Partido pelo Socialismo e Libertação

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Partido pelo Socialismo e Libertação
Party for Socialism and Liberation
Partido pelo Socialismo e Libertação
Fundação 01 de junho de 2004 (19 anos)
Ideologia
Espectro político Extrema-esquerda
Página oficial
pslweb.org

O Partido pelo Socialismo e Libertação (PSL) é um partido comunista[1][carece de fonte melhor] nos Estados Unidos, fundado em 2004, após uma cisão de membros da direção e da base do Partido Mundial dos Trabalhadores (WWP). O PSL lançou as candidaturas de Gloria La Riva e Leonard Peltier para as eleições de 2020.[3][carece de fonte melhor]

História[editar | editar código-fonte]

O PSL foi fundado quando a célula de São Francisco e vários outros membros deixaram o Partido Mundial dos Trabalhadores em junho de 2004, anunciando que "a liderança do Partido Mundial dos Trabalhadores não é mais capaz de cumprir [a] missão" de construir o socialismo.[4][carece de fonte melhor]

Ideologia[editar | editar código-fonte]

O objetivo do partido é liderar uma revolução que abra o caminho para o socialismo, sob o qual um "novo governo do povo trabalhador" seria formado. O PSL propõe muitas mudanças radicais a serem implementadas por este governo. Na esfera política, todos os representantes eleitos poderiam ter seus mandatos revogados, garantindo liberdade de expressão para a classe trabalhadora (exceto nos casos de xenofobia ou preconceito e para impedir o restabelecimento do sistema capitalista) e a eliminação da influência corporativa na política. O programa do partido declara: "Alcançar o socialismo totalmente desenvolvido, uma meta que ainda não foi alcançada em lugar algum, abrirá o caminho para o comunismo e o fim da sociedade de classes".[5]

No que diz respeito à economia, o PSL proibiria, entre outras medidas, a exploração do trabalho para lucro privado, implementaria uma jornada de trabalho de 30 horas semanais e erradicaria a pobreza através da introdução de uma garantia básica de renda. O PSL concederia o direito de autodeterminação e independência ao que considera nações oprimidas dos Estados Unidos, como Porto Rico, Samoa Americana, Guam, as Ilhas Virgens e as Ilhas Marianas, às quais considera colônias. Também garantiria o direito à autodeterminação a povos oprimidos vivendo dentro dos Estados Unidos, como afro-americanos, porto-riquenhos e outras minorias latinas, asiáticos, povos nativos americanos e havaianos e moradores das Ilhas do Pacífico.[carece de fontes?]

Historicamente, o PSL tem uma visão majoritariamente positiva da União Soviética, descrevendo a Revolução de Outubro como "o maior evento que modelou a política global no século XX". O PSL reconhece que a nova política econômica de Vladimir Lenin levou "a uma repolarização das classes sociais, especialmente no campo". O PSL culpa as reformas iniciadas por Mikhail Gorbachev pela queda da União Soviética. Eugene Puryear, o candidato do partido a vice-presidente em 2016, foi empregado pela rádio estatal russa Sputnik imediatamente após as eleições.[6]

O PSL apoia o regime comunista de Cuba e lamentou a morte do ex-presidente cubano Fidel Castro.[7] Embora tenha criticado o governo chinês, o PSL reconhece as contribuições da China ao socialismo e à luta anti-imperialista e vê positivamente a Revolução Chinesa.[8] O PSL também apoia a Revolução Bolivariana na Venezuela. O partido endossou atividades que pediam a libertação dos Cinco Cubanos — considerados presos políticos por apoiadores — e pedia a extradição de Luis Posada Carriles dos Estados Unidos.[9][carece de fonte melhor]

O PSL manifestou solidariedade com o Nepal após a derrubada da monarquia e a eleição de 2008 de Pushpa Kamal Dahal.[10][carece de fonte melhor]

Na tradição leninista,[11] o PSL apoia o direito das nações à autodeterminação. Condena abertamente Israel e seu papel no Oriente Médio. O PSL liderou manifestações contra a invasão israelense do Líbano em julho de 2006 e apoia o direito de retorno dos palestinos.[12][carece de fonte melhor]

O PSL coopera com outras organizações nos Estados Unidos no movimento anti-guerra[13][carece de fonte melhor] e é membro do comitê diretor da coalizão Act Now to Stop War and End Racism Coalition (A.N.S.W.E.R.). Como um dos membros mais ativos da coalizão, o PSL ganhou notoriedade por estabelecer laços com grupos árabes e muçulmanos estadunidenses, como a Sociedade Americana Muçulmana, Al-Awda e o Comitê Anti-Discriminação Árabe-Americana.[14][carece de fonte melhor] O PSL defende o fim da presença militar dos Estados Unidos no Iraque, Afeganistão e Síria e o fechamento de todas as bases militares estrangeiras dos Estados Unidos.[15][carece de fonte melhor]

Publicações[editar | editar código-fonte]

A principal publicação do partido é o jornal mensal Liberation News,[16][carece de fonte melhor] que substituiu uma revista trimestral, Socialism and Liberation.[17][carece de fonte melhor] O PSL descreve sua perspectiva política, incluindo sua avaliação da atual situação internacional e doméstica, no panfleto Quem somos, o que defendemos.[18][carece de fonte melhor] O partido também possui sua própria editora, PSL Publications, através da qual publicou vários livros, como Socialists and War: Two Opposing Trends [Socialistas e Guerra: Duas Tendências Opostas], pelos membros Mazda Majidi e Brian Becker[19][carece de fonte melhor] e um e-book lançado pela Amazon, intitulado A Woman's Place Is in the Struggle [O lugar da mulher é na luta], pelos membros Ana Maria Ramirez, Anne Gamboni, Gloria La Riva e Liz Lowengard.[20][carece de fonte melhor] A editora do PSL está sediada em São Francisco, Califórnia.

Desempenho dos candidatos presidenciais[editar | editar código-fonte]

Ano Candidato presidencial / candidato a vice-presidente Votos populares Percentagem Votos eleitorais
2008 La Riva, Gloria / Eugene Puryear 6.818[21] 0,01% 0 0
2012 Peta Lindsay / Yari Osório 7.791[22] 0,01% 0 0
2016 La Riva, Gloria / Eugene Puryear 74.392[23] 0,05% 0 0
2020 Gloria La Riva / Leonard Peltier - -

Referências

  1. a b «'No separate destiny for US workers apart from the workers of the world'». International Communist Press. 1 de outubro de 2018. Consultado em 8 de fevereiro de 2019. We are a communist party. 
  2. «Revolution Manifesto». Liberation School 
  3. Admin, About the author Psl. «La Riva / Peltier Presidential Campaign Announcement». La Riva Peltier 2020 (em inglês) 
  4. "Party for Socialism and Liberation: People's Struggle and the Socialist Revolution". August 1, 2004.
  5. Liberation School. «Program of the Party for Socialism and Liberation». Party for Socialism and Liberation 
  6. «A U.S. Station Switched From Bluegrass to Radio Sputnik—and Got Threats From the Feds». 13 de dezembro de 2017 – via www.bloomberg.com 
  7. «Miguel Fraga: Until forever, Commander - Liberation News». Liberation News 
  8. «PSL commemorates the 60th anniversary of the Chinese Revolution». Liberation News 
  9. «Party for Socialism and Liberation (PSL):». 6 de julho de 2007 
  10. «Ferment in Nepal: A dynamic vortex of revolutionary change» 
  11. Lenin, V.I. «The Right of Nations to Self-Determination». Marxists.org 
  12. «PSL statement: Solidarity with the Palestinian people». Liberation News 
  13. «Paul Le Blanc: Revolutionary organisation and the 'Occupy moment'» 
  14. Liberation News. «Al-Awda convention shows solidarity with Palestine and Lebanon» 
  15. «Part 2: The U.S. drive for global domination». Party for Socialism and Liberation 
  16. Webmaster, PSL. «Liberation News: reporting from the front-line of struggle». Liberation News 
  17. "Socialism and Liberation magazine is changing". June 5, 2007. January 7, 2018.
  18. «Who We Are, What We Stand For» 
  19. "Socialists and war: two opposing trends".
  20. «A Woman's Place Is in the Struggle». PSL Publications – via Amazon 
  21. «Federal Elections 2018» (PDF). Federal Election Commission 
  22. Weintraub, Ellen. «Federal Elections 2012» (PDF). Federal Election Commission 
  23. «Official 2016 Presidential General Election Results» (PDF). Federal Election Commission