Órgão de Corti: diferenças entre revisões
m Criação de hiperlinks |
Adicionado informações sobre envelhecimento e perda auditiva e exemplo de substância (antibióticos) Etiquetas: Editor Visual Edição via dispositivo móvel Edição feita através do sítio móvel |
||
Linha 42: | Linha 42: | ||
{{Artigo principal|Surdez}} |
{{Artigo principal|Surdez}} |
||
O tipo mais comum de deficiência auditiva é a [[Perda de audição neurossensorial|perda auditiva neurossensorial]]. Esta inclui como uma das principais causas da redução da função no órgão de Corti. Especificamente, a função de amplificação ativa das células ciliadas externas é muito sensível a danos causados por exposição ao [[Trauma acústico|trauma de sons excessivamente altos]] ou a certas drogas [[Ototoxicidade|ototóxicas |
O tipo mais comum de deficiência auditiva é a [[Perda de audição neurossensorial|perda auditiva neurossensorial]]. Esta inclui como uma das principais causas da redução da função no órgão de Corti. Especificamente, a função de amplificação ativa das células ciliadas externas é muito sensível a danos causados por exposição ao [[Trauma acústico|trauma de sons excessivamente altos]] ou a certas drogas [[Ototoxicidade|ototóxicas,]] sendo os antibióticos aminoglicosídeos<ref>{{Citar periódico |url=https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Aminoglicos%C3%ADdeo&oldid=59397547 |título=Aminoglicosídeo |data=2020-09-20 |acessodata=2023-03-28 |periódico=Wikipédia, a enciclopédia livre |lingua=pt}}</ref> os mais estudados.<ref>{{Citar periódico |url=http://www.scielo.br/j/rboto/a/hnGG4BDQdCc8YcSdrT3FKRr/?lang=pt |título=Otoproteção das células ciliadas auditivas contra a ototoxicidade da amicacina |data=2002-05 |acessodata=2023-03-28 |periódico=Revista Brasileira de Otorrinolaringologia |ultimo=Oliveira |primeiro=José Antonio A. de |ultimo2=Canedo |primeiro2=Daniel Mendes |paginas=7–13 |lingua=pt |doi=10.1590/S0034-72992002000100002 |issn=0034-7299 |ultimo3=Rossato |primeiro3=Maria}}</ref> Também, é importante ressaltar que o envelhecimento é uma causa natural da perda auditiva neurossensorial.<ref>{{citar web|ultimo=Silva|primeiro=Isabella|url=https://ares.unasus.gov.br/acervo/html/ARES/27213/1/Tipos%20de%20perda%20auditiva.pdf|titulo=Tipos de Perda Auditiva|data=2020|acessodata=27/03/2022|website=UnaSUS|arquivourl=https://ares.unasus.gov.br/acervo/html/ARES/27213/1/Tipos%20de%20perda%20auditiva.pdf|arquivodata=27/03/2023|urlmorta=não}}</ref> |
||
Uma vez que as células ciliadas externas estão danificadas elas não regeneram, e o resultado é uma perda auditiva de crescimento anormal de intensidade (conhecido como o ''recrutamento'') na parte do espectro que as células danificadas são responsáveis.<ref>{{Citar livro |url=http://books.google.com/books?id=7dLVJDTUfdAC&pg=PA27&dq=%22outer+hair+cells%22+%22organ+of+corti%22+%22hearing+loss%22#PPA29,M1 |sobrenome=Dobie |nome=Robert A. |coautor= |título=Medical-Legal Evaluation of Hearing Loss |subtítulo= |idioma=inglês |edição= |local= |editora=Thomson Delmar Learning |ano=2001 |página= |páginas= |isbn=0-7693-0052-9 |acessodata= }}</ref> As causas para a lesão do órgão de Corti são diversas, porém destacam-se ruído abrupto e intenso e exposição ao ruído (PAIR<ref>{{Citar periódico |url=https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Perda_auditiva_induzida_por_ru%C3%ADdo&oldid=65405417 |título=Perda auditiva induzida por ruído |data=2023-03-01 |acessodata=2023-03-20 |periódico=Wikipédia, a enciclopédia livre |lingua=pt}}</ref>). Essas lesões têm como consequência [[Zumbido|zumbidos]] e até tonturas, dado o fato da proximidade da cóclea e do órgão vestibular (responsável pelo equilíbrio). O principal público acometido por esse tipo de lesão auditiva são os trabalhadores industriais expostos a ruídos fortes e a ruídos constantes o dia inteiro. O diagnóstico nesses casos requer uma equipe multidisciplinar composta por um médico otorrinolaringologista e um fonoaudiólogo, porém esses casos tornam-se complexos devido a negligência ao ruído ambiental. Muitos pacientes ficam expostos a este tipo de lesão sem ao menos realizar uma [[audiometria]].<ref>{{Citar periódico |url=http://www.scielo.br/j/ramb/a/P7zTDDJRTGTs5kQgYrdRYtd/?lang=pt |título=Avaliação da surdez ocupacional |data=1998-03 |acessodata=2023-03-20 |periódico=Revista da Associação Médica Brasileira |ultimo=Silva |primeiro=A. A. |ultimo2=Costa |primeiro2=E. A. da |paginas=65–68 |lingua=pt |doi=10.1590/S0104-42301998000100013 |issn=0104-4230}}</ref> |
Uma vez que as células ciliadas externas estão danificadas elas não regeneram, e o resultado é uma perda auditiva de crescimento anormal de intensidade (conhecido como o ''recrutamento'') na parte do espectro que as células danificadas são responsáveis.<ref>{{Citar livro |url=http://books.google.com/books?id=7dLVJDTUfdAC&pg=PA27&dq=%22outer+hair+cells%22+%22organ+of+corti%22+%22hearing+loss%22#PPA29,M1 |sobrenome=Dobie |nome=Robert A. |coautor= |título=Medical-Legal Evaluation of Hearing Loss |subtítulo= |idioma=inglês |edição= |local= |editora=Thomson Delmar Learning |ano=2001 |página= |páginas= |isbn=0-7693-0052-9 |acessodata= }}</ref> As causas para a lesão do órgão de Corti são diversas, porém destacam-se ruído abrupto e intenso e exposição ao ruído (PAIR<ref>{{Citar periódico |url=https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Perda_auditiva_induzida_por_ru%C3%ADdo&oldid=65405417 |título=Perda auditiva induzida por ruído |data=2023-03-01 |acessodata=2023-03-20 |periódico=Wikipédia, a enciclopédia livre |lingua=pt}}</ref>). Essas lesões têm como consequência [[Zumbido|zumbidos]] e até tonturas, dado o fato da proximidade da cóclea e do órgão vestibular (responsável pelo equilíbrio). O principal público acometido por esse tipo de lesão auditiva são os trabalhadores industriais expostos a ruídos fortes e a ruídos constantes o dia inteiro. O diagnóstico nesses casos requer uma equipe multidisciplinar composta por um médico otorrinolaringologista e um fonoaudiólogo, porém esses casos tornam-se complexos devido a negligência ao ruído ambiental. Muitos pacientes ficam expostos a este tipo de lesão sem ao menos realizar uma [[audiometria]].<ref>{{Citar periódico |url=http://www.scielo.br/j/ramb/a/P7zTDDJRTGTs5kQgYrdRYtd/?lang=pt |título=Avaliação da surdez ocupacional |data=1998-03 |acessodata=2023-03-20 |periódico=Revista da Associação Médica Brasileira |ultimo=Silva |primeiro=A. A. |ultimo2=Costa |primeiro2=E. A. da |paginas=65–68 |lingua=pt |doi=10.1590/S0104-42301998000100013 |issn=0104-4230}}</ref> |
Revisão das 01h06min de 28 de março de 2023
Órgão de Corti | |
---|---|
Uma secção transversal da cóclea ilustrando o órgão de Corti. | |
Seção através do órgão espiral de Corti. Magnified. | |
Identificadores | |
Latim | organum spirale |
Gray | pág.1056 |
MeSH | Organ+of+Corti |
O órgão de Corti (ou "órgão espiral") é o órgão sensorioneural da orelha interna fazendo parte da cóclea. É um composto de células sensoriais (ou células ciliadas) e fibras nervosas que fazem sinapse entre si, além de estruturas anexas e de suporte.[1]
O órgão foi nomeado em homenagem ao anatomista italiano Marquês Alfonso Giacomo Gaspare Corti[2] (1822-1876), que conduziu a pesquisa microscópica do sistema auditivo dos mamíferos e o descobriu em 1850.[3]
Esse órgão é encontrado apenas em mamíferos.[4] Nos humanos, o órgão de Corti se desenvolve da 9ª semana à 30ª semana de gestação.[5] Ela evoluiu a partir da papila basilar encontrada em todos os tetrápodes, com exceção de algumas espécies derivadas que a perderam.[4]
Fisiologia da audição e o Órgão de Corti
O órgão de Corti é a estrutura que transforma a energia mecânica, que chega da orelha média, em energia elétrica. As vibrações mecânicas se tornam ondas de pressão hidráulica que se propagam pela endolinfa, gerando um potencial de ação que é transmitido pela via auditiva para que se processe o som nos centros auditivos do tronco encefálico e do córtex cerebral.
Essa estrutura é formada por alguns tipos de células:
- Células ciliadas internas: são as principais receptoras auditivas. Tem função de transformar a energia mecânica em energia elétrica;
- Células ciliadas externas: são células amplificadoras;
- Células de sustentação;
- Aferências neuronais;
- Membrana tectória: recobre o órgão e é responsável pela deflexão e hiperflexão das células ciliadas durante a vibração da membrana basilar (é sobre a membrana basilar que se situa o órgão de Corti).[6]
A perda de audição
O tipo mais comum de deficiência auditiva é a perda auditiva neurossensorial. Esta inclui como uma das principais causas da redução da função no órgão de Corti. Especificamente, a função de amplificação ativa das células ciliadas externas é muito sensível a danos causados por exposição ao trauma de sons excessivamente altos ou a certas drogas ototóxicas, sendo os antibióticos aminoglicosídeos[7] os mais estudados.[8] Também, é importante ressaltar que o envelhecimento é uma causa natural da perda auditiva neurossensorial.[9]
Uma vez que as células ciliadas externas estão danificadas elas não regeneram, e o resultado é uma perda auditiva de crescimento anormal de intensidade (conhecido como o recrutamento) na parte do espectro que as células danificadas são responsáveis.[10] As causas para a lesão do órgão de Corti são diversas, porém destacam-se ruído abrupto e intenso e exposição ao ruído (PAIR[11]). Essas lesões têm como consequência zumbidos e até tonturas, dado o fato da proximidade da cóclea e do órgão vestibular (responsável pelo equilíbrio). O principal público acometido por esse tipo de lesão auditiva são os trabalhadores industriais expostos a ruídos fortes e a ruídos constantes o dia inteiro. O diagnóstico nesses casos requer uma equipe multidisciplinar composta por um médico otorrinolaringologista e um fonoaudiólogo, porém esses casos tornam-se complexos devido a negligência ao ruído ambiental. Muitos pacientes ficam expostos a este tipo de lesão sem ao menos realizar uma audiometria.[12]
Notas
- ↑ Pujol, Rémy; Lenoir, Marc (10 de Maio de 2016). «Cóclea: Órgão espiral». Cochlea. Consultado em 8 de Abril de 2020
- ↑ «Alfonso Giacomo Gaspare Corti». Wikipedia (em inglês). 29 de janeiro de 2023. Consultado em 20 de março de 2023
- ↑ Mangabeira Albernaz, Pedro Luiz (2008). Quem Ouve Bem Vive Melhor 1ª ed. [S.l.]: Grupo Editorial Summus. p. 41. ISBN 8572550577. Consultado em 14 de dezembro de 2013
- ↑ a b Fuchs, Paul (2010). Oxford Handbook of Auditory Science: The Ear (em inglês). [S.l.]: Oxford University Press. p. 355. ISBN 019923339X
- ↑ Pujol, Rémy; Lavigne-Rebillard, Mireille (21 de Dezembro de 2016). «Desenvolvimento e plasticidade: Cóclea». Cochlea
- ↑ Paulucci, Bruno Peres (2005). «Seminário: Fisiologia da Audição». Fundação Otorrinolaringologia. Consultado em 8 de Abril de 2020
- ↑ «Aminoglicosídeo». Wikipédia, a enciclopédia livre. 20 de setembro de 2020. Consultado em 28 de março de 2023
- ↑ Oliveira, José Antonio A. de; Canedo, Daniel Mendes; Rossato, Maria (maio de 2002). «Otoproteção das células ciliadas auditivas contra a ototoxicidade da amicacina». Revista Brasileira de Otorrinolaringologia: 7–13. ISSN 0034-7299. doi:10.1590/S0034-72992002000100002. Consultado em 28 de março de 2023
- ↑ Silva, Isabella (2020). «Tipos de Perda Auditiva» (PDF). UnaSUS. Consultado em 27 de março de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 27 de março de 2023
- ↑ Dobie, Robert A. (2001). Medical-Legal Evaluation of Hearing Loss (em inglês). [S.l.]: Thomson Delmar Learning. ISBN 0-7693-0052-9
- ↑ «Perda auditiva induzida por ruído». Wikipédia, a enciclopédia livre. 1 de março de 2023. Consultado em 20 de março de 2023
- ↑ Silva, A. A.; Costa, E. A. da (março de 1998). «Avaliação da surdez ocupacional». Revista da Associação Médica Brasileira: 65–68. ISSN 0104-4230. doi:10.1590/S0104-42301998000100013. Consultado em 20 de março de 2023