Rádio Unifei

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Rádio Universitária AM
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Rádio Unifei
Estúdio da Rádio Universitária
UNIFEI - Universidade Federal de Itajubá - Rádio Universitária
País  Brasil
Frequência(s) 1570 kHz AM
Sede Itajubá, MG
Slogan "Rádio Unifei, grandes sonhos, novo ideais!"
Fundação 23 de novembro de 1963 (60 anos)
Proprietário(s) Universidade Federal de Itajubá - UNIFEI
Idioma Língua Portuguesa (pt-BR)
Prefixo ZYL 242
Página oficial https://unifei.edu.br/radio-universitaria/

A Rádio Universitária AM ou Rádio UNIFEI é a emissora oficial da Universidade Federal de Itajubá. Sua programação é variada e sem fins lucrativos, consistindo de músicas, informes educativos e notícias de ciência, tecnologia, inovação e empreendedorismo.[1] O estúdio e o transmissor estão localizados no campus da universidade em Itajubá, sul de Minas Gerais.[2]

História[editar | editar código-fonte]

A emissora foi inaugurada em outubro de 1963, com a solenidade de abertura em 22 de novembro, iniciando as transmissões do quinto andar do prédio central do Instituto Eletrotécnico de Itajubá, instituição que deu origem à Universidade Federal de Itajubá.[3]

Projeto[editar | editar código-fonte]

O projeto de criação da Rádio Universitária (RU) foi inciado em 1962 por José Leite - professor do Instituto Eletrotécnico de Itajubá - e pelos alunos Augusto Tocantins, Iwan Sabatella Filho, Silvio Areco Gomes e Rolf Buckmann, que desenvolveram e construíram a emissora. O projeto visava uma emissora em amplitude modulada, alcance regional com qualidade de som e estabilidade de frequência, capaz de operar continuamente por 24 horas ininterruptas.

As partes do transmissor da emissora foram inteiramente fabricadas nas oficinas do IEI, principalmente os chassis e o rack para o modulador, seção osciladora, estágio amplificador de radiofrequência (RF), e fonte de alimentação. Os transformadores de 1550 V da fonte de alimentação, de excitação e de saída do modulador foram enrolados e isolados a mão pelos próprios alunos. O oscilador de 745 kHz era controlado a cristal em circuito dobrador de frequência com saída em 1490 kHz com válvulas de excitação para um pentodo de potência 813 da RCA como amplificador de RF. O modulador operava com duas válvulas 6L6 e duas 808 em disposição push pull com saída ultra-linear, o que conferia alta fidelidade de som à rádio.

A carcaça da mesa de som foi descartada pela Rádio Itajubá - uma emissora comercial local - e recuperada nas oficinas do IEI. Recebeu os pré-amplificadores e equalizadores concebidos para alta qualidade de som. A entrada de programa contava com dois toca-discos com pratos equilibrados de inércia elevada, um gravador reprodutor de fita, um receptor comercial Zenith TransOceanic, e uma sala de locução à prova de som com dois microfones, fones anecoicos para o locutor e luzes de aviso. O sistema irradiante compreendia uma antena horizontal estendida acima da cobertura da sede e do laboratório de hidráulica do IEI, fabricada com fios de cobre e placas separadoras de alumínio.

O desenvolvimento da RU foi dividido da seguinte maneira: orientação e concepção técnica sob a responsabilidade do professor José Leite, projeto da seção de RF, modulação e fonte de alimentação por Iwan Sabatella Filho, seção de áudio e equalizadores por Rolf Buckmann, transformadores e válvulas, suprimentos e sistema irradiante por Augusto Tocantins e Silvio Areco Gomes. A construção na oficina, montagem do transmissor e da mesa de som, preparação da sala de locução, escritório, arquivo para o material de programação, instalação de iluminação, ar condicionado, tomadas de força, fonte de alimentação regulada, pintura e acabamento foi trabalho realizado pela equipe.

Mais tarde a emissora passou a operar com um transmissor comercial, também em amplitude modulada, na frequência de 1570 kHz e potencia ampliada para 250 W, com o prefixo ZYL 242, reconhecida pelo DENTEL.

Programação[editar | editar código-fonte]

A programação básica da RU era dedicada à divulgação dos assuntos do IEI, atualidades sobre os cursos e seminários, divulgação das Semanas do Eletrotécnico, e notícias do setor de engenharia nacional. Na parte musical foi lançado um programa de música clássica, denominado Picape Automático - neste horário você faz o programa. O programa iniciava com uma breve biografia do compositor e em seguida uma hora de música orquestrada sem interrupção. Outro programa, denominado Arco-Íris Musical, era transmitido aos sábados e domingos, com musica internacional, enquanto que Um Piano ao Entardecer era transmitido todos os dias às 17 horas. Durante o dia era levado ao ar o programa Variedades com músicas selecionadas pela administração da RU, para manter elevada a qualidade da programação. Os locutores que se destacaram e assumiam a operação da RU nos horários da tarde e da noite em revezamento eram Augusto Tocantins, Carlos Kanawate e Eduardo Sandoval.

Um convênio firmado com a Deutsche Welle possibilitou a transmissão de programas de músicas e atualidades em fita que eram retransmitidos sob licença nos horários intermediários. Na parte cultural e artes, a RU se destacou dando oportunidade à sociedade local para incluir na programação notícias culturais da cidade, espaço para poesia e literatura. O esporte foi muito importante na programação da RU, emissora oficial dos Jogos da Primavera, com transmissão externa da Praça de Esportes e rádio enlace em UHF construído também pelos alunos.

A história pregressa da Rádio Universitária iniciou em 1959 com o requerimento de um canal de rádio pelo Diretor do IEI Eng. Pedro Mendes dos Santos destinado ao Laboratório de Ondas Eletromagnéticas e operação como emissora nos horários intermediários entre a pesquisa e experimentação. Em 22 de fevereiro foi reiterado ao então Ministro de Viação e Obras Públicas, Sr. Ernani do Amaral Peixoto, a licença para a rádio, que era denominada nestes expedientes Rádio Universitária Theodomiro Santiago - RUTS. Em 1963 finalmente foi materializada como emissora regular de radiodifusão.

Referências

  1. «Rádio Universitária». Consultado em 14 de abril de 2010 
  2. «Rádio Universitária». Consultado em 14 de abril de 2010 
  3. LEÃO, Fredmarck Gonçalves (org) (2004). Universidade Federal de Itajubá: 1913-2004. Viçosa: Divisão Gráfica da UFV. p. 23 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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