Lilian Maus

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Lilian Maus (Salvador, 1983) é uma artista visual e professora do Instituto de Artes da UFRGS, que reside entre Porto Alegre e Osório, no Rio Grande do Sul. A artista participa de ações de residência e expõe no Brasil e exterior desde 2005, explorando em suas obras diferentes linguagens incluindo escultura, instalação, audiovisual, fotografia, desenho e pinturas que, entre outros temas, envolvem uma investigação sobre a fenomenologia da paisagem e ações coletivas que busquem uma relação entre arte, ciência e educação, valorizando o patrimônio cultural e paisagístico.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Lilian realizou toda a sua trajetória acadêmica na UFRGS, da graduação ao doutorado. Ela se formou em 2005 como Bacharel em Artes Plásticas: Desenho em 2009 no curso de Licenciatura em Artes Visuais. Também conquistou o título de mestre em 2010, no curso História,Teoria e Crítica de Arte e doutorado em 2016 em Poéticas Visuais. Atuou como gestora do Atelier Subterrânea (2006-2015), espaço independente em Porto Alegre.Como pesquisadora, organizou publicações, destacando-se o livro de artista Estudos sobre a terra (2017).[1]

Lilian tem diversos prêmios na sua área, dentre eles estão prêmios da Funarte e o Prêmio Açorianos, bem como da Secretaria Municipal da Cultura do Rio Grande do Sul e Pernambuco.[2][3]

Em 2022, passou a coordenar o Programa de Extensão, Histórias e Práticas Artísticas do Departamento de Artes Visuais do Instituto de Artes da UFRGS junto da professora Camila Schenkel.[4]

Obra[editar | editar código-fonte]

No projeto Linhas Cruzadas (2021) a artista buscou explorar as raízes da região, desenvolvendo seu trabalho durante a Residência Artística Casco (financiada pela Lei Aldir Blanc), contando com a colaboração da comunidade de Osório e Distrito de Passinhos para realizar o conjunto de obras que conta com produções em audiovisual, fotografia e pintura. As obras têm por intenção relacionar mitos e relatos históricos dessas paisagens naturais e perpassadas por trilhos, linhas telefônicas, embarcações, rodovias, estabelecendo redes de conexão entre pessoas, tecnologias e outras linguagens de comunicação. Além de trazer em sua poética às lendas a cerca da região e seu desenvolvimento, há também no projeto um objetivo de envolver o público de forma sensível e chamar atenção para a região e sua questão ambiental. O projeto foi exposto em 2021 na Fundação Força e Luz em Porto Alegre.[5][6]

A artista também trabalhou o imaginário da cidade de Osório no trabalho Navegação Interior (2017-2020) que apresenta obras em fotografia, aquarela e produção audiovisual. Lilian conta que “na companhia do Biguá, apelido atribuído pelos colegas de profissão ao pescador José Ricardo de Queirós, aventurei-me nas águas do município de Osório, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul, onde tenho meu ateliê cercado por 23 lagoas. No começo de tudo, havia uma artista-viajante cujo desejo era sair à caça de imagens, histórias e lendas para desvelar, se bem sucedida fosse, os mistérios dessa paisagem estranhamente familiar.”[7]

Prêmios[editar | editar código-fonte]

2011[editar | editar código-fonte]

  • Prêmio Açorianos, Secretaria Municipal da Cultura de Porto Alegre, Destaque: Espaço Institucional (Atelier Subterrânea);[8]

2012[editar | editar código-fonte]

  • Prêmio Rede Nacional Funarte Artes Visuais 2012 – Projeto Vetor;[2]

2013[editar | editar código-fonte]

  • Prêmio Funarte Mulheres nas Artes Visuais 2013. Projeto Atelier como espaço de conversa;[9]

2018[editar | editar código-fonte]

  • Prêmio Açorianos de Artes Visuais, Secretaria Municipal da Cultura de Porto Alegre, Destaque em Exposição Coletiva: Salta d’água: dimensões críticas da paisagem, curadoria Diego Hasse e Eduardo Veras;[3]

Publicações[editar | editar código-fonte]

2012[editar | editar código-fonte]

  • Organização e introdução de Onde o desenho germina (Ed. Panorama Crítico, Porto Alegre);[10]

2017[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b «200 anos da viagem de Saint-Hilaire ao Rio Grande do Sul – Histórias e Práticas Artísticas» (em inglês). Consultado em 24 de agosto de 2022 
  2. a b Costa, Izabel (2013). «Rede Nacional Funarte de Artes Visuais» (PDF). FUNARTE. Rede Nacional Funarte de Artes Visuais. 9: 140. Consultado em 10 de agosto de 2022 
  3. a b «Confira os indicados ao Prêmio Açorianos de Artes Visuais». GZH. 7 de março de 2018. Consultado em 9 de agosto de 2022 
  4. «Sobre – Histórias e Práticas Artísticas» (em inglês). Consultado em 16 de maio de 2022 
  5. «Lilian Maus cria jangadas para navegar em lenda na mostra "Linhas Cruzadas"». GZH. 11 de maio de 2021. Consultado em 1 de junho de 2022 
  6. Comércio, Jornal do (17 de maio de 2021). «Trabalho de Lilian Maus evoca preservação da memória e proteção ambiental». Jornal do Comércio. Consultado em 1 de junho de 2022 
  7. «'Navegação interior', individual de Lilian Maus, traz imagens de uma paisagem estranhamente familiar». CartaCampinas. 9 de fevereiro de 2020. Consultado em 1 de junho de 2022 
  8. Alegre, Prefeitura Municipal de Porto. «SMC». www2.portoalegre.rs.gov.br. Consultado em 9 de agosto de 2022 
  9. Noticias, Funarte (2 de maio de 2014). «Funarte lança mais quatro editais na área das Artes Visuais». Funarte Noticias. Consultado em 9 de agosto de 2022 
  10. «Onde o desenho germina». Panorama Crítico. 4 de novembro de 2021. Consultado em 24 de agosto de 2022