Usuário(a):Arthur Paduim/Sutra do Rei Humanitário

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

O Sutra do Rei Humanitário ou Sutra do Rei Benevolente (Chinês: 仁王經; pinyin: rén wáng jīng; Japonês: 仁王経; rōmaji: Ninnō-gyō; Coreano: 인왕경; romaja: inwang-gyeong; Vietnamita: Kinh Hộ Quốc) é um ensinamento de Buda Gautama acerca da impermanência, encontrado nos volumes No. 245 e 246 do Taisho Tripitaka. há debate entre os estudiosos sobre se esse sutra foi composto na China ou não [1] :83-86 Existem duas versões do Sutra do Rei Humanitário: a primeira é chamada de Sutra do Rei Humanitário da Perfeição da Sabedoria (仁王般若波羅蜜經, em chinês), enquanto a segunda é chamada de Sutra do Rei Humanitário da Perfeição da Sabedoria e Proteção do Estado (仁王護國般若波羅蜜經 em chinês), conhecida também como a Escritura Prajnaparamita para Reis Humanitários que Desejam Proteger seus Estados .[2] Ambos os sutras são encontrados na seção Prajnaparamita do Taisho Tripitaka.

Este sutra é incomum porque seu público-alvo, em vez de serem praticantes leigos ou a comunidade de monges e freiras, é o governo (monarcas, presidentes, primeiros-ministros, etc.). Assim, os interlocutores — que na maioria das escrituras são arhats ou bodhisattvas — são, neste texto, os reis das dezesseis regiões antigas da Índia. Os ensinamentos principais, em vez de meditação e sabedoria, são " humanidade " e "tolerância" ou " kshanti ", sendo estes os valores religiosos relacionados ao governo de um Estado budista. Dessa forma, hoje em alguns templos chineses, o sutra é utilizado durante as orações em nome do governo e do país.

Uma tradução de uma versão em sânscrito do texto para o chinês foi realizada alguns séculos após o aparecimento da versão original, pelo monge Amoghavajra (Chinês: 不空, pinyin: Bukong ), uma figura da tradição esotérica chinesa e patriarca da Escola Shingon do Japão. Esta segunda versão do texto (仁王護國般若波羅蜜經, T 246.8.834-845) é semelhante à versão original (仁王般若波羅蜜經, T 245.8.825-834), atribuída a Kumārajīva, entretanto contém novas seções que incluem ensinamentos sobre mandala, mantra e dhāraṇī .

Temas[editar | editar código-fonte]

Um tema do sutra é a impermanência. Uma passagem popular no Japão é a expressão de quatro caracteres (四字熟語 yojijukugo?) "os prósperos inevitavelmente declinam" (盛者必衰 jōshahissui?), que na íntegra diz "Os prósperos inevitavelmente declinam, o completo inevitavelmente se esvazia" (盛者必衰、実者必虚 jōsha hissui, jissha hikkyo?), e é análogo ao sic transit gloria mundi no Ocidente. A primeira metade do sutra é citado na primeira linha de Heike Monogatari, cujo conteúdo diz:, cujo conteúdo diz: "A cor das folhas das árvores com flores de Shala revelam: os que prosperam inevitavelmente declinam" (沙羅雙樹の花の色、盛者必衰の理を顯す sharasōju no hana no iro, jōshahissui no kotowari wo arawasu?).[3]

Traduções[editar | editar código-fonte]

Existem duas traduções clássicas do chinês existentes:

  • o 仁王護國般若波羅蜜經 Renwang Huguo Bore Boluomi Jing (traduzido por Kumārajīva em 410-412). [4] [5]
  • o 仁王護國般若波羅蜜多經 Renwang Huguo Bore Boluomiduo Jing (trad. por Amoghavajra em 765-766). [6] [7] Amogavajra traduziu os mantras .

A descoberta do Inwanggyeong antigo traduzido (구역인왕경;舊譯仁王經) em Gugyeol na década de 1970 contribuiu para estudos sobre Coreano Intermediário.[8]

Veja também[editar | editar código-fonte]

Notas[editar | editar código-fonte]

Yang, na página 85,: 'Primeiramente, nos Registros da Dinastia Tang de Huili, Mestre Tripitaka do Grande Mosteiro Ci'en, afirma-se que Xuanzang (602-664 d.C.) foi solicitado pelo Rei de Gaochang a ministrar um Ensinamento Dármico com base no Sutra do Rei Humanitário, o que implica que o Sutra do Rei Humanitário era conhecido fora da China.'

Yang, nas páginas 83-85:

Houve no total quatro traduções - duas das quais foram perdidas; nenhuma das traduções foi suspeita de ser apócrifa nos catálogos tradicionais - apenas têm tradutores desconhecidos.'

Yang, na página 86:

'Os registros referentes à tradução por Amoghavajra afirmam claramente que ele trabalhou a partir de um texto em sânscrito.'

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. Yang 2016
  2. Orzech 2002, p. 63
  3. Chapter 1.1, Helen Craig McCullough's translation
  4. «Taisho Tripitaka Vol. 8, No. 245, CBETA». Consultado em 28 de fevereiro de 2009. Arquivado do original em 7 de março de 2005 
  5. Orzech 1989, p.18
  6. «Taisho Tripitaka Vol. 8, No. 246, CBETA». Consultado em 28 de fevereiro de 2009. Arquivado do original em 7 de março de 2005 
  7. Orzech 1989, p.18
  8. On the Chinese Transcriptions of Northeastern Eurasian Languages
  • Conze, Edward (1974). The Short Prajnaparamita Texts. [esp. The Sutra on Perfect Wisdom Which Explains How Benevolent Kings May Protect Their Countries] pp. 165-183. ISBN 0946672288ISBN 0946672288
  • Orzech, Charles D. (1989). Puns on the Humane King: Analogy and Application in an East Asian Apocryphon, Journal of the American Oriental Society 109 /1, 17-24
  • Orzech, Charles D. Politics and Transcendent Wisdom: The Scripture for Humane Kings in the Creation of Chinese Buddhism. Pennsylvania State University Press, 2008. ISBN 027102836XISBN 027102836X
  • Orzech, Charles D. (2002). Metaphor, Translation, and the Construction of Kingship in The Scripture for Humane Kings and the Mahāmāyūrī Vidyārājñī Sūtra, Cahiers d'Extrême-Asie 13, 55-83
  • Yang, Weizhong (杨维中) (2016). 《仁王般若经》的汉译及其“疑伪”之争 [The Chinese Translation of 'The Humane King Perfection of Wisdom Sutra' and Arguments Regarding its Suspicious or Apocryphal [Origins]'] (em chinês). 7. [S.l.]: Journal of Southwest University – Humanities and Social Sciences Edition. pp. 81–86 

Links externos[editar | editar código-fonte]

[[Categoria:Religião e política]]