Colonização italiana da América

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Fernando I da Toscana quis colonizar um pequeno território ao norte do delta do Rio Amazonas, entre as possessões espanholas e portuguesas (mapa de 1574).

A Colonização italiana da América foi parecida com a alemã e esteve relacionada à tentativa colonizadora de Fernando I, Grão-Duque da Toscana, em 1608 no norte do Brasil, comandados pelo capitão Robert Thornton.

História[editar | editar código-fonte]

O Grão-Duque Fernando I de Médici fez a única tentativa Italiana de criar colônias na América.[1]

Para esse objetivo, o Grão-Duque organizou em 1608 uma expedição até o norte do Brasil, sob o comando do capitão inglês Thornton e com a supervisão de Sir Robert Dudley. A razão principal era desenvolver o comércio de madeira preciosa desde o Amazonas até a Itália do Renascimento, criando uma base colonial entre as possessões espanholas e portuguesas no norte atlântico da América do Sul.

Nei primi anni del Seicento Ferdinando I di Toscana valuta la possibilità di una colonia brasiliana.(Nos primeiros anos do século XVII Fernando I de Toscana considera a possibilidade de fazer uma colônia no Brasil.)[2]

Desafortunadamente, Thornton, em seu regresso da viagem preparativa em 1609 (esteve no Rio Amazonas), encontrou morto Fernando I e todo o projeto ficou anulado pelo sucessor Cosmo II.

O galeão "Santa Lucia" usado por Robert Thornton regressou com muita informação e material depois de ter feito escala na Trinidad e estava pronto para regressar à América do Sul com colonos originários de Livorno e Lucca.

Thornton, em sua viagem de quase um ano, estudou também a possibilidade de criar uma pequena colônia comercial na Guiana ou na bacia Amazônica do Brasil, explorando o Rio Amazonas e o Orinoco. O território que queria propor a Fernando I para colonizar era o da atual Guiana Francesa, ao redor de Caiena (que depois foi colonizado pelos franceses em 1630).

Colônias italianas modernas[editar | editar código-fonte]

Sucessivamente, a partir das primeiras décadas do século XIX, houve "colônias" de italianos em muitas nações latino-americanas, ainda que nunca foram controladas diretamente por autoridades italianas como possessões coloniais.

A primeira "colônia" desse tipo foi tentada pelo ítalo-venezuelano Luigi Castelli, que em 1841 quis criar uma comunidade colonial de toscanos e piemonteses na Venezuela para favorecer a agricultura local. Desafortunadamente o barco naufragou no Mediterrâneo.[3]

Varias dessas "colônias" italianas foram criadas na segunda metade do século XIX especialmente no Uruguai, Argentina, Chile, México, Colômbia, Equador e na Região Sul do Brasil. Em muitas dessas comunidades italianas, entretanto se fala o italiano (ou seus dialetos), como por exemplo em Rafaela da Argentina, Capitan Pastene[4] do Chile, em Chipilo do México ou em Nova Veneza em Santa Catarina (onde se utiliza o Talian brasileiro).

Hoje em dia, graças a esta colonização italiana, na Argentina e Uruguai 50% da população descende de italianos, sendo, percentualmente, as maiores colônias italianas do mundo. Segundo os dados oficiais do Ministero degli Affari Esteri na Venezuela residem 124.133 italianos nascidos na Itália. Com essa cifra, a Venezuela possui a terceira maior comunidade italiana da América Latina; entretanto, os descendentes de italianos nascidos na Venezuela, superam os 900.000 habitantes.

Necessário precisar que nenhuma dessas "colônias" esteve relacionada com as verdadeiras colônias do Império Italiano.

Referências

  1. Ridolfi, R. Pensieri medicei di colonizzare il Brasile, in «Il Veltro», Roma, luglio-agosto 1962, pp. 1-18
  2. «"Los italianos en Brasil", de Matteo Sanfilippo» (em italiano) 
  3. Marisa Vannini. Italia y los Italianos en la historia y en la cultura de Venezuela. Oficina Central de Información (Ministerio del Interior). Caracas, 1966
  4. «Historia y fotos de la "colonia" italiana de Capitan Pastene». Consultado em 21 de novembro de 2011. Arquivado do original em 30 de junho de 2009 

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Franzina, Emilio. Storia dell'emigrazione italiana. Donzelli Editore. Roma, 2002 ISBN 88-7989-719-5
  • Ridolfi, R. Pensieri medicei di colonizzare il Brasile, en «Il Veltro» (luglio-agosto de 1962). Roma, 1962
  • Sanfilippo, Matteo. Gli Italiani in Brasile. Edizioni Sette Cittá. Viterbo, 2008

Ver também[editar | editar código-fonte]