Neoliberalismo (relações internacionais)

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No estudo da teoria das Relações Internacionais, o neoliberalismo diz respeito à escola de pensamento que defende a ideia de interdependência complexa, relações de causa e consequência de interdependência entre os governos e as ONGs e demais atores influentes. Assim, quando os atores dependem uns dos outros, o uso da coerção se torna mais custoso. Essa corrente de pensamento trabalha também com o conceito de ganhos absolutos, em contraposição a ideia de ganhos relativos, que advém da ideia vulgarmente denominada de jogo de soma-zero.

Além disso discute-se também a Teoria da Paz Democrática, que pressupõe que duas democracias nunca entram em guerra.

Essa teoria é comumente confundida com o neoliberalismo econômico, uma ideologia que apesar de usar instrumentais parecidos, como por exemplo a teoria dos jogos, não podem ser confundidas.[1]

Influência[editar | editar código-fonte]

No pós-guerra fria, essa teoria teve muita influência. Uma corrente que tem suas origens no idealismo kantiano e mantém a premissa de que os Estados devem cooperar e que esses não são os únicos atores das relações internacionais. No entanto, o neoliberalismo é menos utópico que o idealismo. Alguns autores o chamam de neoidealismo. Os pensadores do neoliberalismo nas relações internacionais frequentemente empregam a teoria dos jogos para explicar a cooperação ou não dos Estados. Em resposta ao neorrealismo, o neoliberalismo nega a anarquia natural do sistema internacional na maneira que os neorrealistas a colocam, subjugando os esforços de cooperação.

Principais autores[editar | editar código-fonte]

Robert Keohane, Robert Kagan[2] e Joseph Nye são considerados fundadores dessa escola de pensamento. Outros autores importantes são Stephen Krasner, e Charles P. Kindleberger.

Ver também[editar | editar código-fonte]

  1. Henry A. Giroux, American Nightmare: Facing the Challenge of Fascism (San Francisco: City Lights Books, 2018).
  2. «POLITICS-US: Hawks Looking for New and Bigger Enemies?» (em inglês). IPS. 5 de maio de 2006. Consultado em 9 de março de 2014