Língua italiana: diferenças entre revisões
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| nome = Italiano (''Italiano'') |
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| estados = [[Itália]], [[Suíça]], [[San Marino]], [[Vaticano]], [[Ístria]] ([[Eslovênia]] e [[Croácia]]), por parte significativa da população de [[Malta]], [[Córsega]], [[Principado de Mônaco]], [[Albânia]] e, em menor escala, [[Somália]] e [[Líbia]], além de comunidades de descendentes de imigrantes no [[Brasil]], [[Argentina]], [[Uruguai]], [[Venezuela]], [[Austrália]], [[México]], [[Canadá]], [[Estados Unidos da América|Estados Unidos]], [[Alemanha]], [[França]], [[Bélgica]], [[Reino Unido]] e [[Luxemburgo]]. |
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| região = [[Europa]] ocidental |
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| falantes = 80-110 milhões |
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| posição = 11-19 |
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| fam1 = [[Línguas indo-européias|Indo-europeu]] |
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| fam2 = [[Línguas itálicas|Itálico]] |
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| fam3 = [[línguas românicas|Românico]] |
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| fam4 = [[línguas ítalo-ocidentais|Ítalo-ocidental]] |
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| fam5 = [[línguas ítalo-dalmatas|Ítalo-dalmato]] |
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| fontes = |
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<!-- Estatuto oficial --> |
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| oficial = [[Itália]], [[Suíça]], [[San Marino]], [[Vaticano]], [[Eslovénia|Eslovênia]] e [[Croácia]] (região da [[Ístria]]), [[União Européia]] |
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| regulador = [[Accademia della Crusca]] |
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<!-- Códigos de línguas --> |
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| iso1 = it |
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| iso2 = ita |
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| iso3 = |
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| sil = ITN |
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<!-- Mapa --> |
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|iso1=it|iso2=ita|iso3=ita|mapa=[[Imagem:Map Italophone World - updated.png|center|280px]]<br><center><small>Mapa do mundo Italófono.</center></small> |
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A '''língua italiana''' (''lingua italiana'') ou '''italiano''' (''italiano'') é uma [[língua românica]] falada por cerca de 70 milhões de [[pessoa]]s, a maioria das quais vivem na [[Itália]]. O italiano padrão baseia-se nos [[dialecto]]s da [[Toscana]] e é de certo modo intermédio entre as línguas da Itália do sul e as [[línguas galo-românicas]] do norte. O padrão toscano, muito antigo, tem vindo a ser ligeiramente influenciado nas últimas décadas pela variante de italiano falado em [[Milão]], a capital [[economia|econômica]] de Itália. O italiano tem [[consoante]]s duplas (ou longas) tal como o [[latim]], mas ao contrário da maior parte das línguas românicas modernas, como por exemplo, o [[Língua francesa|francês]], o [[Língua castelhana|espanhol]] ou o [[língua portuguesa|português]]. Tal como na maioria das [[línguas românicas]] (com a excepção do francês), a [[acentuação]] é distintiva. |
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==História== |
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boys of great players futbol, if you want to know our work please contact the cel.55-51- |
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A língua italiana atual deriva em grande parte do [[latim vulgar]]. Inicialmente, existiam dois tipos de latim falados até à [[idade média]]: o latim clássico falado pelos [[Antiga Roma|romanos]] mais cultos e influentes ou pelos moradores da área original de [[Roma]], mais complexo, e o latim vulgar, que era falado pelos [[soldado]]s e pelos povos dominados pelos romanos. |
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81536712-or 55-51-41011530 flavio Salles or imail fflaviosalles@gmail.com |
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Uma vez que os soldados se mantinham por determinados períodos de tempo nos locais ocupados, eram, de certa forma, encarregados em impor a língua latina aos [[colono]]s, pelo que, a variante de latim vulgar se tornou a mais falada em toda a extensão do vasto [[Império Romano]]. Com a ocorrência de misturas de [[dialeto]]s locais com o latim formaram-se várias das línguas actuais, tais como o português, o espanhol, o francês, o [[Língua romena|romeno]] e muito da essência do [[Língua inglesa|inglês]]. |
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O italiano é assim um caso à parte, uma vez que, com a queda do [[Império Romano do Ocidente]] e o extermínio e dispersão dos romanos, deu-se um impedimento à difusão e conservação da tradição, preservando-se apenas o latim vulgar durante a [[Idade Média]], usado como língua de alguns pequenos estados da [[península itálica]] e regiões circundantes bem como a língua oficial da [[Igreja Católica]], que exercia um grande poder na época, ajudando na preservação da língua (actualmente, no [[Vaticano|Estado do Vaticano]], a língua oficial ainda é o Latim, o que não dificulta em nada o contato com os italianos). |
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No [[século XIX]], com a [[unificação]] dos pequenos [[estado]]s da península itálica cuja ligação comum era, basicamente, a língua, promulgou-se o italiano como língua oficial, que só não pode ser considerada como latim vulgar "puro" por ter influências das línguas da região da Toscânia. |
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===Língua da Itália unificada=== |
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[[Image:Languages_spoken_in_Italy.svg|thumb|right|200px|Os dialetos italianos.]] |
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O italiano ''standard'', usado hoje na Itália, é descendente dos dialetos da [[Toscana]], especialmente aquele falado em [[Florença]], um dos mais importantes centros culturais da História italiana. Este dialeto ganhou prestígio sobretudo após ser usado por [[Dante Alighieri]], o maior [[escritor]] italiano. Desta forma, o italiano padrão só era falado na região da Toscana. Com a unificação italiana, o dialeto de Florença foi escolhido como língua oficial da Itália. |
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A Itália, anteriormente dividida em diversos reinos, com línguas e dialetos próprios, só se unificou na segunda metade do [[século XIX]]. Diversos idiomas e dialetos prevaleciam entre a população do País. Estes dialetos eram, na maioria das vezes, incompreensíveis entre si. Por exemplo, um italiano que fale um dialeto do sul da [[Calábria]] não entende o dialeto de alguém do norte da Calábria. De uma cidade para outra, os dialetos italianos podem mudar completamente. Em conseqüência, era necessário unificar a população italiana dentro de um único dialeto que, no caso escolhido, foi o dialeto toscano.<ref>[http://www.italianisticaonline.it/2005/lido-de-mauro/ Italianistica Online]</ref><ref>[http://www.calabriastudi.com/ Calabria; Storia, Cultura, Il Dialetto Calabrese, I Cognomi Calabresi]</ref> |
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Em 1861, ano do [[Risorgimento|Risorgimento italiano]], apenas 2,5% da população italiana se comunicava em italiano e outros 10% compreendiam a língua. A esmagadora maioria da população nem ao menos possuía conhecimento da língua. O italiano só se tornou dominante nos últimos cinqüenta anos, com a alfabetização em massa da população italiana e o desenvolvimento de tecnologias como a [[televisão]], que contribuiu para a divulgação da língua italiana. Na década de [[1950]], o italiano ainda perdia para os dialetos: 18% da população se comunicava na língua oficial, 18% alternava entre dialeto e italiano e 64% usava algum dialeto. Atualmente, 44% da população italiana usa apenas o italiano, 51% alterna entre italiano e dialeto e apenas 5% fala apenas dialeto. Para muitos italianos, falar dialeto é sinônimo de ignorância e falta de estudos. O italiano standard é, então, considerado o idioma da escolaridade e da população bem-educada, enquanto os dialetos são usados sobretudo no meio rural e para se comunicar com os familiares.<ref>[http://www.italianisticaonline.it/2005/lido-de-mauro/ Italianistica Online]</ref> |
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==Distribuição geográfica== |
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[[Imagem:ItalophoneEuropeMap.png|thumb|300px|Distribuição geográfica do italiano na Europa.]] |
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O italiano é língua oficial na [[Itália]] e em [[San Marino]], e uma das línguas oficiais da [[Suíça]]. Também é a segunda língua oficial do [[Vaticano]] e em algumas áreas da [[Ístria]], na [[Eslovênia]] e [[Croácia]], como uma minoria italiana. Também é constantemente falado na [[Córsega]] e em [[Nice]], antigas possessões italianas, além da [[Albânia]]. |
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É falado em certas partes da [[África]], que incluem a [[Etiópia]], [[Líbia]], [[Tunísia]] e [[Eritreia]]. É constantemente usado por comunidades italianas vivendo no [[Luxemburgo]], na [[Alemanha]], [[Bélgica]], nos [[Estados Unidos]], no [[Canadá]], na [[Venezuela]], no [[Brasil]], [[Uruguai]], na [[Argentina]] e [[Austrália]]. |
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A presença de italianos é marcante em toda a [[América Latina]]. Neste caso, a presença da língua italiana, na maior parte dialetos nortenhos, é abundante no Brasil, Argentina e Uruguai. Nesses países, o [[Língua espanhola|espanhol]] e o [[Língua portuguesa|português]] foram influenciados pelo italiano, particulamente em algumas regiões: ([[Rio Grande do Sul]], [[São Paulo]], [[Córdoba (província)|Córdoba]], [[Buenos Aires]], [[Chipilo]], etc) |
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=== No Brasil === |
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Entre [[1875]] e [[1935]], aproximadamente 1,5 milhão de [[italianos]] imigraram para o [[Brasil]].<ref>[http://www.geocities.com/novabrescia/nbhisto.html Nossos Imigrantes... Nossa História]</ref>Atualmente, 25 milhões de brasileiros são descendentes de italianos, contabilizando a maior população de origem italiana fora da Itália.<ref>[http://www.consultanazionaleemigrazione.it/itestero/Gli_italiani_in_Brasile.pdf Gli italiani in Brasile]</ref> |
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Os imigrantes não falavam o italiano padrão existente hoje, mas dialetos. Boa parte deles (cerca de 30%) provinha do [[Vêneto]], na Itália setentrional, região ainda hoje caracterizada pelo uso freqüente da [[língua vêneta]]: segundo um estudo, 75% dos vênetos usam o dialeto no dia-a-dia, sendo o italiano padrão usado em situações mais formais<ref>[http://www.raixevenete.net/documenti/doc370.asp Raixe Venete]</ref>. Na época em que estes imigrantes partiram para o Brasil, no fim do [[século XIX]], o uso do dialeto era ainda mais forte, visto que poucos italianos eram [[Alfabetização|alfabetizados]] e tinham conhecimento suficiente do italiano padrão que ainda começava a se difundir. A imigração vêneta se concentrou no [[Sul do Brasil]], palco para a criação de colônias rurais isoladas quase sem comunicação. Tais fatores contribuíram para o enraizamento do dialeto vêneto em certas porções do Brasil meridional. A maior parte dos falantes de vêneto no Brasil se concentra nas zonas [[Vinho|vinícolas]] do [[Rio Grande do Sul]]. Por viverem de certa forma isolados na zona rural, esses italianos e descendentes foram o único grupo que conseguiu manter o idioma vivo no Brasil, falado atualmente por alguns milhares de brasileiros. O dialeto, contudo, sofreu forte influência do português, e manteve expressões e [[léxico]]s que desapareceram na Itália. Para diferenciá-lo, utiliza-se hoje o nome [[talian]]. |
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Desta forma, apenas o dialeto vêneto sobreviveu no Brasil. Diversos outros falares itálicos, como o [[Língua napolitana|napolitano]] (bastante difundido em São Paulo no início do século passado), [[Língua emiliana|emiliano]], [[Língua siciliana|siciliano]], [[Língua lombarda|lombardo]], etc, desapareceram no Brasil. É notório, porém, que o vêneto também está ameaçado, visto que está restrito a ambientes rurais, em um país de forte aceleração urbana como é o Brasil. Em centros urbanos, como [[Caxias do Sul]], o vêneto foi, outrora, língua corrente porém hoje é difícil encontrar seus falantes. |
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Atualmente verifica-se um renovado interesse em se manter esse idioma minoritário do Brasil meridional através de sua insersão em [[currículo]]s [[escola]]res, da mesma forma que se está fazendo com o idioma [[Língua alemã|alemão]] nas zonas de colonização alemã e com o [[Língua espanhola|espanhol]] nas zonas fronteiriças à [[Argentina]] e ao [[Uruguai]]. |
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{{Wikibooks|Italiano}} |
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* [http://www.estadao.com.br/450/historia13.htm "Começa a Imigração de Mão de Obra Italiana" - Texto com fotos históricas do jornal "O Estadão".] |
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* [http://www.gramadosite.com.br/cgi/cultura/cronicas/ovidio/id:5746/xcoluna:1/xautor:1/leiapage:5 Pequena crônica sobre as realidades da língua italiana no Brasil.] |
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Revisão das 15h46min de 14 de junho de 2008
Italiano (Italiano) | ||
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Falado(a) em: | Itália, Suíça, San Marino, Vaticano, Ístria (Eslovênia e Croácia), por parte significativa da população de Malta, Córsega, Principado de Mônaco, Albânia e, em menor escala, Somália e Líbia, além de comunidades de descendentes de imigrantes no Brasil, Argentina, Uruguai, Venezuela, Austrália, México, Canadá, Estados Unidos, Alemanha, França, Bélgica, Reino Unido e Luxemburgo. | |
Região: | Europa ocidental | |
Total de falantes: | 80-110 milhões | |
Posição: | 11-19 | |
Família: | Indo-europeu Itálico Românico Ítalo-ocidental Ítalo-dalmato Italiano (Italiano) | |
Estatuto oficial | ||
Língua oficial de: | Itália, Suíça, San Marino, Vaticano, Eslovênia e Croácia (região da Ístria), União Européia | |
Regulado por: | Accademia della Crusca | |
Códigos de língua | ||
ISO 639-1: | it
| |
ISO 639-2: | ita | |
ISO 639-3: | ita
| |
A língua italiana (lingua italiana) ou italiano (italiano) é uma língua românica falada por cerca de 70 milhões de pessoas, a maioria das quais vivem na Itália. O italiano padrão baseia-se nos dialectos da Toscana e é de certo modo intermédio entre as línguas da Itália do sul e as línguas galo-românicas do norte. O padrão toscano, muito antigo, tem vindo a ser ligeiramente influenciado nas últimas décadas pela variante de italiano falado em Milão, a capital econômica de Itália. O italiano tem consoantes duplas (ou longas) tal como o latim, mas ao contrário da maior parte das línguas românicas modernas, como por exemplo, o francês, o espanhol ou o português. Tal como na maioria das línguas românicas (com a excepção do francês), a acentuação é distintiva.
História
A língua italiana atual deriva em grande parte do latim vulgar. Inicialmente, existiam dois tipos de latim falados até à idade média: o latim clássico falado pelos romanos mais cultos e influentes ou pelos moradores da área original de Roma, mais complexo, e o latim vulgar, que era falado pelos soldados e pelos povos dominados pelos romanos.
Uma vez que os soldados se mantinham por determinados períodos de tempo nos locais ocupados, eram, de certa forma, encarregados em impor a língua latina aos colonos, pelo que, a variante de latim vulgar se tornou a mais falada em toda a extensão do vasto Império Romano. Com a ocorrência de misturas de dialetos locais com o latim formaram-se várias das línguas actuais, tais como o português, o espanhol, o francês, o romeno e muito da essência do inglês.
O italiano é assim um caso à parte, uma vez que, com a queda do Império Romano do Ocidente e o extermínio e dispersão dos romanos, deu-se um impedimento à difusão e conservação da tradição, preservando-se apenas o latim vulgar durante a Idade Média, usado como língua de alguns pequenos estados da península itálica e regiões circundantes bem como a língua oficial da Igreja Católica, que exercia um grande poder na época, ajudando na preservação da língua (actualmente, no Estado do Vaticano, a língua oficial ainda é o Latim, o que não dificulta em nada o contato com os italianos).
No século XIX, com a unificação dos pequenos estados da península itálica cuja ligação comum era, basicamente, a língua, promulgou-se o italiano como língua oficial, que só não pode ser considerada como latim vulgar "puro" por ter influências das línguas da região da Toscânia.
Língua da Itália unificada
O italiano standard, usado hoje na Itália, é descendente dos dialetos da Toscana, especialmente aquele falado em Florença, um dos mais importantes centros culturais da História italiana. Este dialeto ganhou prestígio sobretudo após ser usado por Dante Alighieri, o maior escritor italiano. Desta forma, o italiano padrão só era falado na região da Toscana. Com a unificação italiana, o dialeto de Florença foi escolhido como língua oficial da Itália.
A Itália, anteriormente dividida em diversos reinos, com línguas e dialetos próprios, só se unificou na segunda metade do século XIX. Diversos idiomas e dialetos prevaleciam entre a população do País. Estes dialetos eram, na maioria das vezes, incompreensíveis entre si. Por exemplo, um italiano que fale um dialeto do sul da Calábria não entende o dialeto de alguém do norte da Calábria. De uma cidade para outra, os dialetos italianos podem mudar completamente. Em conseqüência, era necessário unificar a população italiana dentro de um único dialeto que, no caso escolhido, foi o dialeto toscano.[1][2]
Em 1861, ano do Risorgimento italiano, apenas 2,5% da população italiana se comunicava em italiano e outros 10% compreendiam a língua. A esmagadora maioria da população nem ao menos possuía conhecimento da língua. O italiano só se tornou dominante nos últimos cinqüenta anos, com a alfabetização em massa da população italiana e o desenvolvimento de tecnologias como a televisão, que contribuiu para a divulgação da língua italiana. Na década de 1950, o italiano ainda perdia para os dialetos: 18% da população se comunicava na língua oficial, 18% alternava entre dialeto e italiano e 64% usava algum dialeto. Atualmente, 44% da população italiana usa apenas o italiano, 51% alterna entre italiano e dialeto e apenas 5% fala apenas dialeto. Para muitos italianos, falar dialeto é sinônimo de ignorância e falta de estudos. O italiano standard é, então, considerado o idioma da escolaridade e da população bem-educada, enquanto os dialetos são usados sobretudo no meio rural e para se comunicar com os familiares.[3]
Distribuição geográfica
O italiano é língua oficial na Itália e em San Marino, e uma das línguas oficiais da Suíça. Também é a segunda língua oficial do Vaticano e em algumas áreas da Ístria, na Eslovênia e Croácia, como uma minoria italiana. Também é constantemente falado na Córsega e em Nice, antigas possessões italianas, além da Albânia.
É falado em certas partes da África, que incluem a Etiópia, Líbia, Tunísia e Eritreia. É constantemente usado por comunidades italianas vivendo no Luxemburgo, na Alemanha, Bélgica, nos Estados Unidos, no Canadá, na Venezuela, no Brasil, Uruguai, na Argentina e Austrália.
A presença de italianos é marcante em toda a América Latina. Neste caso, a presença da língua italiana, na maior parte dialetos nortenhos, é abundante no Brasil, Argentina e Uruguai. Nesses países, o espanhol e o português foram influenciados pelo italiano, particulamente em algumas regiões: (Rio Grande do Sul, São Paulo, Córdoba, Buenos Aires, Chipilo, etc)
No Brasil
Entre 1875 e 1935, aproximadamente 1,5 milhão de italianos imigraram para o Brasil.[4]Atualmente, 25 milhões de brasileiros são descendentes de italianos, contabilizando a maior população de origem italiana fora da Itália.[5]
Os imigrantes não falavam o italiano padrão existente hoje, mas dialetos. Boa parte deles (cerca de 30%) provinha do Vêneto, na Itália setentrional, região ainda hoje caracterizada pelo uso freqüente da língua vêneta: segundo um estudo, 75% dos vênetos usam o dialeto no dia-a-dia, sendo o italiano padrão usado em situações mais formais[6]. Na época em que estes imigrantes partiram para o Brasil, no fim do século XIX, o uso do dialeto era ainda mais forte, visto que poucos italianos eram alfabetizados e tinham conhecimento suficiente do italiano padrão que ainda começava a se difundir. A imigração vêneta se concentrou no Sul do Brasil, palco para a criação de colônias rurais isoladas quase sem comunicação. Tais fatores contribuíram para o enraizamento do dialeto vêneto em certas porções do Brasil meridional. A maior parte dos falantes de vêneto no Brasil se concentra nas zonas vinícolas do Rio Grande do Sul. Por viverem de certa forma isolados na zona rural, esses italianos e descendentes foram o único grupo que conseguiu manter o idioma vivo no Brasil, falado atualmente por alguns milhares de brasileiros. O dialeto, contudo, sofreu forte influência do português, e manteve expressões e léxicos que desapareceram na Itália. Para diferenciá-lo, utiliza-se hoje o nome talian.
Desta forma, apenas o dialeto vêneto sobreviveu no Brasil. Diversos outros falares itálicos, como o napolitano (bastante difundido em São Paulo no início do século passado), emiliano, siciliano, lombardo, etc, desapareceram no Brasil. É notório, porém, que o vêneto também está ameaçado, visto que está restrito a ambientes rurais, em um país de forte aceleração urbana como é o Brasil. Em centros urbanos, como Caxias do Sul, o vêneto foi, outrora, língua corrente porém hoje é difícil encontrar seus falantes.
Atualmente verifica-se um renovado interesse em se manter esse idioma minoritário do Brasil meridional através de sua insersão em currículos escolares, da mesma forma que se está fazendo com o idioma alemão nas zonas de colonização alemã e com o espanhol nas zonas fronteiriças à Argentina e ao Uruguai.