Hexapoda: diferenças entre revisões
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O [[subfilo]] '''Hexapoda ('''do [[Língua grega antiga|Grego]] ''seis pernas'') compreende a maior parte das espécies de artrópodes e incluí todas as espécies de [[insetos]], além de três pequenos grupos de artrópodes ápteros: [[Collembola]], [[Protura]] e [[Diplura]] (que previamente já foram considerados insetos).<ref>{{Cite web |url=http://eol.org/pages/2634370/overview |title=Hexapods - Hexapoda - Overview - Encyclopedia of Life |website=Encyclopedia of Life |language=en}}</ref><ref>{{Cite web |url=http://bugguide.net/node/view/878075 |title=Subphylum Hexapoda - Hexapods - BugGuide.Net |website=bugguide.net}}</ref> Atualmente compreende as classes [[Entognatha]] e [[Insecta]]. As ordens [[Zygentoma]] e [[Archaeognatha]] são de insetos sem asas (subclasse [[Apterygota]]) tendo como grupos irmãos os insetos alados, da subclasse [[Pterygota]]. Os ''Hexapodas'' são nomeados de acordo com sua característica mais distinta: Um tórax dom três pares de pernas (totalizando 6 pernas). A maior parte dos outros artrópodes possuem mais do que três pares de pernas.<ref>{{Cite web |url=http://tolweb.org/Hexapoda/2528 |title=Hexapoda |website=tolweb.org}}</ref> |
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== Morfologia == |
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Os Hexapoda compartilham diversas características: corpo dividido em três partes (cabeça, tórax e abdômen), três pares de pernas torácicas, um par de antenas, três conjuntos de “peças bucais” (mandíbulas, maxilas e lábio). O sistema de trocas gasosas primariamente por difusão, túbulos de Malpighi formados por evaginações do proctodeu (ou seja, de origem ectodérmica), e, dentre entre os insetos Pterygota, as asas. Destas, a principal característica exclusiva (i.e. sinapomorfia) dos Hexapoda é a subdivisão do tórax em três segmentos, onde cada segmento porta um par de pernas locomotoras.<ref name=":0">BARNES, R.S.K.; CALOW, P. & OLIVE, P.J.W. 1995. Os invertebrados - uma nova síntese. Atheneu Ed., São Paulo. 526 p.</ref> |
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{{see also|Arthropod head problem}}O tamanho corporal dos Hexápodas varia entre 0.5 mm a 300 mm de comprimento, sendo dividido em diferentes segmentos corporais: A cabeça, tórax, e abdômen.<ref name=":0">BARNES, R.S.K.; CALOW, P. & OLIVE, P.J.W. 1995. Os invertebrados - uma nova síntese. Atheneu Ed., São Paulo. 526 p.</ref><ref>{{Cite web |url=http://www.encyclopedia.com/plants-and-animals/zoology-and-veterinary-medicine/zoology-general/hexapoda |title=Hexapoda facts, information, pictures {{!}} Encyclopedia.com articles about Hexapoda |website=www.encyclopedia.com |language=en}}</ref><ref>{{Cite web |url=http://biosurvey.ou.edu/Invert_manual/Hexapoda.html |title=Hexapoda |website=biosurvey.ou.edu}}</ref> A cabeça é composta por um presegmento que normalmente possuí olhos (ausente em Protura e Diplura),<ref>{{Cite web |url=http://comenius.susqu.edu/biol/202/animals/protostomes/ecdysozoa/hexapoda/hexapoda-synoptic-description.html |title=Hexapoda |website=comenius.susqu.edu}}</ref>seguido de seis segmentos, todos fusionados, que apresentam os seguintes [[Apêndice (artrópodes)|apêndices]]: |
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: Segmento I. Nenhum |
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Hexapoda são primitivamente artrópodes terrestres, onde alguns poucos grupos também colonizaram ambientes aquáticos. Insetos que conseguiram colonizar estes ambientes possuem sistemas de trocas gasosas especializados. |
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: Segmento II. Antena (sensorial), ausente em [[:en:Protura|Protura]] |
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: Segmento III. Nenhum |
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: Segmento IV. Mandíbulas (Para cortar o alimento) |
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: Segmento V. Maxilas (Para mastigar o alimento) |
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: Segmento VI. Lábio (lábio inferior) |
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A boca se encontra entre o quarto e quinto segmento da cabeça e é coberta projeção do terceiro segmento chamado labrum (lábio superior).<ref>{{Cite web |url=http://www.easybiologyclass.com/hexapoda-insecta-general-characters-phylum-arthropoda/ |title=Hexapoda (Insecta): General Characteristics {{!}} easybiologyclass |website=www.easybiologyclass.com |language=en-US}}</ref> Nos insetos verdaderios (classe [[Insetos|Insecta]]) as peças bucais estão expostas (ectognathos), enquanto nos demais grupos elas são recobertas ou mantidas dentro da cabeça (endognathos). Apêndices similares ao presentes nas cabeças dos insetos são também encontrados nas cabeças de [[Myriapoda]] e [[Crustáceo|Crustacea]], apesar desses grupos possuírem uma antena secundária.<ref name=":0" /><ref>{{Cite journal |url=https://www.boundless.com/biology/textbooks/boundless-biology-textbook/invertebrates-28/superphylum-ecdysozoa-169/subphyla-of-arthropoda-658-11879/ |title=Subphyla of Arthropoda |date=2016-05-26 |last=Boundless |language=en |journal=Boundless}}</ref> |
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Com base em registros fósseis, o aparecimento dos primeiros Hexapoda se deu no Devoniano Inferior, há aproximadamente 400 milhões de anos, e esses fósseis eram de animais sem asas que lembravam Collembola ou as traças-saltadoras (Archaeognatha).<ref name=":2">{{Citar livro|url=https://www.worldcat.org/oclc/817084989|título=Os insetos : um resumo de entomologia|ultimo=J.|primeiro=Gullan, P.|data=2008|editora=ROCA|edicao=3.|local=São Paulo|isbn=9788572417020|oclc=817084989}}</ref> Acredita-se que a linhagem seja ainda mais antiga (Siluriano), pois registros de insetos aquaticos podem não ter fossilizado. Os insetos alados (Pterygota) surgiram um pouco mais tarde no período Devoniano, por volta de há 350 milhões de anos. |
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O tórax dos insetos é composto por três segmentos, cada um com um par de pernas.<ref name=":0" /><ref>{{Cite news |url=https://phys.org/news/2012-08-humble-bug-gap-fossil.html |title=Humble bug plugs gap in fossil record}}</ref> Como um típico artrópode aadaptado a vida terrestre, cada perna possuí um único ramo locomotor composto de cinco segmentos sem brânquias associadas. Brânquias são encontradas apenas como apêndices abdominais em fases imaturas aquáticas de alguns representantes da ordem.<ref>{{Cite web |url=http://biologyboom.com/class-hexapoda-insects-hexa-six-podus-feet/ |title=Class Hexapoda (Insects) (hexa, six + podus, feet) {{!}} Biology Boom |website=biologyboom.com |language=en-US}}</ref> Na maior parte dos insetos o segundo e terceiro segmento abdominal apresentam apêndices, as asas.<ref>{{Cite journal |url=https://zenodo.org/record/1431329 |title=The Metathoracic Pterygoda of the Hexapoda and Their Relation to the Wings |date=1901-01-01 |last=Walton |first=L. B. |pages=357–362 |doi=10.1086/277920 |jstor=2453748 |volume=35 |doi-access=free |journal=The American Naturalist |issue=413}}</ref> É proposto que elas possam ser homólogas as brânquias toráxicas oresentes em crustáceos, ou que possam ter se desenvolvido a partir de expansões dos próprios segmentos toráxicos.<ref>{{Cite web |url=http://www.collembola.org/publicat/crustacn.htm |title=Checklist of the Collembola: Are Collembola terrestrial Crustacea? |website=www.collembola.org}}</ref> |
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Os insetos habitam a maioria dos habitats disponíveis: terra, água doce, ar, superfície dos oceanos e regiões litorâneas marinhas. Também ocorrem em muitos ambientes extremos como alguns poços de petróleo, lagos de óleo, nascentes sulfúricas, riachos glaciais e lagoas salgadas. A enorme diversidade destes animais e sua capacidade de adaptação são responsáveis pelo seu sucesso ecológico.<ref name=":2" /> |
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O abdômen segue segue um padrão de desenvolvimento epimórfico, onde todos os segmentos que o compõe já estão presentes ao final do desenvolvimento embrionário. A única excessão é [[Protura]], que apresenta um desenvolvimento anamórfico onde os juvenis desenvolvem um novo segmento abdominal após cada [[ecdise]] até a fase adulta. Todos os [[insetos]] possuem onze segmentos abdominais (por vezes apresentando reduções em um ou mais segentos em diversos grupos de insetos), enquanto [[Protura]] possuí doze e [[Collembola]] apenas seis (as vezes reduzidos para quatro).<ref>{{Cite web |url=http://www.kgs.ku.edu/Extension/fossils/insect.html |title=GeoKansas--Fossil Isects |website=www.kgs.ku.edu |archive-url=https://web.archive.org/web/20170213043642/http://www.kgs.ku.edu/Extension/fossils/insect.html |archive-date=13 February 2017 |url-status=dead}}</ref><ref>{{Cite web |url=http://comenius.susqu.edu/biol/202/animals/protostomes/ecdysozoa/hexapoda/default.htm |title=HEXAPODA |website=comenius.susqu.edu}}</ref> Os apêndices abdominais são extremamente reduzidos, restritos apenas a extrutura externa da genitália e em alguns grupos um par de cercos sensoriais no último segmento.<ref>{{Cite journal |title=Brain anatomy in Diplura (Hexapoda) |date=2012-01-01 |last2=Szucsich |first2=Nikolaus U. |pages=26 |doi=10.1186/1742-9994-9-26 |issn=1742-9994 |pmc=3585824 |pmid=23050723 |last3=Pass |first3=Günther |volume=9 |last1=Böhm |first1=Alexander |journal=Frontiers in Zoology |issue=1}}</ref><ref>{{Cite web |url=https://projects.ncsu.edu/cals/course/ent425/text02/hexapods.html |title=The Hexapods |website=projects.ncsu.edu}}</ref><ref>{{Cite news |url=http://freethoughtblogs.com/pharyngula/2012/08/02/a-devonian-hexapod/ |title=A Devonian hexapod |date=2012-08-02 |website=Pharyngula}}</ref> |
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Dentre as adaptações vantajosas dos Hexapoda incluem-se: exploração evolutiva de genes relacionados às características dos corpos segmentados e compartimentalizados, a coevolução com as plantas (principalmente aquelas com flores), pequeno porte, capacidade de voo. |
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== Distribuição e Ecologia == |
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A importância desses animais é imensurável, visto que são elementos-chave na alimentação de outros animais, além de serem organismos redutores de nível em teias alimentares. |
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Os Hexapoda podem ser encontrados em praticamente todos os ambientes aquáticos e terrestres, incluindo a superficie dos oceânos, regiões litorâneas, riachos glaciais, entre outros. Sua enorme diversidade e sucesso ecológico se deve principalmente a sua capacidade de adaptação.<ref name=":2">{{Citar livro|url=https://www.worldcat.org/oclc/817084989|título=Os insetos : um resumo de entomologia|ultimo=J.|primeiro=Gullan, P.|data=2008|editora=ROCA|edicao=3.|local=São Paulo|isbn=9788572417020|oclc=817084989}}</ref> |
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São extremamente importantes para as cadeias ecológicas presentes em todos os ecossitemas, visto que além de incluírem a maior diversidade de animais e de biomassa viventes, são importantes polinizadores de plantas. Por esse fator, muitas espécies são essenciais para a agricultura. Alguns grupos de insetos também podem causar vetorizar agentes causadores de doenças de importância econômica e social como a Dengue, Malária, Doença de Chagas, Filariose linfática (“elefantíase"), dentre muitas outras.<ref>{{Citar periódico |url=https://entomologiaufpel.wordpress.com/index/pragas/ |titulo=Pragas |data=2010-10-05 |jornal=Coleção Didática Entomológica}}</ref> |
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== Evolução e Filogenia == |
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== Características do Subfilo Hexapoda == |
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Os [[Myriapoda|miriápodes]] foram tradicionalmente considerados o grupo vivo mais próximo de Hexapoda de acorodo com similaridades morfológicas.<ref>{{Cite web |last=Dessi |first=Giancarlo |url=http://www.giand.it/diptera/morph/?id=3&lang=en |title=Notes on Entomology: Flies. Morphology and anatomy of adults: Antennae - giand.it |website=www.giand.it |language=en}}</ref> Juntos formavam a subclasse ou subfilo [[Uniramia]] ou Atelocerata.<ref>{{Cite web |url=https://www.geol.umd.edu/~tholtz/G331/lectures/331arthr3.html |title=GEOL 331 Principles of Paleontology |website=www.geol.umd.edu}}</ref> Contudo essa proposição foi colocada em zeque na primeira década do Século 21st, dado que novas evidências morfológicas e genéticas apontam para que os Hexapoda sejam mais aparentados aos [[Crustáceo|crustáceos]].<ref>{{cite journal |title=Arthropod phylogeny based on eight molecular loci and morphology |author=Giribet, G. |year=2001 |pages=157–161 |doi=10.1038/35093097 |pmid=11557979 |volume=413 |author-link=Gonzalo Giribet |author2=Edgecombe, G.D. |author2-link=Gregory D. Edgecombe |author3=Wheeler, W.C. |author3-link=Ward C. Wheeler |name-list-style=amp |journal=[[Nature (journal)|Nature]] |issue=6852 |s2cid=4431635}}</ref><ref>{{Cite web |last=Kazlev |first=M.Alan |url=http://palaeos.com/metazoa/arthropoda/hexapoda/hexapoda.html |title=Palaeos Arthropods: Hexapoda |website=palaeos.com}}</ref><ref>{{Cite news |url=http://bioteaching.com/how-do-insects-breathe-an-outline-of-the-tracheal-system/ |title=How do insects breathe? An outline of the tracheal system {{!}} Teaching Biology |date=2012-11-26 |language=en-GB |newspaper=Teaching Biology}}</ref><ref>{{Cite journal |title=Pancrustacean phylogeny: hexapods are terrestrial crustaceans and maxillopods are not monophyletic |date=2005-02-22 |last2=Shultz |first2=J. W. |pages=395–401 |language=en |doi=10.1098/rspb.2004.2917 |pmc=1634985 |pmid=15734694 |last3=Kambic |first3=R. E. |volume=272 |last1=Regier |first1=J. C. |journal=Proceedings of the Royal Society B: Biological Sciences |issue=1561}}</ref> |
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Todos os membros desse subfilo dos Myriapoda possuem em comum como característica: um tronco subdividido em um tórax com três segmentos providos de pernas, e um abdômen com onze segmentos desprovidos de apêndices locomotores, embora algumas formas apresentam apêndices abdominais e com numero de segmentos do abdômen reduzido devido a perdas e fusões.<ref name=":1" /> Todos os hexápodos possuem ainda dois pares de maxilas e gonóporos na região terminal ou subterminal do seu corpo sendo a maioria são animais que apresentam ocelos medianos, ocelos laterais ou olhos compostos.<ref name=":1">BARNES, R.S.K.; CALOW, P. & OLIVE, P.J.W. 1995. Os invertebrados - uma nova síntese. Atheneu Ed., São Paulo. 526 p.</ref> |
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Os hexápodas não insetos já foram várias vezes considerados como parte de um único ramo evolutivo, tipicamente chamado de Classe [[Entognatha]],<ref>{{Cite web |url=http://comenius.susqu.edu/biol/202/animals/protostomes/ecdysozoa/hexapoda/hexapoda-taxonomy.html |title=HEXAPODA |website=comenius.susqu.edu}}</ref> ou vários ramos evolutivos com diferentes relações quanto à classe [[Insetos|Insecta]]. Particularmente, [[Diplura]] pode ser mais relacionado a Insecta do que [[Collembola]]<ref>{{Cite journal |title=New light shed on the oldest insect |date=2004-02-12 |last2=Grimaldi |first2=David A. |pages=627–630 |language=en |doi=10.1038/nature02291 |issn=0028-0836 |pmid=14961119 |volume=427 |last1=Engel |first1=Michael S. |journal=Nature |issue=6975 |s2cid=4431205}}</ref> ou [[Protura]]. |
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== Bibliografia == |
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Análises moleculares sugerem que hexápodes divergiram de seu grupo-irmão, os [[Anostraca]], próximo do início do [[Siluriano]] - coincidingo com a conquista do meio terrestre pelas [[Planta vascular|plantas vasculares]].<ref name="Gaunt2002">{{cite journal |url=http://www.mbe.oupjournals.org/cgi/content/abstract/19/5/748 |title=An Insect Molecular Clock Dates the Origin of the Insects and Accords with Palaeontological and Biogeographic Landmarks |date=1 May 2002 |author=Gaunt, M.W. |pages=748–761 |doi=10.1093/oxfordjournals.molbev.a004133 |issn=1537-1719 |pmid=11961108 |archive-url=https://web.archive.org/web/20050320010953/http://mbe.oupjournals.org/cgi/content/abstract/19/5/748 |archive-date=20 March 2005 |volume=19 |doi-access=free |journal=Molecular Biology and Evolution |author2=Miles, M.A. |issue=5 |url-status=dead |df=dmy-all}}</ref> |
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* RIBEIRO-COSTA, C.S. & ROCHA,R.M. da 2002. Invertebrados. Manual de aulas práticas. Holos Editora, Ribeirão Preto, SP. 226 p. [https://www.saraiva.com.br/invertebrados-manual-de-aulas-praticas-203586.html] |
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* RUPPERT, E.E., FOX, R.S. & BARNES, R.D. 2005. Zoologia dos Invertebrados. 7ª ed., Ed. Roca, São Paulo, 1145 p. [https://www.saraiva.com.br/zoologia-dos-invertebrados-7ed-2005-180127.html] |
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* BARNES, R.S.K.; CALOW, P. & OLIVE, P.J.W. 1995. Os invertebrados - uma nova síntese. Atheneu Ed., São Paulo. 526 p. [http://ib.rc.unesp.br/Home/Instituicao/DivisaoTecnicaAcademica/SecaodeGraduacao/t-invertebrados-ii.pdf] |
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* Invertebrados - 2ª Ed. 2007 BRUSCA, GARY J. / BRUSCA, RICHARD C. Guanabara Koogan; Brasil. 1092 p. [https://www.saraiva.com.br/invertebrados-2-ed-2007-1573795.html] |
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* HICKMAN, C.P., ROBERTS, L.S. & LARSON, A. 2004. Princípios integrados de Zoologia. 11ª ed., Ed. Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 846 p. [http://www.ib.usp.br/inter/0410113/index.php/bibliografia] |
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O [[cladograma]] a seguir foi adaptado de by Kjer et al. (2016):<ref name="Kjer">{{Cite journal |title=Progress, pitfalls and parallel universes: a history of insect phylogenetics |date=2016 |last2=Simon |first2=Chris |page=121 |doi=10.1098/rsif.2016.0363 |pmc=5014063 |pmid=27558853 |last3=Yavorskaya |first3=Margarita |last4=Beutel |first4=Rolf G. |volume=13 |first1=Karl M. |journal=Journal of the Royal Society Interface |issue=121 |author2-link=Chris Simon (biologist) |name-list-style=amp |last1=Kjer}}</ref> |
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Estudos apontam para o surgimento do grupo a cerca de 411 milhões de anos atrás, no [[Devoniano]].<ref>{{Citar periódico |url=https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5154178/ |titulo=Fossil record of stem groups employed in evaluating the chronogram of insects (Arthropoda: Hexapoda) |data=2016-12-13 |acessodata=2021-04-26 |jornal=Scientific Reports |ultimo=Wang |primeiro=Yan-hui |ultimo2=Engel |primeiro2=Michael S. |doi=10.1038/srep38939 |issn=2045-2322 |pmc=5154178 |pmid=27958352 |ultimo3=Rafael |primeiro3=José A. |ultimo4=Wu |primeiro4=Hao-yang |ultimo5=Rédei |primeiro5=Dávid |ultimo6=Xie |primeiro6=Qiang |ultimo7=Wang |primeiro7=Gang |ultimo8=Liu |primeiro8=Xiao-guang |ultimo9=Bu |primeiro9=Wen-jun}}</ref> A descoberta de um fóssil incompleto de um potencial inseto, ''[[Strudiella devonica]],'' tem o potencial de ajudar a compreender o vácuo no registro fóssil de Arthropoda entre 385 milhões a 325 milhões de anos atrás.<ref>{{Cite journal |title=Palaeontology: An insect to fill the gap |date=2012-08-02 |last=Shear |first=William A. |pages=34–35 |language=en |doi=10.1038/488034a |issn=0028-0836 |pmid=22859195 |volume=488 |journal=Nature |issue=7409 |s2cid=6703535}}</ref><ref>The Web page cites {{cite journal |title=A complete insect from the Late Devonian period |last2=Clément |first2=G |year=2012 |pages=82–85 |doi=10.1038/nature11281 |pmid=22859205 |last3=Nel |first3=P |last4=Engel |first4=MS |last5=Grandcolas |first5=P |last6=D'Haese |first6=C |last7=Lagebro |first7=L |last8=Denayer |first8=J |last9=Gueriau |first9=P |volume=488 |issue=7409 |journal=Nature |last1=Garrouste |first13=A |last13=Nel |first12=C |last12=Prestianni |first11=S |last11=Olive |first10=P |last10=Lafaite |first1=R |s2cid=205229663}}</ref>{{Referências}} |
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[[Categoria:Artrópodes]] |
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Hexapoda | |||||||||
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Ocorrência: 411–0 Ma | |||||||||
Classificação científica | |||||||||
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Classes e Ordens | |||||||||
Classe Insecta
Classe Entognatha
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O subfilo Hexapoda (do Grego seis pernas) compreende a maior parte das espécies de artrópodes e incluí todas as espécies de insetos, além de três pequenos grupos de artrópodes ápteros: Collembola, Protura e Diplura (que previamente já foram considerados insetos).[1][2] Atualmente compreende as classes Entognatha e Insecta. As ordens Zygentoma e Archaeognatha são de insetos sem asas (subclasse Apterygota) tendo como grupos irmãos os insetos alados, da subclasse Pterygota. Os Hexapodas são nomeados de acordo com sua característica mais distinta: Um tórax dom três pares de pernas (totalizando 6 pernas). A maior parte dos outros artrópodes possuem mais do que três pares de pernas.[3]
Morfologia
O tamanho corporal dos Hexápodas varia entre 0.5 mm a 300 mm de comprimento, sendo dividido em diferentes segmentos corporais: A cabeça, tórax, e abdômen.[4][5][6] A cabeça é composta por um presegmento que normalmente possuí olhos (ausente em Protura e Diplura),[7]seguido de seis segmentos, todos fusionados, que apresentam os seguintes apêndices:
- Segmento I. Nenhum
- Segmento II. Antena (sensorial), ausente em Protura
- Segmento III. Nenhum
- Segmento IV. Mandíbulas (Para cortar o alimento)
- Segmento V. Maxilas (Para mastigar o alimento)
- Segmento VI. Lábio (lábio inferior)
A boca se encontra entre o quarto e quinto segmento da cabeça e é coberta projeção do terceiro segmento chamado labrum (lábio superior).[8] Nos insetos verdaderios (classe Insecta) as peças bucais estão expostas (ectognathos), enquanto nos demais grupos elas são recobertas ou mantidas dentro da cabeça (endognathos). Apêndices similares ao presentes nas cabeças dos insetos são também encontrados nas cabeças de Myriapoda e Crustacea, apesar desses grupos possuírem uma antena secundária.[4][9]
O tórax dos insetos é composto por três segmentos, cada um com um par de pernas.[4][10] Como um típico artrópode aadaptado a vida terrestre, cada perna possuí um único ramo locomotor composto de cinco segmentos sem brânquias associadas. Brânquias são encontradas apenas como apêndices abdominais em fases imaturas aquáticas de alguns representantes da ordem.[11] Na maior parte dos insetos o segundo e terceiro segmento abdominal apresentam apêndices, as asas.[12] É proposto que elas possam ser homólogas as brânquias toráxicas oresentes em crustáceos, ou que possam ter se desenvolvido a partir de expansões dos próprios segmentos toráxicos.[13]
O abdômen segue segue um padrão de desenvolvimento epimórfico, onde todos os segmentos que o compõe já estão presentes ao final do desenvolvimento embrionário. A única excessão é Protura, que apresenta um desenvolvimento anamórfico onde os juvenis desenvolvem um novo segmento abdominal após cada ecdise até a fase adulta. Todos os insetos possuem onze segmentos abdominais (por vezes apresentando reduções em um ou mais segentos em diversos grupos de insetos), enquanto Protura possuí doze e Collembola apenas seis (as vezes reduzidos para quatro).[14][15] Os apêndices abdominais são extremamente reduzidos, restritos apenas a extrutura externa da genitália e em alguns grupos um par de cercos sensoriais no último segmento.[16][17][18]
Distribuição e Ecologia
Os Hexapoda podem ser encontrados em praticamente todos os ambientes aquáticos e terrestres, incluindo a superficie dos oceânos, regiões litorâneas, riachos glaciais, entre outros. Sua enorme diversidade e sucesso ecológico se deve principalmente a sua capacidade de adaptação.[19]
São extremamente importantes para as cadeias ecológicas presentes em todos os ecossitemas, visto que além de incluírem a maior diversidade de animais e de biomassa viventes, são importantes polinizadores de plantas. Por esse fator, muitas espécies são essenciais para a agricultura. Alguns grupos de insetos também podem causar vetorizar agentes causadores de doenças de importância econômica e social como a Dengue, Malária, Doença de Chagas, Filariose linfática (“elefantíase"), dentre muitas outras.[20]
Evolução e Filogenia
Os miriápodes foram tradicionalmente considerados o grupo vivo mais próximo de Hexapoda de acorodo com similaridades morfológicas.[21] Juntos formavam a subclasse ou subfilo Uniramia ou Atelocerata.[22] Contudo essa proposição foi colocada em zeque na primeira década do Século 21st, dado que novas evidências morfológicas e genéticas apontam para que os Hexapoda sejam mais aparentados aos crustáceos.[23][24][25][26]
Os hexápodas não insetos já foram várias vezes considerados como parte de um único ramo evolutivo, tipicamente chamado de Classe Entognatha,[27] ou vários ramos evolutivos com diferentes relações quanto à classe Insecta. Particularmente, Diplura pode ser mais relacionado a Insecta do que Collembola[28] ou Protura.
Análises moleculares sugerem que hexápodes divergiram de seu grupo-irmão, os Anostraca, próximo do início do Siluriano - coincidingo com a conquista do meio terrestre pelas plantas vasculares.[29]
O cladograma a seguir foi adaptado de by Kjer et al. (2016):[30]
Hexapoda |
| ||||||||||||||||||||||||||||||
Estudos apontam para o surgimento do grupo a cerca de 411 milhões de anos atrás, no Devoniano.[31] A descoberta de um fóssil incompleto de um potencial inseto, Strudiella devonica, tem o potencial de ajudar a compreender o vácuo no registro fóssil de Arthropoda entre 385 milhões a 325 milhões de anos atrás.[32][33]
Referências
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