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Criacionismo: diferenças entre revisões

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16.Número de Cidades reveladas pelas escavações
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17.Costume muito antigo de se guardar o ciclo semanal de 7 dias desde os povos mais antigos.
17.Costume muito antigo de se guardar o ciclo semanal de 7 dias desde os povos mais antigos.
18. Como a maior parte das camadas do fanerozoico se formaram em tempo rápido de meses, semanas, dias , na coluna geologica criacionista, devido a um tipo de catastrofismo que gerasse efeito dominó entre ondas/marés gigantes, vulcanismo fissural, impacto meteoríticos, glaciação, gigantescas represas de agua se extravasando no degelo carregando sedimentos e rochas capazes de escavar vales(Scablands), enfim, todo um cenario de destruição denominado diluviana gerando erosão em massa, transporte em massa, extinç~~ao em massa, fossilização em massa, e sedimentação em massa, necessario seria uma demonstração na geologia de tal possibilidade para explicação de camadas sobrepostas. O argumento mais usado pelos criacionistas era o plano paralelo intercamadas que demonstram não ter havido erosão entre camadas, caso tivesse os planos não seriam planos mas com ondulações irregulares resultantes de erosão, mas restaria ainda explicar a certa ordem que se observa nas camadas, a solução veio de estudos na física onde se verifica um fenômeno capaz de estratificar camadas sedimentares em tempo rápído, denominado como segregação espontanea, que ocorre tanto em meios secos como em meios aquosos, os autores mais citados pelos criacionistas neste ítem são:

Segregação e Estratificação Espontâneas:
BERTHAULT, G. – Experiments on Stratification – 14th International Sedimentological Congress – Abstracts (I – 4), Recife (PE), Agosto/1994.
CIZEAU, P. et alii – Mechanisms of Granular Spontaneous Stratification and Segregation in Two-Dimensional Silos – Phys. Rev. E, vol 59, Nº 4 (4408-4421), 1999.
FINEBERG, J. – From Cinderella´s Dilemma to Rock Slides – Nature, vol 386 (323, 324), 1997.
MAKSE, H. A. et alii – Spontaneous Stratification in Granular Mixtures – Nature, vol 386 (379-381), 1997.
MAKSE, H. A. – Grain Segregation Mechanism in Aeolian sand ripples – Eur. Phys. J. E-1 (127-135), 2000.
MAKSE, H. A. et alii – Dynamics of Granular Stratification – Phys. Rev. E, vol 58, Nº 3 (3357-3367), 1998.
SCHLUMBERGER – SEED – Stratification and Segregation – disponível:<http://www.slb.com/seed/en/watch/stratifi/index. htm>, 2003, acessado em 28/05/03.


=== Criacionismo de Terra Antiga ===
=== Criacionismo de Terra Antiga ===

Revisão das 13h03min de 19 de dezembro de 2009

Criacionismo é o termo que usa a noção genérica de uma ou mais entidades inteligentes para explicar, por trás de uma série de eventos, a origem do Universo, da vida na Terra ou das próprias espécies de seres vivos. Em outras palavras, como é definido por Phillip Johnson, "criacionismo simplesmente significa crença na criação".[1] Este artigo descreve as várias faces desse conceito, apresentando argumentos a favor e contra, bem como algumas análises e conclusões.

Uso do termo

Criação da Luz, por Gustavo Doré

Criacionismo pode ser definido como o movimento intelectual e religioso que se esforça por unir relato da criação bíblica ou de outras fontes antigas e até mais recentes como o Corão (632 dc), com conceitos e descobertas cientificas da atualidade. Para tanto , polêmicas e debates envolvendo uma multidisciplinariedade de áreas como Geocronologia, Biologia, Genetica, Arqueologia, Hermeneutica, Teologia, Filosofia, são chamados para esta discussão.

Dentro do termo criacionismo, um vasto espectro de hipóteses e temas de carater cientifico podem ser enquadradas, que podem vir a sustentar interpretação em diversos graus de literalidade de livros sagrados como o Gênesis ou o Corão.

Na maioria das civilizações antigas, tanto como nas atuais, é possível encontrar relatos explicando a origem de tudo como um ato intencional criativo, muitas vezes destacando uma figura como o originador da vida.

O criacionismo, da forma que este termo é utilizado nos dias de hoje, principalmente na imprensa, é um fenômeno tipicamente estadunidense; tendo por fonte principalmente o protestantismo norte-americano, que tentam resgatar a cosmovisão integralista reunindo religião bíblica como estando em harmonia com a ciência, idéia esta que predominava na europa entre os seculos XV e XIX, onde praticamente todos os cientistas que fundaram a ciência moderna, declaravam-se criacionistas e enxergavam a Deus como principio indiscutivel quanto a criação e planejamento da existencia, sobretudo a realidade organizada, organica, planejada, legislada (Newton) e percebida como trabalhada.

Tanto religiosos, teólogos e cientistas defensores da criação bíblica ou de algum desenho inteligente, se divergem quanto a forma de aceitação da historicidade do texto bíblico, alguns propõem que os seis dias da criação sejam literais devido a uma interpretação literal do texto, ou em consonância com outros relatos como de Jesus referindo-ae a criação como literal, outros sustentam relações de literalidade da criação com o mandamento do sábado (adventistas e judeus) principalmente ao ordenar que se relembre os seis dias da criação a cada ciclo semanal , outros acham que poderiam representar seis eras geológicas, em vez de dias literais de vinte quatro horas. Os criacionistas são chamados de fundamentalistas bíblicos que defendem que a interpretação de Gênesis para dia/era não está em harmonia com a exegese bíblica quanto ao termo hebraico usado, e sustentam que a vida, (muitos separam a criação da vida da criação do planeta terra) tenha sido criado por volta do ano 4000 AC, como se deduz do relato cronologico e genealogico bíblico, somando-se as idades dos patriarcas, calculando de forma semelhante a cronologia do bispo Usher.

Existem também versões que fazem referências religiosas implicitamente, como a hipótese do desenho inteligente (DI, ou ID, de intelligent design), teoria cientifica antiga ([[Paley]]) que tenta seu retorno hoje sob o naturalismo metodologico, questionando-o, e se apresentando como teoria científica embasada na observação posterior de formas interpretadas como nitidamente planejadas, rompendo portanto a barreira metodologica naturalista desenvolvida desde o iluminismo (sobretudo o iluminismo frances) seguido de laicismo politico e educacional. Tais observações refletidas por diversos cientistas, entram em franco conflito com a ressalva de se abster de pensamentos religiosos em salas de aula de ciência, assim que nos Estados Unidos da América existe grande demanda e polêmica sobre a constitucionalidade ou não da introdução do criacionismo nas aulas de ciência. Recentemente, depois de muitas críticas, debates e polemicas, o criacionismo vem se remodelando com novos argumentos, defendendo até mesmo o darwinismo e neodarwinismo (baraminologia) como pertencendo a realidade do comportamento bio-modificacional na historia das especies, defendendo a hipótese da biologia dos tipos básicos criados (Marsh 1976, Sherer 2002, Sodré 2005), onde tipos básicos seria um novo taxon que em geral inclui especie, gênero e familia, e se testa nos sexuados por cruzamentos de dois gametas, exigindo-se apenas que depois do crossover se inicie um embrião com patrimonio genetico paterno e materno. Desta forma , o criacionismo espera conciliar parte da teoria da evolução de Darwin, questionando quase que apenas o que eles classificam de extrapolações modificacionais no historico das especies, concentrando suas diferenças mais em torno de tempo radiometrico, tempo e formação geologica do fanerozoico por segregação espontanea (Berthaut, Souza Junior, Coffin, Snelling, Baumgardner, Sodré, Austin, Chaudwic, H. Maske), e transicionalidade fóssil acima de níveis taxonomicos situados em "familia", o que se harmoniza de forma lateral com a crise transicional apontada pelo pontualismo evolucionista de Eldredge e Gould. O criacionismo busca fazer "análise crítica da evolução", separando-a em teoria da evolução biologica de teoria da evolução historica (E. Mayer), mostrando seu nivel de concordancia com a primeira, principalmente devido a pesquisas em torno de especiações em tempo real, o que ajuda o pouco tempo de historia do modelo criacionista, e suas muitas ressalvas quanto a segunda, histórica, quando a teoria da evolução pretende historiar toda a vida a um ancestral totalmente comum . Tal análise está oragnizada no livro "Evolução, um Livro Texto Crítico" , escrito por dez cientistas alemães e proposto a ser livro didático na alemanha, foi traduzido para o portugues em 2002 pela Sociedade Criacionista Brasileira e apresenta os aspectos considerados pelos cientistas criacionistas como realmente sendo cientificos da evolução, e ao mesmo tempo, discernindo o que se julga ser extrapolações metafisicas da teoria da evolução, apresentando por ultimo, opções da perspectiva criacionista para a necessidade destes projetos de visão metafisica na historia paleontologica e no tempo(Popper).

O Criacionismo alem de se basear no relato bíblico e de centenas de fontes arqueologicas quanto a criação e diluvio (global ou local), busca se basear tambem na lei cientifica da biogênese (vida só provem da vida) de Pasteur (criacionista), não medindo críticas quanto ao modelo de origem da vida como tendo surgido de uma sopa morna (Darwin), ou da conjunção de uma atmosfera primitiva capaz de criar vida mediante raios cosmicos produzindo aminoácidos (Miller), apresentando todas as noções de planejamento que se expressam na homoquiralidade dos aminoácidos e açucares (M. N. Eberlin) , se reunindo a cientistas evolucionistas com teses como "complexidade irredutivel de M. Behe em "A Caixa preta de Darwin" e "Limites da Evolução", bem como divulgando milhares de publicações que demonstram aspectos de planejamento inteligente nos mecanismos celulares e sobretudo nos mais de 9 códigos de leitura integrados na fita do DNA.

Diversidade de conceitos

A Criação de Adão, de Michelangelo

O criacionismo, como idéia geral, se caracteriza pela releitura científica , em diferentes graus, às teorias científicas sobre fenômenos relacionados à origem do Universo, da vida e da evolução das espécies de seres vivos, sob a ótica do relato bíblico da criação, ou de alguma outra fonte arqueologica ou religiosa.

Existem diversos tipos de criacionistas, os da terra jovem, da terra antiga, os criacionistas que aceitam o fanerozoico como sendo obra (excetuando camadas geologicas atuais) provenientes de multiplas catástrofes associadas ao diluvio, e outros que incluem camadas pre-cambrianas tambem, os criacionistas evolucionistas que acreditam que Deus usou a evolução para criar, os criacionistas evolucionistas da terra jovem que acreditam que as especiações foram rápidas e limitadas a taxon familia, e por fim, criacionistas que apenas crêem em um criador mas se abstêem de definir qualquer ponto falseável de sua postura.

Alguns chamam essa posição de criacionismo evolucionista, ou evolucionismo criacionista, e essa vertente - o crido pelos católicos - é capaz de conviver plenamente com os conceitos centrais de ambas as visões.

Criacionismo da Terra Jovem

Dentro do grupo de criacionistas cristãos, o grupo mais atuante deles, são os que apoiam a tese da criação da Terra nos seis dias literais do Gênesis, discutindo e apresentando argumentos na genealogia, genetica, biologia, históricas, astrofísicas, geológicas, paleontológicas, arqueológicas, físicas e químicas em favor de pequeno intervalo de tempo para a existencia sobretudo das populações de especies no planeta terra . Tais cristãos denominam-se criacionistas da Terra Jovem ou literalistas bíblicos.

Alguns dos principais argumentos utilizados para defenderem pouco espaço de tempo para a historia paleontologica da vida na terra são denominados como pertencendo ao perímetro de convergência temporal onde perspectivas de pouco tempo são sustentadas por:

1.Genealógias antigas, bilicas e estatísticas (Yale, dr Chang, Nature 2004) que apontam ancestralidade comum aos humanos para poucos milhares de anos atrás. 2.Testes em C14 possível em rochas e diamantes( Baumgardner) diminuindo tempo geológico convencional e apontando para idades recentes de camadas sedimentares e até pré-cambriana 3.Taxas diagênicas em fosseis sem sofrer total permineralização encontradas em ossos como o caso do Tiranossauro Rex de Montana, com sua maior parte preservada e contendo carne com elasticidade ainda preservada sem sofrer susbstituição mineral(Nature Schweitzer 2005) 4.Hipervariabilidade genética nas populações ancestrais onde deveria existir patrimônio genético ascendente sem acumulo de doenças genéticas, evitando a mortal alta frequencia de alelos deleterios nos cruzamentos previsivelmente homozigoticos das populações ancestrais cada vez em menor numero populacional no passado (Sodré e JC Sanford) 5.Convergência de cronologias historico-arqueologicvas antigas 6.Estudo de afunilamento de nomes, de numero de cidades e referencias antigas 7.Criações instantâneas de rochas graniticas testemunhadas pela presença de visibilidade de halos de polonio-218 bastardos, que se formam a frio e sua visibilidade dura menos de 3 minutos (Robert Gentry) com diversas publicações na Nature, Science e outras publicações cientificas. 8. Aspectos de taxas de sedimentação geologica apelam para tempo reduzido na formação do fanerozoico sobretudo se levarmos em conta altas taxas (Sadler, 1984) 9.Relações catastroficas na formação geologica do fanerozoico com impactos meteoriticos (Nahor 2004) 10.Línguas se afunilam a 3, 4 , 5 troncos básicos em 4-8 .000 AC 11.Isaac Newton ao lançar o livro "As Profecias de Daniel e Apocalipse" demonstrou uma historia curta e controlada na terra. 12.População humana por calculo estatístico inicia a 4-8.000 anos 13.Costumes, culturas e historias comuns, cada vez mais presentes e em franca semelhança noo povos do recente passado revelando inicio comum. 14. Historia escrita inicia em 4-8 mil anos 15. Aspectos que demonstram ancestrais inteligentes e longevos no passado (Burquit e Cuozzo) 16.Número de Cidades reveladas pelas escavações 17.Costume muito antigo de se guardar o ciclo semanal de 7 dias desde os povos mais antigos. 18. Como a maior parte das camadas do fanerozoico se formaram em tempo rápido de meses, semanas, dias , na coluna geologica criacionista, devido a um tipo de catastrofismo que gerasse efeito dominó entre ondas/marés gigantes, vulcanismo fissural, impacto meteoríticos, glaciação, gigantescas represas de agua se extravasando no degelo carregando sedimentos e rochas capazes de escavar vales(Scablands), enfim, todo um cenario de destruição denominado diluviana gerando erosão em massa, transporte em massa, extinç~~ao em massa, fossilização em massa, e sedimentação em massa, necessario seria uma demonstração na geologia de tal possibilidade para explicação de camadas sobrepostas. O argumento mais usado pelos criacionistas era o plano paralelo intercamadas que demonstram não ter havido erosão entre camadas, caso tivesse os planos não seriam planos mas com ondulações irregulares resultantes de erosão, mas restaria ainda explicar a certa ordem que se observa nas camadas, a solução veio de estudos na física onde se verifica um fenômeno capaz de estratificar camadas sedimentares em tempo rápído, denominado como segregação espontanea, que ocorre tanto em meios secos como em meios aquosos, os autores mais citados pelos criacionistas neste ítem são:

Segregação e Estratificação Espontâneas: BERTHAULT, G. – Experiments on Stratification – 14th International Sedimentological Congress – Abstracts (I – 4), Recife (PE), Agosto/1994. CIZEAU, P. et alii – Mechanisms of Granular Spontaneous Stratification and Segregation in Two-Dimensional Silos – Phys. Rev. E, vol 59, Nº 4 (4408-4421), 1999. FINEBERG, J. – From Cinderella´s Dilemma to Rock Slides – Nature, vol 386 (323, 324), 1997. MAKSE, H. A. et alii – Spontaneous Stratification in Granular Mixtures – Nature, vol 386 (379-381), 1997. MAKSE, H. A. – Grain Segregation Mechanism in Aeolian sand ripples – Eur. Phys. J. E-1 (127-135), 2000. MAKSE, H. A. et alii – Dynamics of Granular Stratification – Phys. Rev. E, vol 58, Nº 3 (3357-3367), 1998. SCHLUMBERGER – SEED – Stratification and Segregation – disponível:<http://www.slb.com/seed/en/watch/stratifi/index. htm>, 2003, acessado em 28/05/03.

Criacionismo de Terra Antiga

Outros aceitam a idade da Terra, ou até mesmo do Universo, defendida pela ciência, mas mantendo ainda posições conflitantes com a biologia evolucionista. São apelidados criacionistas da Terra Antiga ou, muitas vezes, da Terra Velha. Já o evolucionismo criacionista, já citado, defende a tese de que a Bíblia ou outros livros considerados sagrados dão margem a uma mistura da evolução, origem da vida e criação, dizendo que Deus deu origem à vida, mas permitiu que esta evoluísse.

A Bíblia faz menção de seis dias criativos e um sétimo dia não terminado. Os crentes na criação, mas que apoiam a tese da Terra Antiga, entendem que isso dá margem para dizer que a expressão dias envolve milhares ou até mesmo bilhões de anos, supostamente tornando compatível a tese da criação com a Geologia eoutras ciências modernas. Mas isso não ocorre, pois, mesmo que dia signifique um período de tempo indeterminado, a ordem da criação ,tal como descrito no livro de Gênesis, se confronta com diversas ciências. Há como exemplo a criação das plantas antes da do Sol, o que é impossível, e a criação da Terra antes das estrelas, sabendo-se hoje que existem estrelas bilhões de anos mais velhas que a Terra, e inclusive sendo nosso Sol e seu sistema solar formados de nuvens resultantes de uma geração anterior de estrelas.

Os criacionistas trabalham basicamente com argumentos para tentar refutar evidências que evolucionistas sustentam como corroboração da evolução como fato e da teoria da evolução como modelo científico que o trata.

Ramificação

Entre as diversas correntes criacionistas da Terra Antiga, há duas principais:

  • Neocriacionismo - também chamado de Design inteligente, corrente surgida por volta de 1920 nos EUA, defende a tese de que houve influência de uma entidade inteligente na criação dos seres vivos. Grupos religiosos dessa corrente têm lutado para incluir esse ensino nas escolas, em pé de igualdade com o ensino da evolução. Os evolucionistas a consideram apenas o criacionismo clássico travestido de pseudociência para poder ser ensinado nas escolas. Assim foi considerada em decisão judicial, pelo juiz John Jones, que proibiu seu ensino em escolas públicas[2].
  • Criacionismo Clássico - quanto à difusão do criacionismo clássico, segundo uma pesquisa do Instituto Gallup veiculada pela Folha de São Paulo[3], noventa por cento dos norte-americanos acreditam em um Deus criador, sendo que quarenta e cinco por cento acham que a criação ocorreu exatamente como o livro do Gênesis descreve. A pesquisa mostra que, entre os membros da Academia Nacional de Ciências estadunidense, dez por cento expressam crença num deus, o que não significa necessariamente que sejam criacionistas. A maioria deles são evolucionistas teístas, como Francis Collins, que deixa claro seu repúdio tanto ao criacionismo quanto ao design inteligente em seu livro The Language of God: A Scientist Presents Evidence for Belief (publicado em julho de 2006). Várias religiosos possuem diferentes visões do criacionismo, como o cristão, muçulmano, hindu etc.

Existe ainda dentre estes uma ínfima minoria que vai mais longe e é geocentrista e/ou defensora da Terra Plana.

REFERÊNCIAS FÓSSEIS: EVIDÊNCIAS DE RÁPIDO SOTERRAMENTO BRAND, L. R.; ESPERANTE, R.; CHADWICK, A. V.; PORRAS, O. P.; ALOMIA, M. – Fossil whale preservation implies high diatom accumulation rate in the Miocene-Pliocene Pisco Formation of Peru. Geology (165-168). February 2004. ESPERANTE, R.; BRAND, L.; NICK, K. E.; POMA; O.; URBINA, M. – Excepcional Occurrence of baleen in shallow marine sediments of the Neogene Pisco Formation, Southern Peru. Paleogeography, Paleoclimatology, Paleoecology – nº 257, p. 344-360. 2008 BRAND, L. R.; HUSSEY, M.; CHADWICK, A. V.; TAYLOR, J. – Decay and Disarticulation of Small Vertebrates in Controlled Experiments. Journal of Taphonomy, Volume 1 (Issue 2), p. 69-95. 2003. SCHWEITZER, M. H. et alli – Soft- Tissue Vessel and Cellular Preservation in Tyrannosaurus rex. Science, vol 307, Issue 5717, 1952-1955, 25 March 2005.

CATÁSTROFES GEOLÓGICAS: FENÔMENOS GEOLÓGICOS GLOBAIS INTERLIGADOS SOUZA JR., N. N. – O “Entablamento” em Derrames Basálticos da Bacia do Paraná: Aspectos Genéticos e Caracterização Geotécnica. Tese de Doutoramento. EESC-USP, 257p. 1992a. SOUZA JR, N. N. – Feições Lito-Estruturais de Interesse Geológico e Geotécnico em Maciços Basálticos. Dissertação de Mestrado. EESC-USP, 183p. 1986a. WHITE, R. V. – Volcanism, Impact and Mass Extinctions. Lithos, Vol. 79, Nº 3-4. 2005. ELKINS-TANTON, L. – Giant Meteoroid Impacts can Cause Volcanism. Earth and Planetary Science Letters. Vol. 239, pp. 219-232. 2005. JONES, A. P.; PRICE, G. D.; PRICE, N. J.; DeCARLI, P. S.; CLERGG, R. A. – Impact Induced Melting and the Development of Large Igneous Provinces. Earth and Planetary Science Letters, 202: 551-561. 2002. BECKER, L. et alli – Bedout: A Possible End-Permian Impact Crater Offshore of Northwestern Austrália. Science Express (DOI: 10.1126 / Science. 1093925), 13 May 2004. BECKER, L. – Entrevista pela ABC on line (The World Today – WA “crater” fuels extinction theories), 14 May 2004. MORGAN, J. P.; RESTON, T. J.; RANERO, C. R. – Contemporaneous Mass Extinctios, Continental Flood Basalts, and “Impact Signals”: are Mantle Plume-Induced Lithospheric gas Explosions the Causal Link? Earth and Planetary Science Letters, 217: 263-284. 2004. COE, R. S.; PRÉVOT, M.; CAMPS, P. – New Evidence for Extraordinarily Rapid Change of the Geomagnetic Field During a Reversal. Nature 374: 687-692. 1995.

Argumentos neocriacionistas

Ver artigo principal: Design Inteligente

Apesar da predominância de correntes evolucionistas nos meios acadêmicos, alguns cientistas tornaram-se notados por defenderem o criacionismo clássico, que envolve a crença num criador. Os argumentos de pessoas pertencentes a comunidade científica em favor do criacionismo apontam para a organização e exatidão das leis naturais. Essa visão dá uma imagem que parece com aquela proposta por Isaac Newton, ao comparar o mundo a um mecanismo que evidencia um projeto inteligente e sobrenatural.

As novas tendências científicas têm, contudo, levado a uma diferente visão do Universo, menos determinista e mecanicista. É comum dar como exemplo a distância propícia entre o Sol e a Terra, que permite temperaturas amenas, as quais possibilitam a continuidade da vida. É interessante verificar que esse mesmo argumento é utilizado pelos evolucionistas para referir o caráter excepcional da posição da Terra, não para uma suposta "continuidade" (palavra que implica a ideia de um projeto ou um plano para a Criação) da vida, mas para a sua emergência e evolução. É importante notar que, apesar de uma minoria de cientistas defenderem o criacionismo, este movimento tem ganhado força e a inclusão de novos nomes de peso na atualidade como JC Sanford, ex-ateu e prorietario de mais de 30 patentes na área genética, Marcos Nogueira Eberlin, descobridor das reações de íons gasosos, reações de eberlin e outros.

Indivíduos teístas que aceitam as hipóteses científicas podem ver, entre inúmeros exemplos, nas características e regularidades da Natureza (como a regularidade verificada nos elementos químicos na tabela periódica ou o fato de os acontecimentos físicos obedecerem a leis que podem ser expressas em equações matemáticas "exatas") base para se pressupor uma ordem, citada e interpretada como prova da existência de um legislador que legisla e faz cumprir essas leis. Por essas mesmas leis, o Universo teria vindo a existir por determinação divina e teria se desenrolado sua história da mesma forma, sendo parte dela a origem e a evolução da vida na Terra. Criacionistas, no entanto, não acreditam que o Universo e suas partes tenham sido criados segundo essas leis, mas tudo foi criado para estarem em obediencia as mesmas, ouma visão mais teologica e bíblica do criacionismo defende que tudo foi criado do nada (ou ex nihilo, termo em latim mais sofisticado) e só então essas leis naturais passaram a vigorar.

Os argumentos neocriacionistas são associados aos argumentos teleológicos, como o argumento do relojoeiro de Paley.

Um dos argumentos mais novos do neocracionismo consiste na biologia dos tipos básicos (Marsh , 1976) (Sherer, 1996), onde se afirma concordancia com o Darwinismo até um limite evolutivo em tempo e capacidade de cruzamentos.

Outro argumento na área de Genealogia é a associação de impactos de meteoros com o diluvio e formação do fanerozoico, resultando na irrepetivel cena paleontologica do fanerozoico.

FÓSSEIS: EVIDÊNCIAS DE RÁPIDO SOTERRAMENTO BRAND, L. R.; ESPERANTE, R.; CHADWICK, A. V.; PORRAS, O. P.; ALOMIA, M. – Fossil whale preservation implies high diatom accumulation rate in the Miocene-Pliocene Pisco Formation of Peru. Geology (165-168). February 2004. ESPERANTE, R.; BRAND, L.; NICK, K. E.; POMA; O.; URBINA, M. – Excepcional Occurrence of baleen in shallow marine sediments of the Neogene Pisco Formation, Southern Peru. Paleogeography, Paleoclimatology, Paleoecology – nº 257, p. 344-360. 2008 BRAND, L. R.; HUSSEY, M.; CHADWICK, A. V.; TAYLOR, J. – Decay and Disarticulation of Small Vertebrates in Controlled Experiments. Journal of Taphonomy, Volume 1 (Issue 2), p. 69-95. 2003. SCHWEITZER, M. H. et alli – Soft- Tissue Vessel and Cellular Preservation in Tyrannosaurus rex. Science, vol 307, Issue 5717, 1952-1955, 25 March 2005.

CATÁSTROFES GEOLÓGICAS: FENÔMENOS GEOLÓGICOS GLOBAIS INTERLIGADOS SOUZA JR., N. N. – O “Entablamento” em Derrames Basálticos da Bacia do Paraná: Aspectos Genéticos e Caracterização Geotécnica. Tese de Doutoramento. EESC-USP, 257p. 1992a. SOUZA JR, N. N. – Feições Lito-Estruturais de Interesse Geológico e Geotécnico em Maciços Basálticos. Dissertação de Mestrado. EESC-USP, 183p. 1986a. WHITE, R. V. – Volcanism, Impact and Mass Extinctions. Lithos, Vol. 79, Nº 3-4. 2005. ELKINS-TANTON, L. – Giant Meteoroid Impacts can Cause Volcanism. Earth and Planetary Science Letters. Vol. 239, pp. 219-232. 2005. JONES, A. P.; PRICE, G. D.; PRICE, N. J.; DeCARLI, P. S.; CLERGG, R. A. – Impact Induced Melting and the Development of Large Igneous Provinces. Earth and Planetary Science Letters, 202: 551-561. 2002. BECKER, L. et alli – Bedout: A Possible End-Permian Impact Crater Offshore of Northwestern Austrália. Science Express (DOI: 10.1126 / Science. 1093925), 13 May 2004. BECKER, L. – Entrevista pela ABC on line (The World Today – WA “crater” fuels extinction theories), 14 May 2004.

MORGAN, J. P.; RESTON, T. J.; RANERO, C. R. – Contemporaneous Mass Extinctios, Continental Flood Basalts, and “Impact Signals”: are Mantle Plume-Induced Lithospheric gas Explosions the Causal Link? Earth and Planetary Science Letters, 217: 263-284. 2004. COE, R. S.; PRÉVOT, M.; CAMPS, P. – New Evidence for Extraordinarily Rapid Change of the Geomagnetic Field During a Reversal. Nature 374: 687-692. 1995.

Os argumentos criacionistas

Existem argumentos criacionistas contra a Paleontologia, Geologia e Sistemática. Esses argumentos não levam em conta a metodologia utilizada por essas disciplinas, que são os métodos estatísticos e computacionais[4] da Cladística, como a máxima parcimônia[5] e o bootstraping[6], utilizados pelos sistematas. Também não existem argumentos consistentes contra os métodos de datação radiométrica[7] de fósseis e rochas utilizados pelos geólogos e paleontólogos.

Criacionistas questionam também experiências relacionadas à demonstração da seleção natural, como aquela relativa às mariposas cujas cores foram influenciadas pelas mudanças advindas da Revolução Industrial. Nesse caso, especificamente, apontam falhas apenas na metodologia, mas ressaltam a seleção natural existe e atua na natureza de forma a não conseguir conter a entropia genética (Sanford -2005), deixando passar caracteristicas deleterias, e outras vezes diminuindo o patrimonio e variabilidade genética, o que aponta para uma sobrevivencia do mais apto cada vez mais reduzida, relativa, e tendo destino , quanto mais atua, a extinção e não o melhoramento da especie, como se pensava sob a ótica de evolução por seleção natural positiva (Wallace), que talvez foi influenciado por pensamentos economicos da epoca "sobrevivencia do mais apto", industrialismo e novas conquistas humanas, e até mesmo, pensamentos religiosos (Wallace era espiritualista e cria em reencarnações e evolução da alma).

Os criacionistas se valem da teoria da receopção para avaliar o surgimento do que denominam a ideologia evolucionista, onde criticam que a mesma passou a ser uma metodologia que dominou toda a ciência e maeneira de pensar das pessoas nos ultimos séculos.


O contexto Historico

A política reagente iluminista ganhava terreno pelo menos de duas maneiras sobre o catolicismo medieval e o domínio teológico da verdade católica ou protestante em disputa desde principalmente Lutero.Uma maneira era discernir os exageros religiosos e recomendar sua atuação limitada, e a outra, no iluminismo Frances , rejeitar a religião como um todo. Nesta nova política proposta para organizar o mundo político-social-economico-cientifico e religioso , filosofias racionalistas como o naturalismo penetrava na ciência e na ideologia popular que, entusiasmada com o industrialismo e a libertação das suspertições religiosas, abraçava voluptuosamente e com um mínimo discernimento , ao novo paradigma racionalista da verdade, o cientifico. Dentro deste cenário, muitas novas idéias foram sendo trazidas a tona e quase todas elas eram caracterizadas pela descoberta de uma pequena parte como sendo capaz de explicar o todo, extrapolando a visão da vida para dentro do umbigo das “descobertas”. Falo do materialismo dogmático de Max, da psicanálise de Freud com todas seus exageros, do sola scriptura, do evolucionismo e outros tristes exemplos onde o exagero de uma verdade representou um fanatismo que extrapolava alem de suas fronteiras de domínio e sensatez, e desboca numa ideologia atual que normatiza , mantem, e sustenta um imbecil coletivo generalizado no mundo. Estas idéias formariam na mente das pessoas novas combinações ideológicas pelas quais haveriam de enxergar o mundo e julgar a realidade. Destacamos neste contexto, e já que iremos frontalizar a ciência como um todo, Charles Darwin em sua viagem no navio Beagge, para perscrutarmos o que existia na mente deste jovem teólogo terceirto anista de 22 anos , neto de biólogo seguidor de Lamark, filho de pastor anglicano com idéias questionadoras sobre Deus Criador, aristocrata rico de uma sociedade que pregava a vitoria do mais apto na economia, leitor de um advogado positivista chamado Charles Lyell que acreditava que o presente fosse igual ao passado e que portanto as camadas geológicas formariam nas mesmas taxas de sedimentação observadas hoje e por fim, uma tendência bastante capaz e as vezes esperta, de lidar com varias realidades, conjugando-a, de forma a incluir em seus trabalhos a re-descoberta sensacional do principio de seleção natural que Wallace em carta lhe enviou como um presente. Wallace também , era um espiritualista que acreditava em reencarnação, na evolução positiva da alma como caminho da salvação, e era inglês igualmente, tinha a idéia da vitoria do mais apto da economia em consciente.

Destas , pelo menos , 8 conjugações nasceria a teoria da evolução: 1. Idéias econômicas da vitoria do mais apto 2. Idéias atualistas e uniformitarianistas de que o presente seja igual ao passado 3. Idéias geológicas de que as camadas se formavam por milhões de anos 4. Idéias paleontológicas que afirmavam que no passado viveram diferentes tipos de animais 5. Idéias teológicas que questionavam a criação de Deus tendo em vista o sofrimento na natureza e suas aberrações 6. Ideias de Lamark de que a necessidade e o uso transformavam as especies 7. Idéias atéias que queriam explicar a realidade sem idéias teológicas ou sobrenaturais (naturalismo) 8. Idéias advindas de uma carta de um amigo chamado Wallace de que as especies se modificavam pela seleção natural de mais “apto” nas decendencias

A conjugação destas idéias na mente de Darwin muito provavelmente criaram uma nova concepção da reliadade ,uma nova ideologia e se tornaram seu óculos para interpretar as pequenas diferenças dos bicos e morfologia dos tentilhões na ilha de galápagos, nasceria então a teoria da evolução.

Assim que a progressão que Darwin fez para uma evolução sem limites para o passado , e num suposto tempo geológico (eras) estava fora da observação do ponto especifico da modificação verificada nos passaros, e mesmo que Lyell estivesse junto a ele, uma observação geologica está muito distante de uma observação de tentilhões. O relacionamento com camadas, tempo e fosseis nelas contidos, era um salto mais da imaginação relacionadora que de uma observação cientifica cuidadosa. Logo, os criacionistas apostam que separar em Darwin e no evolucionismo, geologia de biologia, e de outras áreas, seria um bom passo cientifico contra o ideologismo da teoria, devido serem são áreas que se tocam mas se distinguem, e afirmações de uma dependem da outra e de outra dependem desta, mas se separarmos , afirmações ficam mais enfraquecidas e portanto, menos dogmatizadas.

Classificação dos argumentos criacionistas

Desde que foi instituido uma antítese religiosa no iluminismo, o laicismo educacional , ramo do iluminismo, ajudado pela metodologia naturalista, filosofia que passou a nortear o pensamento europeu , tratou de retirar todo e qualquer conceito de Deus em sala de aula, transformando as universidades em verdadeiras catedrais do ateísmo, transformando até mesmo a ciência em moldes de abordagens céticas e naturalistas, como forma de se portar de forma neutra quanto a realidades percebidas mas não falseáveis da existencia. Tais posturas foram sistematicamente justificadas nos exageros religiosos da idade média, e se instalaram na administração publica como forma de prevenção do monstro religioso medieval e seus excessos. Neste contexto formado do recente passado e legado a nós , nos dias atuais, o criacionismo é mal visto nas universidades, programas curriculares e representantes da modernidade e do pensamento secular. O movimento criacionismo encontra sérias dificuldades para poder aumentar sua qualificação na defesa das suas teses, uma vez que o aluno vai para um ambiente filosofico contrario ao sobrenaturalismo e cosmovisão defendidas pelo criacionismo.

Apesar disso, nota-se uma tendencia cientifica ajudadora no sentido de fornecer cada vez mais ferramentas e metodologia cientifica no dificil caminho conciliatorio entre ciência, Bíblia e fontes arqueologicas , que o criacionismo se propõe a defender.

Um dos argumentos mais usados é o da biogênse, em franco contraste com a abiogênse que por mais que tenha provado (Miller) quase nada em relação a demonstrar a origem da vida, se encontra em quase todos os livros de ciência, já as defesas criacionistas , podemos achá-las quase que somente na internet:


Origem da Vida

http://www.questionandoasorigens.hpg.ig.com.br/origemdavidatexto2.htm

http://origins.swau.edu/papers/life/chadwick/defaultp.html

http://origins.swau.edu/papers/life/javor1/defaultp.html

http://origins.swau.edu/papers/life/javor1/defaultp.html

http://origins.swau.edu/papers/life/javor2/defaultp.html

http://origins.swau.edu/papers/life/edstrom1/defaultp.html


Criacionistas costumam focar os seus argumentos contra o estudo científico da origem da vida ou abiogênese. Em um artigo do prestigiado periódico Biology & Philosophy[8], Richard Carrier demonstrou que todos os argumentos criacionistas contra a abiogênese recaem em seis classes de erros:

  1. Fontes obsoletas.
  2. Omissão de contexto.
  3. Uso incorreto da Matemática (bad math).
  4. Falácia da confusão dos jogadores com o vencedor.
  5. Estimativa tendenciosa do tamanho do protobionte (begging the size of the protobiont).
  6. Confusão de características desenvolvidas ao longo da evolução com estruturas espontâneas (confusing evolved for spontaneous features).

É importante salientar que existem vários outros artigos criticando os argumentos criacionistas acerca da abiogênese[9].

Toda a argumentação criacionista quanto ao desconhecimento sobre como a vida teria se originado naturalmente não raramente tenta levar a crer que, sem essa resposta, todas as demais áreas da ciência às quais se opõem, em especial a evolução biológica, desmoronam como conseqüência. Essa é uma falácia non sequitur - a conclusão não decorre das premissas - pois as evidências das diversas áreas que compõem o evolucionismo não são totalmente dependentes umas das outras, e dessa forma, é possível ainda se estabelecer os laços de parentesco entre todos os organismos, mesmo sem saber de onde teria vindo o ancestral comum de todos eles.

Argumentos contra o criacionismo

Durante mais de trinta séculos, a crença criacionista perdurou como uma verdade absoluta em diversas partes do mundo, interpretada literalmente da forma como está escrita nos textos sagrados das diversas literaturas religiosas, não dando chance a qualquer opinião discordante, menos por imposição das autoridades da época e mais por uma ausência de necessidade prática de um maior questionamento.

Somente nos últimos dois séculos, com a valorização do direito do homem à liberdade de pensamento, uma série de argumentos foram levantados contra esse predomínio eminentemente religioso. A interpretação criacionista literal perdeu sua unidade, sendo questionada com maior profundidade.

De acordo com praticamente todos os cientistas, todas as ramificações do criacionismo ferem importantes princípios filosóficos da ciência. Para os que pensam dessa forma, os principais argumentos comparativos propostos são:

  1. O criacionismo não pode ser considerado como uma ciência, nem sequer uma teoria. Uma teoria requer análises, estudos, testes, experiências, modificações e, finalmente, adequações. Uma teoria evolui com o decorrer do tempo, à medida que o ser humano amplia seus conhecimentos e suas descobertas. Naturalmente, a ciência, no sentido usado nesse contexto, não pode nem afirmar nem negar que o criacionismo seja verdadeiro - é não-falseável e portanto não-científico. Este argumento, no entanto, não significa muita coisa, uma vez que o ato de ser não-científico não significa, necessariamente, que é incorreto ou desprezível.
  2. A evolução é uma estrutura teórica bem definida, que embasa a Cladística, a Biologia do Desenvolvimento, a Paleontologia, a Genética de Populações e todas as demais áreas da Biologia; ao passo que o criacionismo é constituído de uma multiplicidade de superstições, sem unidade, criadas pelas centenas de religiões e mitos hoje existentes ou que já existiram outrora.
  3. A evolução é uma teoria fundamentada em achados fósseis concretos e em experimentos realizados, enquanto que o criacionismo é abstrato, indemonstrável e desprovido de bases científicas.
  4. Os argumentos neocriacionistas, que utilizam recentes descobertas da ciência, de uma forma geral, são falácias que poderiam provar a veracidade de qualquer crença, seja ela judaico-cristã, muçulmana, hinduísta, umbandista, pagã, animista ou de qualquer outra mitologia.
  5. O evolucionismo esforça-se em buscar explicações para os eventos da Natureza, enquanto que o criacionismo esforça-se em adaptar os eventos da Natureza à sua visão de mundo.
  6. O criacionismo não possui bases cientificas, portanto é certamente uma visão de mundo, não podendo se apresentar como ciência, pois não tem indicios para tal e não é comprovada cientificamente.

Não sendo o design inteligente(ou qualquer outra forma de criacionismo) científico, não existem debates científicos entre ele e a evolução. A teoria da evolução é suportada por muitas evidências e é aceita por virtualmente todos os cientistas do mundo, enquanto o criacionismo não possuí evidências, apenas escrituras antigas. Trata-se de uma discussão entre conhecimento científico e crenças religiosas, portanto.

Quanto aos poucos cientistas que acreditam no criacionismo, eles representam, segundo a revista Newsweek, apenas 0,15% de todos os cientistas da vida (biólogos) e da Terra (geólogos) com alguma crendencial acadêmica respeitável nos EUA[8]. São 700, entre os 480.000 cientistas.

Uma pesquisa da Organização Gallup [9] chegou à conclusão de que cinco por cento dos cientistas americanos acreditam no criacionismo da Terra Jovem, quarenta por cento acreditam que nós humanos evoluímos de outras formas de vida em um processo evolutivo de milhões de anos, mas que Deus guiou o processo, e cinqüenta e cinco por cento acreditam que nós evoluímos de outras formas de vida e que Deus não teve participação nenhuma nesse processo.

Mas essa pesquisa não considerou apenas biólogos e geólogos como a outra, mas cientistas de todas as áreas, engenheiros químicos, bacharéis em ciência da computação etc. Portanto, há pouquíssimos cientistas que defendem o criacionismo e freqüentemente eles pertencem à áreas de atuação que não têm relevância na discussão, além de não se basearem em nenhuma pesquisa científica séria para sustentar sua posição.

A afirmação de que nenhuma vida pode surgir de não-vida foi recentemente desafiada a partir de experimentos onde um vírus é sintetizado em laboratório[10], mas a questão de se um vírus pode ou não ser considerado um ser vivo nunca foi um consenso entre cientistas. Outra questão levantada pelos criacionistas é que esse tipo de experimento na verdade comprovaria a necessidade de uma inteligência e intencionalidade por trás do processo. No entanto, é imprescindível lembrar-se de que experimentos laboratoriais são fundamentalmente diferentes de processos de simples montagem intencional, pois na realidade visam a reproduzir as situações em que um fenômeno ocorreria naturalmente, espontaneamente.

Visões ou mitos criacionistas

As visões ou mitos criacionistas nasceram a partir da experiência humana primitiva e tinham como objetivo responder às indagações do homem sobre a origem do Universo – um tema sempre presente no espírito humano em todas as épocas e em todas as civilizações. Assim, na tentativa de explicar a essência de todas as coisas e estabelecer um elo entre o compreensível e o incompreensível, entre o físico e o metafísico, uma quantidade infindável de respostas foram elaboradas pelo que uns dizem ser a imaginação humana e outros dizem ser a própria vontade de suas divindades, transcritas nos textos e nos ritos sagrados de várias culturas. Exemplificando, descrevem-se a seguir algumas das principais visões criacionistas que tratam da origem do Universo.

Tradição judaico-cristã

Na mitologia judaico-cristã sobre a criação divina do mundo, que é baseado em Gênesis, um ser único e absoluto, denominado Javé ou Jeová (ou Deus), perfeito, incriado, que existe por si só e não depende da existência do Universo, é o elemento central da estrutura criacionista. Exercendo seu infinito poder criativo, ele criou o Universo em seis dias e no sétimo descansou. Sempre através de palavras, no primeiro dia, ele fez a luz e separou o dia da noite; no segundo dia, ele criou o céu; no terceiro dia, a terra e o mar, as árvores e as plantas; no quarto dia, o Sol, a Lua e as estrelas; no quinto dia, os peixes e as aves; e, no sexto dia, ele criou os animais e, por fim, ele fez o homem e a mulher (Adão e Eva) à sua imagem e semelhança.

Actualmente, para muitos cristãos e judeus, os sete dias da criação do mundo, de que fala a Bíblia, não devem ser entendidos literalmente, representando uma forma de explicar a criação do Universo. Mas, mesmo assim, algumas correntes, denominadas fundamentalistas, originárias em certas regiões dos EUA, acreditam em uma leitura literal da Bíblia. Alguns dos seus membros defendem o design inteligente, que não passa de mais uma teoria criacionista.

Igreja Católica

Ver artigo principal: Igreja Católica e Ciência

Os católicos, que herdaram o mesmo mito criacionista oriundo da tradição judaico-cristã, acreditam que a explicação da "feitura do universo" fala por si só, pois, como é evidente, Deus não precisa se explicar.

Actualmente, muitos deles, defendendo a posição oficial da Igreja Católica, não são estritamente criacionistas, porque, apesar de acreditarem na criação divina, eles aceitam ao mesmo tempo as teorias da evolução e do Big-Bang. Neste caso, que pode ser chamado de criacionismo evolucionista ou evolucionismo criacionista, os católicos defendem que estas teorias científicas não negam a origem divina do mundo, tendo somente a função de descrever o método com que Deus tenha criado todas as coisas. Aliás, a própria Igreja Católica, através do seu Magistério, não considera o criacionismo e o design inteligente como teorias científicas ou teológicas [11].

Há ainda segundo outras doutrinas católicas, essa parte do Gênesis teria a função de somente ensinar à humanidade que temos que descansar.

Mitologia de Iorubá

Na mitologia de Iorubá, o processo de criação envolve várias divindades. Uma das versões dessa mitologia diz que Olorum – Senhor Deus Universal – criou primeiramente todos os Orixás (divindades) para habitar Orun (o Céu, mundo espiritual), com o objetivo de usá-los como auxiliares para executar todas as tarefas que estariam relacionadas com a própria criação e o posterior governo do mundo. Então, Olorum encarregou Obatalá de criar o mundo; mas este, com pressa, não rendeu a Bará os tributos devidos e, durante sua caminhada, parou para beber vinho de palmeira e, embriagando-se, adormeceu. Oduduá, a Divina Senhora, foi ao encontro de Obatalá e, ao vê-lo adormecido, pegou os elementos da criação e começou a formação física da terra. Ela mandou que cinco galinhas d’angola começassem a ciscar a terra, espalhando-a, dando assim origem aos continentes. Oduduá soltou então os pombos brancos - símbolo de Oxalá – e assim nasceram os céus. De um camaleão fez surgir o fogo e, com caracóis, ela criou o mar.

Mitologia chinesa

Na mitologia chinesa, P’an Ku, o Deus-Absoluto, nasce a partir de um Ovo Primordial e o processo de criação se concretiza com um sacrifício divino. P’an Ku morre, dando então origem à vida: de seu crânio surgiu a abóboda do firmamento e de sua pele a terra que cobre os campos; de seus ossos vieram as pedras; de seu sangue os rios e os oceanos; de seu cabelo veio toda a vegetação. Sua respiração se transformou em vento, sua voz em trovão; seu olho direito se transformou na lua, seu olho esquerdo no sol. De sua saliva e suor veio a chuva. E dos vermes que cobriam seu corpo surgiu a humanidade.

Mitologia grega

Na mitologia grega, o princípio de todas as coisas está associado a um Caos Primordial, num tempo em que a Ordem não tinha sido ainda imposta aos elementos do mundo. Do Caos nasceu Gea (a Terra) e depois Eros (o Amor). Posteriormente, Caos engendrou o Érebo (as trevas infernais), o dia, a noite e o éter. Gea engendrou o céu, as montanhas e o mar. De Gea nasceram também os Deuses, os Titãs, os Gigantes e as Ninfas dos Bosques. Prometeu, filho do titã Jápeto, criou artesanalmente a raça humana – homens e mulheres – moldando-os com argila e água. E então Atena, deusa da sabedoria, ao ver essas criaturas, insuflou em seu interior alma e vida.

Mitologia hindu

Na mitologia hindu – hinduísmo – o tempo não é linear como nas mitologias anteriores. Aqui, o tempo tem uma natureza circular, pois a criação e a evolução são repetidas eternamente, em ciclos de renovação e destruição simbolizados pela dança rítmica do deus Shiva. “Na noite do Brahma – essência de todas as coisas – a natureza é inerte e não pode se mover até que Shiva assim o deseje. Shiva desperta de seu sono profundo e através de sua dança faz aparecer a matéria à sua volta. Dançando, Shiva sustenta seus infinitos fenômenos e, quando o tempo se esgota, ainda dançando, ele destrói todas as formas por meio do fogo e se põe de novo a descansar”.

Caráter teórico

Note-se que essa questão envolve várias questões de ordem filosófica e epistemológica. Se olharmos para a ciência como um sistema teórico em constante mutação e que não pressupõe verdades absolutas que não possam ser refutadas experimentalmente, as críticas de ambos os lados da barricada centram-se no mesmo problema: a dogmatização das teorias científicas.

Os evolucionistas acusam os criacionistas de transporem para a ciência as suas crenças pessoais e de misturarem fé com realidade observável. Os criacionistas acusam os evolucionistas de fazerem exatamente o mesmo ao imporem a sua visão das coisas, tentando demonstrar que a teoria não assenta em bases sólidas que justifiquem encarar a evolução como um fato, independentemente da forma como esta se processou ou não.

Essas críticas levaram a crescentes controvérsias, nos EUA principalmente, sobre o ensino da evolução nas escolas e universidades. Apesar das Provas da Teoria de Oparin, por exemplo, os criacionistas mantêm a polémica.

As áreas da ciência definidas pelos criacionistas como "evolucionismo" contêm teorias construídas a partir dos pressupostos do paradigma científico atual, com o intuito de explicar os achados da Paleontologia e outros dados científicos presentes nos organismos (como órgãos vestigiais, entre outros). Sempre que novos dados refutam as teorias propostas, lançam-se novas hipóteses, ou corrige-se a teoria.

Note-se contudo que é assim que a ciência evolui ela mesma - pela constante retificação de teorias e pela constante experimentação, não com o objetivo de assegurar a teoria, mas de procurar onde estão as falhas, para que estas possam ser corrigidas e expostas de forma mais aproximada da realidade. Os criacionismos propõem uma explicação sobrenatural para as observações naturais, o que não é passível de ser refutado experimentalmente. Os criacionistas, ao partirem do pressuposto de que houve um criador ou criadores, interpretam os dados científicos para justificarem a sua crença.

Outros observam que os criacionismos e a ciência convencional olham o mesmo fenômeno, a vida, com lentes diferentes. Ao passo que as áreas da ciência que compõem o evolucionismo procuram olhar para o passado e para o registro fóssil em busca de evidências que expliquem como ocorreu a evolução, os criacionistas olham para o presente e questionam as evidências da história natural.

Referências

Ver também

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Ligações externas