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2012 Brasil 2020
Eleição municipal de Paulínia em 2016
2 de outubro de 2016
Primeiro turno
Candidato Dixon Carvalho Pavan Tuta
Partido PP PSDB PPS
Natural de Curitiba Campinas Campinas
Vice Sandro Caprino Angela Duarte Palito
Votos 17 798 17 239 13 765
Porcentagem 34,37% 33,29% 26,58%
Candidato Roberto Yamada Kielson Daniel Messias
Partido PSOL PMB PCO
Natural de Campinas Congonhinhas Marabá
Vice Ivone Zanichelli Layla Zequinha da Comunidade
Votos 2 084 777 124
Porcentagem 4,02% 1,50% 0,24%

Titular
Dixon Carvalho
PP

A eleição municipal de Paulínia em 2016 foi realizada no dia 2 de outubro de 2016, e foram eleitos um prefeito, um vice-prefeito e 15 vereadores no município de Paulínia, no Estado de São Paulo.[2] O prefeito eleito foi Dixon Carvalho, do PP, que venceu a eleição com 34,37% dos votos válidos no primeiro turno em disputa com outros 6 adversários.[3] Contudo, o candidato Adriano Moura teve seus votos invalidados "devido à sua situação jurídica ou à de seu partido", segundo o TSE.[3][4] O vice-prefeito eleito na chapa de Dixon Carvalho foi Sandro Caprino (PRB).[1]

15 vereadores foram eleitos para a Câmara Municipal de Paulínia em 2016, sendo que 312 se candidataram às eleições. O candidato Kiko Meschiatti (PRB) foi o vereador mais bem votado no município paulista, obtendo 3,19% dos votos válidos, o que equivale a 1724 votos.[5]

Antecedentes[editar | editar código-fonte]

Na Eleição municipal de Paulínia em 2012, a princípio o candidato Edson Moura Júnior, do PMDB havia sido eleito com 41,01% dos votos, mas teve sua candidatura indeferida pelo juiz eleitoral de Paulínia após as eleições.[6] Edson Moura Júnior havia substituído seu pai, o ex-prefeito Edson Moura, na véspera do pleito, já que o ex-prefeito havia tido sua candidatura barrada pelo TRE por ter sido enquadrado pela Justiça Eleitoral na Lei da Ficha Limpa. No entanto, quando Edson Moura formalizou sua renúncia, o sistema das urnas eletrônicas já havia sido finalizado, e o eleitor não visualizou o nome ou a foto de seu filho, que substituiu sua candidatura.[7] A Justiça Eleitoral concluiu que a mudança de candidatura na véspera das eleições teve como objetivo enganar o eleitor, para que esse não tomasse conhecimento da substituição da candidatura de Edson Moura, em uma estratégia de transferir os votos do ex-prefeito de Paulínia para seu filho.[6]

Em novembro de 2012, a Justiça Eleitoral organizou a recontagem dos votos das eleições municipais, anulando os votos de Moura Júnior.[8] Após a recontagem o candidato à reeleição José Pavan do PSB, que tinha sido o segundo candidato mais votado antes da recontagem, foi reeleito como prefeito de Paulínia com 59,32% dos votos válidos.[9][10][11] Outros dois candidatos também concorreram à prefeito nas Eleições Municipais de Paulínia em 2012: Dixon Carvalho (PT), que ficou com 22,08% dos votos válidos, e Palito (Adilson Domingos Censi) do PC do B, que ficou com 18,61% dos votos válidos.[10][11]

Em 2012, a Eleição Municipal também elegeu 15 vereadores para a Câmara Municipal de Paulínia.[10][11]

Eleitorado[editar | editar código-fonte]

Nas Eleições Municipais de 2016, 69.520 pessoas estiveram aptas a votar em Paulínia, o que representa aproximadamente à 69,43% da população total da cidade.[12]

No primeiro e único turno das eleições, 58.939 pessoas compareceram às votações (84,78% do eleitorado), sendo que 10.581 pessoas se abstiveram (15,22%), 2155 votaram em branco (3,66%) e 4997 votaram nulo (8,48%). Portanto, 51.787 dos votos foram considerados válidos (87,87% dos número total de votos).[4]

Candidatos[editar | editar código-fonte]

Seis candidatos concorreram à prefeitura de Paulínia em 2016: Dixon Carvalho (PP), Pavan (PSDB), Tuta (PPS), Roberto Yamada (PSOL), Kielson (PMB), Daniel Messias (PCO) e Adriano Moura (PMDB).[4][2][13]

Candidato(a) Vice Partido Coligação
Dixon Carvalho Sandro Caprino PP "Gente do Bem"
(PP/PRB/PSDC/PEN/PTC/PSL)
Pavan Angela Duarte PSDB "União por Paulínia"
(PDT/PR/PRTB/PV/PSDB)
Tuta Palito PPS "Viva Uma Nova Paulínia"
(PRP/PMN/PSD/PSC/PC do B/SD/PPL/PPS/DEM/PROS/PT do B/PT/PSB/PTB/REDE)
Roberto Yamada Ivone Zanichelli PSOL "PSOL"
Kielson Layla PMB "PMB"
Daniel Messias Zequinha da Comunidade PCO "PCO"
Adriano Moura Professor William PMDB "PMDB"

Campanha[editar | editar código-fonte]

Em dezembro de 2016, após as eleições, Dixon Carvalho teve suas contas de campanha reprovadas pela Justiça Eleitoral de Paulínia, que afirmou que parte do valor declarado pelo candidato como "recursos próprios" permanecia injustificada, e não possuía uma origem clara.[14] O prefeito eleito afirmou, por meio de sua assessoria de imprensa, que a ação da Justiça Eleitoral não impedia sua posse no município, e garantiu que iria recorrer à decisão.[14]

Após ser eleito, Dixon afirmou, em entrevista ao G1, que sua gestão iria "colocar a casa em ordem"[15], e tinha como prioridade resolver problemas na área da saúde, do transporte público, da coleta lixo, e na geração de empregos. Em relação à geração de empregos, Dixon promete criar leis de incentivo fiscais que beneficiem as empresas que contratarem moradores do municipío de Paulínia, além de pretender atrair novas empresas para diversificar a matriz econômica da cidade, que até então era muito dependente do setor petroleiro. No setor da saúde, Dixon afirmou que uma de suas maiores prioridades era informatizar o sistema de atendimento na rede municipal de saúde de Paulínia para melhorar a qualidade no atendimento dos usuários.[15] Outro plano importante nas propostas de Dixon era resolver os problemas causados com o sistema de transporte público da cidade, que em novembro de 2016 entrou em greve devido a falta de pagamento dos salários dos funcionários.[15][16]

Outras propostas do prefeito eleito de Paulínia consistiam em reformar escolas municipais e informatizar a rede de ensino; implementar um sistema de monitoramento na cidade, com o objetivo de inibir o grande número de roubos de carga no município; e liberar a ponte na Estrada da Rhodia, que estava interditada há dois anos.[15]

Pesquisas[editar | editar código-fonte]

Durante as eleições municipais de 2016, três institutos de pesquisa tiveram suas pesquisas eleitorais denunciadas por fraude em Paulínia. Os denunciantes, os dados das pesquisas de três empresas possuíam diversas irregularidades. As empresas denunciadas foram: Vitória Comunicação, Full Marketing e Pesquisas e Instituto Quality Pesquisas.[17]

Em pesquisa realizada pelo instituto FLS – Pesquisa e Marketing, divulgada em setembro de 2016, José Pavan, candidato à reeleição, aparecia com 41,3% das intenções de voto, enquanto Dixon Carvalho aparecia com 31% e Tuta aparecia com 23%. Roberto Yamada, Adriano Moura e Kielson apareciam, respectivamente, com 3%, 1% e 1%. O candidato Daniel Messias não pontuou na pesquisa.[18] 403 pessoas foram entrevistadas para a pesquisa, e do total de entrevistados, 9,9% afirmaram que não sabiam em quem votariam ou não responderão. Outros 13,2% disseram que não votariam em nenhum dos candidatos, ou votariam em branco ou nulo.[18]

Data de
realização
Data de
divulgação
Instituto Número de registro
no TRE
Contratante Entrevistados Margem de erro Candidato Não sabe/
Não respondeu
Brancos e nulos
José Pavan (PSDB) Dixon Carvalho (PP) Tuta (PPS) Roberto Yamada (PSOL) Adriano Moura (PMDB) Kielson (PMB) Daniel Messias (PCO)
de 20 a 21 de setembro de 2016 22 de setembro de 2016 FLS – Pesquisa e Marketing[18] SP-07939/2016[19] Rede Campinas de Notícia Gráfica e Editora Ltda 403 ± 5% 41,3%
31%
23%
3%
1%
1%
-
9,9%
13,2%

Resultados[editar | editar código-fonte]

Prefeito[editar | editar código-fonte]

No dia 2 de outubro de 2016, Dixon Carvalho foi eleito com 34,37% dos votos válidos, e em segundo lugar ficou Pavan, que se candidatava à reeleição, com 33,29% dos votos válidos.[3][4][13]

Candidato(a) Vice 1º Turno
7 de outubro de 2012
Votação
Total Porcentagem
Dixon Carvalho (PP) Sandro Caprino (PRB) 17.798 34,37%
Pavan (PSDB) Angela Duarte (PRTB) 17.239 33,29%
Tuta (PPS) Palito (SD) 13.765 26,58%
Roberto Yamada (PSOL) Ivone Zanichelli (PSOL) 2.084 4,02%
Kielson (PMB) Layla (PMB) 777 1,50%
Daniel Messias (PCO) Zequinha da Comunidade (PCO) 124 0,24%
Adriano Moura (PMDB) Professor William (PMDB) 0 0,00%
Total de votos válidos 51.787 87,87%
Votos em branco 2.155 3,66%
Votos nulos 4.997 8,48%
Total 58.939 84,78%
Abstenções 10.581 15,22%
Votos apurados 69.520 100%
Total de eleitores 69.520 100%
  Eleito(a)
  Indeferido(a)

Vereador[editar | editar código-fonte]

Quinze (15) vereadores foram eleitos para a Câmara Municipal de Paulínia em 2016. O PSDC foi o partido com o maior número de vereadores eleitos (3), seguido pelo PSDB (2), porém, a maioria dos vereadores eleitos pertence a coligação do candidato Tuta. Há apenas uma mulher entre os candidatos eleitos.[4][2][20]

Resultado da eleição para a Câmara Municipal de Bauru em 2012 por candidato eleito[4]
Candidato Número Partido Votos Porcentagem
Kiko Meschiatti 10000 PRB 1724 3,19%
Fábio Valadão 28000 PRTB 1713 3,17%
Dú Cazellato 45777 PSDB 1413 2,62%
Zé Coco 43043 PV 1308 2,42%
Edilsinho 45000 PSDB 1247 2,31%
Tiguila 23006 PPS 1168 2,16%
Danilo Barros 22100 PR 1146 2,12%
João Mota 27789 PSDC 1104 2,05%
Loira 27222 PSDC 1009 1,87%
Marquinho Fiorella 40000 PSB 995 1,84%
Prof. Xandynho Ferrari 55016 PSD 936 1,73%
Fabia Ramalho Inclusão Social 33456 PMN 928 1,72%
Flávio Xavier 27007 PSDC 880 1,63%
Marcelo D2 90902 PROS 753 1,40%
Manoel Filhos da Fruta 65000 PC do B 690 1,28%


Votos nominais 51.460 95,35%
Votos em legenda 2,508 4,56%
Votos válidos 53.968 91,57%
Votos nulos 3.024 5,13%
Votos em branco 1.947 3,30%
Total 58.939 84,78%

Análises[editar | editar código-fonte]

Dixon Carvalho foi empossado no dia 1º de janeiro de 2017 em Paulínia[21], e muitos cidadãos se incomodaram com o discurso do atual prefeito. Jornais locais afirmaram que a cerimônia de posse de Dixon na Câmara Municipal se assemelhava à um "culto religioso", já que o prefeito não citou suas propostas de campanha ou as soluções que pretende adotar para os problemas da cidade durante toda a cerimônia, e ao invés disso, iniciou seu discurso "pedindo uma salva de palmas à Jesus Cristo", além de proferir orações e ler um salmo da bíblia, como afirma o Jornal Tribuna de Paulínia.[22] Os eleitores que acompanharam a posse se declararam insatisfeitos com o discurso do prefeito, e se manifestaram nas redes sociais.[22]

O atual prefeito se envolveu em outra polêmica durante os 100 primeiros dias de mandato, quando em março de 2017, dois pedidos de cassação do mandato de Dixon Carvalho foram protocolados na Câmara de Paulínia.[23] Os pedidos denunciavam supostas fraudes em contratos emergenciais realizados pela prefeitura, além de pagamentos irregulares à empresas responsáveis pelo aterro sanitário e limpeza urbana da cidade. Contudo, a Câmara de Paulínia rejeitou ambos os pedidos contra o prefeito.[24]

Em maio de 2017, o vice-prefeito Sandro Caprino rompeu com o prefeito Dixon Carvalho. Caprino afirmou que sua decisão foi motivada pela forma que o atual prefeito está administrando o município, declarando que a administração de Dixon seria diferente do que ambos haviam combinado durante as eleições de 2016.[25] Apesar de seu rompimento com Dixon Carvalho, Caprino assegurou que continuará exercendo suas funções como vice-prefeito.[25]

Referências

  1. a b G1 (2 de outubro de 2016). «Dixon Carvalho é eleito prefeito de Paulínia». Consultado em 31 de maio de 2017 
  2. a b c UOL (2 de outubro de 2016). «Apuração da eleição municipal de Paulínia em 2016». Consultado em 21 de maio de 2017 
  3. a b c G1 (2 de outubro de 2016). «Apurações da Eleição Municipal de Paulínia em 2016». Consultado em 11 de junho de 2017 
  4. a b c d e f TSE (03 de novembro de 2016). «Divulgação dos Resultados de Eleições». Consultado em 11 de junho de 2017  Verifique data em: |data= (ajuda)
  5. Gazeta do Povo (2016). «Apuração das eleições para vereadores em Paulínia em 2016». Consultado em 11 de junho de 2017 
  6. a b G1 (26 de outubro de 2012). «Justiça Eleitoral barra candidatura de Moura Jr. em Paulínia». Consultado em 11 de junho de 2017 
  7. G1 (06 de outubro de 2012). «Edson Moura renuncia em Paulínia e é substituido pelo filho nas eleições». Consultado em 11 de junho de 2017  Verifique data em: |data= (ajuda)
  8. G1 (08 de novembro de 2012). «Justiça Eleitoral marca recontagem dos votos das eleições municipais em Paulínia». Consultado em 11 de junho de 2017  Verifique data em: |data= (ajuda)
  9. Portal de Paulínia (12 de novembro de 2012). «José Pavan é reeleito em Paulínia após recontagem dos votos». Consultado em 11 de junho de 2017 
  10. a b c UOL (12 de novembro de 2012). «Resultados Eleições Municipais em Paulínia 2012». Consultado em 11 de junho de 2017 
  11. a b c TSE. «Resultados Eleições Municipais em Paulínia 2012 TSE». Consultado em 11 de junho de 2017 
  12. TSE (29 de setembro de 2016). «Estatísticas eleitorais de Paulínia em 2016». Consultado em 11 de junho de 2017 
  13. a b Gazeta do Povo (03 de outubro de 2016). «Guia dos Candidatos 2016». Consultado em 11 de junho de 2017  Verifique data em: |data= (ajuda)
  14. a b G1 (16 de dezembro de 2016). «Justiça reprova contas do prefeito eleito de Paulinia». Consultado em 12 de junho de 2017 
  15. a b c d G1 (30 de dezembro de 2016). «Dixon Carvalho assume Paulínia e promete colocar a casa em ordem». Consultado em 12 de junho de 2017 
  16. G1 (11 de novembro de 2016). «Passageiros ficam sem transporte público em Paulínia pelo 3º dia». Consultado em 12 de junho de 2017 
  17. Jornal Tribuna de Paulínia (1 de outubro de 2016). «Jornais divulgam supostas pesquisas fraudulentas para favorecer Tuta e Dixon». Consultado em 14 de junho de 2017 
  18. a b c Jornal Tribuna de Paulínia (1 de outubro de 2016). «Nos votos válidos, Pavan está 10% à frente do segundo colocado». Consultado em 14 de junho de 2017 
  19. TSE (2016). «Consulta às pesquisas eleitorais registradas». Consultado em 14 de junho de 2017 
  20. Gazeta do Povo (2016). «Resultado das Eleições para Veradores em Paulínia em 2016». Consultado em 12 de junho de 2017 
  21. Portal da RMC (05 de janeiro de 2017). «Dixon Carvalho assume a prefeitura de Paulínia». Consultado em 13 de junho de 2017  Verifique data em: |data= (ajuda)
  22. a b Jornal Tribuna de Paulínia (10 de janeiro de 2017). «Posse de Dixon Carvalho vira "culto religioso" na Câmara». Consultado em 13 de junho de 2017 
  23. Jornal Tribuna de Paulínia (27 de março de 2017). «Dixon Carvalho pode ser cassado por superfaturar merenda». Consultado em 13 de junho de 2017 
  24. CBN Campinas 99,1 FM (29 de março de 2017). «Câmara de Paulínia rejeita pedidos de cassação contra o prefeito Dixon Carvalho». Consultado em 13 de junho de 2017 
  25. a b CBN Campinas 99,1 FM (11 de maio de 2017). «Vice Prefeito de Paulínia rompe com o prefeito Dixon Carvalho». Consultado em 13 de junho de 2017 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]


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