Susan Stryker

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Susan Stryker
Susan Stryker
Nascimento 1961 (63 anos)
Fort Sill
Cidadania Estados Unidos
Alma mater
Ocupação historiadora, realizadora de cinema, professora, produtora cinematográfica, professora universitária, socióloga
Prêmios
Empregador(a) Universidade do Arizona
Obras destacadas The Transgender Studies Reader

Susan O'Neal Stryker (1961)[1] é uma professora, historiadora, autora, cineasta e teórica dos Estados Unidos cujo trabalho se concentra no gênero e na sexualidade humana.

É professora de Estudos de Gênero e Mulheres, ex-diretora do Instituto de Estudos LGBT e fundadora da Iniciativa de Estudos de Transgêneros da Universidade do Arizona e, atualmente, está de licença enquanto mantém um cargo na Barbara Lee Distinguished Chair in Women's Leadership no Mills College. Atua no Conselho consultivo do Messaging Extraterrestrial Intelligence (METI) e no Conselho consultivo do Digital Transgender Archive.[2]

É uma mulher transgênero e autora de vários livros sobre história e cultura LGBT. É uma importante acadêmica da história dos transgêneros.[3]

Educação[editar | editar código-fonte]

Formou-se em Letras pela Universidade de Oklahoma, em 1983. Obteve o Ph.D. em História dos Estados Unidos pela Universidade da Califórnia em Berkeley, em 1992;[4] a tese de doutorado que apresentou foi "Making Mormonism: A Critical and Historical Analysis of Cultural Formation" (em português: "Fazendo o Mormonismo: Uma Análise Crítica e Histórica da Formação Cultural").[5]

Carreira[editar | editar código-fonte]

É professora de estudos de gênero e mulheres na Universidade do Arizona e ex-diretora do Instituto de Estudos LGBT da universidade.[6][7] Atuou como professora visitante na Universidade Harvard, na Universidade da Califórnia em Santa Cruz e na Universidade de Simon Fraser.[8] É uma mulher trans assumidamente lésbica que produziu um conjunto significativo de trabalhos sobre a cultura transgênero e queer.[9]

Se revelou transgênero e começou a transição logo após obter seu doutorado.[10][11] Seu artigo acadêmico "Minhas palavras para Victor Frankenstein acima da vila de Chamounix" (em inglês: "My Words to Victor Frankenstein Above the Village of Chamounix"), de 1994, foi seu primeiro artigo acadêmico publicado e, depois da pioneira acadêmica transgênero australiana Roberta Perkins, que começou a publicar sua pesquisa sobre mulheres trabalhadoras do sexo na década de 1980, um dos primeiros artigos publicados em uma revista acadêmica revisada por pares por uma autora abertamente transgênera.[12]

Mais tarde, recebeu uma bolsa de pesquisa de pós-doutorado em estudos da sexualidade humana na Universidade Stanford, patrocinada pelo Conselho de Pesquisa em Ciências Sociais e pela Fundação Ford.[8] De 1999 a 2003, foi diretora-executiva da GLBT Historical Society, em São Francisco, na Califórnia.

Em 2004, foi professora visitante no Departamento de Estudos Críticos e Culturais da Universidade Macquarie, em Sydney, na Austrália. Entre 2007 e 2008, ocupou o cargo de professora visitante em Estudos da Mulher na Universidade de Simon Fraser, em Vancouver, no Canadá. No outono de 2008, foi professora visitante do Comitê de Graduação em Estudos sobre Mulheres, Gênero e Sexualidade da Universidade de Harvard e, na primavera de 2009, foi conferencista destacada em Estudos Feministas na Universidade da Califórnia em Santa Cruz. Foi contratada com mandato como professora associada de Estudos de Gênero na Universidade de Indiana, em 2009, e saiu para aceitar o cargo de professora associada de Estudos de Gênero e Mulheres e diretora do Instituto de Estudos LGBT da Universidade do Arizona, em 2011.

Em 2013, estabeleceu a "Iniciativa de Estudos Transgêneros" ("Transgender Studies Initiative") na Universidade do Arizona. Se concentrou em "contratar professores negros", em suas próprias palavras.[13]

Em 2015, a Universidade Yale lhe concedeu o Prêmio Memorial James Robert Brudner de 1983 pelo conjunto de suas realizações e contribuições acadêmicas no campo dos estudos lésbicos e gays. Em 2007, o Monette-Horowitz Trust homenageou-a por seu ativismo contra a homofobia.[14][15] Entre suas outras homenagens estão o Community Vanguard Award do Transgender Law Center e o reconhecimento como "Herói local" pela estação de televisão pública KQED de São Francisco, Califórnia.[14]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. «Meet the FAC - The Institute for LGBT Studies is pleased to introduce FAC member, Professor Susan Stryker» [Conheça a FAC - O Instituto de Estudos LGBT tem o prazer de apresentar a membra da FAC, Professora Susan Stryker] (em inglês). LGBTQ+ Institute – Universidade do Arizona. 24 de janeiro de 2017. Consultado em 11 de outubro de 2023. Arquivado do original em 21 de abril de 2019 
  2. «Advisory Board» [Conselho consultivo] (em inglês). Digital Transgender Archive. Consultado em 11 de outubro de 2023 
  3. Livia, Anna (1995). Pronoun Envy: Literary Uses of Linguistic Gender [Pronome Inveja: Usos literários do gênero linguístico] (em inglês). [S.l.]: Universidade da Califórnia em Berkeley. 248 páginas. ISBN 978-0-19-534392-2. Consultado em 17 de outubro de 2023 
  4. Rudacille, Deborah (2006). «Conversation with Susan Stryker, Ph.D.». The Riddle of Gender (em inglês). Nova Iorque: Anchor Books. pp. 52–61. ISBN 978-0-385-72197-4. Consultado em 17 de outubro de 2023 
  5. Stryker, Susan O'Neal. Making Mormonism: A Critical and Historical Analysis of Cultural Formation (Tese). Consultado em 17 de outubro de 2023 
  6. «Susan Stryker, Ph.D.». Universidade do Arizona. Consultado em 17 de outubro de 2023 
  7. Bolinger, Joyce (8 de junho de 2011). «Susan Stryker takes Ariz. post» [Susan Stryker assume cargo no Arizona] (em inglês). Windy City Times. Consultado em 17 de outubro de 2023 
  8. a b «Susan Stryker» (em inglês). Universidade do Estado da Califórnia em Northridge. Consultado em 17 de outubro de 2023. Arquivado do original em 29 de outubro de 2013 
  9. Stryker, Susan. «My Words to Victor Frankenstein - Above the Village of Chamounix: Performing Transgender Rage» [Minhas palavras para Victor Frankenstein - Acima da vila de Chamounix: Apresentando a raiva transgênero] (em inglês). Dr. Anne Lawrence. Consultado em 17 de outubro de 2023. Arquivado do original em 16 de janeiro de 2013 
  10. Screaming Queens: The Riot at Compton's Cafeteria [Rainhas gritando: o motim na cafeteria Compton's] (DVD) (em inglês). São Francisco, Califórnia: Frameline Distribution. 2005. OCLC 68045197. Consultado em 17 de outubro de 2023. Arquivado do original em 13 de agosto de 2006 
  11. Stryker, Susan (2004). «Transgender Studies: Queer Theory's Evil Twin». Duke University Press. GLQ: A Journal of Lesbian and Gay Studies (em inglês). 10 (2): 212–215. doi:10.1215/10642684-10-2-212 
  12. Routledge International Encyclopedia of Women [Enciclopédia Routledge Internacional de Mulheres] (em inglês). Nova Iorque: Routledge. 2000. ISBN 978-0-415-92088-9. Consultado em 17 de outubro de 2023 
  13. Joselow, Maxine (22 de junho de 2016). «A Push for Transgender Studies» [Um impulso para estudos sobre transgêneros] (em inglês). Inside Higher Ed. Consultado em 17 de outubro de 2023 
  14. a b Cassell, Heather (1 de março de 2007). «Vote is on for SF Pride marshals» [A votação está iniciada para os delegados do SF Pride] (em inglês). Bay Area Reporter. Consultado em 17 de outubro de 2023. Arquivado do original em 3 de março de 2016 
  15. «The Awardees from 1998 to 2022» [Os premiados de 1998 a 2022] (em inglês). Monette-Horowitz Trust. Consultado em 17 de outubro de 2023 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Outros projetos Wikimedia também contêm material sobre Susan Stryker:
Commons Categoria no Commons
Wikidata Base de dados no Wikidata