Ormosia arborea: diferenças entre revisões

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Como ler uma infocaixa de taxonomiaOrmosia arborea
O. arborea do CB unicamp, Campinas - SP, Brasil.
O. arborea do CB unicamp, Campinas - SP, Brasil.
Estado de conservação
Espécie não avaliada
Espécie não avaliada
Não avaliada
[1]
Classificação científica
Reino: Plantae
Sub-reino: Viridiplantae
Infrarreino: Streptophyta
Superdivisão: Embryophyta
Divisão: Tracheophyta
Subdivisão: Spermatophytina
Classe: Magnoliopsida
Superordem: Rosanae
Ordem: Fabales
Família: Fabaceae
Gênero: Ormosia[2]
Espécie: O. arborea[3][4][5]
Nome binomial
Ormosia arborea
(Vell.) Harms
Distribuição geográfica
Mapa mostrando ocorrência confirmada de O. arborea na América do Sul.[6]
Mapa mostrando ocorrência confirmada de O. arborea na América do Sul.[6]
Sinónimos

Ormosia arborea[7][8][9] é uma árvore endêmica do Brasil.[1] Ela também é conhecida pelos nomes populares: olho-de-cabra, olho-de-boi, angelim-ripa, coronha e em Santa Catarina por pau-ripa e pau-de-santo-inácio.[10]

Morfologia

A O. arborea atinge altura de quinze a vinte metros; seu tronco atinge diâmetro de cinquenta a setenta centímetros, apresenta casca com ritidoma lenticelado; caule com tricomas tectores esparsos e grande quantidade de lenticelas; sua raiz possui nodulações; sua copa é frondosa; possui folhas compostas, imparipinadas, com média de dez folíolos; folíolos glabros, coriáceos, com dimensões de dezessete por oito centímetros de comprimento e largura respectivamente, presença de pigmentos vacuolares, espaços intercelulares conspícuos no parênquima esponjoso, tricomas tectores restritos à nervura principal e células epidérmicas da face adaxial maiores que as da face abaxial; flores de coloração rosa e roxa, em cachos; fruto em vagem curta (cerca de seis centímetros), com uma a três sementes; semente chamativa, com cores contrastantes, testa bicolor, vermelha e preta, tegumento de textura lisa, formato de elíptico a oblongo, comprimento médio foi de 1,15 centímetros, com diâmetro e espessura médios de 9,2 e 7,5 milímetros respectivamente, massa média de 685mg; seu hilo é semicircundante, elíptico, heterócromo (cor esbranquiçada quando o funículo é removido), próximo à base da semente e fenda hilar, pouco perceptível; seu embrião é de cor creme, invaginado, globoso, com cotilédones crassos, plano-convexos, dispostos perpendicularmente ao eixo hipocótilo-radícula, que é reto e curto, com tamanho diminuto em relação ao restante da semente.[10][8][11][12][13]

A O. arborea é muito similar morfologicamente à O. fastigiata Tul., o que gera dificuldade na sua identificação em campo e em material herborizado.[13] As sementes de O. arborea são mais pesadas e criptocotiledonar; seus folíolos apresentam parênquima paliçádico de células mais curtas, com base mais larga.[13]

Ecologia

A O. arborea possui habito semidecíduo ou perenifolio, é heliófita, climácica, prefere solos mais drenados.[10][8] Possui germinação hipógea.[13]

A dispersão de suas sementes ocorre de forma autocórica e/ou por zoocoria, devido a aparência chamativa de suas sementes, que "imita" um fruto carnoso e acaba atraindo aves, e a polinização é feita por abelhas e outros insetos.[8]

Fenologia

Ela floresce de outubro a novembro e seus frutos amadurecem entre os meses de setembro e outubro e permanecem na árvore ainda maduros por alguns meses.[10][14]

Distribuição geográfica

Ela tem ocorrência confirmada na região: Sudeste em todos os estados e também encontra-se na Bahia e em Goiás; nos biomas: Cerrado e Mata Atlântica; nas vegetações do tipo Floresta Ombrófila.[1][6] É encontrada em altitudes de 5 até 1100 metros.[8]

Madeira

Sua madeira possui densidade de 700 kg/m³, que é considerada moderadamente alta; é resistente, medianamente resistente ao ataque de organismos xilófagos; possui textura média e aparência decorativa.[10]

Utilização

Sua madeira é utilizada na confecção de móveis, lâminas faqueadas, painéis e lambris.[10] Suas sementes são ornamentais e usadas em artesanatos.[8]

Semeadura

Para haver melhor taxa de germinação é recomendado escarificação das sementes.[10][15]

Referências

  1. a b c «Fabaceae». Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Consultado em 22 de setembro de 2017 
  2. «Ormosia». Integrated Taxonomic Information System (ITIS) (http://www.itis.gov). Consultado em 22 de setembro de 2017 
  3. a b c «Ormosia arborea (Vell.) Harms». The Plant List. Version 1.1. Published on the Internet; http://www.theplantlist.org/. 2013. Consultado em 22 de setembro de 2017 
  4. a b c Roskov Y., Abucay L., Orrell T., Nicolson D., Bailly N., Kirk P.M., Bourgoin T., DeWalt R.E., Decock W., De Wever A., Nieukerken E. van, Zarucchi J., Penev L. (2017). «Ormosia arborea (Vell.) Harms». Species 2000 & ITIS Catalogue of Life, 2017 Annual Checklist. Digital resource at www.catalogueoflife.org/annual-checklist/2017. Species 2000: Naturalis, Leiden, the Netherlands. ISSN 2405-884X. Consultado em 22 de setembro de 2017 
  5. a b c «Ormosia arborea (Vell.) Harms». Tropicos.org. Missouri Botanical Garden. Consultado em 22 de setembro de 2017 
  6. a b «Ormosia arborea (Vell.) Harms». https://www.gbif.org/. Consultado em 22 de setembro de 2017 
  7. Tamashiro, Jorge Yoshio (2012). Árvores do campus da Unicamp: nativas do Brasil. [S.l.]: Campinas , SP: Editora da Unicamp. ISBN 978-85-268-0995-6 
  8. a b c d e f «Ormosia arborea (Vell.) Harms». http://www.refloresta-bahia.org/. Consultado em 22 de setembro de 2017 
  9. «Ormosia arborea (Vell.) Harms». http://sites.unicentro.br/. Consultado em 22 de setembro de 2017 
  10. a b c d e f g Lorenzi, H. (1992). Árvores brasileiras. Manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. [S.l.]: Nova Odessa, SP. Ed. Plantarum. p. 221 
  11. «Ormosia arborea (Vell.) Harms». http://www.ibflorestas.org.br/. Consultado em 22 de setembro de 2017 
  12. «Ormosia arborea (Vell.) Harms». http://www.arvores.brasil.nom.br/. Consultado em 22 de setembro de 2017 
  13. a b c d GURSKI, Cristina; DIAS, Edna Scremin and MATTOS, Eduardo Arcoverde de. Caracteres das sementes, plântulas e plantas jovens de Ormosia arborea (Vell.) Harms E Ormosia fastigiata Tul. (Leg-papilionoideae). Rev. Árvore [online]. 2012, vol.36, n.1 [cited 2017-09-23]. [S.l.]: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-67622012000100005&lng=en&nrm=iso. pp. 37–48. ISSN 1806-9088 
  14. ANA MARIA FIORI (MARÇO 2001). Sem bichos, a floresta morre - O desaparecimento de animais que dispersam sementes põe em risco a sobrevivência de remanescentes da Mata Atlântica - Pesquisa FAPESP ED. 62. [S.l.]: FAPESP  Verifique data em: |ano= (ajuda)
  15. Walquíria Fernanda Teixeira; Eliana Aparecida Rodrigues; Alice Fátima Amaral (out. 2009). Estudo de superação de dormência de Ormosia arbórea sob diferentes testes, para produção de mudas para reflorestamento de áreas degradadas no município de Patos de Minas, MG (PDF). [S.l.]: Perquirere - Revista do Núcleo Interdisciplinar de Pesquisa e Extensão do UNIPAM - Patos de Minas: UNIPAM, (6). pp. 26–30. ISSN 1806-6399  Verifique data em: |ano= (ajuda)