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Como ler uma infocaixa de taxonomiaAnanaí

Estado de conservação
Espécie pouco preocupante
Pouco preocupante
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Anseriformes
Família: Anatidae
Género: Amazonetta
Boetticher, 1929

Espécie: A. brasiliensis
Nome binomial
Amazonetta brasiliensis
(Gmelin, 1789)
Amazonetta brasiliensis - MHNT

Nomes[editar | editar código-fonte]

O ananaí (Amazonetta brasiliensis) é uma espécie do gênero Amazonetta encontrada em grande parte da América do Sul. Pode ser encontrada em todo o Brasil, sobretudo no Rio Amazonas.[1] Daí vem seu nome científico Amazonetta brasiliensis (pato brasileiro do Amazonas), pertencendo a família de Anatidae.[1]Conhecido também, pelos nomes de marreca-pé-vermelho, marreca do Amazonas, marrequinha, pé-vermelho, asa-de-seda, pato brasileiro e marrequinho ananaí.[1]

Subespécies[editar | editar código-fonte]

  • A. b. brasiliensis[1]
  • A. b. ipecutiri[1]

Características físicas[editar | editar código-fonte]

Apresenta duas subespécies, a Amazonetta brasiliensis e Amazonetta b. ipecutiri, a primeira se difere da segunda por apresentar um menor tamanho, além de um espelho de verde com azul na fímbria.[2] Já a A. b. ipecutiri apresenta um maior tamanho, além de um espelho alar margeado que predomina o azul, sem a existência de muitos detalhes em verde.[2] No parâmetro de distribuição geográfica evidenciam-se alguns pontos importantes, visto que A. brasiliensis são mais encontradas no Pantanal Mato-grossense e na região Sudeste, enquanto a A. b. ipecutiri sejam mais comuns em regiões do Rio Grande do Sul, mas sem justificativas e dados que expliquem esse curioso fato.[2]

Os machos mede entre 40–43 cm, já as fêmeas medem entre 39–40 cm de comprimento, com espelho alar variando entre negro, verde e azul-brilhante, duas manchas claras na face, garganta branca e pescoço posterior negro.[2] Na espécie, machos diferenciam-se das fêmeas pela presença de bicos e pés vermelhos, uma vez que nas fêmeas eles são cinzentos. [2]Outra distinção é feita por meio da vocalização, o macho dá um sibilo e a fêmea um grasnado.[2]

Comportamento[editar | editar código-fonte]

A espécie Amazonetta brasiliensis possui um comportamento parental, ou seja, cuidam da sua prole. Essa espécie vive em bandos, comuns em áreas que possuem corpos d´água e vegetação robusta, da qual são facilmente encontradas na região do Rio Grande do Sul.[1] Haja vista pesquisas realizadas, dez aves dessa mesma espécie, sendo oito filhotes e uma casal foram observadas durante um certo período e comprovada condutas defensivas pela parte do pai na presença de espécies que apresentavam perigo a sua prole, por parte materna observaram-se condutas de vigilância por meio de comportamentos rotacionais com o pescoço em voos baixos onde os seus filhotes se faziam presentes, também servindo como forma de competição por recursos.[2] Comprovando-se um cuidado bi parental, da qual se diferem por parte do macho e da fêmea o modo que realizam esse comportamento.[2] Podem ser encontradas em açudes, banhados, campos inundáveis, brejos, corixos e nas lagoas formadas entre os buritizais, onde se encontra a palmeira buriti.[2] E observada em bandos de 5 a 10 indivíduos, incluindo filhotes.[2]

Reprodução[editar | editar código-fonte]

A periodicidade da sua reprodução (ciclo reprodutivo), inicia-se no começo de Agosto e se estende até o final de Fevereiro e inicio de Março.[2] As características de um animal jovem da espécie Amazonetta brasiliensis, é perdida até o seu terceiro mês de idade.[2] E apresenta também uma alta taxa reprodutiva no Rio Grande do Sul e em São Paulo, da qual se observa em decorrência desse pico reprodutivo, uma maior facilidade de adaptação e procriação dessa espécie, da qual pode ser relacionada a alterações ambientais, por exemplo, a existência de barragens no Estado de São Paulo.[2] Em relação ao sexo da espécie, foi verificado a predominância do sexo masculino, o que seria muito curioso por se tratar de uma espécie monógama, além de um forte potencial de dispersão que é crucial para a preservação da mesma.[2]

Conservação[editar | editar código-fonte]

A Amazônia apresenta uma vasta biodiversidade, porém passa pela preocupação da preservação de espécies, um grande empecilho, visto que são ocasionados pelas grandes perdas de áreas verdes em decorrência do desmatamento, extração de madeira, cultivo de gado, entre outros.[3] Gerando assim, a necessidade da conservação de espécies que correm em risco de extinção.[3] Essas unidades de conservação das quais são as reservas biológicas e parques nacionais são de extrema importância, uma vez que monitora o número e informações sobre determinada espécie, além do manejo a essa biodiversidade.[3] A Amazonetta brasiliensis é inclusa nesse âmbito, mesmo apresentando risco pouceocupante de extinção, é uma das espécies que fazem parte dessa listagem geográfica, estudo da biodiversidade e conservação de espécie.[3] Nesse estudo foi constatado em 2005, 145 espécies em áreas de mineração e analisados os efeitos da ação humana sob essas desde 1980.[3] Em 2010, foi analisado novamente e apenas 66 espécies, das quais apenas 18 apresentavam um quadro positivo comparado ao anterior. [3]Também foram analisados em regiões de Usinas Hidroelétrica, da qual apresenta uma grande problemática pelo desmatamento causado para sua instalação, além do grande barulho, do qual provoca o afastamento de animais dessas áreas.[3] Nessa pesquisa, foi constatado também o tráfico de animais, da qual agrava a incidência de perda de espécies, problemática que persiste até os dias atuais.[3]

Referências

  1. a b c d e f Nascimento, João. Análise dos dados de aninhamento de Amazonetta brasiliensis no Brasil. Ararajuba: [s. n.], 18 de Outubro de 1989. 6 p. Disponível em: assiste.icmbio.gov.br/cemave/images/stories/Publicações_cientÃ%C2%ADficas/Nascimento_Antas_RBO1.pdf. Acesso em: 4 jul. 2022.
  2. a b c d e f g h i j k l m n Ducks, Geese and Swans: Species accounts. 2. ed. University Press and University of Oxford: Janet Kear, 2005. 899 p. v. 2. Disponível em: https://books.google.com.br/books?hl=pt-BR&lr=&id=D2K-9k-_EFcC&oi=fnd&pg=PA479&dq=Amazonetta+brasiliensis&ots=qdjBqtU8JV&sig=p-8viEz-X4CzkZHkv1n0EufehFE#v=onepage&q&f=false. Acesso em: 7 jul. 2022.
  3. a b c d e f g h França, Daniella. Listagem preliminar das aves de bordas de mata e áreas degradadas da Floresta Nacional do Jamari, Itapoã do Oeste, Rondônia, Brasil. Rondônia: [s. n.], 2011. 6 p. Disponível em: https://www.researchgate.net/profile/Marco-Freitas/publication/274035205_Avifauna_da_FLONA_JAmari_Rondonia/links/5512c0470cf268a4aaeaf8e8/Avifauna-da-FLONA-JAmari-Rondonia.pdf. Acesso em: 20 jul. 2022.
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