Adriana Cruz

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Adriana Cruz
Cidadania Brasil
Alma mater
Ocupação juiz federal

Adriana Alves dos Santos Cruz é uma jurista brasileira, juíza federal pelo estado do Rio de Janeiro. Se notabilizou por ter se tornado, em 1999, uma das primeiras juízas federais pretas do país, e por ter liderado diversas iniciativas para promoção dos direitos humanos e da igualdade racial no Poder Judiciário.

Formação[editar | editar código-fonte]

Adriana se formou em Direito pela Universidade Federal do Rio de Janeiro em 1993. Tem mestrado em Direito Constitucional e Teoria do Estado pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, em 2010, e doutorado em DIreito Penal pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro, em 2018.[1]

Atuação profissional[editar | editar código-fonte]

Adriana tomou posse como juíza federal em 1999, sendo parte dos 2% de juízes federais que se declaram pretos.[2] Atua como titular da 5ª Vara Federal Criminal do etado do Rio de Janeiro, especializada em julgamento de crimes de lavagem de dinheiro e contra o sistema financeiro.[3]

Integra o Comitê Executivo do Observatório de Direitos Humanos do Poder Judiciário, iniciativa do Conselho Nacional de Justiça.[4] Foi uma das idealizadoras do Encontro Nacional de Juízas e Juízes Negros (ENAJUN), que acontece anualmente desde 2017, e do Fórum Nacional de Juízas e Juízes contra o Racismo e todas as formas de Discriminação (Fonajurd), lançado em 2020.[5][6]

Em 2015, foi convocada como magistrada instrutora no gabinete do ministro do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso.[7]

Em 2023, um grupo de entidades representantes do movimento negro , com apoio de dezenas de entidades de juristas, incluiu Adriana em uma listra tríplice de indicação de juízas negras para integrarem o STF na vaga da ministra Rosa Weber, que atinge a idade de aposentadoria compulsória em setembro deste ano. A lista também inclui as juristas Lívia Santana e Sant’Anna Vaz e Soraia Mendes.[7] O movimento tem como objetivo apoiar a indicação de uma mulher negra para o STF pela primeira vez em seus 132 anos de história.[8]

Prêmios[editar | editar código-fonte]

As iniciativas relacionadas ao ENAJUN e ao Fonajurd receberam, em 2021, o prêmio Desafio de Lideranças Negras, promovido pelo Instituto Arapyaú, pelo Instituto Humanize, pela Fundação Lemann e pelo Instituto República.org.[6][9]

Por sua atuação em direitos humanos recebeu, em 2021, o II Prêmio EMERJ de Direitos Humanos.[10]

Referências

  1. «Juíza Adriana Cruz será uma das palestrantes do Congresso da Magistratura Mineira». amagis.com.br. Consultado em 6 de setembro de 2023 
  2. Tribunal Superior Eleitoral (4 de março de 2021). «Personalidades femininas debatem o tema igualdade em live com o presidente do TSE». Tribunal Superior Eleitoral. Consultado em 6 de setembro de 2023 
  3. Soares, Lucas. «Conhecendo as Juízas Federais #3 - Adriana Cruz». www.ajufe.org.br. Consultado em 6 de setembro de 2023 
  4. «Opinião - Adriana Cruz e Karen Luise Souza: A Justiça deve respostas». Folha de S.Paulo. 25 de abril de 2023. Consultado em 6 de setembro de 2023 
  5. Pinto, Priscilla Rodrigues Peixoto (8 de julho de 2020). «CNJ lança grupo de trabalho sobre igualdade racial no Poder Judiciário». www.ajufe.org.br. Consultado em 6 de setembro de 2023 
  6. a b «ENAJUN/FONAJURD obtém o primeiro lugar no Desafio de Lideranças Negras. – AJUFERJES». Consultado em 6 de setembro de 2023 
  7. a b «Entidade indica 'lista tríplice' de juristas negras para próxima vaga no STF». CartaCapital. 21 de agosto de 2023. Consultado em 6 de setembro de 2023 
  8. almapreta. «'Justiça mais justa': grupo apresenta lista tríplice de mulheres negras para vaga no STF». Terra. Consultado em 6 de setembro de 2023 
  9. geysa.bigonha (25 de janeiro de 2021). «Iniciativa com juíza que integra Observatório do CNJ é finalista de prêmio de lideranças negras». Portal CNJ. Consultado em 6 de setembro de 2023 
  10. «II Prêmio EMERJ Direitos Humanos homenageia juíza federal». www.jfrj.jus.br. 10 de dezembro de 2021. Consultado em 6 de setembro de 2023