Adísia Sá

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Adísia Sá
Adísia Sá
Nascimento 7 de novembro de 1929
Cariré
Cidadania Brasil
Ocupação jornalista, escritora
Prêmios
Empregador(a) Universidade Federal do Ceará, Universidade de Fortaleza, Universidade Estadual do Ceará

Maria Adísia Barros de Sá (Cariré, 7 de novembro de 1929) é uma radialista, apresentadora de televisão, escritora, professora e jornalista brasileira[1].

Biografia[editar | editar código-fonte]

Formação acadêmica[editar | editar código-fonte]

Adísia Sá tornou-se bacharel em Filosofia pela Faculdade Católica de Filosofia do Ceará em 1954, e licenciada pela Faculdade de Filosofia do Ceará em 1962. Foi professora da Universidade de Fortaleza e professora titular da Universidade Federal do Ceará. Em 1969 tornou-se professora de metafísica, permanecendo como docente até 1984, quando se aposentou como professora titular da UFC e da Universidade Estadual do Ceará. Nesse ínterim, foi professora assistente no curso de jornalismo e professora titular no curso de comunicação social, do Departamento de Comunicação Social e Biblioteconomia[2].

Jornalismo[editar | editar código-fonte]

Iniciou sua carreira jornalística em 1955 no jornal Gazeta de Notícias. Trabalhou também nos jornais O Estado, O Dia e O Povo, onde tornou-se a primeira mulher a assumir a função de ombudsman na imprensa nordestina, em 1994. Exerceu o cargo ainda em 1997 e 2000, sendo nomeada ombudsman emérita do jornal. Ainda possuiu mesma função na rádio AM do Povo, nos anos de 1998 e 1999.[3] Adísia Sá trabalhou também na televisão, como comentarista da TV Jangadeiro, TV Com e TV Manchete.

Foi a pioneira, juntamente com outros colegas, a implantar o primeiro curso de jornalismo no Ceará. É membro fundador do curso de jornalismo da UFC e da Associação Brasileira de Ouvidores (ABO), seção Ceará. A jornalista também ocupou diversos cargos de direção em entidades de classe: Associação Cearense de Imprensa (ACI), Sindicato dos Jornalistas do Ceará e Comissão Nacional de Ética da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ).[4]

Atualmente Adísia Sá é colunista semanal do jornal O Povo e comentarista diária na Rádio O Povo CBN, Tempo FM e TV Fortaleza[5].

Publicações literárias[editar | editar código-fonte]

Paralelo ao seu trabalho de jornalista, Adísia Sá lançou 13 livros publicados nas áreas de filosofia, jornalismo e literatura:

  • Biografia de um Sindicato
  • Capitu conta Capitu
  • Clube dos Ingênuos
  • Em busca de Iracema[6]
  • Ensino de Filosofia no Ceará (coordenadora)
  • Ensino de Jornalismo no Ceará
  • Fenômeno Metafísico
  • Fundamentos Científicos da Comunicação (coordenadora)
  • Introdução à Filosofia
  • Metafísica para quê?
  • O Jornalista Brasileiro
  • Ombudsmen/Ouvidores: Transparência, Mediação e Cidadania (coletânea de textos sobre o assunto)
  • Traços de União

Homenagens[editar | editar código-fonte]

Em sua carreira, Adísia ganhou vários prêmios pelo reconhecimento ao seu trabalho frente ao jornalismo. Em 2004, a Faculdades Nordeste (FANOR), instalou a cátedra Adísia Sá de Jornalismo, objetivando promover discussões sobre a ética na comunicação.

Em 2005 foi homenageada com a publicação do livro Adísia Sá - Uma biografia, de Luíza Helena Amorim.[7] [8]

Em 2009, o jornal O Estado criou, juntamente com o Instituto Venelouis Xavier Pereira, o Concurso Cultural Adísia Sá de Jornalismo, com o intuito de incentivar e premiar a criatividade e o talento dos estudantes de todos os semestres das faculdades de jornalismo de Fortaleza.[9]

Em 2013, Adísia Sá recebeu do Governo do Estado do Ceará a Medalha da Abolição, por suas contribuições à sociedade cearense. A premiação é a maior comenda do Estado.[10]

Controvérsias[editar | editar código-fonte]

Em 1968, no ano em que foi instituído o AI-5, Adísia Sá era diretora do Colégio Estadual Justiniano de Serpa, em Fortaleza. Ela tinha, supostamente, uma postura persecutória contra alunas ligadas ao movimento estudantil, tendo expulsado em maio daquele ano a aluna Mirtes Semeraro de Alcântara Nogueira, sendo por esse motivo alvo da "Revolta das Saias", movimento de repúdio em resposta às posturas de perseguição dentro da escola. O movimento tomou as ruas da cidade, sendo considerado a maior revolta feminina da América Latina na época, e que acabou resultando na queda de Adísia como diretora da escola.[11]

Como retaliação, Adísia Sá teria entregado as alunas Mirtes e Maria do Carmo Moreira Serra Azul para a repressão da ditadura militar, quando Maria sofreu gravíssimas torturas pelos militares e Mirtes ficou foragida.[12]

Referências

  1. Os 30 cearenses mais influentes Arquivado em 3 de março de 2016, no Wayback Machine.. Página visitada em 15/12/2012.
  2. A Trajetória Jornalística de Adísia Sá - Maria Isabel Amphilo R. de Souza. Página visitada em 17/12/2012.
  3. Ombudsman - Emérita Arquivado em 17 de novembro de 2012, no Wayback Machine.. Página visitada em 18/12/2012.
  4. Fenaj divulga nota em homenagem à Adísia Sá Arquivado em 27 de dezembro de 2013, no Wayback Machine. Página visitada em 18/12/2012
  5. Professora Adísia Sá Arquivado em 28 de setembro de 2008, no Wayback Machine.. Página visitada em 18/12/2012.
  6. Jornalista Adísia Sá lança novo livr:Em busca de Iracema Arquivado em 25 de dezembro de 2013, no Wayback Machine.. Página visitada em 18/12/2012.
  7. Adisia Sá, uma biografia Página visitada em 17/12/2012
  8. Resumo - Adisia Sá, uma biografia Arquivado em 3 de março de 2016, no Wayback Machine. Página visitada em 17/12/2012
  9. Vencedores do concurso Adísia Sá recebem premiação na AL Página visitada em 18/12/2012
  10. Adísia Sá recebe medalha da abolição Arquivado em 19 de março de 2013, no Wayback Machine. Página visitada em 1/6/2013
  11. Assim na Hitória[ligação inativa]
  12. Carta Capital - O instinto da loba e a batalha da Maria Antonia
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