Incêndio no Porto de Santos em 2015

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Incêndio no Porto de Santos em 2015
Localização Porto de Santos, São Paulo Santos,  Brasil
Duração 2 - 10 de abril de 2015
Área queimada 183 871
Fonte de início Tanques de gasolina e etanol da empresa Ultracargo
Feridos 15

O Incêndio no Porto de Santos em 2015 foi um incêndio em tanques de gasolina e etanol da empresa Ultracargo, localizado no porto de Santos, na Baixada Santista.[1] O incêndio teve início no dia 2 de abril, por volta das 10 horas, e foi extinguido completamente apenas em 10 de abril, totalizando nove dias de incêndio.[2] O incêndio trouxe várias consequências para os moradores das redondezas como complicações respiratórias e chuva ácida.[2] Para tentar conter as chamas, foram utilizados mais de oito bilhões de litros de água salgada, que posteriormente retornou ao mar e causou a morte de sete toneladas de peixes, por conta da diminuição da taxa de oxigênio na água.[3] Além disso, cerca de 426 mil litros de espuma e outros produtos químicos, como o fornecido pela Infraero por meio de uma avião Força Aérea Brasileira (FAB),[4] foram utilizados para combater o evento.[5]

Segundo o Ministério Público Federal (MPF), o acidente foi ocasionando por falha operacional nas tubulações de sucção e descarga de bombas, as quais operavam fechadas e levaram à ruptura de uma válvula.[5]

Consequências[editar | editar código-fonte]

Parte da água, a espuma e produtos químicos utilizados no combate ao incêndio não ficaram contidos no terminal portuário e atingiram regiões de manguezal e estuário de Santos à temperatura de 36°C. Esse fato levou à morte de cerca de nove toneladas de 142 espécies de peixes, das quais 15 estavam ameaçadas de extinção.[5]

Desta forma, a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) aplicou multa de R$22,5 milhões ao grupo Ultracargo por lançamento de efluentes líquidos nas águas, efluentes gasosos na atmosfera, mortandade de peixes e por colocar em risco as comunidades próximas. Além disso, o órgão ambiental exigiu que a empresa aprimore suas instalações de modo a obter a licença ambiental necessária para readequar seu complexo de tanques de armazenamento de produtos químicos.[6]

O Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP) pede uma indenização no valor de R$3,6 bilhões em função dos danos ambientais causados pela empresa.[7] Até o momento, no entanto, foi assinado acordo no valor de R$67,3 milhões entre o MPF, MP e a Ultracargo para compensação à comunidade local em relação aos danos causados.[5]

Este artigo é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o. Editor: considere marcar com um esboço mais específico.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. «Incêndio provoca explosões em área industrial de Santos, SP». G1. Consultado em 26 de março de 2016 
  2. a b «Bombeiros anunciam fim do incêndio que atingiu Santos, SP, durante 9 dias». G1. Consultado em 26 de março de 2016 
  3. «Sete toneladas de peixes mortos são retiradas de rio durante incêndio». G1. Consultado em 26 de março de 2016 
  4. Cruz, Fernanda (7 de abril de 2015). «Santos recebe ajuda da FAB para combater incêndio em tanques da Ultracargo». Agência Brasil. Consultado em 3 de setembro de 2023 
  5. a b c d «Acordo de R$ 67,3 mi para danos ambientais causados por incêndio em tanques é assinado em SP». G1. 15 de maio de 2019. Consultado em 3 de setembro de 2023 
  6. «Ultracargo paga 16 milhões de multa por danos ambientais » CETESB - Companhia Ambiental do Estado de São Paulo». 18 de março de 2016. Consultado em 3 de setembro de 2023 
  7. «MP divulga laudo e pede multa de R$ 3,6 bilhões por incêndio na Ultracargo». G1. 29 de novembro de 2016. Consultado em 3 de setembro de 2023