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Cebuella pygmaea: diferenças entre revisões

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== Aspectos Culturais ==
== Aspectos Culturais ==
Por ser uma espécie de primata de pequeno porte, sua caça na maioria das vezes é destinada ao comércio ilegal e como animal de estimação. Alguns índios domesticam o saguí leãozinho e os deixam sobre seus cabelo para que este cate piolhos e outros parasitas.
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== Subespécies ==
== Subespécies ==
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== Distribuição Geográfica ==
== Distribuição Geográfica ==
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== Conservação ==
== Conservação ==

Revisão das 01h45min de 4 de dezembro de 2019

Como ler uma infocaixa de taxonomiaSagui-Pigmeu[1][2]

Estado de conservação
Espécie pouco preocupante
Pouco preocupante (IUCN 3.1) [3]
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Ordem: Primata
Família: Callitrichidae
Subfamília: Callitrichinae
Género: Cebuella
Gray, 1866
Espécie: C. pygmaea
Nome binomial
Cebuella pygmaea
(Spix, 1823)
Distribuição geográfica
Área de distribuição
Área de distribuição
Sinónimos
  • "Iacchus pygmaeus"* Spix, 1823
  • "Hapale nigra"* Schinz, 1844
  • "Midas leoninus"* Bates, 1864
  • "Callithrix (Cebuella) pygmaea"* (Spix, 1823) (Groves 2001)
  • "Callithrix pygmaea"* (Spix, 1823) (Groves 2005).

O Sagui-Pigmeu (Cebuella pygmaea), também conhecido como "Sagui-Leãozinho", é a menor espécie de símio conhecida, medindo apenas cerca de 15 centímetros de comprimento (excluindo os outros 15 centímetros de cauda) e pesando 130 gramas, de pelagem acastanhada.

Devido à sua pequena dimensão, e seus movimentos rápidos, é muito difícil de observar na natureza. Encontrado na Floresta Amazônica, no noroeste do Brasil e em áreas da Colômbia e Equador, é tão pequeno que alguns índios o deixam no cabelo para que cate piolhos e outros bichinhos. Este sagui é ótimo escalador de árvores, devido às suas garras e à sua longa cauda que o ajuda a manter o equilíbrio. A sua alimentação consiste de frutas, folhas, insetos e seiva das árvores, que bebem após roer a casca com seus dentes incisivos. Usam uma variedade de sons para se comunicar uns com os outros.

Etimologia

Aspectos Culturais

Por ser uma espécie de primata de pequeno porte, sua caça na maioria das vezes é destinada ao comércio ilegal e como animal de estimação[4]. Alguns índios domesticam o saguí leãozinho e os deixam sobre seus cabelo para que este cate piolhos e outros parasitas[4].

Subespécies

  • Cebuella pygmaea pygmaea
  • Cebuella pygmaea niveiventris

Distribuição Geográfica

Wikispecies
Wikispecies
O Wikispecies tem informações sobre: Cebuella pygmaea

Cebuella pygmaea é uma espécie que pode ser encontrada em diferentes países da América do Sul, como em áreas restritas do sul da Colômbia, leste do Peru, região norte do Equador e da Bolívia[5][6]. No Brasil esta espécie habita florestas tropicais no oeste da Amazônia, geralmente em planícies alagadas, estando presentes nos estados do Acre, Amazonas e Rondônia[7]. Essa espécie geralmente é encontrada nas copas das árvores às margens de rios, como o rio Solimões, rio Madeira, rio Jopurá no Amazonas, rio Joruá no Acre e em Rondônia no rio  Madeira, caracterizados como importantes rios brasileiros[8][9].

Conservação

O sagui-pigmeu se encontra em um status de conservação pouco preocupante, segundo Red List da IUCN - International Union For Conservation of Nature, 2008 e o Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção (V. 1.) Apesar desta classificação, a população apresenta um declínio contínuo no número de indivíduos. E está listada no Apêndice II da CITES.

As principais ameaças a presença da espécie em determinadas localidades, está totalmente relacionada às perturbações antrópicas no ambiente, como  a perda e fragmentação de habitats devido a produção agrícola e pecuária, presença de assentamentos rurais e aumento de matrizes rodoviárias. Essas alterações implicam diretamente na sobrevivência dos saguis-pigmeus, devido a diminuição da disponibilidade e acesso aos recursos naturais. As populações do alto rio Madeira certamente sofreram um elevado decréscimo devido ao impacto do desmatamento em áreas proximais e ao entorno do complexo de UHE do Alto Madeira. A caça internacional em algumas regiões do Equador e Colômbia para a comercialização da espécie a título de animal de estimação, é mais um fator contribuinte para a diminuição de sua população, sendo também o principal motivo para a inclusão no apêndice I do CITES em 1977-1979 e mais tarde no apêndice II o que permanece até os dias atuais.

Como medidas de conservação do sagui-pigmeu, foram implementados programas de Educação Ambiental  no período de 2003, nas escolas da região Amazônia equatoriana. Além disso, a espécie conta com diversas áreas protegidas na Bolívia, como a Reserva Natural Manuripi; na Colômbia, como o Parque Nacional Natural Amacayacu, Parque Nacional Natural Cahuinarí, Parque Nacional Natural La Paya; no Equador, como o Parque Nacional Yasuni, Reserva Biológica Limoncocha, Reserva de Produção Faunística Cuyabeno, Reserva Ecológica Cayambe-Coca e no Peru, como o Parque Nacional Tingo Maria, Reserva Nacional Pacaya-Samiria, Reserva Natural de Vida Selvagem de Tambopata.

Conservação no Brasil

Em terras brasileiras, o sagui-pigmeu se encontra protegido em seis unidades de conservação, dentre elas o Parque Nacional da Serra do Divisor, Abufari Reserva Biológica (margem esquerda do Rio Purus), Estação Ecológica Rio Acre, Estação Ecológica Juamí-Japurá, Reserva Ecológica Jutaí-Solimões, Estação Ecológica Mamirauá, Parque Ambiental Chico Mendes, Parque Zoobotânico e Serra Três Irmãos.

Referências

  1. Groves, C.P. (2005). Wilson, D. E.; Reeder, D. M, eds. Mammal Species of the World 3.ª ed. Baltimore: Johns Hopkins University Press. 132 páginas. ISBN 978-0-8018-8221-0. OCLC 62265494 
  2. Rylands AB; Mittermeier RA (2009). «The Diversity of the New World Primates (Platyrrhini): An Annotated Taxonomy». In: Garber PA; Estrada A; Bicca-Marques JC; Heymann EW; Strier KB. South American Primates: Comparative Perspectives in the Study of Behavior, Ecology, and Conservation 3ª ed. Nova Iorque: Springer. pp. 23–54. ISBN 978-0-387-78704-6 
  3. de la Torre, S. & Rylands, A. B. (2008). Cebuella pygmaea (em inglês). IUCN {{{anoIUCN1}}}. Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da IUCN. {{{anoIUCN1}}}. Página visitada em 05 de outubro de 2012..
  4. a b De la Montaña, Enrique (26 de agosto de 2013). «Cacería de subsistencia de distintos grupos indígenas de la Amazonía ecuatoriana». Ecosistemas. 22 (2): 84–96. ISSN 1697-2473. doi:10.7818/ecos.2013.22-2.13 
  5. Garbino, Guilherme S.T.; Casali, Daniel M.; Nascimento, Fabio O.; Serrano-Villavicencio, José Eduardo (março de 2019). «Taxonomy of the pygmy marmoset (Cebuella Gray, 1866): Geographic variation, species delimitation, and nomenclatural notes». Mammalian Biology. 95: 135–142. ISSN 1616-5047. doi:10.1016/j.mambio.2018.09.003 
  6. TIRIRA, Diego G. Una revisión sobre la presencia y distribución de la familia Callitrichidae (Primates) en Ecuador. La primatología en Latinoamérica 2-A Primatología na America Latina 2. Tomo II Costa Rica-Venezuela, p. 427-440, 2018.
  7. Sheehan, Rebecca L.; Papworth, Sarah (28 de março de 2019). «Human speech reduces pygmy marmoset ( Cebuella pygmaea ) feeding and resting at a Peruvian tourist site, with louder volumes decreasing visibility». American Journal of Primatology. 81 (4): e22967. ISSN 0275-2565. doi:10.1002/ajp.22967  line feed character character in |titulo= at position 38 (ajuda)
  8. Dias, CAR.; Queirogas, VL.; Pedersoli, MA. (março de 2015). «Translocation and radio-telemetry monitoring of pygmy marmoset, Cebuella pygmaea (Spix, 1823), in the Brazilian Amazon». Brazilian Journal of Biology. 75 (1): 91–97. ISSN 1519-6984. doi:10.1590/1519-6984.07813 
  9. Boubli, Jean P.; da Silva, Maria N.F.; Rylands, Anthony B.; Nash, Stephen D.; Bertuol, Fabrício; Nunes, Mário; Mittermeier, Russell A.; Byrne, Hazel; Silva, Felipe E. (março de 2018). «How many pygmy marmoset (Cebuella Gray, 1870) species are there? A taxonomic re-appraisal based on new molecular evidence». Molecular Phylogenetics and Evolution. 120: 170–182. ISSN 1055-7903. doi:10.1016/j.ympev.2017.11.010 
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