Usuário:DAR7/Testes/Geografia do Brasil/Roraima

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Estado de Roraima
[[Ficheiro:|140px|Bandeira de Roraima]] [[Ficheiro:|95px|center|Brasão de Roraima]]
Bandeira Brasão
Lema: "Amazônia: patrimônio dos brasileiros"
Hino: Hino de Roraima
Gentílico: roraimense

Localização de Roraima no Brasil
Localização de Roraima no Brasil

Localização
 - Região Norte
 - Estados limítrofes Venezuela (N[1] e NO), Guiana (L), Pará (SE) e Amazonas (S e O)
 - Regiões geográficas
   intermediárias
2
 - Regiões geográficas
   imediatas
4
 - Municípios 15
Capital  Boa Vista
Governo
 - Governador(a) Antonio Denarium (PP)
 - Vice-governador(a) Edilson Damião (Republicanos)
 - Deputados federais 8
 - Deputados estaduais 24
 - Senadores Chico Rodrigues (PSB)
Hiran Gonçalves (PP)
Mecias de Jesus (Republicanos)
Área
 - Total 224 300,506 km² (14º) [2]
População 2021
 - Estimativa 652 713 hab. (27º)[3]
 - Densidade 2,91 hab./km² (27º)
Economia 2021[4]
 - PIB R$ 18.203 bilhões (27º)
 - PIB per capita R$ 27.887,57 (16º)
Indicadores 2010/2015[5][6]
 - Esperança de vida (2015) 71,2 anos (24º)
 - Mortalidade infantil (2015) 17,4‰ nasc. ()
 - Alfabetização (2010) 90,3% (15º)
 - IDH (2021) 0,699 (20º) – médio [7]
Fuso horário
Clima Equatorial úmido Am, Aw
Cód. ISO 3166-2 [[ISO 3166-2:BR|]]
Site governamental [ ]

Mapa de Roraima
Mapa de Roraima

Roraima é uma das 27 unidades federativas do Brasil. Está localizado na região Norte. Possui como limites: com os estados venezuelanos de Bolívar e do Amazonas, ao norte e noroeste. Com as regiões guianenses de Cuyuni-Mazaruni, Potaro-Siparuni e Alto Takutu-Alto Essequibo, a leste. Com o Pará, a sudeste. E com o Amazonas, a sudoeste e oeste. Abrange uma superfície de 225.116,1km2 e compreende uma população de 241.009 moradores. A capital do estado é o município de Boa Vista e o estado é constituído por quinze municípios.[8]

Suas cidades mais importantes constituem: Boa Vista, Mucajaí, Alto Alegre e Normandia. O relevo é muito diversificado; perto das fronteiras da Venezuela e da Guiana localizam-se as serras de Parima e de Paracaima, onde se situa o monte Roraima, com 2.875 m de altitude. Branco, Uraricoera, Catrimani, Alalaú e Tacutu constituem os rios mais caudalosos. Tem um clima equatorial, ao norte, ao sul e a oeste, e tropical a leste. A economia do estado está alicerçada na agricultura, na pecuária e no extrativismo (madeira, ouro, diamantes, cassiterita).[8]

O seu território foi revindicado por luso-brasileiros, holandeses, espanhóis e ingleses, todavia a colonização só passou a ser definida no século XVIII após a hecatombe de enorme quantidade de indígenas. A fundação da freguesia de Nossa Senhora do Carmo, em 1858, elevada à categoria de município de Boa Vista, em 1890, estabilizou a estrutura local. O conflito pelas terras com a Inglaterra só acabou em definitivo em 1904, com o arbitramento do rei da Itália, Vítor Emanuel II, que retirou do Brasil o pedaço do Pirara, anexado à Guiana Inglesa. Em 1943, com a desanexação do município do estado do Amazonas, foi fundado o Território Federal de Rio Branco, que, em 1962, começou a designar-se Roraima. Sua conquista efetiva só aconteceu devido ao descobrimento de ouro e diamantes. Em 1988, foi elevado a estado.[8]

Situado numa região periférica da Amazônia Legal, no noroeste da Região Norte do Brasil, predomina em Roraima a floresta amazônica, havendo ainda uma enorme faixa de savana no centro-leste.[9] Encravado no Planalto das Guianas, uma parte ao sul pertence à Planície Amazônica.[10] Seu ponto culminante, o Monte Roraima, empresta-lhe o nome. Etimologicamente resultado de contração de roro (verde) e imã (serra ou monte), foi batizado por indígenas pemons da Venezuela.[9][11]

Etimologia[editar | editar código-fonte]

Através dos decretos-leis federais, n.º 5812, do dia 13 de setembro de 1943, e 5839, de 21 do mesmo mês e ano, foi criado o Território Federal do Rio Branco, da mesma denominação que um grande rio da região. No dia 13 de dezembro de 1962, por intermédio da Lei Federal n.º 4 182, assinada pelo Senado Federal do Brasil, o território começou a ser chamado de Roraima, designação emprestada do monte homônimo, localizado no extremo norte da região. Roraima constitui designativo indígena local, que quer dizer “serra, monte, verde” e é formado pelos radicais roro, rora, “verdejante”, e imã, que significa “monte, serra”. O nome passou do monte ao território em 1943 e ao estado em 1988.[12][13]

História[editar | editar código-fonte]

Período colonial e imperial[editar | editar código-fonte]

Nas primeiras experiências lusas de entrada na região de Roraima são datadas somente de 1718, com a expedição liderada por Francisco Ferreira. Essa expedição possuía diversos objetivos, como a exploração geográfica da região, conquista das “drogas do sertão” e caçada ao indígena para trabalho escravo nas propriedades do Pará e do Maranhão.[14]

As expedições de bandeirantes foram acompanhadas por evangelizadores, os quais, ainda que não se estabelecessem na região, criaram povoados. Em 1777, um pequeno núcleo de povoamento, às margens do rio Urariquera, foi fundado por tropas espanholas.[14]

Uma expedição portuguesa encabeçada pelo capitão-engenheiro Felipe Sturm despejou os dominadores e começou a edificação da fortaleza de São Joaquim, no encontro dos rios Tacutu e Urariquera. O estabelecimento de povoados só aconteceu após o extermínio dos indígenas agressivos pelas forças portuguesas.[14]

As primeiras propriedades de gado foram implantadas desde o desfecho do século XVIII. A fundação, em 1858, da Freguesia de Nossa Senhora do Carmo, elevada à categoria de município de Boa Vista em 1890, fortaleceu a participação brasileira.[14]

Período republicano[editar | editar código-fonte]

A conquista da região, entretanto, voltou a ser disputada. Desta feita foi o Reino Unido, que, já se tendo apossado de parte do Suriname, decidiu expandir suas fronteiras até a região do lago Pirara. O Brasil, já que não chegasse a conseguir a aprovação dos seus privilégios na área, acabou admitindo em anular a região disputada. A disputa só foi solucionada em 1904, por arbitramento do rei da Itália, Vitor Emanuel III, que separou a região contestada entre os dois países, competindo à Inglaterra boa parte.[14]

A qualidade inferior dos meios de comunicação viária e a insuficiência de população foram as maiores dificuldades para o progresso de Roraima no decorrer dos primeiros decênios do século XX. Em 13 de setembro de 1943, por meio de do Decreto n.º 5.812, o governo federal fundou o Território de Rio Branco, com a fragmentação de terras subordinadas ao estado do Amazonas e tendo como capital o município de Boa Vista. A capital do território possuía como objetivo incentivar o crescimento e assegurar a integridade territorial da desabitada região de fronteira.[14]

Em 1944, foi designado o primeiro governador, o capitão Clóvis Nóvoa da Costa. Em 13 de dezembro de 1962, o território começou a denominar-se Roraima. O enorme distanciamento de Roraima até o desenlace dos anos 1960 representou o maior obstáculo ao crescimento da região. A abertura da rodovia BR-174, que conecta Boa Vista com Manaus, possibilitou que essa condição começasse a ser mudada. Para o progresso de Roraima ainda vem colaborando a intervenção da Sudam (Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia).[14]

A elevação do território federal à categoria de estado foi ratificada pela constituição federal de 1988 e realizada em 1991, com a investidura de Ottomar Pinto (PTB). Este se elegeu governador em 1990, sendo sucedido por Neudo Ribeiro Campos, do mesmo partido, que foi eleito governador do estado em 15 de novembro de 1994, tomando posse em janeiro de 1995.[14]

Geografia[editar | editar código-fonte]

Demografia[editar | editar código-fonte]

Governo e política[editar | editar código-fonte]

Subdivisões[editar | editar código-fonte]

Economia[editar | editar código-fonte]

Infraestrutura[editar | editar código-fonte]

Cultura[editar | editar código-fonte]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Notas

Referências

  1. «Pedidos de refúgio de venezuelanos em RR cresceram 22.000% em 3 anos». G1 Roraima. 13 de março de 2017. Consultado em 13 de março de 2017. Cópia arquivada em 13 de março de 2017 
  2. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). «Área Territorial Oficial - Consulta por Unidade da Federação». Consultado em 29 de agosto de 2021 
  3. IBGE, IBGE (27 de agosto de 2021). «Estimativa Populacional 2021» (PDF). ibge.gov.br. Consultado em 28 de agosto de 2021 
  4. «Sistema de Contas Regionais: Brasil 2021» (PDF). Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Consultado em 17 de novembro de 2023 
  5. «Tábua completa de mortalidade para o Brasil – 2015» (PDF). IBGE. Consultado em 2 de dezembro de 2016 
  6. «Sinopse do Censo Demográfico 2010». IBGE. Consultado em 2 de dezembro de 2016 
  7. Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil. Pnud Brasil, Ipea e FJP. «Atlas Brasil: Ranking». Consultado em 27 de março de 2023 
  8. a b c «RORAIMA». www.brasil.gov.br. Consultado em 13 de março de 2023. Cópia arquivada em 31 de janeiro de 1998 
  9. a b «Estado de Roraima». Brasil República. 22 de novembro de 2010. Consultado em 14 de fevereiro de 2016. Arquivado do original em 28 de Outubro de 2007 
  10. «Roraima, localização geográfica e população». ARN - Agência Roraimense de Notícias. 22 de novembro de 2010. Consultado em 14 de fevereiro de 2016 
  11. «Qual é a origem dos nomes dos Estados brasileiros?». Revista Galileu, edição de março de 2003. 22 de novembro de 2010. Consultado em 14 de fevereiro de 2016 
  12. Girardi, Giovana (fevereiro de 2007). «Índios, santos e geografia». Revista Galileu. Consultado em 28 de setembro de 2013. Cópia arquivada em 31 de outubro de 2013 
  13. Houaiss, Barbosa & Barbosa 1993, p. 10068.
  14. a b c d e f g h Mascarenhas et al. 1998, pp. 5131–5132.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Houaiss, Antônio; Barbosa, Francisco de Assis; Barbosa, Raul José de Sá (1993). «Roraima». Enciclopédia Mirador Internacional. 18. São Paulo: Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda 
  • Mascarenhas, Maria Amélia; Biasi, Mauro De; Coltrinari, Lylian; Moraes, Antônio Carlos de Robert de (1998). «Roraima». Grande Enciclopédia Larousse Cultural. 21. São Paulo: Nova Cultural 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]