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Linguística gerativa: diferenças entre revisões

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* Formalmente, define-se uma gramática gerativa como sendo aquela que é plenamente explicitada. Ela é um conjunto finito de regras que podem ser aplicadas para ''gerar'' somente aquelas sentenças (freqüentemente, mas não necessariamente, infinitas em número) que são gramaticais em uma dada língua ou dialeto, e em nenhuma outra. Essa é a definição dada por [[Noam Chomsky]], que popularizou o termo, e pela maioria dos dicionários de lingüística. É importante notar que ''gerar'' é usado aqui como um termo técnico com um significado bem definido: dizer que uma gramática "gera uma sentença" é o mesmo que dizer que a gramática "atribui uma descrição estrutural" à sentença.<ref>{{cite book|title=Aspects of the Theory of Syntax|author=Chomsky, Noam|year=1965|publisher=MIT Press}}</ref>
* Formalmente, define-se uma gramática gerativa como sendo aquela que é plenamente explicitada. Ela é um conjunto finito de regras que podem ser aplicadas para ''gerar'' somente aquelas sentenças (freqüentemente, mas não necessariamente, infinitas em número) que são gramaticais em uma dada língua ou dialeto, e em nenhuma outra. Essa é a definição dada por [[Noam Chomsky]], que popularizou o termo, e pela maioria dos dicionários de lingüística. É importante notar que ''gerar'' é usado aqui como um termo técnico com um significado bem definido: dizer que uma gramática "gera uma sentença" é o mesmo que dizer que a gramática "atribui uma descrição estrutural" à sentença.<ref>{{cite book|title=Aspects of the Theory of Syntax|author=Chomsky, Noam|year=1965|publisher=MIT Press}}</ref>


* Mais popularmente — embora aparentemente desagrade a alguns lingüistas profissionais, entre os quais o próprio Chomsky — o termo é usado para nomear a forma de abordagem à lingüística feita por Chomsky e seus seguidores. O trabalho de Chomsky caracteriza-se pelo uso de [[gramática transformacional]] — uma teoria que sofreu várias alterações desde que foi inicialmente publicada por ele em seu livro ''Estruturas Sintáticas'', de [[1957]] — e pela asserção de um forte [[nativismo]] lingüístico (segundo a qual deve existir um conjunto de características fundamentais comum a todas as línguas humanas). JESUS CRISTO É O SENHOR!!!!!!! TODAS ESSAS TEORIAS NADA DIZEM DE ESSENCIAL SOBRE O SER HUMANO. PREOCUPEN-SE COM SUA SALVAÇÃO E NÃO COM ESSAS VELEIDADES E VAIDADES!!!!!!! ESTUDEM A BIBLIA!!!!!!! ELA É A VERDADEIRA GRAMATICA...
* Mais popularmente — embora aparentemente desagrade a alguns lingüistas profissionais, entre os quais o próprio Chomsky — o termo é usado para nomear a forma de abordagem à lingüística feita por Chomsky e seus seguidores. O trabalho de Chomsky caracteriza-se pelo uso de [[gramática transformacional]] — uma teoria que sofreu várias alterações desde que foi inicialmente publicada por ele em seu livro ''Estruturas Sintáticas'', de [[1957]] — e pela asserção de um forte [[nativismo]] lingüístico (segundo a qual deve existir um conjunto de características fundamentais comum a todas as línguas humanas).


* O termo "lingüística gerativa" é freqüentemente aplicado à primeira versão da [[gramática transformacional]] de Chomsky, que fazia uma distinção entre a ''Estrutura Profunda''<ref>''Estrutura Profunda'' é a forma abstrata subjacente que determina o significado da frase.</ref> e a ''Estrutura Superficial''<ref>''Estrutura Superficial'' é uma representação do símbolo físico que produzimos ou ouvimos.</ref> das sentenças.
* O termo "lingüística gerativa" é freqüentemente aplicado à primeira versão da [[gramática transformacional]] de Chomsky, que fazia uma distinção entre a ''Estrutura Profunda''<ref>''Estrutura Profunda'' é a forma abstrata subjacente que determina o significado da frase.</ref> e a ''Estrutura Superficial''<ref>''Estrutura Superficial'' é uma representação do símbolo físico que produzimos ou ouvimos.</ref> das sentenças.


* Chomsky também lançou sua abordagem à lingüística com um virulento ataque a abordagens alternativas, em particular à visão [[behaviorismo|comportamentalista]] na forma como havia sido popularizada por [[B. F. Skinner]] em um livro também publicado em 1957, ''[[Verbal Behavior]]''. Um último e mais vago sentido de "lingüística gerativa" pode então ser resumido como "lingüística anti-Skinneriana", ou simplesmente, anti-behaviorista.
* Chomsky também lançou sua abordagem à lingüística com um virulento ataque a abordagens alternativas, em particular à visão [[behaviorismo|comportamentalista]] na forma como havia sido popularizada por [[B. F. Skinner]] em um livro também publicado em 1957, ''[[Verbal Behavior]]''. Um último e mais vago sentido de "lingüística gerativa" pode então ser resumido como "lingüística anti-Skinneriana", ou simplesmente, anti-behaviorista.


===Evolução Histórica===
===Evolução Histórica===

Revisão das 22h17min de 26 de junho de 2008

Lingüística Gerativa é uma escola de pensamento da lingüística que faz uso do conceito de gramática gerativa. O termo "gramática gerativa" é usado de diferentes formas por diferentes pessoas, e conseqüentemente o termo "lingüística gerativa" pode ter uma variedade de significados diferentes que freqüentemente se superpõem.

Definições de Lingüística Gerativa

  • Formalmente, define-se uma gramática gerativa como sendo aquela que é plenamente explicitada. Ela é um conjunto finito de regras que podem ser aplicadas para gerar somente aquelas sentenças (freqüentemente, mas não necessariamente, infinitas em número) que são gramaticais em uma dada língua ou dialeto, e em nenhuma outra. Essa é a definição dada por Noam Chomsky, que popularizou o termo, e pela maioria dos dicionários de lingüística. É importante notar que gerar é usado aqui como um termo técnico com um significado bem definido: dizer que uma gramática "gera uma sentença" é o mesmo que dizer que a gramática "atribui uma descrição estrutural" à sentença.[1]
  • Mais popularmente — embora aparentemente desagrade a alguns lingüistas profissionais, entre os quais o próprio Chomsky — o termo é usado para nomear a forma de abordagem à lingüística feita por Chomsky e seus seguidores. O trabalho de Chomsky caracteriza-se pelo uso de gramática transformacional — uma teoria que sofreu várias alterações desde que foi inicialmente publicada por ele em seu livro Estruturas Sintáticas, de 1957 — e pela asserção de um forte nativismo lingüístico (segundo a qual deve existir um conjunto de características fundamentais comum a todas as línguas humanas).
  • O termo "lingüística gerativa" é freqüentemente aplicado à primeira versão da gramática transformacional de Chomsky, que fazia uma distinção entre a Estrutura Profunda[2] e a Estrutura Superficial[3] das sentenças.
  • Chomsky também lançou sua abordagem à lingüística com um virulento ataque a abordagens alternativas, em particular à visão comportamentalista na forma como havia sido popularizada por B. F. Skinner em um livro também publicado em 1957, Verbal Behavior. Um último e mais vago sentido de "lingüística gerativa" pode então ser resumido como "lingüística anti-Skinneriana", ou simplesmente, anti-behaviorista.

Evolução Histórica

A psicolingüística, que no início da década de 1960 estava em franco desenvolvimento como parte do movimento geral em direção à psicologia cognitiva, encontrou afinidades nesta ênfase anti-behaviorista, e rapidamente absorveu muitos dos conceitos chomskianos, dentre os quais a noção de gramática gerativa. Entretanto, com o amadurecimento tanto da psicologia cognitiva quanto da psicolingüística, passaram a ver cada vez menos utilidade para a lingüística gerativa — embora Chomsky tenha repetidamente enfatizado que nunca pretendeu especificar os processos mentais pelos quais uma pessoa gera sentenças ou as interpreta.

A lingüística cognitiva surgiu nos últimos anos do séc. XX como um paradigma lingüístico alternativo à lingüística gerativa. Ela procura unificar a compreensão da língua com a compreensão de como estruturas neurais específicas funcionam biologicamente. A diferença está mais na estratégia prática de pesquisa que na própria filosofia: em princípio, evidência neurológica sempre foi considerada relevante pela lingüística gerativa, mas na prática era considerada pouco conclusiva e aberta demais a interpretações para que pudesse ter algum uso. Apesar disso, alguns pesquisadores da lingüística gerativa (p.ex. Alec Marantz) publicam em neurolingüística.

Referências

  1. Chomsky, Noam (1965). Aspects of the Theory of Syntax. [S.l.]: MIT Press 
  2. Estrutura Profunda é a forma abstrata subjacente que determina o significado da frase.
  3. Estrutura Superficial é uma representação do símbolo físico que produzimos ou ouvimos.