Giulio Starace

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Giulio Starace
Giulio Starace
Nascimento 6 de abril de 1887
Giugliano, Nápoles, Itália
Morte 31 de março de 1952 (65 anos)
São Paulo, São Paulo, Brasil
Nacionalidade Italiana
Cidadania Itália
Ocupação escultor

Giulio Starace, também conhecido como Julio Starace (Giugliano, 6 de abril de 1887São Paulo, 31 de março de 1952[1]) foi um importante escultor italiano que construiu sua carreira no Brasil.

Adepto do neoclassicismo e do realismo, esculpiu obras importantes em bronze, mármore e granito, que estão em diversas cidades do Estado de São Paulo e de Minas Gerais. Torna-se inicialmente conhecido pela execução de bustos de personagens públicas e arte tumular, sendo mais tarde celebrado pelos grandes monumentos em praças públicas[2].

Carreira[editar | editar código-fonte]

Aluno da Real Academia de Belas Artes de Nápoles e discípulo do escultor Filippo Cifariello.

Na Itália, ganhou os seguintes prémios:

  • 1910: Sociedade de Belas Artes "Salvador Rosa";
  • 1911: exposição "Promotrice", na Escola de Belas Artes de Nápoles;
  • 1911: Exposição Internacional de Arezzo: medalha de prata[3].

Migrou para a América do Sul em 1911, passando pela Argentina (onde realizou algumas obras) e fixando-se no Brasil em 1912[4], aos 25 anos. Estabeleceu-se desde então em São Paulo e tornou-se professor do importante Liceu de Artes e Ofícios[5].

Casou-se em 1914 com Lady Bayeux[6], pertencente de uma tradicional família de Campinas, cidade do Estado de São Paulo (a qual família pertencia também a pintora Nicota Bayeux).

Seu ateliê permaneceu no Liceu até 1930. A partir daí, transferiu seu estúdio em sua casa na Alameda Tietê, 460, nas proximidades da Avenida Paulista, região ocupada pela elite paulistana.

Realizou exposições individuais de suas obras em 1913 e 1936. Foi um artista muito celebrado, gozando do reconhecimento de seus pares e da sociedade. Participou de diversos concursos que contaram com a execução de suas obras em praças e parques públicos.

Obras mais conhecidas[editar | editar código-fonte]

Fonte dos amores (1930)

Bustos[editar | editar código-fonte]

Arte Funerária[editar | editar código-fonte]

Monumentos em praças públicas[editar | editar código-fonte]

  • Minas ao Brasil (1930): bronze. Instalado na cidade de Poços de Caldas. Dimensões. 5,70 m de largura x 8,10m de altura;[13]
  • Fonte dos Amores (1930): mármore. Instalada na cidade de Poços de Caldas;
  • Monumento à Civilização Mineira (1930): situado na Praça da Estação em Belo Horizonte.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. «Certidão de óbito n.2622/ "Brasil, São Paulo, Registro Civil, 1925-1995"». FamilySearch. 15 de abril de 2022. Consultado em 19 de novembro de 2023 
  2. Mauro, Sergio (1940). «O monumento à glória de Oswaldo Cruz». Hemeroteca Digital Brasileira. Carioca (n.237): p.30. Consultado em 20 de novembro de 2023 
  3. «Quem é o autor do "Monumento da Terra Mineira"». Hemeroteca Digital Brasileira. O Paiz (n.16702/16703): p.1. 15 de julho de 1930. Consultado em 20 de novembro de 2023 
  4. «A obra do escultor Starace». Hemeroteca Digital Brasileira. O Cruzeiro (n.54): p.32. 14 de novembro de 1931 
  5. Coelho, Gonçalo (14 de dezembro de 1912). «Chronica de Arte». Hemeroteca Digital Brasileira. Correio Paulistano (n.17743): p.1. Consultado em 20 de novembro de 2023 
  6. «Núpcias». Hemeroteca Digital Brasileira. Correio Paulistano (n.18151): p.2. 30 de janeiro de 1914. Consultado em 20 de novembro de 2023 
  7. «Busto do Dr. Compos Salles». Hemeroteca Digital Brasileira. O Pirralho (n.101): p.8. 26 de julho de 1913. Consultado em 20 de novembro de 2023 
  8. «Dr. Horacio Lane». Hemeroteca Digital Brasileira. O Pirralho (n.159): p.13. 31 de outubro de 1914. Consultado em 20 de novembro de 2023 
  9. «Inauguração da herma de dr. Candido Motta». Hemeroteca Digital Brasileira. Correio Paulistano (n.20405): p.1. 24 de abril de 1920. Consultado em 19 de novembro de 2023 
  10. «O dia dos mortos. Uma visita aos cemitérios no dia de hontem.». Hemeroteca Digital Brasileira. Correio Paulistano (n.22009): p.3. 4 de novembro de 1924. Consultado em 19 de novembro de 2023 
  11. «Os monumentos da saudade». Hemeroteca Digital Brasileira. Diário da Noite (n.928): p.3. 8 de outubro de 1927. Consultado em 19 de novembro de 2023 
  12. a b Resolução n.08/2017 do Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental (CONPRESP) da Prefeitura de São Paulo.
  13. «Em Poços de Caldas, serão inaugurados amanhã, naquella estância, dois monumentos de autoria de Julio Starace». Hemeroteca Digital Brasileira. Correio Paulistano (n.23951): p.16. 26 de agosto de 1930. Consultado em 19 de novembro de 2023 
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