Plataforma FPSO Cidade de São Mateus

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Plataforma FPSO
Proprietário Petrobras
Fabricante BW Offshore
Lançamento 2009
Estado Espírito Santo
Destino 11 de fevereiro de 2015
Características gerais
Tipo de navio Navio-petroleiro
Tonelagem 143 323 ton[1]
Calado 13 m[1]

A Plataforma FPSO Cidade de São Mateus é uma embarcação petrolífera, situada no campo de Camarupim no Espírito Santo, comandada desde de 2009 pela Petrobrás com contrato de operação firmado junto a empresa BW Offshore[2]. No dia 11 de fevereiro de 2015 ocorreu nesta unidade operacional o pior acidente da história do Espírito Santo: uma explosão que contou com 9 fatalidades e 26 feridos[3].

História e Descrição[editar | editar código-fonte]

A plataforma atende a um contrato firmado entre a Petrobrás e a BW Offshore que entrou em vigor em 2009 e tem duração até 2018.[2]

A plataforma opera em lâmina d'água de 800 metros e possui capacidade para a produção de até 35 mil barris de óleo e 10 milhões de metros cúbicos de gás por dia, tendo um capacidade de estocagem de até 700 mil barris de petróleo.[2]

Evento Acidental[editar | editar código-fonte]

Houve vazamento de gás natural na casa de máquina do navio, o que gerou a explosão. As vítimas foram encaminhadas, segundo a Secretaria de Saúde, para os hospitais Vitória Apart Hospital e Jayme Santos Neves. O primeiro helicóptero pousou às 15h30 do dia. Ainda segundo a assessoria da Infraero, foram solicitadas 14 ambulâncias para transportar os feridos[4].

O sindicato afirmou que 32 pessoas que estavam na plataforma, que fica a 60 km da costa, no litoral de Aracruz, conseguiram desembarcar, sendo transportadas por um baleeiro. Ao ser informado sobre o acidente, o governador do Espírito Santo, Paulo Hartung, entrou em contato com a direção da Petrobras e colocou o estado à disposição para o socorro e atendimento às vítimas[5].

Investigações

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) realizou uma investigação aprofundada sobre o acidente, concluindo que falhas no estabelecimento de um sistema de gestão de riscos possibilitaram a materialização do acidente em fevereiro de 2015[6].

A Marinha do Brasil, por meio da Capitania dos Portos do Espírito Santo (CPES), informou que tomou conhecimento da explosão na plataforma e encaminhou um navio e duas aeronaves para a área.

A CPES dizia ainda que será aberto um Inquérito Administrativo sobre Acidentes e Fatos da Navegação (IAFN), a fim de esclarecer as causas e responsabilidades pelo ocorrido na plataforma.

Referências

  1. a b «FPSO Cidade de São Mateus». Marine Traffic. Consultado em 11 de setembro de 2022 
  2. a b c Eduardo Costa (24 de abril de 2012). «Qualidade na medição do FPSO Cidade de São Mateus». Fluxo Integrated Solutions. Consultado em 15 de fevereiro de 2015 
  3. Seixas, Beatriz; Campos, Mikaella (11 de junho de 2015). «Relatório da Petrobras revela causas de explosão em navio no ES». www.g1.com.br. Consultado em 11 de setembro de 2022 
  4. Villela, Flávia (11 de fevereiro de 2015). «Explosão em navio-plataforma da Petrobras mata três pessoas no Espírito Santo». Agência Brasil. Consultado em 11 de setembro de 2022 
  5. «Explosão em navio-plataforma deixa 3 mortos e 10 feridos no litoral do ES». www.g1.com.br. 11 de fevereiro de 2015. Consultado em 11 de setembro de 2022 
  6. «Relatório de Investigação do Incidente de Explosão Ocorrido em 11/02/2015 no FPSO Cidade de São Mateus» (PDF). Superintendência de Segurança Operacional e Meio Ambiente da ANP. Agosto de 2015. Consultado em 11 de setembro de 2022