Usuário:DAR7/Testes/Geografia do Paraná/Ponta Grossa

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Ponta Grossa
  Município do Brasil  
Vista parcial da cidade de Ponta Grossa
Vista parcial da cidade de Ponta Grossa
Vista parcial da cidade de Ponta Grossa
Símbolos
Bandeira de Ponta Grossa
Bandeira
Brasão de armas de Ponta Grossa
Brasão de armas
Hino
Gentílico ponta-grossense,[1] princesino[2]
Localização
Localização de Ponta Grossa no Paraná
Localização de Ponta Grossa no Paraná
Localização de Ponta Grossa no Paraná
Ponta Grossa está localizado em: Brasil
Ponta Grossa
Localização de Ponta Grossa no Brasil
Mapa
Mapa de Ponta Grossa
Coordenadas 25° 05' 42" S 50° 09' 43" O
País Brasil
Unidade federativa Paraná
Municípios limítrofes Campo Largo, Carambeí, Castro, Ipiranga, Palmeira, Teixeira Soares e Tibagi
Distância até a capital 103 km
História
Fundação 15 de setembro de 1823 (200 anos)
Administração
Prefeito(a) Elizabeth Silveira Schmidt[3] (PSD, 2021 – 2024)
Vereadores 19
Características geográficas
Área total IBGE/2019[4] 2 054,732 km²
População total (censo 2020) 358 367 hab.
 • Posição PR: 4º
Densidade 174,4 hab./km²
Clima subtropical (Cfb)
Altitude 975 m
Fuso horário Hora de Brasília (UTC−3)
Indicadores
IDH (PNUD/2010[5]) 0,763 alto
 • Posição PR: 13º
PIB (IBGE/2018[6]) R$ 15 054 022,27 mil
 • Posição Lista de municípios do Brasil por PIB
PIB per capita (IBGE/2018[6]) R$ 43 253,34
Sítio pontagrossa.pr.gov.br (Prefeitura)
www.pontagrossa.pr.leg.br (Câmara)

Ponta Grossa é um município brasileiro do estado do Paraná, do qual é o quarto mais populoso, com 355 336 habitantes, conforme estimativa do IBGE publicada em 2020. Conta com a nona maior população do Sul do Brasil e a septuagésima sexta do país. Localizado no Segundo Planalto Paranaense, é o núcleo dos Campos Gerais do Paraná. Tem uma população superior a 1 100 000 habitantes (IBGE/2014) e o maior parque industrial do interior do estado. Com uma área é 2 054,732 km², Ponta Grossa é conhecida como Princesa dos Campos e Capital Cívica do Paraná. Além disso, recebeu o título de Capital Paranaense da Cerveja.[7][8][9] A distância rodoviária até Curitiba, capital administrativa estadual, é de 117,70 quilômetros, e de Brasília, capital federal, é de 1 274 quilômetros.[10]

Ponta Grossa passou a ser povoada durante o século XVIII. Naquela época, o governo de Portugal, pretendendo ganhar mais dinheiro, doou terras nos Campos Gerais, para quem desejasse tirar proveito delas. O paulista José de Góes e Moraes realizou a primeira solicitação de terras em 1704. Em poucos anos essa família ficava dona dos vales dos rios: Verde, Pitangui e Tibagi. O povoado cresceu, exigindo aos seus habitantes novos requisitos. Em 1812 foi enviada solicitação, ao governo da província de São Paulo, através da Câmara Municipal de Castro, para que o bairro fosse elevado à categoria de freguesia.[11]

Em 15 de setembro de 1823, enfim, foi criado ato fundando a Freguesia Estrêla, sendo o mais antigo nome dado à atual cidade de Ponta Grossa. O município tem os seguintes distritos: Guaragi, Itaiacoca, Piriquitos e Uvaia. Fundado pela Lei Provincial do Paraná n.º 34, de 7 de abril de 1855, com território emancipado de Castro, foi implantado em 6 de dezembro de 1855.[11]

Etimologia[editar | editar código-fonte]

O topônimo Ponta Grossa vem da geografia, referindo-se a um morro revestido por capão de mato. Este foi anteriormente indicado por Francisco Mulato (capataz da Fazenda Bom Sucesso), a pedido de Miguel da Rocha Ferreira Carvalhaes, para se criar uma povoação. Naquele momento, Francisco Mulato haveria se comunicado deste modo: “Sinhô sabe bem porque é encostado naquele capão que tem a ponta grossa”. A proposta da designação agradou a todo o mundo.[12][13]

História[editar | editar código-fonte]

Origens e povoamento[editar | editar código-fonte]

O território ponta-grossense foi percorrido palmo a palmo desde o século XVI, quando expedições da Espanha, saindo da costa de Santa Catarina em direção à Assunção, no Paraguai, cruzaram os Campos Gerais. Posteriormente, a região havia se tornado continuamente frequentada devido às bandeiras do século XVII, especialmente as da caça aos índios. No entanto, a conquista efetiva da terra, com o objetivo de colonização e povoamento, cujo resultado foi a criação do núcleo que deu origem à cidade de Ponta Grossa, só ocorreu a partir de 1800, quando os Campos Gerais pertenciam à Vila Nova de Castro.[14][15]

Dom Mateus de Abreu Pereira, 5º Bispo de São Paulo e capitão-mor interino da capitania de São Paulo.

Os primeiros colonizadores os quais aí se fixaram, foram os fazendeiros paulistas, que vieram principalmente devido às abundantes pastagens naturais e aos formosos Campos Gerais. Estabeleceram-se perto dos rios Verde e Pitangui, dando início à povoação do lugar. Com o passar do tempo, os beneditinos do Mosteiro de Santos conseguiram a doação desses campos, que denominaram Fazenda Santa Bárbara. Entretanto, em 1813, esses mesmos terrenos eram doados pelo capitão-mor da capitania de São Paulo, D. Matheus Abreu Pereira, para o alferes Atanagildo Pinto Martins, sertanista paranaense que andou pelos Campos de Palmas. Os beneditinos reclamaram, justificando aquisição de direitos, mostrando o Termo de Concessão, no entanto, os pedidos foram inúteis, permanecendo o grande pedaço de terra com o alferes Atanagildo.[14][15]

A demora não foi muito grande, e foi senhor dos Campos Gerais o capitão-mor José Góes e Moraes, tendo este concedido para os religiosos da Companhia de Jesus, os quais, perto do ribeirão São Miguel, tributário do rio Pitangui, construíram uma ermida, devotada à Santa Bárbara. Naquele local fundaram o Curato da Companhia de Jesus, que, com o passar dos anos, progrediu extraordinariamente. Lado a lado, iam sendo ocupados de forma sistemática os campos ao redor da ermida, com o aparecimento de imensas fazendas de gado. Nessa época sobressai a Fazenda Bom Sucesso, do sargento-mor Miguel da Rocha Ferreira Carvalhaes, cujo limite albergava área do atual perímetro urbano de Ponta Grossa.[14][15]

Onde atualmente está a Catedral, havia um rancho de pousada, construído por tropeiros, perto de uma figueira com mais de cem anos, embaixo da qual ergueram uma cruz. Foi aí o lugar onde paravam tropas e viajantes. Outro ponto de referência naquele tempo era a Casa-de-Telha, erguida pelos religiosos da Companhia de Jesus para ficar mais perto das fazendas da região onde a população habitava. Naquela casa eram celebrados os ofícios do sacramento e festividades religiosas. Logo, ao redor da Casa-de-Telha surgiram as mais antigas choupanas.[14][15]

Ponta Grossa em 1820, no momento em que foi visitada por Debret no sul do Brasil

O fazendeiro Miguel da Rocha Ferreira Carvalhaes, prevendo o futuro do local, buscou estimular seu desenvolvimento. Convidou os vizinhos, e também os fazendeiros Domingos Ferreira Pinto, Domingos Teixeira Lobo, Antonio da Rocha Carvalhães e Benedito Mariano Fernandes Ribas e contou ser necessário construir uma povoação, porque solucionariam as mazelas dos problemas eclesiásticos e lides civis, já que faziam parte de Castro. Carvalhaes teria mandado o capataz da invernada, Francisco Mulato, a procurar na fazenda Boa Vista, da qual era dono, um lugar adequado para se iniciar um povoado, o local indicado teria sido a atual periferia do bairro Nova Rússia. Quando cumpriu a missão diria Francisco Mulato: “Sinhô sabe bem porque é encostado naquele capão que tem a ponta grossa”.[14][15]

O grupo de fazendeiros aprovou a ideia da denominação, mas não gostou da situação geográfica da vindoura povoação. Em seguida, surgiu um problema, o qual foi solucionado com a contribuição de um pombo, uma branca ave doméstica, com um laço avermelhado preso ao pescoço, sendo que, ao ter se soltado nos campos, sua aterrissagem teria representado o local adequadamente indicado.[15] Depois de alguns voos a ave aterrissou no lugar exato da cruz do rancho dos tropeiros, sob a figueira.[15] Nasceu assim, num sentido profético de boa premonição, o efetivo núcleo de povoamento de Ponta Grossa.[15] Certas referências citam a denominação Estrêla, como primeiro nome, “porque podia ser vista de algumas léguas de distância, situada no meio dos campos, sobre uma eminência como a cidade atual ainda está” (Terra do Futuro - Nestor Victor).[14][15]

Formação administrativa, imigração, expansão econômica, Revolução de 1930 e história recente[editar | editar código-fonte]

Desde então o povoado conheceu extraordinário progresso. Em 15 de setembro de 1823, por Alvará Imperial, foi fundada a Freguesia de Estrêla, seu primeiro vigário do povoado o pároco Joaquim Pereira da Fonseca. Em 1840 o patrimônio foi ampliado por área chamada de Rincão da Ronda e concedido por Domingos Ferreira Pinto. Pela Lei Provincial n.º 34, de 7 de abril de 1855, foi fundado o município de Ponta Grossa, com território emancipado de Castro, sendo convenientemente implantado no dia 6 de dezembro do mesmo ano. A vila de Ponta Grossa foi promovida à condição de cidade pela Lei Provincial n.º 82, de 24 de março de 1862. Em 15 de abril de 1871, por intermédio da Lei nº 281, começou a chamar-se Pitangui, no entanto, tornou-se a denominar Ponta Grossa desde 5 do mesmo mês de 1872, pela Lei Provincial n.º 409. Ponta Grossa foi elevada a sede de comarca em 18 de abril de 1876, pela Lei Provincial n.º 469, sendo implantada em 16 de dezembro do mesmo ano, tomando posse naquele dia como primeiro juiz de direito o Dr. Conrado Erichsen.[14][15]

Estação Saudade, historicamente conhecida por Estação Central da Ponta Grossa ou Estação São Paulo-Rio Grande

Em 1878, por decisão de Augusto Ribas, o município começou a ser povoado pelos russos-alemães. Isso foi dois anos após a chegada de Pedro II do Brasil ao Paraná, o mais importante fomentador das colonizações. Este, então, passou pelos Campos Gerais, fixou-se em Ponta Grossa, tendo se instalado na casa do major Domingos Ferreira Pinto, que recebeu depois o título de Barão de Guaraúna. A cidade de Ponta Grossa experimentou grande desenvolvimento desde 2 de março de 1894, quando ocorreu a inauguração dos trilhos da Estrada de Ferro Curitiba-Ponta Grossa, sendo que após dois anos começou a abertura da Ferrovia São Paulo-Rio Grande, tendo a cidade sediado imensas oficinas e escritórios da companhia ferroviária.[14][15]

Em 1904, quando foi prefeito de Ponta Grossa, Ernesto Guimarães Vilela, ocorreu a inauguração do serviço de luz elétrica, oferecido pela firma de Guimarães, Ericksen & Filho e verificou-se a implantação do serviço de água e esgotos na cidade, começado no governo de Ernesto G. Vilela, por empréstimo feito pelo poder executivo estadual e terminado pelo prefeito Teodoro Batista Rosas. Os então engenheiros, Álvaro Souza Martins e Jacob Schamber projetaram e supervisionaram este trabalho. Depois, no governo do prefeito Brasílio Ribas, foram celebrados os 100 anos da criação de Ponta Grossa.[14][15]

O presidente do Brasil, Getúlio Vargas, quem começava aí um período de 15 anos ininterruptos de ditadura, foi acolhido pela população de Ponta Grossa, no dia 17 de outubro de 1930, na estação ferroviária. Naquele momento, Getúlio andou pelas vias públicas da cidade, ao lado do então tenente-coronel Galdino Luís Esteves e de Aristides Krauser do Canto, e por onde caminhava era aplaudido por pessoas que balançavam lenços e bandeiras avermelhadas, emblema revolucionário. Em Ponta Grossa nasceram importantes personalidades da política paranaense, sendo chamada de “Capital Cívica do Paraná”. Hoje Ponta Grossa merece destaque como um dos municípios com maior índice de industrialização, além de ser importante no turismo, com Furnas, Lagoa Dourada e a enigmática Vila Velha.[14][15]

Geografia[editar | editar código-fonte]

Geomorfologia e hidrografia[editar | editar código-fonte]

Clima[editar | editar código-fonte]

Ecologia e meio ambiente[editar | editar código-fonte]

Demografia[editar | editar código-fonte]

Pobreza e desigualdade[editar | editar código-fonte]

Religião[editar | editar código-fonte]

Composição étnica[editar | editar código-fonte]

Governo e política[editar | editar código-fonte]

Subdivisões[editar | editar código-fonte]

Economia[editar | editar código-fonte]

Setor primário[editar | editar código-fonte]

Setor secundário[editar | editar código-fonte]

Setor terciário[editar | editar código-fonte]

Infraestrutura[editar | editar código-fonte]

Saúde[editar | editar código-fonte]

Educação[editar | editar código-fonte]

Ciência e tecnologia[editar | editar código-fonte]

Segurança pública e criminalidade[editar | editar código-fonte]

Habitação, serviços e comunicação[editar | editar código-fonte]

Transportes[editar | editar código-fonte]

Cultura[editar | editar código-fonte]

Artes cênicas[editar | editar código-fonte]

Atrativos naturais e arquitetônicos[editar | editar código-fonte]

Esporte[editar | editar código-fonte]

Imprensa[editar | editar código-fonte]

Feriados[editar | editar código-fonte]

Cemitérios[editar | editar código-fonte]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Notas

Referências

  1. Gentílico - ponta-grossense IBGE - Panorama - consultado em 20 de março de 2019
  2. Dicionário de Ponta Grossa Jornal Tribuna do Paraná - consultado em 20 de março de 2019
  3. Prefeita e vereadores de Ponta Grossa tomam posse Portal G1 - acessado em 2 de janeiro de 2021
  4. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2019). «Área da unidade territorial - 2019». Consultado em 18 de janeiro de 2021 
  5. «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2010. Consultado em 2 de fevereiro de 2015 
  6. a b «Produto Interno Bruto dos Municípios 2018». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 18 de janeiro de 2021 
  7. «Ponta Grossa ganha o título de 'Capital da Cerveja'». A Rede. 9 de outubro de 2020. Consultado em 22 de janeiro de 2021 
  8. Plauto Miró Guimarães Filho (2020). «Projeto de Lei 536/2020. Concede o título de Capital da Cerveja ao município de Ponta Grossa». Assembleia Legislativa do Paraná. Consultado em 22 de janeiro de 2021 
  9. «Lei 20.365 - 27 de Outubro de 2020. Concede o Título de Capital da Cerveja ao Município de Ponta Grossa.». Diário Oficial nº. 10799. 27 de outubro de 2020. Consultado em 22 de janeiro de 2021 
  10. «CADERNO ESTATÍSTICO». www.ipardes.gov.br. Fevereiro de 2022. Consultado em 24 de fevereiro de 2022 
  11. a b «Ponta Grossa - Educadores». www.educadores.diaadia.pr.gov.br. Consultado em 24 de fevereiro de 2022 
  12. Prefeitura (2018). «ORIGEM DO NOME». Consultado em 23 de março de 2018. Cópia arquivada em 25 de março de 2018 
  13. Ferreira 1996, p. 537.
  14. a b c d e f g h i j Prefeitura (2018). «História da Cidade». Consultado em 23 de março de 2018. Cópia arquivada em 14 de março de 2018 
  15. a b c d e f g h i j k l m Ferreira 1996, pp. 535–537.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]