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Ângela Diniz (página de teste)[editar | editar código-fonte]

Ângela Maria Fernandes Diniz (Curvelo ou Belo Horizonte, 10 de novembro de 1944Armação dos Búzios, 30 de dezembro de 1976) foi uma socialite brasileira assassinada em uma casa na Praia dos Ossos, em Armação dos Búzios, no estado do Rio de Janeiro, pelo seu companheiro, Doca Street (Raul Fernando do Amaral Street). O julgamento de Doca Street foi amplamente divulgado pela mídia[1][2] e teve como foco a moral sexual feminina. O assassino foi condenado a dois anos de prisão com sursis e imediatamente solto. A decisão judicial gerou um amplo movimento de protesto feminista, sob o lema "quem ama não mata", ocasionando um novo julgamento, quando Doca Street foi condenada a quinze anos de prisão. O evento é considerado um marco na história do feminismo no Brasil[3].

Biografia[editar | editar código-fonte]

Ângela Diniz casou-se aos 17 anos com o engenheiro Milton Villas Boas, 31 anos, com quem teve três filhos. O relacionamento durou apenas 9 anos e, quando terminou, o casal fez um acordo judicial de desquite, já que o divórcio não era permitido à época. No acordo, Ângela recebeu uma pensão e uma mansão em Belo Horizonte, porém, a guarda dos três filhos ficou com Milton[4][5].

Em junho de 1973, José Avelino dos Santos (vulgo Zé Pretinho), então caseiro e vigia da casa de Ângela, foi assassinado à noite com um tiro no rosto. O corpo foi encontrado no lado de fora da casa, próximo à janela, e tinha uma faca na mão e a braguilha aberta com sinais de ejaculação. Inicialmente, Ângela assumiu a culpa, alegando legítima defesa. Entretanto, as investigações demonstraram que havia uma terceira pessoa na casa, e descobriu-se que Ângela era amante do milionário mineiro Arthur Vale Mendes, conhecido como Tuca Mendes, herdeiro do grupo Mendes Júnior[5][1]. No depoimento, Ângela disse que teria assumido a culpa para proteger Tuca, pois ele era casado e o relacionamento dos dois ainda não era de conhecimento geral. Tuca alegou que havia visto um vulto do lado de fora da casa, foi verificar o que era e a pessoa o atacou, por isso ele reagiu, matando-o[5]. As circunstâncias reais do crime jamais foram esclarecidas. À época, surgiram boatos que Ângela e José Avelino teriam um relacionamento, Tuca descobriu e matou-o[1]. Porém, pessoas próximas a Ângela negaram o caso, afirmando que ela seria racista demais para se relacionar com um negro[6]. Outra hipótese é que Tuca teria encontrado José Avelino se masturbando escondido do lado de fora da casa, observando Ângela, e matou-o. Ao final, Tuca Mendes foi condenado a dois anos com sursis, isto é, com suspensão condicional da pena e liberado[1].

Devido ao escândalo causado pelo crime, Ângela decidiu afastar-se de Minas Gerais e mudou-se para o Rio de Janeiro. Na capital carioca, conheceu o colunista social Ibrahim Sued[7], com quem teve um breve relacionamento, e que a apelidou de "Pantera de Minas"[4].

No Natal de 1974, Ângela visitou seus filhos em Belo Horizonte, quando ao retornar, decidiu trazer consigo sua filha, sem avisar a família do seu ex-marido. Milton Villas Boas deu queixa de sequestro. Mesmo Ângela retornando a menina a Belo Horizonte uma semana depois, Milton manteve o processo e Ângela foi condenada a seis meses de prisão pelo sequestro da sua filha[4].

Em 1975, por meio de uma denúncia anônima, Ângela foi presa sob a acusação de esconder mais de cem gramas de maconha em sua residência. Para poder responder ao processo em liberdade, ela admitiu ser viciada em drogas[1][4].

O Crime[editar | editar código-fonte]

Ângela e Doca namoraram por quatro meses, mas a relação foi marcada por ciúmes e violência doméstica[8][9]. Doca havia abandonado sua esposa e filhos para morar com Ângela, e em dezembro de 1976, ambos estavam veraneando na Praia dos Ossos, em Búzios, em busca de sossego das colunas sociais[4].

Na noite do dia 30 de dezembro de 1976, Ângela e Doca tiveram uma discussão e ele saiu de casa. Um tempo depois, ele retornou, houve uma nova briga e Doca assassinou a namorada com três tiros no rosto e um na nuca [2][10].

Após o homicídio, Doca fugiu e permaneceu semanas foragido. Chegou a dar entrevistas para a TV Globo e para revista Manchete, antes de se entregar a polícia em 18 de janeiro de 1977[2].

O primeiro julgamento[editar | editar código-fonte]

Doca Street foi julgado em 1979 em Cabo Frio, sendo defendido pelo advogado Evandro Lins e Silva. A defesa foi baseada na tese de legítima defesa da honra, responsabilizando-se a vítima por ter provocado tal violência, em razão do próprio comportamento[11]. Na acusação, a família de Ângela contratou o advogado Evaristo de Moraes Filho para atuar como assistente de acusação[11][12].

Durante o julgamento, se examinou amplamente a vida de Ângela, questionando sua moralidade sexual, seu envolvimentos com outros crimes, e sua dependência de drogas[2]. O julgamento foi extensamente coberto pela mídia, sendo que só o grupo Globo levou uma equipe de 68 pessoas entre técnicos e repórteres[13].

O tribunal do júri condenou Doca Street por cinco votos a dois a uma pena de 18 meses pelo crime e seis meses por ter fugido da justiça, com direito à sursis. Por já ter cumprido sete meses preso, ou seja, um terço da pena, Doca foi liberado e pode sair livre do tribunal[2][11].

O movimento feminista[editar | editar código-fonte]

A escandalosa decisão a favor do assassino de Ângela Diniz produziu o primeiro de uma série de movimentos feministas de protesto contra a violência doméstica e o feminicídio, sob o lema "quem ama não mata", slogan tomado como resposta da argumentação da defesa da Doca Street de que ele "matou por amor" [14][3]. A pressão do movimento feminista levou a um novo julgamento.

O segundo julgamento[editar | editar código-fonte]

Em 1981, Doca Street foi submetido a um novo julgamento e condenado a 15 anos de prisão[12]. O julgamento foi acompanhado pessoalmente por ativistas feministas, que organizaram uma vigília e exigiram sentença e prisão para o assassino, explodindo em aplausos quando a sentença foi anunciada[3]. Enquanto que no primeiro julgamento havia predominado uma cobertura machista da mídia a partir da vida sexual da vítima[1][2], já no segundo julgamento, a pressão do movimento feminista impôs um quadro de sentido baseado no próprio assassinato e na invalidade do argumento emocional para justificá-lo[3].

Na mídia[editar | editar código-fonte]

A vida de Ângela chegou a ser cogitada como tema de um filme. Seria dirigido por Roberto Farias, e teria Deborah Secco como protagonista.[15] Entretanto o filme nunca foi realizado.


O livro Mea Culpa, lançado em 2006 e escrito pelo assassino confesso, trata o caso com profundidade. "A Pantera de Minas", como era chamada a biografada nas colunas sociais da época, foi morta por disparos de uma pistola Beretta[16].

Outro livro que descreveu, em parte, a história da socialite, foi Mulher Livre de Adelaide Carraro.

Em setembro de 2020, a Rádio Novelo lançou o podcast Praia dos Ossos, onde reconstitui o crime e tenta entender "como uma mulher desarmada é morta por quatro tiros e vira a vilã da história?"[17] [1]




Fabiumas/Testes

Instituto Fernandes Figueira
Organização
Natureza jurídica Fundação pública
Missão Promover saúde para mulher, criança e adolescente e fortalecer o SUS.
Dependência Governo do Brasil
Ministério da Saúde
Localização
Jurisdição territorial  Brasil
Sede Rio de Janeiro,  Rio de Janeiro
Histórico
Antecessor Abrigo Arthur Bernardes
Criação 1924
Sítio na internet
www.iff.fiocruz.br


Instituto Fernandes Figueira[editar | editar código-fonte]

Fabiumas/Testes

Organização
Natureza jurídica Fundação pública
Missão Promover saúde para mulher, criança e adolescente e fortalecer o SUS.
Dependência Governo do Brasil
Ministério da Saúde
Fundação Osvaldo Cruz
Localização
Jurisdição territorial  Brasil
Sede Rio de Janeiro,  Rio de Janeiro
Histórico
Antecessor Abrigo Arthur Bernardes
Criação 1924
Sítio na internet
www.iff.fiocruz.br

O Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz), é uma unidade de assistência, ensino, pesquisa e desenvolvimento tecnológico da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) localizada na cidade do Rio de Janeiro, Brasil. Fundado em 1924 pelo médico Antônio Fernandes Figueira com o nome de Abrigo Arthur Bernardes[18], foi incorporado a Fiocruz nos anos 1970, e desde 2010 é considerado um centro nacional de referência pelo Ministério da Saúde e pelo Ministério da Educação[19][20][21].

O Instituto Fernandes Figueira também é o responsável pela implementação e organização da Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano desde 1998[22][23].

Em frente ao prédio do Instituto Fernandes Figueira está a estátua "Amor Materno", de 1907, de autoria do escultor João Zaco Paraná[24]. Uma cópia da estátua foi instalada no Jardim Botânico de Curitiba em 1993.

Hospital[editar | editar código-fonte]

O Instituto Fernandes Figueira é especializado no tratamento de doenças crônicas e raras em bebês, crianças e adolescentes[25]. Sua área de atenção à saúde é composta por 131 leitos com uma qualificada estrutura de suporte logístico-operacional que permite a realização, anualmente, de cerca de 4.500 internações, 60 mil atendimentos ambulatoriais, 2.500 cirurgias, 150 mil procedimentos de suporte diagnóstico e terapêutico e 1.200 atendimentos domiciliares para pacientes oriundos do Rio de Janeiro e de outras regiões brasileiras[26].

Ensino[editar | editar código-fonte]

O Departamento de Ensino do Instituto Fernandes Figueira gerencia todos os processos relacionados a cursos de pós-graduação e demais atividades pedagógicas[27].

Sua estrutura conta principalmente com os seguintes programas:

  • Programa de Pós-graduação em Saúde da Criança e da Mulher (PGSCM)
  • Programa de Pós-graduação em Pesquisa Aplicada à Saúde da Criança e da Mulher (PGPASCM)
  • Mestrado Profissional em Saúde da Criança e da Mulher (MPSCM)
  • Programa de Residência Médica
  • Programa de Residência em Enfermagem
  • Programa de Residência Multiprofissional em Saúde da Criança e do Adolescente Cronicamente Adoecido
  • Especialização Médica
  • Especialização em Enfermagem
  • Especialização Multiprofissional
  • Escola de Saúde

Pesquisa[editar | editar código-fonte]

No Instituto Fernandes Figueira, a pesquisa é articulada à assistência e ao ensino, desenvolvendo atividades de geração, difusão e aplicação de novos conhecimentos em ciência e tecnologia, sempre fomentando a criação de subsídios para a formulação de políticas públicas e o constante aperfeiçoamento do Sistema Único de Saúde (SUS)[28].

A estrutura da pesquisa no IFF/Fiocruz inclui:

  • Gerência de Projetos e Bolsas
  • Câmara Técnica em Pesquisa
  • Unidade de Pesquisa Clínica (UPC)
  • Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT)
  • Núcleo de Avaliação de Tecnologias em Saúde (Nats).

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. a b c d e f g Revista Anagrama: Revista Científica Interdisciplinar da Graduação. «Lugar de Fala, Enquadramento e Valores no Caso Ângela Diniz» (PDF). Consultado em 16 de setembro de 2020 
  2. a b c d e f «Doca vai, mata e vence». Veja. 24 de Outubro de 1979. Consultado em 6 de Outubro de 2020 
  3. a b c d Grossi, Miriam Pillar (Novembro de 1993). «De Ângela Diniz a Daniela Perez: a trajetória da impunidade». Estudos Feministas. Consultado em 5 de Outubro de 2020 
  4. a b c d e Sued, Ibrahim (5 de Janeiro de 1977). «A Imagem de Ângela Diniz». O Globo. Consultado em 6 de Outubro de 2020 
  5. a b c «A Pantera de Belô» 1106 ed. Manchete. 1973. Consultado em 6 de Outubro de 2020 
  6. «Episódio 4 - Três crimes» (PDF). Rádio Novelo. Consultado em 6 de Outubro de 2020 
  7. Última viagem de amor - Veja, 12 de janeiro de 1977, págs. 34 a 37.
  8. «Época - EDG ARTIGO IMPRIMIR - "Não matei por amor"». revistaepoca.globo.com. Consultado em 20 de março de 2018 
  9. Studart, Heloneida (1977). «O Mundo em que Ângela Diniz viveu» 1297 ed. Manchete 
  10. «Caso Doca Street». Isto É Gente. Consultado em 3 de abril de 2016 
  11. a b c «O Caso Doca Street». OAB SP 
  12. a b «Os processos que fizeram história no Brasil». Consultor Jurídico 
  13. «Episódio 2 - O Julgamento» (PDF). Rádio Novelo. Consultado em 6 de outubro de 2020 
  14. «Quem ama não mata, 40 anos depois». www.geledes.org.br. Consultado em 20 de março de 2018 
  15. CineClick (21 de agosto de 2002). «Deborah Secco vive Ângela Diniz no cinema». Consultado em 7 de dezembro de 2010 [ligação inativa]
  16. Angélica Santa Cruz (1 de setembro de 2006). «Perdoe-me, Ângela, diz Doca Street». O Estado de S. Paulo. Consultado em 7 de dezembro de 2010. Arquivado do original em 10 de novembro de 2010 
  17. «O crime da Praia dos Ossos | Episódio 1». www.radionovelo.com.br. Rádio Novelo. Consultado em 15 de setembro de 2020 
  18. «Antônio Fernandes Figueira». Academia Nacional de Medicina. Consultado em 30 de Setembro de 2020 
  19. «IFF/Fiocruz: Institucional». Consultado em 29 de Setembro de 2020 
  20. «História e estrutura do IFF/Fiocruz». Consultado em 30 de Setembro de 2020 
  21. «Fernandes Figueira completa 90 anos em defesa da saúde materno-infantil». Consultado em 29 de Setembro de 2020 
  22. «História. Rede Brasileira de Banco de Leite Humanoa». Consultado em 1 de Outubro de 2020 
  23. Mazzi, Carolina (5 de Agosto de 2020). «Amamentação infantil melhora no país na última década, mas pandemia impõe desafios». O Globo. Consultado em 1 de Outubro de 2020 
  24. «Zaco Paraná». Enciclopédia Itaú Cultural. 4 de Dezembro de 2017. Consultado em 1 de Outubro de 2020 
  25. «Hospital do Flamengo que trata de crianças com doenças crônicas procura voluntários». O Globo. Consultado em 30 de Setembro de 2020 
  26. «Atenção à Saúde». Consultado em 30 de Setembro de 2020 
  27. «IFF/Fiocruz. Departamento de Ensino». Consultado em 30 de Setembro de 2020 
  28. «IFF/Fiocruz. Pesquisa». Consultado em 30 de Setembro de 2020 

Ligações Externas[editar | editar código-fonte]

Sítio Oficial