Pterourus zagreus

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Fotografia de P. zagreus, vista superior.
Fotografia de P. zagreus, vista superior.
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Classe: Insecta
Ordem: Lepidoptera
Subordem: Papilionoidea
Família: Papilionidae
Subfamília: Papilioninae[2]
Género: Pterourus
Scopoli, 1777[3]
Espécie: P. zagreus
Nome binomial
Pterourus zagreus[1]
(Doubleday, 1847)[2]
Sinónimos
Papilio zagreus Doubleday, 1847
Papilio ascolius C. & R. Felder, 1865
Papilio bachus C. & R. Felder, 1865
Papilio zalates Godman & Salvin, 1890
Papilio rosenbergi Druce, 1903
Papilio bachus chrysomelus Rothschild & Jordan, 1906
Papilio ascolius daguanus Rothschild & Jordan, 1906
Pyrrhosticta ascolius[2]
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Pterourus zagreus (denominada popularmente, em inglês, Great Tiger-mimic)[4] é uma borboleta neotropical da família Papilionidae e subfamília Papilioninae, encontrada da Nicarágua, Costa Rica e Panamá, na América Central[2], até a Venezuela, Colômbia, Equador[5], Peru[2], Bolívia e região da bacia do rio Amazonas, no Brasil[5], América do Sul. Foi classificada por Edward Doubleday em 1847, com a denominação de Papilio zagreus, no texto Descriptions of new or imperfectly described Lepidopterous Insects, publicado no The Annals and Magazine of Natural History; Zoology, Botany, and Geology.[2]

Descrição[editar | editar código-fonte]

Esta espécie possui, vista por cima, asas com envergadura máxima de até 13 centímetros[6] e de tom geral em laranja[1][7][8] ou amarelo-pálido[9], com variáveis padrões de negro. Este padrão é comum a diversas espécies de Lepidoptera americanos dos trópicos, que compartilham um mecanismo mimético comum nestas cores, cuja função é aposemática.[10] Pterourus zagreus é provavelmente um mimético de borboletas altamente tóxicas, como Lycorea halia. A maioria das borboletas tóxicas é impalatável para a predação, sendo imitadas por um número menor de espécies palatáveis.[4]

Hábitos e habitat[editar | editar código-fonte]

Estas borboletas voam em floresta tropical e subtropical úmida, em altitudes entre 500 e 1.600 metros. Os machos geralmente são vistos solitários ou aos pares, flutuando nas bordas dos rios de montanha[4] ou frequentemente em praias e faixas úmidas do solo, onde possam sugar substâncias minerais.[12]

Subespécies[editar | editar código-fonte]

P. zagreus possui onze subespécies:[2]

  • Pterourus zagreus zagreus - Descrita por Doubleday em 1847, de exemplar proveniente da Venezuela; ocorrendo também na Colômbia, Bolívia e Brasil (Amazonas; também encontrada no Acre e oeste de Rondônia).[5]
  • Pterourus zagreus ascolius - Descrita por C. & R. Felder em 1865, de exemplar proveniente da Colômbia ou Equador.[9]
  • Pterourus zagreus bachus - Descrita por C. & R. Felder em 1865, de exemplar proveniente da Colômbia.
  • Pterourus zagreus zalates - Descrita por Godman & Salvin em 1890, de exemplar proveniente do Panamá; ocorrendo também na Nicarágua e Costa Rica.
  • Pterourus zagreus rosenbergi - Descrita por Druce em 1903, de exemplar proveniente do Equador.
  • Pterourus zagreus chrysomelus - Descrita por Rothschild & Jordan em 1906, de exemplar proveniente do Peru ou Bolívia; ocorrendo também no Equador.
  • Pterourus zagreus daguanus - Descrita por Rothschild & Jordan em 1906, de exemplar proveniente da Colômbia.
  • Pterourus zagreus batesi - Descrita por Racheli & Racheli em 1996, de exemplar proveniente do Peru.
  • Pterourus zagreus chrysoxanthus - Descrita por Fruhstorfer em 1915, de exemplar proveniente do Peru; ocorrendo também na Bolívia.
  • Pterourus zagreus nigroapicalis - Descrita por Bollino & Sala em 1998, de exemplar proveniente do sul do Brasil.[8]
  • Pterourus zagreus baueri - Descrita por Möhn em 2001, de exemplar proveniente do Brasil (Amazonas).

Estado de conservação[editar | editar código-fonte]

Esta borboleta consta na lista de espécies da fauna brasileira ameaçadas de extinção[1], formulada pelo IBGE.[13]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b c «Pterourus zagreus» (em inglês). Lepidoptera brasiliensis. 1 páginas. Consultado em 23 de janeiro de 2018 
  2. a b c d e f g Savela, Markku. «Pterourus zagreus ( = Papilio zagreus (em inglês). Lepidoptera and some other life forms. 1 páginas. Consultado em 23 de janeiro de 2018 
  3. «Butterflies and Moths of the World - Generic Names and their Type-species» (em inglês). Natural History Museum. 1 páginas. Consultado em 23 de janeiro de 2018 
  4. a b c Adrian Hoskins. «Great Tiger-mimic - Pterourus zagreus (Doubleday, 1847)» (em inglês). Learn about butterflies. 1 páginas. Consultado em 23 de janeiro de 2018 
  5. a b c PALO JR., Haroldo (2017). Butterflies of Brazil / Borboletas do Brasil, volume 1. Papilionidae, Pieridae, Lycaenidae, Riodinidae 1ª ed. São Carlos, Brasil: Vento Verde. p. 93. 768 páginas. ISBN 978-85-64060-09-8 
  6. Neubauer, Thomas. «Papilio zagreus» (em inglês). Butterfly corner. 1 páginas. Consultado em 23 de janeiro de 2018 
  7. Kertell, Ken (26 de outubro de 2014). «Pterourus zagreus shuar ECUADOR Napo Province, north of Tena, 26-X-2014_5318» (em inglês). Flickr. 1 páginas. Consultado em 23 de janeiro de 2018 
  8. a b Huertas, Blanca. «Pterourus zagreus nigroapicalis Bollino & Sala, 1998» (em inglês). Butterflies of America. 1 páginas. Consultado em 23 de janeiro de 2018 
  9. a b Davis, Kim; Stangeland, Mike; Warren, Andrew (2008). «Papilio zagreus ascolius (C. Felder & R. Felder, 1864)» (em inglês). Butterflies of America. 1 páginas. Consultado em 23 de janeiro de 2018 
  10. «Butterfly mimicry rings – a case of natural selection?» (em inglês). Non-darwinian views on evolution. 7 de maio de 2013. 1 páginas. Consultado em 23 de janeiro de 2018 
  11. Ilustração com a relação de mimetismo mülleriano entre as borboletas Heliconius ismenius telchinia (à esquerda) e Lycorea halia (à direita). (fonte).
  12. Neild, Andrew (21 de novembro de 2012). «IMG_2652 - Rio Chiguaza, near Pastaza bridge, Puyo to Macas road - Pterourus zagreus» (em inglês). Flickr. 1 páginas. Consultado em 23 de janeiro de 2018 
  13. IBGE (2001). Fauna Ameaçada de Extinção (PDF). Rio de Janeiro, Brasil: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE: Biblioteca. ISBN 85-240-0853-9. Consultado em 23 de janeiro de 2018 
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