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Som Imaginário

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Som Imaginário
OrigemRio de Janeiro
PaísBrasil
Gênero(s)Rock progressivo
Folk
MPB
Folk rock
Período em atividade19701976
2012–presente
Gravadora(s)Odeon
EMI
IntegrantesVictor Biglione
Luiz Alves
Wagner Tiso
Robertinho Silva
Nivaldo Ornelas
Ex-integrantesFrederyko
Zé Rodrix
Laudir de Oliveira
Naná Vasconcelos
Toninho Horta
Paulinho Braga
Jamil Joanes
Tavito

Som Imaginário é uma banda brasileira formada no princípio da década de 1970, no Rio de Janeiro, criada, primeiramente, para acompanhar o cantor Milton Nascimento[1] no show "Milton Nascimento, ah, e o Som Imaginário".[2][3]

Além deste artista, o Som Imaginário acompanhou em gravações MPB-4, Taiguara, Marcos Valle, Gal Costa, Odair José, Carlinhos Vergueiro, Sueli Costa e Simone, dentre outros.

Contou com a participação do músico Wagner Tiso antes de sua carreira solo. O músico Frederyko (ou Fredera), também pintor, escultor e jornalista, era o guitarrista. Tavito (violão), Robertinho Silva (bateria), Luiz Alves (baixo), Naná Vasconcelos (percussão) e Zé Rodrix (vocais e piano) foram outros músicos que mais tarde ganharam notoriedade que também passaram pela banda.

O grupo passou por várias mudanças de formação e lançou no total três discos.

História

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Primeira fase

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Wagner Tiso era vizinho de rua de Milton Nascimento, e com ele fez parte do grupo W’s Boys.[3] Em 1967, Milton estourou no II Festival Internacional da Canção com “Travessia” e Tiso resolveu formar um grupo com os amigos músicos de baile para apoiar o cantor, com Robertinho Silva, Luiz Alves, Tavito e Zé Rodrix.[3]

O grupo passou 1969 ensaiando e, na Quarta-feira de Cinzas do ano seguinte, estreou no Teatro Opinião o show “Milton Nascimento, ah, e o Som Imaginário”.[3] Mais tarde, em uma temporada na boate Sucata, o Som incorporou o guitarrista carioca Fredera.[3]

Em 1970, o grupo se apresentou na quinta edição do Festival Internacional da Canção (FIC) com a música "Feira Moderna".[4] No mesmo ano, convidados pelo produtor Mariozinho Rocha, lançam seu primeiro álbum, Som Imaginário[3], com repertório autoral com músicas escritas em português e em inglês.[4][5] Além de “Feira moderna”, entraram faixas que virariam clássicos da psicodelia brasileira, como “Morse”, “Super-God”, “Sábado” e “Hey, man”.[3] Participaram do álbum Fredera (guitarra), Wagner Tiso (piano), Robertinho Silva (bateria), Luiz Alves (baixo), Tavito (guitarra base) e Zé Rodrix (órgão).[4][5]

Com a saída de Zé Rodrix, que se juntou à dupla Sá & Guarabyra, os vocais principais do Som Imaginário foram assumidos por Fredera, que tomou a frente do grupo no segundo álbum, Som Imaginário, de 1971.[3] O disco trazia uma psicodelia ainda mais radical, com canções contestadoras, cheias de mensagens cifradas, compostas pelo guitarrista, como “Cenouras” e “A nova estrela”.[3]

Em 1972, Fredera fugiu para Belo Horizonte, perseguido pela polícia da ditadura por “abrigar guerrilheiros em casa”.[3]

Em 1973, sai o álbum Matança do Porco, no qual o pianista Wagner Tiso assina sozinho sete dos nove temas que compõem o repertório e que contou com os vocais de Milton Nascimento.[6][7] A formação que participou da gravação foi Fredera (guitarra), Luiz Alves (baixo), Robertinho Silva (bateria) e Wagner Tiso (piano e órgão).[6] Essencialmente instrumental, o disco tem poucos vocais, e sonoridade fusion, com fortes ecos do rock progressivo.[6]

Agora com Tiso na liderança, o Som Imaginário ainda seguiu até 1976.[3]

Em 2012, depois de quase 40 anos depois da última apresentação do grupo, ocorreu a reunião de Wagner Tiso, Luiz Alves, Robertinho Silva, Tavito e Nivaldo Ornelas no projeto "Wagner Tiso e o Som Imaginário".[8][9] Com apoio do Sesc, o grupo fez três apresentações na unidade do Belenzinho[10] e depois não parou mais.[3][11][12]

No início de 2013, Wagner convidou o guitarrista Victor Biglione para ser o sexto integrante do grupo.

Em sexteto, o show do "Som Imaginário" fechou a Virada Cultural de São Paulo com um show no Theatro Municipal[13] e também estreou no Rio de Janeiro, na casa de shows Circo Voador.

Em 2 de junho de 2023, viabilizado pelo selo inglês Far Out Recordings sai o quarto álbum da banda, denominado Banda da Capital, um registro inédito de show apresentado pelo grupo no Colégio Marista, em Brasília (DF), em 4 de outubro de 1976 para celebrar o Dia da Natureza.[14][15]

Integrantes

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Formação atual

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Ex-integrantes

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Discografia

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Álbuns de estúdio

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Com Milton Nascimento

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Referências

  1. Nunes, Gabriel. «13 "heróis desconhecidos" do rock nacional Som Imaginário - "Você Tem Que Saber" (1970)». Rolling Stone Brasil. Grupo Spring de Comunicação. Consultado em 16 de junho de 2017 
  2. «Álbum inédito do grupo Som Imaginário, gravado em 1976, sai em junho em LP, CD e edição digital». G1. 14 de abril de 2023. Consultado em 5 de junho de 2025 
  3. a b c d e f g h i j k l «A volta da psicodelia do Som Imaginário». O Globo. 15 de agosto de 2013. Consultado em 5 de junho de 2025 
  4. a b c «Primeiro álbum do Som Imaginário é reeditado em LP 50 anos após edição original». G1. 11 de fevereiro de 2020. Consultado em 5 de junho de 2025 
  5. a b Miranda, Igor (12 de fevereiro de 2020). «Estreia do Som Imaginário, banda de apoio de Milton Nascimento, será relançada em LP». Igor Miranda. Consultado em 5 de junho de 2025 
  6. a b c «Último álbum do grupo Som Imaginário é reeditado em LP em novembro | Blog do Mauro Ferreira». G1. 24 de outubro de 2019. Consultado em 5 de junho de 2025 
  7. Moura, Athos (8 de agosto de 2019). «'Matança do Porco' do Som Imaginário volta às lojas». Lauro Jardim - O Globo. Consultado em 5 de junho de 2025 
  8. Rocha, Por Antônio do Amaral (22 de janeiro de 2012). «A volta do Som Imaginário». Rolling Stone Brasil. Consultado em 5 de junho de 2025 
  9. «Wagner Tiso e o Som Imaginário». VEJA SÃO PAULO. Consultado em 5 de junho de 2025 
  10. «Som Imaginário* | Instrumental SESC Brasil». www.instrumentalsescbrasil.org.br. Consultado em 5 de junho de 2025 
  11. «Som Imaginário». VEJA RIO. Consultado em 5 de junho de 2025 
  12. Araraquara, Do G1 São Carlos e (26 de agosto de 2012). «Som Imaginário abre Mostra Sesc de Música Instrumental em Araraquara». São Carlos e Região. Consultado em 5 de junho de 2025 
  13. Rocha, Antônio do Amaral (19 de maio de 2013). «Virada Cultural 2013: Som Imaginário volta ao local onde gravou ao vivo com Milton Nascimento o icônico Milagre dos Peixes». Rolling Stone Brasil. Consultado em 5 de junho de 2025 
  14. «Álbum inédito do grupo Som Imaginário, gravado em 1976, sai em junho em LP, CD e edição digital». G1. 14 de abril de 2023. Consultado em 5 de junho de 2025 
  15. Schott, Ricardo (13 de junho de 2023). «Ouvimos: "Banda da capital", do Som Imaginário». POP FANTASMA. Consultado em 5 de junho de 2025 
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