John Sinclair

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John Sinclair
John Sinclair
John Sinclair en 2008.
Nascimento 2 de outubro de 1941
Flint, Michigan
Morte 2 de abril de 2024 (82 anos)
Detroit, Michigan
Cidadania Estados Unidos
Cônjuge Leni Sinclair
Alma mater
Ocupação poeta, ativista político, locutor de rádio, talent manager
Causa da morte insuficiência cardíaca
Página oficial
http://www.johnsinclair.us

John Sinclair (Flint, 2 de outubro de 1941Detroit, 2 de abril de 2024) foi um poeta norte-americano. Envolvido com a cena de Detroit, ele já foi empresário da banda MC5 e líder do White Panther Party — um grupo militante antirracista contracultural de socialistas brancos com o objetivo de ajudar os Panteras Negras no movimento dos Direitos Civis - de novembro de 1968 a julho de 1969. John frequentou a Faculdade Flint da Universidade de Michigan, hoje Universidade de Michigan-Flint. Durante a sua estadia na UM-Flint, John serviu no Quadro de Publicações da universidade, no jornal escolar "the word", e foi o presidente do Grêmio de Cinema. Ele se formou em 1964.[1]

Ativismo nos anos 1960[editar | editar código-fonte]

Sinclair esteve envolvido na reorganização do jornal underground de Detroit Fifth Estate, durante a ascensão da publicação no final dos anos 1960. O Fifth Estate continua a publicar atualmente, fazendo deste um dos jornais alternativos há mais tempo continuamente publicados nos Estados Unidos. Sinclair também contribuiu para a formação da Detroit Artists Workshop Press (Imprensa da Oficina de Artistas de Detroit), que publicou cinco números da revista Work. John trabalhou como escritor de jazz para a Downbeat Magazine de 1964 a 1965, sendo um franco defensor do novo movimento emergente de Free Jazz de vanguarda. John foi um dos "Novos poetas" que leu na Conferência Poética de Berkeley em julho de 1965.

Detenção e prisão[editar | editar código-fonte]

Depois de uma série de condenações por posse de cannabis, Sinclair foi sentenciado a dez anos de prisão em 1969, depois de ter dado dois cigarros de marijuana a um agente do departamento de narcóticos que estava disfarçado[2] Essa sentença inspirou Abbie Hoffman a pular no palco durante a apresentação do The Who no Festival de Woodstock para protestar. Isso também deu origem ao "Free John Now Rally", uma reunião de shows e discursos na Crisler Arena em Ann Arbor realizada em dezembro de 1971 para pedir a liberdade de Sinclair. O evento reuniu um público de esquerda, incluindo os músicos pop John Lennon (que gravou a canção "John Sinclair" em seu álbum Some Time in New York City), Yoko Ono, David Peel, Stevie Wonder, Phil Ochs e Pete Seeger, os músicos de jazz Archie Shepp e Roswell Rudd, e Allen Ginsberg, Abbie Hoffman, Rennie Davis, David Dellinger, Jerry Rubin, e Bobby Seale, os quais foram oradores durante o evento.[3][4] Três dias depois da reunião, Sinclair foi libertado da prisão, quando o Supremo Tribunal de Michigan regulou que as leis do estado sobre a marijuana eram inconstitucionais. Esses eventos inspiraram a criação da reunião anual em Ann Arbor Hash Bash, que continua a acontecer, e contribuiu para o percurso da descriminalização da marijuana sob a licença da prefeitura de Ann Arbor.

Morte[editar | editar código-fonte]

Sinclair morreu em 2 de abril de 2024, aos 82 anos, no Detroit Receiving Hospital devido à insuficiência cardíaca.[5]

Discografia[editar | editar código-fonte]

John Sinclair gravou vários de seus poemas e ensaios. Nesses álbuns, músicos de blues e jazz fornecem paisagens sonoras psicodélicas para acompanhar sua entrega:[6]

John Sinclair[editar | editar código-fonte]

  • Thelonious Volume 1: A Book of Monk (1996) Blue Notes, Alive Records, New Alliance
  • Underground Issues (2000)[7]
  • Der Pfähler (2005) Verlagsgr[7]
  • It's All Good (2005)[7]
  • No Money Down: Greatest Hits, Volume 1 (2005)[7]
  • Fattening Frogs For Snakes, Volume Two: Country Blues (2005) Okra-Tone[7]
  • Country Blues (2005) No Cover Productions[7]
  • Guitar Army (2007)[7]
  • It's All Good: A John Sinclair Reader (2010)[7]
  • Song of Praise — Homage to John Coltrane (2011)[7]
  • Beatnik Youth (2012) Iron Man[7]
  • Conspiracy Theory (2012)[7]
  • Viperism (2012)[7]
  • Fattening Frogs For Snakes, Volume Four: Natural From Our Hearts[7]
  • Mohawk (2014) Iron Man[7]
  • Beatnik Youth Ambient (2017[7]
  • Mobile Homeland (2017)[7]
  • Beatnik Youth (2017)[7]

John Sinclair & His Blues Scholars[editar | editar código-fonte]

  • Full Moon Night (1994)[7]
  • Total Energy (1995)[7]
  • Full Circle (1997) Alive Records[7]
  • White Buffalo Prayer (2000)
  • Fattening Frogs For Snakes, Volume Three: Don't Start Me To Talking (2009)[7]

John Sinclair & Ed Moss with The Society Jazz Orchestra[editar | editar código-fonte]

  • If I Could Be With You (1996)[7]

John Sinclair & His Boston Blues Scholars[editar | editar código-fonte]

  • If I Could Be With You (1996)[7]
  • Steady Rollin' Man Live (2001) TriPup Records[7]
  • Fattening Frogs For Snakes, Volume One: The Delta Sound (2002)[7]
  • KnockOut (2002)

John Sinclair & Monster Island[editar | editar código-fonte]

  • PeyoteMind (2002). As reflexões de Sinclair, inspiradas em uma viagem de peyote que ele teve em 1963, são musicadas por Cary Loren para Monster Island.[8]

John Sinclair & Mark Ritsema[editar | editar código-fonte]

  • Criss Cross (2007) Big Chief[7]

John Sinclair & Pinkeye[editar | editar código-fonte]

  • Tearing Down the Shrine of Truth & Beauty (2008)[7]

John Sinclair & His Motor City Blues Scholars[editar | editar código-fonte]

  • Detroit Life (2008) CD Baby[7]

John Sinclair & Planet D Nonet[editar | editar código-fonte]

  • Viper Madness (2010) No Cover Productions[7]

John Sinclair & His International Blues Scholars[editar | editar código-fonte]

  • Let's Go Get 'Em (2011)[9]
  • Live at the Scarab Club Presents: Monk's Dream Eld[7]

John Sinclair & Hollow Bones[editar | editar código-fonte]

  • Honoring The Local Gods (2011) Straw2Gold[7]
  • Die Nacht des Schwarzen Drachen[7]

Referências

  1. University of Michigan-Flint Yearbook 1964
  2. Cadogan, Patrick (2008). The Revolutionary Artist: John Lennon's Radical Years. [S.l.]: Lulu. ISBN 978-1-4357-1863-0 
  3. Agis Salpukas, "15,000 Attend Michigan U. Rally to Protest Jailing of Radical Poet," New York Times, 12 December 1971, p. 76.
  4. Barrett, Jane (16 de dezembro de 1971), «John Sinclair: The Rally and the Release», Village Voice, consultado em 14 de fevereiro de 2010 [ligação inativa] 
  5. Householder, Mike (2 de abril de 2024). «John Sinclair, a marijuana activist who was immortalized in a John Lennon song, dies at 82». The Washington Post (em inglês). Consultado em 2 de abril de 2024 
  6. «John Sinclair – Time Line from 1941 to 2018. A Life's work to date…..». Ironman Records. 14 de novembro de 2020. Consultado em 6 de abril de 2024. Cópia arquivada em 7 de abril de 2024 
  7. a b c d e f g h i j k l m n o p q r s t u v w x y z aa ab ac ad ae af Campbell, Al. «John Sinclair Biography by Al Campbell». allmusic.com. Consultado em 3 de abril de 2024. Cópia arquivada em 3 de abril de 2024 
  8. «Monster Island and John Sinclair». discogs.com. Consultado em 2 de abril de 2024. Cópia arquivada em 3 de abril de 2024 
  9. Stevefly (4 de julho de 2020). «John Sinclair And His International Blues Scholars – Let's Go Get Em' (Album)». Radio Free Amsterdam. Consultado em 3 de abril de 2024. Cópia arquivada em 3 de abril de 2024 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]