Wikipédia:Oficina de tradução/Aqueus (Homero)

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Guerra de Troia


Aquiles cuidando dos ferimentos de Pátroclo
(Kylix figura-vermelha ática, ca. 500 BC)

A guerra

Ambiente: Troia (moderna Hisarlik, Turquia)
Período: Idade do Bronze
Data tradicional: ca. 1 194–1 184 a.C.
Data moderna: entre 1 260 e 1 240 a.C.
Resultado: Vitória grega, destruição de Troia
Ver também: Historicidade da Ilíada

Fontes literárias

Ilíada · Ciclo épico · Eneida, Livro 2 ·
Ifigênia em Áulis · Filoctetes ·
Ájax · As Mulheres de Troia · Posthomérica
Ver também: Guerra de Troia na cultura popular

Episódios

Julgamento de Páris · Sedução de Helena ·
Cavalo de Troia · O Saque de Troia · Regressos ·
Andanças de Odisseu ·
Eneias e a fundação de Roma

Gregos e aliados

Agamemnon · Aquiles · Helena · Menelau · Nestor · Odisseu · Ájax · Diomedes · Pátroclo · Térsites · Aqueus · Mirmidões
ver também: Catálogo de navios

Troianos e aliados

Príamo · Hécuba · Heitor · Páris · Cassandra · Andrómaca · Eneias · Mêmnon  · Troilo · Pentesileia e as Amazonas · Sarpedão
Ver também: Ordem da batalha dos troianos

Tópicos relacionados

Questão homérica · Arqueologia de Troia · Micenas · Armas da Idade do Bronze

Os Aqueus (em grego clássico: Ἀχαιοί, Akhaioí) constituem um dos nomes coletivos dos Gregos usados por Homero na Ilíada (598 vezes) e na Odisseia. Outros nomes citados são dânaos (Δαναοί, Danaoí, usado 138 vezes na Ilíada), argivos (Ἀργεῖοι, Argeíoi usado 182 vezes na Ilíada) enquanto que helenos (Ἕλληνες, Élenes) foi usado somente uma vez.[1] No período histórico, os aqueus eram os habitantes da Acaia, uma região na parte centro-norte do Peloponeso. As cidades-estado dessa região mais tarde formaram a confederação conhecida como Liga Acaia, que foi influente durante os séculos III e II a.C.

Uso homérico e uso posterior[editar código-fonte]

Os "aqueus de cabelo comprido" homéricos teriam feito parte da Civilização Micênica que dominou a Grécia por volta de 1600 a.C., com uma história de tribo que remonta a pré-história imigração helênica no final do terceiro milênio a.C..

Todavia, nos períodos arcaico e clássico, o termo 'Aqueus' se referia aos habitantes de uma região muito menor da Acaia. Heródoto identificou os aqueus do norte do Peloponeso como descendentes dos anteriores, aqueus homéricos. Segundo Pausânias, escritor do século II a.C., o termo 'Aqueu' era originalmente dado aos gregos da Argólida e da Lacônia.[2] Porém, isto não é claramente o modo como Homero usa o termo.

Pausânias e Heródoto contam ambos a lenda segundo a qual os aqueus foram expulsos das suas terras pelos dóricos, durante a lendária invasão dórica do Peloponeso. Depois mudaram para a região que hoje tem o nome de Acaia.

Ainda não há consenso académico sobre a origem dos aqueus históricos em relação aos aqueus homéricos e ainda hoje é tópico de acesos debates. Uma sugestão sobre a sua suposta etnia, como exposto no artigo de John A. Scott sobre os cabelos louros dos aqueus comparados com os cabelos escuros do Posidão "mediterrânico",[3] na base das sugestões de Homero, foi colocado de parte.

A posição contrastante sobre os "aqueus", tal como entendido por Homero, é "um nome sem uma pátria", um ethnos criado na tradição épica,[4] hoje há quem tal suporte entre os que concluem que os "aqueus" foram redefinidos no século quinto como falantes contemporâneos do grego eólico.

Karl Beloch sugeriu que não houve invasão dórica, mas sim que os dóricos do Peloponeso eram os aqueus.[5] Eduard Meyer, em desacordo com Beloch, avançou com a sugestão que os verdadeiros aqueus eram pré-dóricos gregos continentais.[6] A sua conclusão é baseada na sua pesquisa de que a similaridade entre as línguas dos aqueus e dos arcadianos pré-históricos. William Prentice discorda de ambos, notando que provas arqueológicas sugerem que os aqueus migraram do "sul da Ásia Menor para a Grécia, provavelmente colonizando primeiro a Tessália" provavelmente antes de 2000 a.C.[7]

Emil Forrer chegou a sugerir que existiu um "grande império" chamado Ahhijawa, em importância igual aos antigos estados a oriente. Porém, as suas conclusões foram recusadas por investigadores posteriores, especialmente por Ferdinand Sommer.[8]

Documentos hititas[editar código-fonte]

Mapa mostrando o império Hitita, Ahhiyawa (Achaens) e Wilusa (Troia), na sua maior extensão sob o comando de Supiluliuma I (c.1350–1322) e Mursili II (c.1321–1295).

Alguns textos em hitita referem-se a uma nação no oeste chamada Ahhiyawa.[9] Na primeira referência a esta terra, uma carta descrevendo as violações do tratado do vassalo heteu Madduwatta,[10] é chamado Ahhiya. Outro exemplo importante é a Carta Tawagalawa[11] escrito por um rei anônimo hitita (provavelmente Hatusil III) do período do império (séculos XIII e XIV a.C.) do rei da Ahhiyawa, e sugerindo que Mileto (Millawanda) estava sob seu controle. Também se refere a um anterior "Episódio Wilusa" envolvendo a hostilidade na parte dos "Ahhiyawa". Estes foram identificados com os Aqueus da Guerra de Troia e a cidade de Wilusa com a legendária cidade de Troia (Notar a similaridade com o Ϝιλιον Wilion, mais tarde Ίλιον Ilion, o nome da acrópole de Troia. However the exact relationship of the term Ahhiyawa to the Achaeans beyond a similarity in pronunciation is hotly debated by scholars, even following the discovery that Mycenaean Linear B is an early form of Greek; the earlier debate was summed up in 1984 by Hans G. Güterbock of the Oriental Institute.[12]

Fontes egípcias[editar código-fonte]

Durante o quinto ano do faraó Merneptá, uma confederação de povos da Líbia e do norte terá atacado o delta ocidental. Included amongst the ethnic names of the repulsed invaders is the Ekwesh or Eqwesh, whom some have seen as Achaeans, although Egyptian texts specifically mention these Ekwesh to be circumcised (which does not seem to have been a general practice in the Aegaean at the time). Homer mentions an Achaean attack upon the delta, and Menelaus speaks of the same in Book 4 of the Odyssey to Telemachus when he recounts his own return home from the Guerra de Troia. Later Greek myths also say that Helen had spent the time of the Trojan War in Egito, and not at Troia, and that after Troy the Greeks went there to recover her.

Mitologia grega[editar código-fonte]

Na mitologia grega, as divisões culturais percebidas entre os helenos foram representadas como linhas de ascendência lendários que identificaram grupos de parentesco, com cada linha que está sendo derivado de um ancestral de mesmo nome. Each of the Greek ethne were said to be named in honor of their respective ancestors: Achaeus of the Achaeans, Danaus of the Danaans, Cadmus of the Cadmeans (the Thebans), Hellen of the Hellenes (not to be confused with Helena de Troia), Aeolus of the Aeolians, Ion of the Ionians, and Dorus of the Dorians.

Kadmos from Fenícia, Danaus from Egito, and Pelops from Anatólia each gained a foothold in mainland Greece and were assimilated and Hellenized. Hellen, Graikos, Magnis, and Macedon were sons of Deucalion and Pyrrha, the only people who survived the Great Flood; the ethne were said to have originally been named after the elder son Graikoi but renamed later after Hellen who was proved to be the strongest. Sons of Hellen and the nymph Orsiis were Dorus, Xuthos, and Aeolus. Sons of Xuthos and Kreousa, daughter of Erechthea, were Ion and Achaeus.[13]

De acordo com Higino, 22 aqueus[14] killed 362 Trojans durante seus 10 anos em Troia.[15]

  1. Ilíada de Homero book 2. 653.
  2. Pausânias VII, 1
  3. Scott, "The Complexion of the aqueus" The Classical Journal.20..6 (March 1925:366-367)
  4. Como William K. Prentice expressou o seu longo ceticismo sobre uma genuína etnia acaia num passado distante, como local do seu artigo "The Achaeans", American Journal of Archaeology 33.2 (Abril de 1929:206-218) p 206
  5. K. J. Beloch, Griechische Geschichte, 1: I, p. 92, and p. 88, n. 1.
  6. Eduard Meyer, Geschichte des Altertums, 112, I (1928), p. 251
  7. Prentice 1929:206-218.
  8. Hermann Bengtson: Griechische Geschichte. C.H.Beck, München, 2002. 9th Edition. ISBN 3-406-02503-X. pp.8-15
  9. G.L. Huxley, Achaeans and Greeks (1960); Hans G. Güterbock, "The Hittites and the Aegean World: Part 1. The Ahhiyawa Problem Reconsidered" American Journal of Archaeology 87.2 (April 1983), pp. 133–138; and Machteld J. Mellink, "Part 2. Archaeological Comments on Ahhiyawa-Achaians in Western Anatolia", pp. 138–141.
  10. Translation of the Sins of Madduwatta
  11. Translation of the Tawagalawa Letter
  12. Hans G. Güterbock, "Hittites and Akhaeans: A New Look" Proceedings of the American Philosophical Society 128.2 (June 1984), pp. 114–122. Bibliography.
  13. Encyclopædia Britannica 1911: "Achaeans"
  14. In particular: Achilles 72, Antilochus 2, Protesilaus 4, Peneleos 2, Eurypylus 1, Ajax 14, Thoas 2, Leitus 20, Thrasymedes 2, Agamemnon 16, Diomedes 18, Menelaus 8, Philoctetes 3, Meriones 7, Odysseus 12, Idomeneus 13, Leonteus 5, Ajax 28, Patroclus 54, Polypoetes 1, Teucer 30, Neoptolemus 6. A; total of 362.
  15. Hyginus, Fabulae: fable 114.
  • Tsotakou-Karveli. Lexicon of Greek Mythology. Athens: Sokoli, 1990.

External links[editar código-fonte]

en:Achaeans (Homer)