Violência política palestina

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Voluntários árabes armados, em 1948
Atentado suicida perpetrado pelo Hamas em Jerusalém contra um autobus

O termo violência politica palestina refere-se aos atos de violência realizados em prol da causa palestina. Estes objetivos políticos incluem a autodeterminação e a soberania sobre a Palestina,[1][2] a liberação daquele território e a criação de um Estado palestino, seja ele no lugar de Israel e dos territórios palestinos, ou apenas nestes últimos.[3][4][5] Dirigido periodicamente a metas mais limitadas, como a libertação de prisioneiros palestinos, uma meta importante desta violência visa a aplicação do direito de retorno dos refugiados palestinos.[6]

Grupos palestinos envolvidos em atos de violência com motivações políticas incluem o Hamas, a Organização para a Libertação da Palestina (OLP), a Jihad Islâmica Palestina, o Fatah, a Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP), a Frente Popular para a Libertação da Palestina - Comando Geral (FPLP-CG), a Frente Democrática para a Libertação da Palestina, e a Organização Abu Nidal.[7] Entre as táticas adotadas estão sequestros de aviões, tiroteios, atentados e apedrejamentos.[8]

A terrorismo palestino teve como alvo israelenses, palestinos, libaneses, jordanos,[9] egípcios,[10] e cidadãos de diversos outros países.[11] Os atos de terror dentro e fora de Israel, e foram direcionados tanto a alvos civis quanto militares. Estatísticas israelenses afirmam que 3 500 cidadãos daquele país[11][12] e 25 000 teriam sido feridos como resultado de atos de terror cometidos por palestinos desde a criação do Estado de Israel, em 1948. Estes números incluem soldados e civis, incluindo aqueles que foram vitimados em trocas de tiro entre ambos os lados.[13][14]

História[editar | editar código-fonte]

Historicamente, desde 1919 grupos locais palestinos têm atacado a população judaica de Yishuv, em oposição às aspirações do sionismo. De 1949 a 1956, o fedayeen cometeu ataques terroristas no contexto do conflito árabe-israelense. Desde 1965, um novo período de terrorismo emergiu, com ataques organizados por grupos palestinos em nome da "libertação da Palestina", bem como para criar um Estado palestino. O ataque ao aqueduto nacional de Israel em 1° de janeiro de 1965, marca o início do terrorismo palestino contemporâneo. O terrorismo palestino não ganhou notoriedade na mídia ocidental até o final dos anos 60, durante atos de pirataria e tomada de reféns. Durante a Segunda Intifada, particularmente assumiu a forma de atentados suicidas.

Tipos de ataques terroristas[editar | editar código-fonte]

  • Ataques na fronteira contra a população civil por grupos ou bandos armados (por exemplo, o massacre da estrada costeira, massacre em Ma'alot, etc.).
  • Sequestro de avião, em particular nas décadas de 1960 e 1970 (também o caso do sequestro do navio de recreio Achille Lauro).
  • Ataque com faca ou ataque para esfaqueamento.
  • Tiroteio (por exemplo, o ataque a um café em junho de 2016).
  • Lançamento ou lançamento de cargas explosivas (como minas, artefatos explosivos improvisados, etc.) contra alvos civis, áreas civis ou infraestrutura pública.
  • Ataque no carro-bomba ou no aríete do carro.
  • Seqüestro e detenção de reféns.
  • Ataques suicidas (desde 1993).
  • Bombardeios deliberados de populações civis (por foguetes e morteiros).
  • Emboscada ou ataque descoordenado a pessoas ou veículos usando projéteis, bombas caseiras (incluindo coquetéis molotov) ou outras armas.
  • Assassinatos.
  • Violência e intimidação contra suspeitos de "traição" ou oponentes políticos (homicídio, linchamento, tortura, virtiolagem, etc.).
  • Ameaças (ou tentativas) de destruição em massa (armas químicas, etc.).

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. de Waart, 1994, p. 223. Artigo 9 da Carta Nacional Palestina, de 1968. O Avalon Project possui uma cópia em [1]
  2. De Waal, 2004, p. 29–30.
  3. Schulz, 1999, p. 161.
  4. Khaled Abu Toameh (22 de julho de 2009). «'Fatah has never recognized Israel'». The Jerusalem Post. Consultado em 9 de março de 2009 [ligação inativa]
  5. Chris McGreal (12 de janeiro de 2006). «Hamas drops call for destruction of Israel from manifesto». The Guardian. Londres. Consultado em 9 de maio de 2012 
  6. «Carta Nacional Palestina». 1968. Consultado em 9 de maio de 2012. Arquivado do original em 14 de maio de 2012 
  7. Holly Fletcher (10 de abril de 2008). «Palestinian Islamic Jihad». Council on Foreign Relations. Consultado em 9 de maio de 2012 
  8. Beitler, Ruth Margolies. "The intifada: Palestinian adaptation to Israeli counterinsurgency tactics" Terrorism and Political Violence 7.2 (1995). 5 de setembro de 2010
  9. Hussein – the Guerrilla Crisis Country Studies, Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos
  10. Defendants are eight Egyptians led by a Palestinian national living in Al-Arish - Ministério do Interior do Egito, 26 de outubro de 2004.]
  11. a b B'Tselem – Statistics – Fatalities Arquivado em 8 de outubro de 2011, no Wayback Machine.. Btselem.org. Página visitada em 9-5-2012.
  12. Which Came First – Terrorism or "Occupation"? - Ministério de Assuntos Exteriores de Israel.
  13. Terrorism deaths in Israel – 1920–1999
  14. Palestinian terrorism since Sept 2000. Mfa.gov.il. Página acessada em 29-9-2010.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • De Waal, Alexander (2004). Islamism and its enemies in the Horn of Africa. [S.l.]: C. Hurst & Co. Publishers. ISBN 1-85065-730-0 
  • de Waart, P. J. I. M. (1994). Dynamics of self-determination in Palestine: protection of peoples as a human right. [S.l.]: BRILL. p. 223. ISBN 90-04-09825-9 
  • Schulz, Helena Lindholm (1999). The reconstruction of Palestinian nationalism: between revolution and statehood: New approaches to conflict analysis Illustrated ed. [S.l.]: Manchester University Press ND. ISBN 0-7190-5596-2 


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