Parotidite epidémica: diferenças entre revisões

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* Espécie: Vírus da parotidite
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É um vírus da família dos [[paramyxovirus]], parente do vírus do [[sarampo]]. O seu [[genoma]] é de [[RNA]] simples, de sentido negativo (a cópia é que serve de mRNA para síntese proteica). É envelopado, [[pleomorfismo|pleomórfico]] variando de 100-600nm, e de formato esférico, muitas vezes filamentoso. O envelope contém as proteínas [[hemaglutinina]] e [[neuraminida]]s, que participam das reações imunológicas, sendo [[antígeno]]s virais.<ref>Trabulsi, Microbiologia, 4ª edição</ref>
É um vírus da família dos [[paramyxovirus]], pinto parente do vírus do [[sarampo]]. O seu [[genoma]] é de [[RNA]] simples, de sentido negativo (a cópia é que serve de mRNA para síntese proteica). É envelopado, [[pleomorfismo|pleomórfico]] variando de 100-600nm, e de formato esférico, muitas vezes filamentoso. O envelope contém as proteínas [[hemaglutinina]] e [[neuraminida]]s, que participam das reações imunológicas, sendo [[antígeno]]s virais.<ref>Trabulsi, Microbiologia, 4ª edição</ref>


== Epidemiologia ==
== Epidemiologia ==

Revisão das 23h11min de 25 de julho de 2012


Parotidite infecciosa
Parotidite epidémica
Mesmo após as campanhas de vacinação ainda ocorrem surtos ocasionais dessa doença pelo mundo.
Especialidade infecciologia, pediatria
Classificação e recursos externos
CID-10 B26
CID-9 072
CID-11 1208294714
DiseasesDB 8449
MedlinePlus 001557
eMedicine emerg/324
MeSH D009107
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A parotidite infecciosa, popularmente conhecida como papeira (português europeu) ou caxumba (português brasileiro), é uma doença de transmissão respiratória, causada pelo vírus da parotidite infecciosa. É uma doença da infância geralmente inócua, mas pode causar alguns problemas no adulto. A inflamação de uma ou ambas glândulas salivares parótidas, responsáveis por produzir saliva, são sua principal característica.[1]

Vírus da Parotidite

O vírus da caxumba tem formato aproximadamente esférico e é composto por camadas concêntricas de lipídeos, grandes moléculas de proteína e ácido nucléico. No interior, encontra-se um núcleo de uma molécula, único longa de RNA embrulhado em proteína que é introduzida na célula humana.
  • Grupo: Grupo V ((-)ssRNA)
  • Ordem: Mononegavirales
  • Familia: Paramyxoviridae
  • Gênero: Rubulavirus
  • Espécie: Vírus da parotidite

É um vírus da família dos paramyxovirus, pinto parente do vírus do sarampo. O seu genoma é de RNA simples, de sentido negativo (a cópia é que serve de mRNA para síntese proteica). É envelopado, pleomórfico variando de 100-600nm, e de formato esférico, muitas vezes filamentoso. O envelope contém as proteínas hemaglutinina e neuraminidas, que participam das reações imunológicas, sendo antígenos virais.[2]

Epidemiologia

É altamente infeccioso. Os vírus são transmitidos por gotas de espirros, tosse, respiração em ambiente fechado ou por contato direto com a saliva . Pode ser transmitido ao se compartilhar copos, pratos e talheres. O vírus também pode sobreviver fora do organismo por algumas horas e, em seguida, ser transmitido após o contato caso a pessoa encoste nele e depois encoste na mão na boca ou no nariz. A pessoa infectada com caxumba pode contaminar outros, entre aproximadamente seis dias antes do início dos sintomas até cerca de 9 dias após início dos sintomas. O período de incubação (tempo até o início dos sintomas) pode ser 14-25 dias, mas é mais tipicamente 14-25 dias, em média de 16 a 18. [3][4]

O ser humano é o único hospedeiro natural. O vírus atravessa a placenta, sem causar má-formações mas pode causar aborto.

Progressão e sintomas

A pessoa começa a apresentar sintomas apenas cerca de duas a três semanas depois de ser contaminada.

A parotidite infecciosa é uma enfermidade contagiosa aguda caracterizada por um aumento não supurativo de uma ou ambas glândulas salivares parótidas, e também as outras glândulas salivares, sendo outros órgãos também acometidos. Complicações são mais comuns em homens após a puberdade.

O vírus penetra pela boca e vai até à glândula parótida (canal de Stenon) onde se dá a multiplicação primária, viremia e localização nos testículos, ovários, pâncreas, tireóide, cérebro, próstata, fígado, baço e timo. A multiplicação também se pode dar no epitélio superficial respiratório, viremia e localização nas glândulas salivares e outros órgãos.

Os sintomas mais comuns são[5]:

Entre 20 e 30% das infecções pelos vírus da caxumba são assintomáticas ou mesmo que as glândulas salivares inflamem não é muito visível.

Ocasionalmente em adultos ou adolescentes, quando tratada de forma equivocada ou displicente, pode comprometer o sistema nervoso central (meningoencefalite) e testículos (orqui-epididimite), raramente resultando em surdez e esterilidade. Raramente ocorrem essas complicações em crianças, sendo que esterilidade só ocorre em indivíduos do sexo masculino durante ou após a puberdade, logo nunca em crianças.[6]

Outras possíveis complicações incluem[7]:

Uma complicação rara é o desenvolvimento de encefalite, podendo levar à edema cerebral, manifestações neurológicas graves e levar a morte.

A imunidade após resolução geralmente é para toda a vida. A mortalidade é baixa e principalmente em adultos.

Diagnóstico

Mulheres adultas que ainda não tiveram a doença, e não tomaram a vacina quando crianças, e querem engravidar devem tomar a tríplice viral para evitar sérias complicações na gravidez. Homens adultos e adolescentes também devem tomar para evitar problemas nos testículos que podem resultar em infertilidade.

Um exame físico confirma a presença das glândulas inchadas. Geralmente a doença é diagnosticada na anamnese, sem necessidade de testes laboratoriais de confirmação. Caso haja incerteza sobre o diagnóstico, um teste de saliva ou sangue podem ser realizados. As provas sorológicas podem ser feitas por neutralização, inibição da hemaglutinação ou ELISA.[7]

Possíveis diagnósticos diferenciais incluem: Cálculo de dutos parotidianos, hipersensibilidade a drogas (iodetos, fenilbutazona, tiouracil, dentre outras), ingestão excessiva de amidos, sarcoidose, cirrose, diabetes, parotidite etiologiapiogênica, inflamação de linfonodos, tumores parenquimatosos, hemangioma, linfangioma.[7]

Prevenção

A vacina é altamente eficaz e raramente produz efeitos colaterais. É feita através da vacina tríplice viral (MMR), geralmente entre 12 e 15 meses de vida (1ª dose), 4 e 6 anos (2ª dose) e 11 e 12 anos (3ª dose). Caso todas sejam tomadas possui 97% de chance de proteger contra uma infecção natural. Os anticorpos maternos protegem os filhos durante os primeiros meses de vida.[6]

Adultos e adolescentes que nunca foram infectados nem tomaram a vacina também devem ser imunizados, especialmente mulheres que planejam engravidar.[8]

Tratamento

O tratamento é predominantemente sintomático, como analgésicos, anti-inflamatórios e antitérmicos. A aspirina não deve ser usado em doenças virais, porque a sua utilização tem sido associada com o desenvolvimento de Síndrome de Reye, que pode levar à insuficiência hepática e morte. Tanto bolsas de água quente como fria nas áreas inchadas podem amenizar a dor. Uma dieta com alimentos macios e muita água e sucos naturais que não sejam ácidos é recomendada. Alimentos ácidos podem piorar a dor. [9]

A criança não precisa ficar na cama, mas deve conservar suas energias e não deve frequentar ambientes com muitas pessoas por se tratar de uma doença viral altamente contagiosa.

Referências

  1. Hviid A, Rubin S, Mühlemann K (March 2008). "Mumps". The Lancet 371 (9616): 932–44. doi:10.1016/S0140-6736(08)60419-5. PMID 18342688.
  2. Trabulsi, Microbiologia, 4ª edição
  3. http://www.nhs.uk/Conditions/Mumps/Pages/Symptoms.aspx?url=Pages/What-is-it.aspx
  4. Conly J, Johnston B (January 2007). "Is mumps making a comeback?". Can J Infect Dis Med Microbiol 18 (1): 7–9. PMC 2542890. PMID 18923686.
  5. Bedford H (2005). "Mumps: current outbreaks and vaccination recommendations". Nurs Times 101 (39): 53–4, 56. PMID 16218124.
  6. a b http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?645
  7. a b c http://www.scribd.com/doc/52281750/27/Parotidite-infecciosa
  8. http://drauziovarella.com.br/doencas-e-sintomas/caxumba/
  9. http://kidshealth.org/parent/general/sick/mumps.html#

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