Bernardo O'Higgins
Bernardo O'Higgins | |
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Bernardo O'Higgins | |
Diretor Supremo do Chile | |
Período | 16 de fevereiro de 1817 – |
Antecessor(a) | José Miguel Carrera |
Sucessor(a) | Ramón Freire |
Dados pessoais | |
Nascimento | 20 de agosto de 1778 Chillán, Chile |
Morte | 24 de outubro de 1842 (64 anos) Lima, Peru |
Profissão | militar |
Assinatura |
Bernardo O'Higgins Riquelme (Chillán, 20 de agosto de 1778 — Lima, 24 de outubro de 1842) foi um militar e estadista chileno e uma das figuras militares fundamentais do movimento de Independência do país. Considerado o "Pai da Pátria", foi também o primeiro chefe de estado do Chile independente, sob o título de Diretor Supremo, entre 1817 e 1823, quando renunciou voluntariamente ao cargo para evitar uma guerra civil, exilando-se no Peru até a sua morte.
Juventude
Bernardo O'Higgins era membro da família O'Higgins, nascido na cidade chilena de Chillán em 1778. Era filho ilegítimo de Ambrosio O'Higgins, Marquês de Osorno, que viria a tornar-se Vice-rei do Peru. Sua mãe chamava-se Isabel Riquelme, uma proeminente cidadã local e filha de Don Simón Riquelme y Goycolea, que por sua vez era membro do Cabildo de Chillán.[1]
Bernardo passou seus primeiros anos de vida com a família de sua mãe, na região sudeste do Chile. Viveu também em Talca com a família Albano, parceiros comerciais de seu pai. Aos 15 anos de idade, seu pai o enviou à Lima. Ambrosio, seu pai, era oficial público agindo pelos interesses da Coroa espanhola.
Quando tinha 17 anos, foi para Londres para completar seus estudos. O pai, apesar de ter evitado o contato pessoal com Bernardo, era o financiador de seus estudos. Na Europa, ao estudar História e Artes, Bernardo se interessou pelas ideias de independência da América e pelo Liberalismo britânico. Além disso, conheceu Francisco de Miranda, um idealista venezuelano e também apoiador dos movimentos de independência na América.[2] Influenciado por Miranda, O'Higgins afiliou-se à Maçonaria.[3]
Em 1798, O'Higgins foi para a Espanha, uma vez que as Guerras revolucionárias francesas adiaram seu retorno à América. Seu pai faleceu em 1801, deixando como herança uma grande extensão de terras próximas à cidade de Los Ángeles. O'Higgins retornou ao Chile em 1802 e, adotando legalmente o sobrenome de seu pai, passou a viver como fazendeiro. Pouco tempo depois, foi eleito representante de Laja pelo cabildo local. Em 1808, com o avanço de Napoleão sobre a Espanha, desencadearam-se uma série de acontecimentos libertários nas colônias americanas. No Chile, a elite comercial e política decidiu compor um governo autônomo em representação ao próprio rei Fernando VII - que agora encontrava-se destituído pelas tropas napoleônicas.
Independência do Chile
Em setembro de 1810, O'Higgins somou à revolta contra o domínio francês sobre a Espanha. Os líderes criollos chilenos não aceitaram o governo de José Bonaparte, o que levou à fundação de uma Junta de Governo com o objetivo de lutar pela legitimidade do reinado de Fernando VII. O dia 18 de setembro, data que em foi fundada a Junta de Governo, é celebrado oficialmente como o Dia da Independência do Chile. O'Higgins mantinha um relacionamento próximo a Juan Martínez de Rozas, um antigo amigo de seu pai e um dos líderes radicais do movimento contra Bonaparte.
Através de sua influência, O'Higgins sugeriu a criação de um Congresso como consolidação da revolta contra o Império francês. Como resultado, foi eleito deputado do primeiro Congresso Nacional do Chile. Contudo, as tensões cresciam entre os realistas e os separatistas chilenos.
Referências
- ↑ O'Higgins, Bernardo. Encyclopædia Britannica. 2008. Acessado em: 13 de outubro de 2008. 9056854
- ↑ Vicuña Mackenna, p.46-53.
- ↑ Elias Mansur Neto. O Que Você Precisa Saber Sobre Maçonaria. Universo dos Livros. p.68 ISBN 85-99187-14-7
Precedido por José Miguel Carrera |
Diretor Supremo do Chile 1817 - 1823 |
Sucedido por Ramón Freire
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