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Batalha do Avaí
Guerra do Paraguai

Batalha do Avaí, óleo de Pedro Américo sobre um dos últimos episódios da guerra do Paraguai, ocorrido em 11 de dezembro de 1868. (Museu Nacional de Belas-Artes, Rio de Janeiro.)
Data 11 de Dezembro de 1868
Local Arroio Avaí, Paraguai
Desfecho Vitória brasileira
Beligerantes
Império do Brasil Paraguai Paraguai
Comandantes
Marquês de Caxias
Manuel Luís Osório
Paraguai Bernardino Caballero
Forças
18.963 brasileiros
26 canhões
5.000 paraguaios
18 canhões
Baixas
297 mortos
1.164 feridos
3.600 mortos
600 feridos
1.400 prisioneiros
Mapa da Batalha do Avaí.

A batalha do Avaí foi travada junto ao arroio de mesmo nome, em território paraguaio, em 11 de dezembro de 1868, durante a Guerra da Tríplice Aliança (1864-1870), entre as forças da Tríplice Aliança e as do Paraguai.[1]

Foi um dos combates travados na fase do conflito denominada como Dezembrada, quando se registrou uma série de vitórias obtidas por Duque de Caxias naquele mês, ao evoluir em direção ao Sul para tomar Piquissiri pela retaguarda, a saber: batalhas de Itororó, Avaí, Lomas Valentinas e Angostura[2]. Além da presença de Caxias, General Osório também participou da batalha.[3]

Durante a refrega, a força paraguaia bateu-se com tenacidade, mas foi envolvida por um movimento de flanco e destroçada. Apenas 100 paraguaios, incluindo o general Bernardino Caballero, conseguiram escapar. A tradição oral paraguaia refere a participação de centenas de mulheres entre os combatentes.

Antecedentes[editar | editar código-fonte]

Em março de 1868, grande parte das forças paraguaias deixou a Fortaleza de Humaitá para organizar uma linha de defesa na margem do Rio Tebicuary. Enquanto o 2º Corpo do Exército brasileiro começava a cercar Humaitá, defendido pelo coronel Francisco Martínez, o 1º e 3º Corpo do Exército brasileiro e uma divisão uruguaia, seguiu as ordens de Luis Alves de Lima e Silva, Duque de Caxias e, começou lentamente a perseguição do exército paraguaio sob o comando do marechal Francisco Solano López.[4]

Porém, López abandonou sua nova posição e foi rumo à Assunção defender a linha de Pikysyry, 130 km ao sul de Assunção e 200 ao norte de Humaitá, estabelecendo sua nova sede em Lomas Valentinas.[5][6]

O atraso de Caxias permitiu que López fortificasse a linha de Pikysyry. Finalmente, o 3º Corpo Brasileiro iniciou o avanço, enquanto uma divisão do esquadrão subia pelo rio para acompanhar a marcha. Por sua vez, o Exército Argentino, comandado pelo general Juan Andrés Gelly y Obes, foi autorizado a marchar para Palmar, em frente às linhas inimigas.[7][8]

Tanto Caxias, quanto Gelly e Obes desconsideraram fazer um ataque frontal na linha de Pikysyry e decidiram colocarar manobras de flanco. O general argentino, priorizando a agilidade das operações, propôs que mantivessem uma divisão em Palmas, segurando a frente paraguaia, enquanto a maior parte movia-se em direção a San Antonio, de onde marchariam para o sul. Caxias temia enfrentar a passagem fortificada de Angostura, então decidira cercar pelo leste, onde seria acompanhado por uma operação de desembarque, mas neste caso, como uma ação secundária e arriscando forças menores.[6]

Em 23 dias, improvisaram uma estrada com troncos de palmeiras, onde a maior parte das tropas foi conduzida pelo Chaco ao norte, por meio de estuários, lagoas e riachos, e em plena estação chuvosa. Paralelo a isso, os navios de batalha passaram por Angostura sem problemas e desembarcaram suas tropas em San Antonio, onde ficaram esperando a divisão que avançava, através do Chaco, que chegou em 4 de dezembro.[9]

As forças expedicionárias foram divididas em três Corpos, o primeiro sob comando de Jacintho Machado Bittencourt, a 2º Corpo do Exército, foi comandado por Alexandre Gomes de Argolo Ferrão Filho, e o terceiro foi sob o comando de Manuel Luis Osório[10] (1808-1879), Marquês Herval. O marquês de Caxias também desembarcou, que instalou seu poste de comando em San Antonio.

Em 6 de dezembro de 1868, a vanguarda paraguaia comandada pelo general Bernardino Caballero, enfrentou as forças do Império do Brasil na Batalha de Itororó, e depois da luta, recuaram para Villeta, passaram pelo riacho de Ypané e ficaram em um local de difícil acesso, onde as tropas puderam descansar.[11]

O General Osório, apesar de ferido no maxilar inferior esquerdo por uma bala de fuzil, continua a frente de sua cavalaria.

Movimentos prévios[editar | editar código-fonte]

As tropas paraguaias continuaram acampadas na estrada de Villeta, em posição vantajosa, em comparação com a vanguarda brasileira.

Caxias decidiu contornar as alas das posições inimigas - à direita de Caballero - para forçar a mudança da sua frente e isolá-lo e, em 7 de dezembro, realizou uma contra-marcha para o leste até o 3º e 2º corpo. Enquanto o primeiro corpo, sob o comando do general José Luis Mena Barreto permaneceu de frente para as posições paraguaias, a maior parte seguiu a estrada de Capiatá até sua junção com San Antonio eGuarambaré.[11]

Porém, Caballero não se deixou enganar e, depois de enviar guerrilheiros para atacar a vanguarda brasileira, recuou para o sul, acampando à beira da estrada, entre Villeta e Guarambaré. López ordenou a Caballero que se posicionasse ao pé de uma colina, na margem do rio Avaí. Apesar de ter sido contra a opinião, Caballero, que considerava a posição indefensível (contra forças superiores e artilharia), preferia se afastar e se preparar em Lomas Valentinas, mas Solano López insistiu em defender o cargo secundado pelo Coronel Germán Serrano, segundo de Caballero.[12]

Ao amanhecer em 9 de dezembro de 1868, as forças que permaneceram na ponte de Itororó encontraram-se com o resto do exército imperial, que começaram a marcha em direção ao porto Ypané, na margem esquerda do rio Paraguai, onde Caxias esperava que acionassem as forças adicionais. A vanguarda comandada por João Niederauer Sobrinho, com cerca de 800 cavalheiros, um batalhão de engenheiros e, uma brigada de infantaria com 4 peças de artilharia, foi seguido pelo 3º Corpo do Exército com 4 peças de artilharia, o segundo com 8 pedaços e o primeiro com muitos outros, fechando a marcha a retaguarda com uma brigada de cavalaria.[12]

Batalha do Avaí[editar | editar código-fonte]

De acordo com as instruções recebidas, Caballero ocupou sua nova posição na margem esquerda da corrente de Avaí, onde recebeu um reforço de um regimento de cavalaria e um batalhão de infantaria de Villeta[13], reunindo uma força de 5593 homens com 18 peças de artilharia. Nesse ponto, o Avaí corre no centro de um grande vale delimitado por duas extensas colinas. Ao avançar em frente ao passe, Caballero organizou suas tropas formando brigadas em semicírculos na parte de trás da artilharia, a escassa reserva permaneceu sob as ordens diretas dele. [11]

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Referências

  1. Muñoz, Javier Romero (2011). «The Guerra Grande: The War of the Triple Alliance, 1865-1870». Bakersfield: Decision Games. Strategy & Tactics (em inglês) (270): 6-18
  2. Hooker, T.D., 2008, The Paraguayan War, Nottingham: Foundry Books, ISBN 1901543153
  3. «Dezembrada (1868) - Guerra do Paraguai». História Brasileira. 21 de dezembro de 2009 
  4. DORATIOTO, Francisco - Maldita guerra: nova história da Guerra do Paraguai. São Paulo: Companhia das Letras, 2002
  5. Mendoza, La Guerra contra la Triple Alianza, 2.ª parte, pág. 43.
  6. a b Zenequelli, Crónica de una guerra, pág. 189-190
  7. Juan Andrés Gelly y Obes, Educar
  8.  Zenequelli, Lilia (1997). Crónica de una guerra: La Triple Alianza. Dunken
  9. Garmendia, José Ignacio: Recuerdos de la Guerra del Paraguay. Buenos Aires: Peuser, 1890.
  10. MAGALHÃES, J. B. (Cel.). Osório: símbolo de um povo, síntese de uma época. Rio de Janeiro: Livraria AGIR Editora, 1946. 530p il.
  11. a b c José Ignacio Garmendía, Recuerdos de la guerra del Paraguay, Peuser, 1890
  12. a b Beverina, Juan: La Guerra del Paraguay (1865-1870). Buenos Aires: Círculo Militar, 1973.
  13. Juan Crisóstomo Centurión: Memorias.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • DONATO, Hernâni. Dicionário das Batalhas Brasileiras. São Paulo: Editora Ibrasa, 1987.


Avai Categoria:1868 na América Categoria:Conflitos em 1868

Referências Externas[editar | editar código-fonte]

  • [1]MEC.gov.py (Ministerio de Educación y Cultura del Paraguay: Guerra de la Triple Alianza)


REFERÊNCIAS A SEREM UTILIZADAS PARA O ARTIGO BATALHA DO AVAÍ, POR BEATRIZ MAGALHÃES DELMONTES

3) MEC.gov.py (Ministerio de Educación y Cultura del Paraguay: Guerra de la Triple Alianza).

4) https://web.archive.org/web/20100825231614/http://www.guerradelparaguay.org.ar/historia.htm

5) https://web.archive.org/web/20130718174243/http://www.evp.edu.py/index.php?title=Historia8voUnidad5

6) http://www.elhistoriador.com.ar/articulos/organizacion_nacional/guerra_de_la_triple_alianza.php

8) https://web.archive.org/web/20110816064339/http://www.cdocex.eb.mil.br/site_cdocex/Arquivos%20em%20PDF/Guerra_do_Paraguai.pdf

9) http://www.argentina-rree.com/6/6-035.htm

10) A Batalha do Avaí: a beleza da barbárie : a Guerra do Paraguai pintada por Pedro Américo (https://books.google.com.br/books?id=EsOkoAEACAAJ&dq=ava%C3%AD&hl=pt-BR&sa=X&ved=0ahUKEwiI0seAw-_WAhXIPpAKHQN8ChoQ6AEILTAB)

11) http://www.snh2011.anpuh.org/resources/anais/14/1300550982_ARQUIVO_TextoCompletoANPUH2011BrazBatistaVas.pdf

12) http://www.seer.ufrgs.br/aedos/article/viewFile/12778/9172 (Páginas 6, 7, 8)

13) http://www.snh2011.anpuh.org/resources/anais/14/1300550982_ARQUIVO_TextoCompletoANPUH2011BrazBatistaVas.pdf (Página 4, 5, 6)

14) http://www.intercom.org.br/sis/2014/resumos/R9-2118-1.pdf (Página 5)

15) http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-16082012-114947/publico/2011_RafaelPessolatoMachesin.pdf (Página 13)

16) Para uma impressão tradicional, mas bastante interessante, da obra Batalha do Avaí, ver: DUQUE ESTRADA, Luiz Gonzaga. A arte brasileira. Campinas: Mercado de Letras, 1995, pp. 149-161.

17) http://nuevomundo.revues.org/49012

http://www.historiabrasileira.com/guerra-do-paraguai/dezembrada/

Atribuições

  • Este artigo baseia-se na tradução do artigo correspondente da Wikipédia espanhola. Uma lista de contribuidores pode ser encontrada na seção de Histórico.