Ângela Freitas

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Ângela Freitas
Ângela Freitas
Dados pessoais
Nome completo Maria Ângela Freitas da Silva
Nascimento 10 de novembro de 1969 (54 anos)
Bahu, Timor Português
Nacionalidade timorense
Progenitores Pai: Paulo Freitas
Alma mater Universidade de Queenslândia
Partido Partido Trabalhista de Timor-Leste
Profissão Médica, política
Serviço militar
Marinha Real Australiana

Maria Ângela Freitas da Silva (Bahu, 10 de novembro de 1969) é uma médica e política timorense.[1] Líder do Partido Trabalhista de Timor-Leste, concorreu a eleição presidencial de Timor-Leste de 2017.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Enquanto estudante, Ângela Freitas fora torturada pelas Forças Armadas da Indonésia, durante a ocupação de Timor-Leste pela Indonésia. Em 1988, trabalhou para o Instituto dos Direitos Humanos da Indonésia. Em 1989, mudou-se para a organização Amnistia Internacional, como secretária dos direitos humanos. Em 1990, viajou para a Austrália e estudou na Universidade de Queenslândia. Após completar as graduações de ciência política e medicina, trabalhou num hospital de Brisbane. O seu desempenho médico influenciou o seu êxito médico na Marinha Real Australiana, onde trabalhou a bordo de um navio de patrulha que intercetava os barcos de refugiados.[2]

Após a ocupação indonésia em Timor-Leste em 1999, ela voltou ao país de origem. Freitas tornou-se a líder do Partido Trabalhista de Timor-Leste, fundado em 1974 pelo seu pai, Paulo Freitas.[3] Em 2001, foi presa numa cela masculina com os seus filhos, acusada de assassinato de um australiano. Em 2012, concorreu para a eleição presidencial de Timor-Leste, mas a sua candidatura foi rejeitada pelo presidente da corte suprema, por não seguir os critérios necessários de candidatura.[4] Em 2004, foi culpada por uma série de protestos contra Xanana Gusmão, o então presidente de Timor-Leste na época.[5]

Com o intuito de suceder o presidente José Ramos-Horta em 2012, Ângela afirmou que buscaria esforços para delimitar o nepotismo e a corrupção presentes no país. Além disso, as suas políticas governamentais estariam diretamente ligadas às populações mais pobres, oferecendo eletricidade, água potável e condições plausíveis de vida.[6]

Após uma cirurgia em Bali no ano de 2014, retornou novamente para Timor-Leste.[7] Freitas foi presa no ano seguinte, com alegações de que apoiava o comandante de guerrilha Mauk Moruk. Concorreu para a eleição presidencial de Timor-Leste de 2017, totalizado um total de 4 353 votos, equivalentes a 0.54% de toda a contagem.[8][9]

Referências

  1. Xavier, Napoleão (13 de março de 2017). «Profile KAPRES Angela Freitas». Hallo (em tétum) 
  2. McDonnell, Ted (16 de janeiro de 2012). «Doctor offers antidote to East Timor's ills». The Australian (em inglês). Consultado em 1 de novembro de 2017 
  3. Berlie, Jean A., ed. (2017). East Timor's Independence, Indonesia and ASEAN (em inglês). Cham, Suíça: Palgrave Macmillan. p. 45. ISBN 978-3-319626-307 
  4. «Angela: I may have lost this battle but the "War" is far from over» (em inglês). Centro Jornalista Investigativo de Timor-Leste. 23 de fevereiro de 2012. Consultado em 1 de novembro de 2017. Cópia arquivada em 24 de fevereiro de 2012 
  5. «Timor-Leste: Xanana desvaloriza protestos junto do Palácio do Governo». ANGOP. 20 de julho de 2004. Consultado em 1 de novembro de 2017 
  6. «Ângela Freitas dá o antídoto para os males de Timor-Leste». The Australian. SAPO. 16 de janeiro de 2012. Consultado em 28 de novembro de 2017 
  7. «Ângela Freitas presa no aeroporto de Díli». Timor Hau Nian Doben. 5 de abril de 2014. Consultado em 1 de novembro de 2017 
  8. «Líder do Partido Trabalhista timorense anuncia candidatura a Presidente da República». SAPO. 1 de fevereiro de 2017. Consultado em 1 de novembro de 2017 
  9. «Lu-Olo eleito Presidente de Timor-Leste com 57,08% dos votos válidos – dados finais provisórios». Observador. 21 de março de 2017. Consultado em 1 de novembro de 2017