindicar que a Sérvia deveria não apenas unir todos os sérvios em um Estado, mas que a Sérvia tinha a intenção de ser o Piedmont dos Eslavos meridionais que iria unir todos os Eslávos do sul em um Estado conhecido como Iugoslávia.[1] Os nacionalistas sérvios apoiavam um governo Iugoslávo centralizada que garantisse a unidade dos sérvios enquanto resistisse aos esforços de descentralizar o Estado.[1] A Constituição de Vidovdan adotada pela Iugoslávia em 1921 consolidou o país enquanto um Estado centralizado sob a monarquia Sérvia da Casa de Karađorđević.[3] Os nacionalistas croatas se opuseram ao Estado centralizado e demandaram a descentralização e uma Croácia autônoma dentro da Iugoslávia, que foi aceita pelo governo Iugoslávo no Acordo de Cvetković–Maček de 1939.[4] Os nacionalistas sérvios contestaram o acordo com base na afirmação que ele enfraquecia a unidade da Sérvia, insistindo na sua importância para a Iugoslávia com o slogan "Sérvia forte, Iugoslávia forte".[3] A invasão e partição da Iugoslávia na Segunda Guerra Mundial resultou em conflitos étnicos violentos entre nacionalistas sérvios, croatas, bósnios, entre outros, tendo como consequência a emergência de uma variante altamente violenta de sectarismo no nacionalismo sérvio com o movimento Chetniks.[3]

A descentralização da República Socialista Federativa da Iugoslávia na década de 1960 e a supressão de todos os sentimentos de nacionalismo étnico levaram à uma revanche e ressurgimento do nacionalismo sérvio na década de 1980, que condenou a Iugoslávia pós-segunda guerra e seu sistema descentralizado.[3] No período de colapso da Iugoslávia na década de 1990, com múltiplas repúblicas buscando secessão, os nacionalistas sérvios demandaram que todos os sérvios em todas as repúblicas Iugoslávias tinham o direito de se unificarem em um Estado. Conflitos étnicos ocorreram entre Sérvios buscando uma unidade Sérvia e outras etnias Iugoslávas buscando independência.[5]

  • Este artigo foi inicialmente traduzido, total ou parcialmente, do artigo da Wikipédia em inglês cujo título é «Serbian nationalism».

Referências

  1. a b c d e Motyl 2001, pp. 470.
  2. Motyl 2001, pp. 470–472.
  3. a b c d Motyl 2001, pp. 471.
  4. Motyl 2001, pp. 105.
  5. Motyl 2001, pp. 472.

Leitura adicional

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