António Segadães Tavares
António Segadães Tavares | |
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Nome completo | António Segadães Madeira Tavares |
Nascimento | 3 de dezembro de 1944 (79 anos) Vila Teixeira de Sousa, Angola colonial |
Nacionalidade | português |
Ocupação | engenheiro civil |
António Segadães Madeira Tavares (Vila Teixeira de Sousa, 3 de dezembro de 1944[1]) é um engenheiro civil de nacionalidade angolana e portuguesa.
Biografia
[editar | editar código-fonte]Figura incontornável da Engenharia em Portugal, terminou o ensino liceal em Nova Lisboa e matriculou-se em Engenharia Electrotécnica, no Instituto Superior Técnico da Universidade Técnica de Lisboa, em 1961. A sua chegada à metrópole faz com que não fique indiferente ao movimento associativo contra a ditadura, envolvendo-se nas greves de 1962, quando foi decretado o luto académico. Um ano depois muda de curso e de cidade, primeiro para a Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, depois para a Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, onde conclui finalmente a Licenciatura em Engenharia Civil, em 1968. Recebe na ocasião o Prémio da Fundação Eng.º António de Almeida[2] e é convidado para assistente no Instituto Superior Técnico, onde lecionou até 1973. Ao mesmo tempo colaborou com o Laboratório Nacional de Engenharia Civil, ente 1969 e 1975, que lhe editou o livro Análise Matricial de Estruturas, em 1972.
Apoiante do MPLA, regressa a Angola, onde se torna docente na Faculdade de Engenharia da Universidade de Luanda. Porém, um assalto à sua casa, ocorrido em outubro de 1975, fá-lo regressar de imediato. Mais tarde vem a lecionar na Universidade Nova de Lisboa, exercendo ainda as funções de director do Departamento de Estudos e Projectos da Teixeira Duarte (1976-1980), de director técnico da Triede (1980-1986) e de director da Segadães Tavares & Associados, a partir de 1986.
Destacam-se entre os seus projetos o premiado "Projecto da Ampliação da Pista do Aeroporto da Madeira, a emblemática pala do Pavilhão de Portugal, o Centro Cultural de Belém, o Centro Vasco da Gama, o Hotel Le Méridien de Lisboa, a sede do Montepio Geral, a reconstrução da zona ardida do Chiado, o reforço do túnel do Rossio, em Lisboa, e o edifício do Banco de Portugal em Évora. Em Luanda assinou o Instituto Karl Marx (atual Instituto Médio de Economia), o Estádio da Cidadela e a sede do BES Angola. Segadães Tavares, que advoga uma engenharia funcional, considera incontornável a sua simbiose com a arquitetura.
Distinções
[editar | editar código-fonte]A 18 de agosto de 2000, Jorge Sampaio condecorou-o com o grau de Grande-Oficial da Ordem do Mérito e a 5 de janeiro de 2006 com o grau de Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique.[3]
Em 2004 foi o primeiro português a vencer o prémio OStrA[4], o nobel da engenharia, pela ampliação do Aeroporto da Madeira.
Em Abril de 2012 a Universidade Nova de Lisboa concede-lhe o "Doutoramento Honoris Causa".
Referências
- ↑ Artigo CM 29.08.2004, O Super Engenheiro
- ↑ «Os Grandes Portugueses». Consultado em 26 de março de 2011. Arquivado do original em 2 de julho de 2011
- ↑ «Entidades Nacionais Agraciadas com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "António Segadães Madeira Tavares". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 9 de novembro de 2020
- ↑ Artigo sobre o prémio OStrA Arquivado em 2 de setembro de 2012, no Wayback Machine. na revista Pública nº 431 de 29-08-2004.
Ligações externas
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- Nascidos em 1944
- Homens
- Naturais de Angola colonial
- Naturais de Moxico
- Engenheiros civis de Portugal
- Alunos do Instituto Superior Técnico
- Alumni da Universidade de Coimbra
- Alumni da Universidade do Porto
- Professores universitários de Portugal
- Prémio Secil
- Retornados
- Doutores honoris causa pela Universidade Nova de Lisboa
- Grandes-Oficiais da Ordem do Mérito
- Grandes-Oficiais da Ordem do Infante D. Henrique
- Professores da Universidade Agostinho Neto