Lopo de Castro

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Lopo de Castro

Lopo de Castro
Deputado federal pelo Pará
Período 1955-1957
1964-1967
Prefeito de Belém
Período 1951-1953
1957-1961
Antecessor(a) Rodolfo Chermont
Celso Malcher
Sucessor(a) Celso Malcher
Moura Carvalho
Dados pessoais
Nascimento 21 de setembro de 1911
Belém, PA
Morte 1 de agosto de 2000 (88 anos)
[nota 1]
Alma mater Universidade Federal do Rio de Janeiro
Cônjuge Conceição Lobato de Castro
Partido PSP, ARENA, PDS, PPR, PPB
Profissão médico, empresário

Lopo do Amazonas Alvarez da Silva de Castro (Belém, 21 de setembro de 1911[nota 1]1º de agosto de 2000), mais conhecido como Lopo de Castro, foi um médico, empresário e político brasileiro, outrora prefeito de Belém e deputado federal pelo Pará.[1][2][3]

Dados biográficos[editar | editar código-fonte]

Filho de Liberato Magno da Silva Castro e Consuelo Alvarez de Castro. Médico formado em 1932 pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro, regressou à capital paraense onde foi provedor da Santa Casa de Misericórdia do Pará, superintendente estadual da Legião Brasileira de Assistência e presidente da Associação Comercial do Pará. Filiado ao PSP e foi nomeado prefeito de Belém pelo governador Zacarias Assunção em 1951, exercendo o cargo por dezessete meses.[1][nota 2] Em 1954 foi eleito deputado federal, mas renunciou ao eleger-se prefeito de Belém em 1º de setembro de 1957 para um mandato de quatro anos.[4][5][6][nota 3][nota 4]

Em 1960 teve seu nome cogitado para concorrer ao governo paraense, mas permaneceu na prefeitura de Belém até o fim do mandato. Eleito segundo suplente de deputado federal em 1962,[3] foi efetivado quando o Ato Institucional Número Um cassou alguns parlamentares conforme determinava o Regime Militar de 1964.[nota 5] Apoiou a candidatura de Zacarias Assunção ao governo paraense em 1965, num pleito vencido por Alacid Nunes. Filiado à ARENA devido à imposição do bipartidarismo, figurou como suplente de deputado federal por esta legenda em 1966, 1970 e 1978.[6]

A partir de então não concorreu a qualquer cargo público e dedicou-se a administrar seus negócios que incluíam a Rádio Guajará, TV Guajará e o jornal O Estado do Pará.[3] Ocupou as presidências do Clube Assembleia Paraense, da Casa do Pará no Rio de Janeiro, da Orquestra Sinfônica do Pará, da Associação dos Municípios do Pará e da Junta de Alistamento Militar do estado, além de membro da Sociedade Brasileira de Geografia, da Associação Interamericana de Imprensa e procurador do estado de São Paulo.[1][3]

Notas

  1. a b Não foi possível determinar seu local de falecimento.
  2. Nomeado pelo governador em 15 de novembro de 1951, Lopo de Castro ficou no cargo até 8 de abril de 1953.
  3. Conforme o Jornal do Brasil, Lopo de Castro teve 37.676 votos (60,46%) contra Dionísio Bentes, que teve 24.645 votos (39,54%). Antes de assumir como prefeito, Castro renunciou ao mandato de deputado federal em prol de Rui Barata.
  4. Em 1959, sofreu um grave acidente de automóvel que o manteve afastado do cargo por seis meses, tendo sido substituído pela presidente da Câmara Municipal, Alice Antunes Coelho.
  5. Em 9 de abril de 1964 foram cassados Clóvis Ferro Costa e Sílvio Braga, resultando nas efetivações de Epílogo de Campos e Lopo de Castro.

Referências

  1. a b c «Biografia de Lopo de Castro no CPDOC/FGV». Consultado em 21 de agosto de 2020 
  2. BRASIL. Câmara dos Deputados. «Biografia do deputado Lopo de Castro». Consultado em 21 de agosto de 2020 
  3. a b c d Rocque, Carlos (1997). Lopo de Castro e as Lutas da Coligação. Belem: Falangola. pp. 3–291 
  4. Redação (1 de setembro de 1957). «Eleição, hoje, do prefeito de Belém. Primeiro Caderno – p. 04». bndigital.bn.gov.br. Jornal do Brasil. Consultado em 21 de agosto de 2020 
  5. Redação (7 de setembro de 1957). «O sr. Lopo de Castro eleito novo prefeito de Belém. Primeiro Caderno – p. 04». bndigital.bn.gov.br. Jornal do Brasil. Consultado em 21 de agosto de 2020 
  6. a b «Banco de dados do Tribunal Superior Eleitoral». Consultado em 21 de agosto de 2020