Usuário(a):Arthur Paduim/Draft:Sutra do Rei Humanitário

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O Sutra do Rei Humanitário ou Sutra do Rei Benevolente (Chinês: 仁王經; pinyin: rén wáng jīng; Japonês: 仁王経; rōmaji: Ninnō-gyō; Coreano: 인왕경; romaja: inwang-gyeong; Vietnamita: Kinh Hộ Quốc) é um ensinamento de Buda Gautama acerca da impermanência, encontrado nos volumes No. 245 e 246 do Taisho Tripitaka. Muitos estudiosos acreditam que este sutra tenha sido composto na China, mas essa afirmação não é um consenso [1] :83-86[2] Existem duas versões do Sutra do Rei Humanitário: a primeira é chamada de Sutra do Rei Humanitário da Perfeição da Sabedoria (仁王般若波羅蜜經, em chinês), enquanto a segunda é chamada de Sutra do Rei Humanitário da Perfeição da Sabedoria e Proteção do Estado (仁王護國般若波羅蜜經 em chinês), conhecida de maneira mais explicitamente terminológica como a Escritura Prajnaparamita para Reis Humanitários que Desejam Proteger seus Estados .[3] Ambos os sutras são encontrados na seção Prajnaparamita do Taisho Tripitaka.

Este sutra é peculiar porque seu público-alvo, em vez de serem praticantes leigos ou a comunidade de monges e freiras, é o governo (ou seja, monarcas, presidentes, primeiros-ministros, etc.). Assim, os interlocutores — que na maioria das escrituras são arhats ou bodhisattvas — são, neste texto, os reis das dezesseis regiões antigas da Índia. Os ensinamentos principais, em vez de meditação e sabedoria, são " humanidade " e "tolerância" ou " kshanti ", sendo estes os valores religiosos mais aplicáveis para o governo de um Estado budista.

Uma tradução de uma versão em sânscrito do texto para o chinês foi realizada alguns séculos após o aparecimento da versão original, pelo monge Amoghavajra (Chinês: 不空, pinyin: Bukong ), uma das figuras de maior destaque da tradição esotérica chinesa e patriarca da Escola Shingon do Japão. Esta segunda versão do texto (仁王護國般若波羅蜜經, T 246.8.834-845) é semelhante à versão original (仁王般若波羅蜜經, T 245.8.825-834), atribuída a Kumārajīva, entretanto contém novas seções que incluem ensinamentos sobre mandala, mantra e dhāraṇī .

Temas[editar | editar código-fonte]

Um tema do sutra é a impermanência. Uma passagem popular no Japão é a expressão de quatro caracteres (四字熟語 yojijukugo?) "os prósperos inevitavelmente declinam" (盛者必衰 jōshahissui?), que na íntegra diz Os prósperos inevitavelmente declinam, o completo inevitavelmente se esvazia" (盛者必衰、実者必虚 jōsha hissui, jissha hikkyo?), e é análogo ao sic transit gloria mundi no Ocidente. A primeira metade do sutra é notoriamente citado na primeira linha de Heike Monogatari, cujo conteúdo diz:, cujo conteúdo diz: "Em Guiôn, o som dos sinos ressoa que nada permanece para sempre. Na cor das folhas das árvores gêmeas com flores de Shala, a verdade: os que prosperam inevitavelmente declinam" (沙羅雙樹の花の色、盛者必衰の理を顯す sharasōju no hana no iro, jōshahissui no kotowari wo arawasu?).[4]

Traduções[editar | editar código-fonte]

Existem duas traduções clássicas do chinês existentes:

  • o 仁王護國般若波羅蜜經 Renwang Huguo Bore Boluomi Jing (traduzido por Kumārajīva em 410-412). [5] [6]
  • o 仁王護國般若波羅蜜多經 Renwang Huguo Bore Boluomiduo Jing (trad. por Amoghavajra em 765-766). [7] [8] Amogavajra traduziu os mantras .

A descoberta do Inwanggyeong antigo traduzido (구역인왕경;舊譯仁王經) em Gugyeol em meados da década de 1970 contribuiu para estudos sobre Coreano Intermediário.[9]

Veja também[editar | editar código-fonte]

Notas[editar | editar código-fonte]

  1. Yang 2016
  2. Yang p.85 said :
    'Firstly in Huili's Records of the Tang Dynasty Tripitaka Master of the Great Ci'en Monastery it states that Xuanzang (602-664 CE) was requested by the King of Gaochang to give a Dharma Teaching based on the Humane King Sutra thereby implying the Humane King Sutra was known outside China'
    Yang p. 83-85 said :
    'there were altogether four translations – two of which were lost; none of the translations were suspected to be apocryphal in the traditional catalogs – only to have unknown translators'
    Yang p.86 said :
    'the records regarding the translation by Amoghavajra clearly states he worked from a Sanskrit text'
  3. Orzech 2002, p. 63
  4. Chapter 1.1, Helen Craig McCullough's translation
  5. «Taisho Tripitaka Vol. 8, No. 245, CBETA». Consultado em 28 de fevereiro de 2009. Arquivado do original em 7 de março de 2005 
  6. Orzech 1989, p.18
  7. «Taisho Tripitaka Vol. 8, No. 246, CBETA». Consultado em 28 de fevereiro de 2009. Arquivado do original em 7 de março de 2005 
  8. Orzech 1989, p.18
  9. On the Chinese Transcriptions of Northeastern Eurasian Languages

Referências