Estação Ferroviária de Paradela

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Paradela
Administração: Infraestruturas de Portugal (norte)[1]
Linha(s): Linha do Vouga (PK 71,936)
Altitude: 84.50 m (a.n.m)
Coordenadas: 40°42′13.92″N × 8°21′37.39″W

(=+40.70387;−8.36039)

Mapa

(mais mapas: 40° 42′ 13,92″ N, 8° 21′ 37,39″ O; IGeoE)
Município: border link=Sever do VougaSever do Vouga
Serviços: sem serviços
Encerramento: 1 de janeiro de 1990 (há 34 anos)
 Nota: Para outras infraestruturas e equipamentos de transporte público com nomes semelhantes ou relacionados, veja Estação Ferroviária da Trofa, Apeadeiro de Parada, Apeadeiro de Parada de Aguiar, Estação Ferroviária de Parada de Gonta ou Parada.

A Estação Ferroviária de Paradela, igualmente conhecida como de Paradela - Sever do Vouga, foi uma gare da Linha do Linha do Vouga, que servia as localidades de Sever do Vouga e Paradela, no Distrito de Aveiro, em Portugal.

Antiga estação de Paradela, em 2014.

Descrição[editar | editar código-fonte]

Este interface situa-se na localidade epónima, distando de 4,8 km (com desnível acumulado de +273−68 m) da sede de concelho que nominalmente serve.[2]

A superfície dos carris (plano de rolamento) da estação ferroviária de Paradela ao PK 71+900 situava-se à altitude de 8450 cm acima do nível médio das águas do mar.[3] O edifício de passageiros situa-se do lado sudeste da via (lado direito do sentido ascendente, para Viseu).[4][5]

História[editar | editar código-fonte]

Fábrica de Moagem do Vouga, que se situava junto à estação de Paradela.

Planeamento e inauguração[editar | editar código-fonte]

Em 11 de Julho de 1889, Francisco Palha foi autorizado a construir uma via férrea de via estreita entre Espinho e Torre de Eita, transitando, entre outras localidades, por Sever do Vouga.[6] Nos finais do Século, o traçado foi alterado de forma a terminar em Viseu, tendo permanecido a passagem por Sever do Vouga, que se considerava que seria uma das localidades mais importantes a serem servidas por aquele caminho de ferro.[7]

Esta interface estava no troço entre Foz do Rio Mau e Ribeiradio, que entrou ao serviço em 4 de Novembro de 1913.[8] A Linha do Vouga foi construída pela Compagnie Française pour la Construction et Exploitation des Chemins de Fer à l'Étranger.[9]

Nos horários de 1939, esta interface aparecia com o nome de Paradela.[10]

Um diploma publicado no Diário do Governo n.º 119, II Série, de 25 de Maio de 1951, aprovou o projecto para uma passagem inferior rodoviária no PK 72,134.08.[11]

Transição para a CP[editar | editar código-fonte]

Em 1 de Janeiro de 1947, a Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses passou a explorar a Linha do Vouga.[12]

Encerramento e recuperação[editar | editar código-fonte]

O lanço da Linha do Vouga entre Sernada do Vouga e Viseu (incl. Paradela) foi encerrado em 2 de Janeiro de 1990, pela empresa Caminhos de Ferro Portugueses.[13]

Após o encerramento, o edifício da estação ficou em estado de ruína[14], até que em Maio de 2011 o Conselho de Administração da Sociedade Polis Litoral Ria de Aveiro autorizou a adjudicação da empreitada para a recuperação da antiga Estação, ao consórcio Arada, Lda., Manindustria, Lda., e Preligaz Lda., por cerca de 238 mil euros.[15] Esta intervenção teria uma duração de cerca de 5 meses, e tinha como objectivo a reconversão do antigo edifício num pólo de apoio à ecopista da Linha do Vouga, albergando balneários, uma loja de aluguer de bicicletas com capacidade para pequenas reparações, e um centro de interpretação ambiental com restaurante e esplanada.[15] A Rede Ferroviária Nacional cedeu o edifício à Câmara Municipal de Sever por cerca de 40 mil euros, tendo a cerimónia de entrega decorrido no dia 13 de Julho de 2012.[14]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. Diretório da Rede 2025. I.P.: 2023.11.29
  2. OpenStreetMaps / GraphHopper. «Cálculo de distância rodoviária». Consultado em 9 de junho de 2022 
  3. Linha do Vale do Vouga. Companhia Portugueza para a Construção e Exploração de Caminhos de Ferro: s.l., s.d. (Mapa e tabela de distâncias e altitudes.)
  4. (anónimo): Mapa 20 : Diagrama das Linhas Férreas Portuguesas com as estações (Edição de 1985), CP: Departamento de Transportes: Serviço de Estudos: Sala de Desenho / Fergráfica — Artes Gráficas L.da: Lisboa, 1985
  5. Diagrama das Linhas Férreas Portuguesas com as estações (Edição de 1988), C.P.: Direcção de Transportes: Serviço de Regulamentação e Segurança, 1988
  6. «Efemérides» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 51 (1225). 1 de Janeiro de 1939. p. 43-48. Consultado em 24 de Março de 2015 – via Hemeroteca Digital de Lisboa 
  7. CORDEIRO, Xavier (6 de Janeiro de 1950). «Há 50 anos» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 62 (1489). p. 743. Consultado em 23 de Março de 2015 – via Hemeroteca Digital de Lisboa 
  8. SOUSA, José Fernando de (16 de Dezembro de 1933). «As Linhas do Vale do Vouga e o seu Congresso Ferroviário» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 46 (1104). p. 643-646. Consultado em 24 de Março de 2015 – via Hemeroteca Digital de Lisboa 
  9. TORRES, Carlos Manitto (16 de Março de 1958). «A evolução das linhas portuguesas e o seu significado ferroviário» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 71 (1686). p. 133-140. Consultado em 24 de Março de 2015 – via Hemeroteca Digital de Lisboa 
  10. «Viagens e Transportes» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 51 (1240). 16 de Agosto de 1939. p. 398. Consultado em 24 de Março de 2015 – via Hemeroteca Digital de Lisboa 
  11. «Parte Oficial» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 64 (1525). 1 de Julho de 1951. p. 194-196. Consultado em 24 de Março de 2015 – via Hemeroteca Digital de Lisboa 
  12. AGUILAR, Busquets de (1 de Junho de 1949). «A Evolução História dos Transportes Terrestres em Portugal» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 62 (1475). p. 383-393. Consultado em 24 de Março de 2015 – via Hemeroteca Digital de Lisboa 
  13. «CP encerra nove troços ferroviários». Diário de Lisboa. Ano 69 (23150). Lisboa: Renascença Gráfica. 3 de Janeiro de 1990. p. 17. Consultado em 16 de Janeiro de 2021 – via Casa Comum / Fundação Mário Soares 
  14. a b COSTA, Zulay (14 de Julho de 2012). «Estação de Paradela renasce para apoiar ecopista». Jornal de Notícias 
  15. a b SILVA, José (10 de Maio de 2011). «Sever do Vouga: Adjudicada recuperação da antiga estação de Paradela». Diário de Aveiro. Consultado em 24 de Março de 2015 
O Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre a estação de Paradela

Leitura recomendada[editar | editar código-fonte]

  • SILVA, José; RIBEIRO, Manuel (2007). Os Comboios em Portugal. Volume III 1.ª ed. Lisboa: Terramar - Editores, Distribuidores e Livreiros, Lda. 203 páginas. ISBN 978-972-710-408-6 
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