Shavuot

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Shavuot (do hebraico: שבועות, "[sete] semanas", também conhecida como Festa das Colheitas ou Festa das Primícias) é a festa do povo hebreu celebrada no quinquagésimo dia do Sefirat Ha'omer. Conhecido como pentecostes pelos cristãos após o seu cumprimento, com a vinda da Ruach HaKodesh ou Espírito Santo (v. Atos, capítulo 2).

Em Levítico 23:15, está escrito: "Depois para vós contareis desde o dia seguinte ao sábado, desde o dia em que trouxerdes o molho da oferta movida: sete semanas inteiras serão."

No Novo Testamento, em Atos 2:1-6, está escrito: "Ao cumprir-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar; de repente, veio do céu um som, como de um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam assentados. E apareceram, distribuídas entre eles, línguas, como de fogo, e pousou uma sobre cada um deles. Todos ficaram cheios do Espírito Santo e passaram a falar em outras línguas, segundo o Espírito lhes concedia que falassem. Ora, estavam habitando, em Jerusalém, judeus, homens piedosos, vindos de todas as nações debaixo do céu. Quando, pois, se fez ouvir aquela voz, afluiu a multidão, que se possuiu de perplexidade, porquanto cada um os ouvia falar na sua própria língua" (versão ARA[1]).

Origem[editar | editar código-fonte]

O caráter mais antigo de Shavuot é o de uma festa rural.

No mês de Sivan (calendário hebraico) terminava a colheita de cereais, e assim, dos produtos extraídos do solo, eram separadas as primícias (primeiras colheitas), como oferendas. Nenhum cereal da nova colheita podia ser utilizado antes do dia 6 de Sivan, data em que esse sacrifício se tornava efetivo. Por isso Shavuot se chama também Chag Ha Bicurim, festa das primícias.

Na época do Templo de Jerusalém, Shavuot assim como Pessach e Sucot se caracterizavam pelas peregrinações dos filhos de Israel. Grandes grupos de agricultores afluíam de todas as províncias, e o país adquiria um aspecto animado e pitoresco.

Os peregrinos marchavam para Jerusalém, acompanhados durante todo o trajeto pelos alegres sons das flautas. Em cestos decorados com fitas e flores, cada qual conduzia sua oferta de primeiros frutos: trigo, cevada, uvas, figos, romãs, azeitonas e tâmaras, produtos que davam renome ao solo da Terra de Israel.

Chegados a Jerusalém, eram acolhidos com cânticos de boas-vindas e entravam no Templo, onde faziam a entrega de seus cestos de ofertas ao cohen. A cerimônia se completava com hinos, toques de harpas e outros instrumentos musicais.

Posteriormente, o Shavuot evoluiu para uma festa doméstica, com grande fartura de alimentos, para comemorar uma boa colheita.

Segundo o judaísmo rabínico, o Shavuot também celebra a revelação da Torá ao povo Yahshurum (ou Jeshurun), por volta de 1300 a.C., por ocasião da saída dos judeus do Egito.

Período de Shavuot (calendário gregoriano)[editar | editar código-fonte]

Shavuot (6 e 7 de Sivan)
Calendário gregoriano
15 de maio–16 de maio: 2013 e 2089
16 de maio–17 de maio: 2032 e 2070
17 de maio–18 de maio: 2002, 2021, 2051 e 2097
18 de maio–19 de maio: 2040, 2048, 2059 e 2078
19 de maio–20 de maio: 2010 e 2086
20 de maio–21 de maio: 2018, 2029, 2037, 2067 e 2075
21 de maio–22 de maio: 2056, 2064 e 2094
22 de maio–23 de maio: 2026 e 2045
23 de maio–24 de maio: 2007, 2053, 2072, 2083 e 2091
24 de maio–25 de maio: 2015, 2034 e 2080
25 de maio–26 de maio: 2042, 2061 e 2099
26 de maio–27 de maio: 2004, 2023, 2069 e 2088
27 de maio–28 de maio: 2012, 2050 e 2096
28 de maio–29 de maio: 2001, 2031 e 2077
29 de maio–30 de maio: 2009, 2020, 2039 e 2058
30 de maio–31 de maio: 2066 e 2085
31 de maio–1 de junho: 2017, 2028, 2047 e 2093
1 de junho–2 de junho: 2036, 2044 e 2074
2 de junho–3 de junho: 2006, 2025 e 2055
3 de junho–4 de junho: 2033, 2052, 2063, 2071 e 2082
4 de junho–5 de junho: 2014, 2060 e 2090
5 de junho–6 de junho: 2022, 2041 e 2079
6 de junho–7 de junho: 2003, 2049, 2068, 2087 e 2098
7 de junho–8 de junho: 2030 e 2076
8 de junho–9 de junho: 2011, 2057 e 2095
9 de junho–10 de junho: 2008, 2019, 2038 e 2084
10 de junho–11 de junho: 2046 e 2065
11 de junho–12 de junho: 2027, 2073 e 2092
12 de junho–13 de junho: 2016, 2024 e 2054
13 de junho–14 de junho: 2005, 2035, 2081 e 2100
14 de junho–15 de junho: 2043 e 2062

Referências

  1. ARA, acrônimo de "Almeida Revista e Atualizada", refere-se a uma das versões da Bíblia elaboradas pelo pastor calvinista João Ferreira de Almeida (1628 — 1691), o primeiro tradutor da Bíblia para o português. V. Versões da Bíblia Almeida – Qual a diferença e como escolher

Ligações externas[editar | editar código-fonte]