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Panamby

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
 Nota: Não confundir com Panambi (município brasileiro), nem com Panambí (município argentino).

Panamby
Bairro de São Paulo
Panamby, um dos bairros mais nobres da zona sul de São Paulo
Área 715 000 m²
Fundação 1996
Distrito Vila Andrade
Subprefeitura Campo Limpo
Região Administrativa Sul
Mapa
Parque Burle Marx e a Via Professor Simão Faiguenboim
Edifícios de alto padrão do bairro

Panamby é um bairro nobre localizado na região do Morumbi no distrito de Vila Andrade, na Zona Sul do município de São Paulo, no Brasil.

"Panamby" é um termo tupi que significa "rio das borboletas", através da junção dos termos panama (borboleta) e 'y (rio).[1].

O bairro foi construído no terreno de uma propriedade rural, a Chácara Tangará, pertencente a Baby Pignatari. A área foi comprada em 1986 pela Lubeca S/A Empreendimentos, atual Panamby Empreendimentos Imobiliários. A empresa visava à construção de um hotel e edifícios comerciais no local.[2]

Houve diversos conflitos entre os empresários da Lubeca e ambientalistas, por se tratar de uma zona de proteção ambiental e um dos únicos locais paulistanos onde havia mata atlântica remanescente.[3]

Ambientalistas e entidades de preservação propunham a construção do Parque Tangará, porém houve uma concessão à construtora por parte da prefeitura na gestão Jânio Quadros.[3] Na administração de Luiza Erundina, final dos anos 1980, iniciou-se o arruamento do futuro bairro.[3] Em 1989, houve um inquérito devido a denúncias de que integrantes da então prefeitura de São Paulo, membros ligados ao Partido dos Trabalhadores, haviam recebido propina para a legalização do projeto. Por falta de provas, as investigações do "caso Lubeca" foram arquivadas pouco tempo depois.[3]

No entanto, 29 por cento dos territórios da antiga chácara seriam doados à prefeitura para a construção de um parque, o Parque Burle Marx, edificado em 1995.[2]

Em 1996, houve a inauguração da primeira etapa do megaempreendimento Panamby, que, na língua guarani, significa borboleta ou mariposa.[4] Resultado de um consórcio das empresas construtoras: Adolpho Lindenberg, Company, Construarc, Romeu Chap Chap e R. Yazbek, tornou-se um grande sucesso imobiliário, além de se tornar um dos bairros mais abastados da cidade.[4]

No ano de 2001, foi criada a Associação Cultural e de Cidadania Panamby, instituição que objetiva a melhoria da qualidade de vida no bairro, além de promover iniciativas de auxílio em favelas vizinhas ao mesmo.[5]

É um dos bairros mais arborizados e um dos mais nobres da cidade, situado no em torno do Parque Burle Marx, na margem leste da Via Professor Simão Faiguenboim. Majoritariamente residencial, possui luxuosos condomínios privativos, verticais e horizontais. Em seu entorno estão: o Shopping Jardim Sul, supermercados, o Cemitério do Morumbi, a unidade três do Colégio Porto Seguro e a favela de Paraisópolis.

Receberá uma estação da futura Linha 17 do Metrô de São Paulo, que ligará a Estação Jabaquara, da Linha 1-Azul, à Estação São Paulo-Morumbi, da Linha 4-Amarela. Alguns moradores do bairro manifestaram-se contra o projeto, que, por ser um monotrilho, mudaria drasticamente a paisagem do Panamby.[6]

O Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre Panamby

Referências

  1. NAVARRO, E. A. Método Moderno de Tupi Antigo: a língua do Brasil dos primeiros séculos. Terceira edição. São Paulo: Global, 2005. p.42
  2. a b Dissertação de Mestrado de Daniella Almeida Barroso - Projeto urbanístico Panamby: uma 'nova cidade' dentro de São Paulo? - análise do parcelamento e loteamento da Chácara Tangará
  3. a b c d Um bosque para chamar de seu
  4. a b Panamby
  5. Associação Cultural e de Cidadania do Panamby
  6. Moradores do Morumbi querem mudar linha do Metrô-SP