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Alface

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 Nota: Se procura pelo escritor, veja João Alfacinha da Silva.

Alface
Um campo de alface-americana na Califórnia
Classificação científica edit
Reino: Plantae
Clado: Tracheophyta
Clado: Angiospermae
Clado: Eudicotyledoneae
Clado: Asterídeas
Ordem: Asterales
Família: Asteraceae
Gênero: Lactuca
Espécies:
L. sativa
Nome binomial
Lactuca sativa
Sinónimos[1][2]
  • Lactusca scariola var. sativa (Moris)
  • L. scariola var. integrata (Gren. e Godr.)
  • L. scariola var. integrifolia (G.Beck)

Alface (Lactuca sativa) é uma hortense anual ou bienal, utilizada na alimentação humana desde cerca de 500 a.C.. Originária do Leste do Mediterrâneo, é mundialmente cultivada para o consumo em saladas, com inúmeras variedades de folhas, cores, formatos, tamanhos e texturas.

O cultivo hidropônico da alface, no Brasil, teve um considerável aumento. Cultivo este que geralmente é feito em casas de vegetação de plásticos ou telados.[3]

"Alface" originou-se do termo árabe الخَس al-khass.[4] Lactuca sativa é um termo latino que significa "alface cultivada". O termo "Lactuga", e derivados encontrados em várias línguas europeias, advém da substância branca que se obtém do caule seccionado. Em português, o termo Latino "Leituga" usa-se na alface não cultivada: sinônimo do Dente-de-Leão, o qual pertence à mesma família da lactuca.

A estrutura usada como semente é um fruto simples seco indeiscente, chamado aquênio, que contém uma semente aderida no pericarpo num único ponto na região do funículo. Os aquênios da alface se apresentam pontiagudos, de formato oval, elíptico ou espatulado com estrias longitudinais na superfície e comprimento variável de dois a cinco mm. Dependendo do cultivo e do ano de produção, o número de sementes por grama varia de novecentos a mil, e a cor, dependendo do cultivo, pode ser branca, marrom ou preta – algumas vezes pode-se até ser rosa, se for aplicado um tipo de corante.

São cultivadas quatro variedades comuns de alfaces:

  • Lactuca sativa var. capitata – as alfaces-repolhudas (inclui as alfaces-icebergs): batávia, great lakes, bola-de-manteiga, mescher, maravilha-das-quatro-estações, dos-mercados e sem-rival;
  • Lactuca sativa var. longifolia – as alfaces-romanas: romana, orelha-de-mula, loura-das-hortas e balão;
  • Lactuca sativa var. crispa – as alfaces-crespas ou alfaces-frisadas: escura-do-olival, folha-de-carvalho, lolla-rossa;
  • Lactuca sativa var. latina – as alfaces-galegas.

Valor nutricional

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Alface
Valor nutricional por 100 g (3,53 oz)
Energia 15 kcal (60 kJ)
Carboidratos
Carboidratos totais 2.87
 • Açúcares 0.78
 • Fibra dietética 1.3
Gorduras
 • saturada 0.020
 • trans 0.000
 • monoinsaturada 0.006
 • poli-insaturada 0.082
Proteínas
Proteínas totais 1.36
Água 94.98
Cafeína 0
Vitaminas
Vitamina A equiv. 370 µg (46%)
Tiamina (vit. B1) 0.070 mg (6%)
Riboflavina (vit. B2) 0.080 mg (7%)
Niacina (vit. B3) 0.375 mg (3%)
Ácido fólico (vit. B9) 38 µg (10%)
Vitamina B12 0.00 µg (0%)
Vitamina C 9.2 mg (11%)
Vitamina E 0.22 mg (1%)
Vitamina K 126.3 µg (120%)
Minerais
Cálcio 36 mg (4%)
Ferro 0.86 mg (7%)
Magnésio 13 mg (4%)
Fósforo 29 mg (4%)
Potássio 194 mg (4%)
Sódio 28 mg (2%)
Percentuais são relativos ao nível de ingestão diária recomendada para adultos.
Fonte: USDA Nutrient Database

O valor energético da alface é baixo, pois seu conteúdo em água representa 95% do seu peso.

A alface contém ferro, mineral com importante papel no transporte de oxigênio no organismo. Contém fibras, que auxiliam na digestão e no bom funcionamento do intestino, além de apresentar pequenos teores de minerais como cálcio e fósforo. Possui alto teor de compostos bioativos como os fenólicos e flavonóides.[5]

Propriedades medicinais

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O sumo da alface, tal como o de várias outras spp. do gênero Lactuca, contém lactucina (C15H16O5), substância com propriedades sedativas e um dos princípios ativos do lactucário. Por ter as mesmas substâncias de ação sedativa e sonífera encontradas no látex da alface silvestre, porém em menor proporção, a alface possui propriedades: aperitiva, laxante, alcalinizante e remineralizante (Pamplona, p. 39).[6]

A alface pode auxiliar no tratamento da insônia (devido às substâncias de efeito sedativo), de transtornos digestivos (se ingerida antes das refeições pode facilitar a digestão), de prisão de ventre (facilita o trânsito intestinal), da obesidade (a alface produz saciedade e sua composição é pouco calórica), e da diabetes (sua composição é pouco calórica, isto é, seu consumo não apresenta problemas a quem possui diabetes) (Pamplona, p. 39).[6]

Na cultura popular, o chá dos talos da alface é bem conhecido como calmante. A alface apresenta ainda propriedades laxativas (chá de folhas e talos), diuréticas[7] e antialérgicas (suco). É usada também como aliviante de angina de peito (chá dos talos amassados) e no tratamento da apoplexia (chá dos talos amassados), da artrite (sucos de folhas e talos, saladas) e na redução da aterosclerose (chá dos talos).[8]

Foi introduzida em Portugal por Guilherme Stephens.[9]

Referências

  1. Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome Kew
  2. Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome USDA
  3. ainfo.cnptia.embrapa.br - pdf Tipos de Alface cultivado no Brasil, .pdf ISSN 1414-9850, Novembro, 2009 Brasília, DF, Autores: Henz, Gilmar Paulo; Suniaga,  Fábio
  4. FERREIRA, A. B. H. Novo dicionário da língua portuguesa. Segunda edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1985. p. 82.
  5. Negrão, Leonardo Dias; Sousa, Paulo Víctor de Lima; Barradas, Ana Maria; Brandão, Amanda de Castro Amorim Serpa; Araújo, Marcos Antônio da Mota; Moreira-Araújo, Regilda Saraiva dos Reis (5 de agosto de 2020). «Bioactive compounds and antioxidant activity of crisphead lettuce (Lactuca sativa L.) of three different cultivation systems». Food Science and Technology. ISSN 1678-457X. doi:10.1590/fst.04120 
  6. a b Roger, Jorge Pamplona (2015). O Poder Medicinal dos Alimentos. Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira. 272 páginas. ISBN 85-345-0979-4 
  7. Encontro de Rhabditis sp em alface Lactuca sativa comercializada em Anápolis, Goiás, Brasil. Por Campos et al.. Revista de Patologia Tropical, vol. 42 (2): 201-207, abril-junho de 2013.
  8. SPETHMANN, Carlos Nascimento. Medicina Alternativa de A a Z, 6.ª ed. Uberlândia: Natureza, 2003.
  9. «Guilherme Stephens. A fabulosa história do inglês que moldou a indústria em» 

Ligações externas

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