Antônio José Gomes Bastos

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Antônio José Gomes Bastos
Antônio José Gomes Bastos
Segundo Barão de Catas Altas
Nome completo Antônio José Gomes Bastos
Dados pessoais
Nascimento 29 de junho de 1840
Arraial do Espírito Santo, atual Guarará, Minas Gerais, Brasil
Morte 3 de novembro de 1924 (84 anos)
Bicas, Minas Gerais, Brasil
Nacionalidade Brasil
Vida militar
O Barão de Catas Altas e a esposa e baronesa de Catas Altas Clara Rosalina Gomes Baião.

Antônio José Gomes Bastos (Minas Gerais, 29 de junho de 18403 de novembro de 1924) foi um tropeiro, militar, político e nobre brasileiro. Foi agraciado com o título de 2º Barão de Catas Altas, em 23 de dezembro de 1887. Foi o primeiro presidente da Intendência Municipal da Vila do Guarará, e um dos maiores propugnadores de sua criação. Proprietário de fazenda de café no distrito de Bicas. Foi uma das principais figuras, senão a maior em relevância histórica, no período que vai de 1890 a 1920, em Guarará e Bicas, na Zona da Mata mineira. Fora ele e não outro o grande defensor da lavoura e das questões agrárias em toda região, até porque era ele próprio um dos grandes fazendeiros locais.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Ele fora o segundo a ser agraciado com este título pelo império, embora não tenha havido entre ele e o 1º Barão de Catas Altas, João Batista Ferreira de Sousa Coutinho, [nota 1] nenhum grau de parentesco ou correlação familiar e a concessão do título de segundo Barão de Catas Altas foi outorgada em 1887 pelo imperador Pedro II. Por esta época entretanto Antônio José Gomes Bastos era já um adepto das ideias liberais e um chefe militante daquele partido. Em detrimento a isso, conforme narrativa do filho Sebastião Gomes Baião, [1] o pai e Barão, despojado de grandes ambições, recusara, por várias vezes, a senatoria estadual que lhe foi oferecida e, como um bom e devotado cristão que era, por inúmeras vezes abriu sua casa para hospedar aos altos dignitários do clero, sendo por todos muito benquisto, o que lhe valeu em 1907 uma carta de bênção especial concedida por Sua Santidade o Papa Pio X.

Antônio José Gomes Bastos era filho de José Joaquim Gomes (1810-1849) e de Maria Silveria Bastos (1815-1905). Seus pais transferiram-se, em 1833, de Queluz para o arraial do Espírito Santo, onde abriram e fundaram, no futuro arraial das Bicas, a "Fazenda do Campestre" [2] e foi aí onde ele nasceu, em 29 de junho de 1840.

Em 1849, aos 9 anos, morre-lhe o pai e ele, órfão, foi morar com o tio e padrinho, Antônio Alves Barbosa, que o criou e cuidou de seus estudos até a maioridade.

Os primeiros estudos foram colhidos na escola primária que funcionava na Rua Santa Rita, no arraial do Espírito Santo do Mar de Espanha (hoje Guarará), depois, em 1855, seu tio o matriculou em um internato em Barbacena onde ele se tornaria aluno [Neste colégio] do padre José Joaquim Corrêa de Almeida (Ver caricatura), grande poeta e exímio latinista, além de um apreciado músico de sua época. [nota 2] [3]

Pode-se entender que começava aqui a formação intelectual do Barão. Seu mestre, o padre Corrêa de Almeida, autor de "Sonetos e sonetinhos", ficara conhecido por sua brilhante produção poética de teor satírico. [4] Ele, o padre, era dono de uma grande devoção religiosa mas que, segundo a historiadora Maria Marta Araújo, [5] "não impediu que ele aproveitasse alguns prazeres, como a realização de saraus e preleções em sua casa, que fazia as vezes de salão literário." e até mesmo, como um homem de cultura e formador de caráter "... chegou a integrar uma sociedade cultural para a promoção de bailes dançantes em Barbacena." Uma outra de suas características era a humanista e "...quando podia, Correia de Almeida denunciava a discriminação racial, inclusive entre os religiosos, e era contundente ao expressar sua indignação." [nota 3] Nota-se assim o decuro na formação de caráter de Antônio José de Gomes Bastos e de seus condiscípulos.

Ao término dos estudos, Antônio José abandona a vida acadêmica e dedica-se à lavoura e, em pouco, à atividade que mais prosperava na época, o comércio das tropas (mascate), comércio este que crescia e oferecia as melhores possibilidades para o crescimento econômico. Tornou-se assim um grande e respeitado tropeiro, adquiriu animais (algo em torno de 100 muares) e entre os anos 1860 e 1865 aproximadamente, percorreu as províncias de Minas Gerais ao Rio de Janeiro. Dentre suas viagens, quase constantes, estavam as localidades e cidades de Oliveira, Formiga, Bagagem, Paracatu, Queluz, Ouro Preto, Sabará, etc. Além destas viagens pelo sertão, tinha ele, como o maior centro de suas atividades, a corte, como era então chamada a cidade do Rio de Janeiro. Com pouco e, devido a esta classe específica de negócios, ele estreitou relacionamentos com as mais importantes firmas daquela praça, justamente as que mais careciam de seus serviços.

Este convívio frequentes e as permanências periódicas na corte, "haveriam de aparelhá-lo com as qualidades de distinção e cavalheirismo que sempre revelou e que contrastavam com as arestas de uma franqueza rude, traço dominante de sua personalidade." Oportunidades em que estivera ele presente em eventos sociais, como em novembro de 1865, em uma solenidade, quando se avistara com a família imperial.[6]

Em 8 de novembro de 1866, aos 26 anos, ele se casa com Clara Rosalina Gomes Baião e o casal passa a residir nas terras que ele possuía no arraial do Espírito Santo do Mar de Espanha, o assim chamado "Sítio da Experiência", onde ele se fixa definitivamente, abandonando a vida de tropeiro e, em pouco, ele se torna um próspero lavrador . [7]

O Homem Público[editar | editar código-fonte]

Dado o seu temperamento e por força das necessidades do meio e da época, dedicou parte de suas atividades à política. Filiou-se ao Partido Liberal e, quase que de imediato, dada a morte do chefe do partido, tornou-se ele o chefe do mesmo, no distrito do Espírito Santo do Mar de Espanha. Sustentou lutas memoráveis. Passou por todos os cargos públicos do âmbito municipal, prestando os mais assinalados serviços à causa pública. Assim se refere a ele o Jornal "O Momento" de Bicas em matéria exibida à primeira página da edição de 5 de dezembro de 1940:

"...Foi vereador à Câmara Municipal de Mar de Espanha e o 1º agente executivo do município de Guarará.

Empolgado com as ideias republicanas, torna-se um articulador das mesmas e um dos primeiros republicanos da região. Ele consegue com com João Pinheiro, chefe do movimento em Minas, autorização e funda, com os Drs. Antero Dutra, Gonçalves Ramos Henrique Vaz e outros, o Clube Republicano de Mar de Espanha, um dos primeiros criados em Minas, sendo proclamado como primeiro presidente. E tal foi a ação desse clube, que o distrito eleitoral em que se situava - o 9º. Distrito - elegeu o primeiro deputado republicano da Província de Minas ao parlamento, o saudoso médico Dr. Antônio Romualdo Monteiro Manso."

Em 1867, no início do ano, ele é remanejado ou promovido de 3º para 1º suplente do subdelegado do arraial do Espírito Santo do Mar de Espanha. [nota 4] Alguns anos depois, em 15 de junho de 1881 ele recebe duas comendas; é agraciado com o título honorífico de cavaleiro da Ordem da Rosa. [9] e com a Grã-Cruz da Ordem de Cristo. [10]. Dois anos depois, em 1883, é eleito vereador para representar o distrito do Espírito Santo na Câmara de Mar de Espanha, com legislatura até 1886.[nota 5] . Em 23 de dezembro de 1887, ele é agraciado com o título de 2º Barão de Catas Altas. [12] Assim diz o Annuário Genealógico Brasileiro:

"Foi o primeiro Presidente da Intendência Municipal da Vila de Guarará, MG, e um dos maiores propugnadores de sua criação. Proprietário de fazenda de café no distrito de Bicas. O título de Barão de Catas Altas.Título de origem toponímica, tomado do antigo arraial de Catas Altas de Noruega, terra de sua esposa, localizada no então distrito de Itaverava do antigo município de Queluz de Minas, atual Conselheiro Lafaiete. (4) Conforme atesta o Annuário Genealógico Brasileiro."

"Guarará - O barão de Catas Altas, Antônio José Gomes Bastos, além de ter sido o primeiro (nomeado) Presidente da Intendência Municipal da Vila de Guarará, fora um dos maiores propugnadores de sua criação. Segundo o registrado em documentos da época, o Conselho da intendência municipal da Vila do Guarará, funcionava em sua casa e era por ele presidido e, segundo o registrado, a mudança do nome para Guarará, se deve a uma homenagem sua à esposa Clara que teria nascido em uma fazenda com este nome. [13] Documentos da época registram que o conselho da intendência municipal da vila do Guarará funcionou em sua casa e era presidido por ele. A ele se credita a ideia da mudança do nome de Guarará, que seria em homenagem à sua esposa Clara, nascida em uma fazenda com esse nome." (4a)

Ativista Agrário[editar | editar código-fonte]

Em 1 de junho de 1884, ele participa da criação, da instalação e torna-se conselheiro do Centro Agrícola do Município do Mar de Espanha. [nota 6]

Em 1886 ele participa da criação de uma associação, para promover os produtos e os produtores locais nas feiras e exposições Agrícola-industriais, nacionais e regionais. [nota 7]

Em 13 de maio de 1897, por sua iniciativa é criado e instalado o Centro Agrícola de Guarará. Esta organização ou associação tinha como princípio promover o progresso e o desenvolvimento da lavoura. O Barão, além de o principal idealizador, foi o presidente da associação recém-criada.[16]

No ano de 1905 ocorre em toda região protestos e reuniões contra as sobre taxas da lavoura. Candidato ao senado, em 1905, recebe uma votação inexpressiva, ao contrário de João Pinheiro da Silva, que é eleito senador [17] e, posteriormente, em 1906, Presidente de Minas Gerais. No pleito de novembro daquele mesmo ano, 1905, o Barão é eleito juntamente com o Dr Belisário da Cunha Monteiro de Castro pela minoria, como vereadores do município de Guarará. [18] Reunião de Lavradores em Santana do Deserto em 2 de julho de 1905. [19] Na reunião em Santana do Deserto, estiveram presentes mais de 300 lavradores de toda a região, os quais em uma assembleia dirigida por ele (o Barão de Catas Altas) e pelo Dr Melo Brandão e secretariada pelo Coronel Eduardo Carneiro e Renato da Silva Carneiro, protestaram contra os excessivos fretes cobrados pelas estradas de ferro, pela baixa dos preços do café, pela falta de mão de obra e pelos impostos excessivos cobrados pelo governo.[20] E três anos depois, em 1908, ele participa como secretário, do "Congresso de Leopoldina" ou Congresso dos lavradores em Leopoldina. Que fora uma reunião convocada para tratar, entre outros assuntos, da fundação da Confederação Agrária, sendo a mesma oficializada. [nota 8] Tendo em conta o acertado em Leopoldina, o Barão não perde tempo e convoca para o dia 25 do mesmo mês de outubro uma "Reunião de Lavradores em Guarará".([23] A chamada Confederação Agrária, já oficializada em Cataguases e Leopoldina. Nessa reunião, além dos pontos comuns e divergentes foram eleitos os representantes (delegados) que foram, além dele, o Barão, o coronel Joaquim Monteiro de Bastos, Sebastião Gomes Baião (filho do Barão) e o coronel Arlindo Ribeiro de Oliveira (irmão de José Ribeiro de Oliveira e Silva). [24] E dois anos depois, em 25 de julho de 1910, ele participa do Congresso mineiro das classes produtoras, realizado em Juiz de Fora, que, entre outros assuntos, se põe contra a elevação do câmbio e a politicagem no congresso...[25] pede ao Congresso mineiro a supressão do imposto de 8,5% advalorem sobre o café e da sobretaxa de 3 francos, criando-se o imposto de 4 francos por saca de café, o qual deveria ser pago no ato da exportação para os mercados estrangeiros. [26] [27]

O descontentamento era uma tônica entre os produtores rurais, contra o governo, visto que no ano anterior 1909 ele mesmo, o Barão, declarou-se contra e manifestou seu apoio ante a candidatura Hermes-Venceslau.[28] Não bastasse as fortes crises que grassavam no campo e os protestos daí decorrentes, em 1911, uma seca prolongada e sem precedentes, assolou toda região, culminando em enormes prejuízos à safra das lavouras. São essas as palavras do editorialista e emendadas pelas do Barão, dirigidas ao jornal "Gazeta de Noticias" de 12 de fevereiro de 1911:

"Nossas correspondências no interior dos estados do Rio e Minas, vem eivadas de queixas ao Altíssimo pela inclemente seca, ameaçadas as lavouras, ameaçada a saúde pública, numa triste e quase desesperadora perspectiva.

Em alguns lugares já atravessam as ruas por entre a poeirada, fantásticas e lúgubres procissões, de que se elevam para a atmosfera negra e impassível das noites caídas, os choros gemebundos de criaturas apavoradas.

Além das notícias acima recebemos mais, de Bicas, em Minas Gerais, o seguintes telegrama:"

"Seca prolongada e rigorosa muito tem prejudicado as lavouras de cafe e cereais; tudo fenece sob os raios do sol ardentes e causticantes. O prejuízo é colossal." (19)

O Republicano[editar | editar código-fonte]

Em 1889 figura com destaque dentre os grandes fazendeiros e produtores rurais. Fora também ele quem [por sua iniciativa, melhor dito], fundou o Clube republicano mineiro de Guarará, do qual tornou-se presidente. O Clube republicano surgira em cooperação com outros dois hábeis políticos da cidade e região, o Dr José Telles de Meneses, como vice-presidente e Antero Dutra de Moraes, como secretario. [29] Criava assim o Partido republicano na então Espirito Santo do Mar de Espanha, por todos distritos e províncias eu imperialismo contava seus dias. Em 1890 ele era uma das lideranças ou expoentes políticos presentes em Mar de Espanha na reunião do partido republicano [30] e do congresso em Juiz de Fora em 15 de agosto de 1890.[31]

Figura proeminente "dono de uma rude franqueza de mineiro da gema", ele destaca-se dentre algumas lideranças de Mar de Espanha e mormente entre os companheiros republicanos. Apresenta-se em várias oportunidades nas reuniões político-partidárias, como por exemplo em 31 de janeiro de 1890, na reunião do Clube Republicano Mineiro, convocada pelo Dr. João Roquete Carneiro de Mendonça e presidida pelo Dr. Necésio José Tavares, onde é apreciado o pedido de demissão do Dr. José Werneck da Silva da presidência daquele partido. [nota 9] O Barão se revelara um "auxiliar poderoso" nas lutas contra os partidos monárquicos, encampadas pelo Dr. Joaquim Gonçalves Ramos, sem dúvida, a "figura mais saliente e simpática do partido republicano do 9º distrito; ou seja Mar de Espanha". [33]

No dia 15 de agosto de 1890, tem lugar em Juiz de Fora o "Congresso republicano", convocado pelo dr. Fernando Lobo Leite Pereira. O Congresso deu-se em sessão secreta e para ele concorreram 65 delegados dos diversos Clubes Republicanos no estado mineiro, dentre eles o Barão de Catas Altas. [nota 10]

Nos anos que se seguiram, em 1916, no dia 2 de julho, ele participa da Reunião agrícola de Cataguases, onde ficou eleita a "comissão dos cinco", a cujo encargo estaria a elaboração dos estatutos que regeriam as futuras reuniões e ainda caberia a esta comissão representar os agricultores perante o governo [nota 11] e em 1917, nos dias 25 e 26 de março ele participou do Congresso agrícola de Juiz de Fora. Esta foi uma das principais reuniões agrícolas do estado. Nela foram lançadas as base da Confederação Agrária, entre outras providências de considerável importância. [nota 12]

A Campanha civilista de Rui Barbosa [37] criou os seus frutos e, decorrentes deles, em 11 de setembro de 1913 ocorre a primeira reunião formal do Partido Republicano Liberal, na cidade de Belo Horizonte. O Barão, desde muito um republicano, foi um dos principais representantes da região. Nesta reunião além da adoção de diretrizes comuns, criou-se um comitê estadual, comitês regionais e municipais, como também um comitê liberal representado pelos chefes do partido em cada município.[38] [39]

Uma de suas últimas façanhas na política local foi a reorganização do Partido Republicano Mineiro de Guarará, em fevereiro de 1923. [nota 13]

Criação do Município de Guarará[editar | editar código-fonte]

Em 1890, com a criação do município, o 2º Barão de Catas Altas foi nomeado Presidente da Intendência, pelo governo provisório. [nota 14] Neste mesmo ano ele figura entre as lideranças que apoiam a mudança da capital mineira para um ponto mais conveniente dentro do estado, visto que Ouro Preto já não oferecia estrutura urbana que atendesse à expansão em curso. [44] A mudança da capital ocorreria em 1893 e a cidade escolhida foi Belo Horizonte (à época chamada de Cidade de Minas).

Pouco depois, em 22 de Janeiro de 1891, com o advento do Decreto nº 343, o Espírito "Santo do Mar de Espanha" passa a denominar-se “Vila do Guarará” e, em 7 de março de 1892, toma posse a sua 1ª Câmara Municipal e, com isso o 2º Barão de Catas Altas passa de ex-intendente a Presidente da Câmara. [nota 15] Cabe dizer que o município deve a sua emancipação ao 2º Barão de Catas Altas e não ao Comendador Francisco Joaquim de Noronha e Silva, como apregoado e o topônimo "Guarará" surgiu para a definição do município sem quaisquer referência aborígene e sim para abrigar uma homenagem do barão à esposa Clara Rosalina que nascera em Itaverava, numa fazenda com esse nome. [47]

Depois de instalado o município o barão é seu primeiro intendente e Francisco Joaquim de Noronha e Silva, o seu primeiro delegado de polícia. O comendador Noronha, politico conservador, não demora muito e entra em choque com os republicanos, mormente. Os conservadores tentavam restabelecer a monarquia. Um dos meios que encontraram para difundir suas ideias e campanhas foi O manifesto restaurador [da República] "O Fígaro". E foi ele mesmo Noronha, o autor da edição impressa em 7 de setembro de 1891. Instala-se uma crise política no município. Os cargos de subdelegados são preenchidos por partidários de Noronha; Os intendentes municipais renunciam aos seus cargos; o Barão de Catas Altas faz declarações e acusações diversas à política municipal;[48] [49]

No dia 11 de agosto de 1892, já detendo a patente de Tenente-coronel, ele é nomeado para ocupar o posto de comandante do 129º batalhão de infantaria do Estado-maior assentado em Mar de Espanha. [nota 16] Mais à frente ele ainda foi nomeado para o posto de coronel comandante da 2ª brigada de artilharia da guarda nacional da comarca de Mar de Espanha, [50] a seguir, todavia, esta nomeação fora declarada sem efeito.

No mesmo ano de 1892, em 15 de setembro, por conta de desentendimentos políticos e fatos diversos e não muito claro, renunciam a seus mandados a Câmara de Guarará em peso e o Conselho Distrital de Maripá, em sua totalidade. Dos vereadores somente o Padre Manoel José Corrêa e Francisco Carneiro, permaneceriam no exercício de seus cargos. [51] Sendo então o Padre Manoel José Corrêa, na qualidade de vereador mais votado no exercício do mandato, convoca os suplentes, os empossa e nas eleições de 1893 o Barão de Catas Altas permanece afastado da administração. Fato é que havia dois grupos plenamente definidos e no poder estava o padre Manoel José Corrêa e Antero Dutra de Moraes, respectivamente vice-presidente e presidente da Câmara Municipal e foi talvez por razões políticas, já que uma justificativa plausível é desconhecida, que em 06 de junho de 1894, por força da lei n.º 84, o município de Guarará passou a denominar-se Vila do Espírito Santo do Guarará e isto por conta de uma proposta do padre Manoel José Corrêa. [52] [53]) Lembrado seja que esta proposta, mesmo carecendo de uma justificativa plausível, derrubava a anterior de autoria do Barão de Catas Altas, quando dera à localidade o nome de “Vila do Guarará”.

Todavia mesmo fora do cenário administrativo, ele conserva assim mesmo o status de a principal figura do cerne político da cidade e quiçá da região e é nesta condição que, em 10 de agosto de 1894 ele declara seu apoio e encabeça uma longa lista de eleitores do município de Guarará, em manifesto apoio à candidatura do Dr. Cristóvão de Freitas Malta para deputado ao Congresso Estadual de Minas Gerais, pela 2ª circunscrição eleitoral. [54] e a exemplo da eleição de novembro de 1894, quando elegeu-se Agente executivo o Cap. José Ribeiro de Oliveira e Silva, em meio aos tumultos partidários entre ele, o Barão, José Ribeiro de Oliveira e Silva e José Vieira Camões, culminando com os assim chamados "abusos em Santa Helena", distrito de Guarará.[nota 17]

Em 1898 ele, além de delegado ou "proprietário da delegacia de polícia de Guarará", ou melhor "Proprietário da Vara" [nota 18] era também inspetor de ensino municipal. [58] E ainda neste mesmo ano, por sua iniciativa, reorganiza-se do Partido Constitucional do Município de Guarará, {{Nota de rodapé|Este partido tinha em sua composição as grandes figuras da politica guararense. No ano seguinte, nas eleições municipais de novembro de 1900 ele é derrotado pela chapa de oposição liderada pelo Dr. Emílio Luiz Rodrigues Horta e com isso, os governistas sofriam uma franca derrota. [59] No ano seguinte, 1901, todavia ele figura como vereador e seu filho Sebastião Gomes Baião, faz parte do Conselho Distrital de Bicas [60] E, anos depois, em 1905, o jornal O Pharol", [61] exibe a seguinte nota:

"...após as eleições municipais, que deram ganho de causa ao partido chefiado pelo Cel. José Ribeiro de Oliveira e Silva, este município entrou em um período de calma bastante invejável, pelo afastamento calculado ou não da oposição chefiada pelo barão de Catas Altas. A Câmara não deixa de inspirar ao povo bastante confiança pelos elementos que a compõe, entre os quais figuram: o Cel. Francisco de Paula Retto Júnior, agente executivo e presidente e o Tenente coronel Joaquim José de Souza, vice-presidente..."

A morte da Baronesa[editar | editar código-fonte]

Em 27 de julho de 1920, morre sua esposa Clara Rosalina Gomes Baião, a baronesa de Catas Altas, aos 76 anos (12 de agosto de 1844-27 de julho de 1920). Fora ela sua única e inseparável companheira. Antônio e Clara, casaram-se na Fazenda Guarará, em Itaverava, Queluz, em 08 de novembro de 1866 [62] Como diria de próprio punho o filho de ambos, Sebastião Gomes Baião: “...Tinha ele ainda diretas ligações de parentesco com os da casa e enamorando-se de uma das primas, com ela se consorciou em 1866.[63] Clara era filha do AlferesJosé Francisco Baião e Rosa Angélica Barbosa.

O último dos Barões[editar | editar código-fonte]

O Barão morre 4 anos após a morte da esposa, no dia 3 de novembro de 1924, em sua casa-palacete no município de Bicas. A sua morte levou consigo (27) também o último dos seis barões, que tiveram seus nomes gravados na história da região, que deram nome à região a qual se denominaria posteriormente de "Sertões do Rio Cágado" e, denominada turisticamente de O "Recanto dos Barões".[64] [65] Eram eles:

Estes barões tiveram seus domínios e ascendência em grande parte de toda a região, e que seriam depois as cidades, além de Guarará, de Bicas, Chácara, Mar de Espanha, Maripá de Minas, Pequeri, Chiador e Senador Cortes, etc.

Eram, a princípio grandes cafeicultores, grandes lavradores, grandes exploradores da região, se tornaram ricos, hábeis políticos, bons administradores, homens de negócio e por fim, nobres, homens da elite social, barões. A região contribuiu enormemente, era fértil e rica, possuía água em abundância, boas pastagens, clima ameno e agradável, paisagismo bucólico, um quase panorama parnasiano. À sua morte, de cada um deles, os Barões, restaram traços e nuances imorredouras de sua passagem pela região e de sua contribuição histórica, cultural e política. [67] [68]

Houve ainda outros barões cuja atividade distinguiu-se como de relevância na região; segundo o historiador mardespanhense Rafael Rezende Bertoni, foram eles:

Além dos citados vem o

"...Em 1907 o Governo do Estado fazia intensa propaganda da lei federal 1637 de 5 de janeiro do mesmo ano, que era a lei da criação de sindicatos profissionais e sociedades cooperativas. Neste mesmo ano é fundada em Roça Grande uma cooperativa agrícola e em 1908 é fundada uma cooperativa em Rochedo. Neste mesmo ano as duas cooperativas se unem e forma a FEDERAÇÃO DE COOPERATIVA AGRÍCOLA SÃO JOÃO NEPOMUCENO que é reconhecida pelo Governo e se beneficia dos favores concedidos na lei, tendo em sua diretoria os Srs. Augusto de Souza Mota, Narciso Furtado de Mendonça, Vicente da Costa Oliveira. Mais tarde outras cooperativas se filiaram a ela. Era uma cooperativa de produção e o produto o CAFÉ, possuíam os mecanismos necessários para o beneficiamento e rebeneficiamento do produto. Tinha uma boa organização de venda e uma seção Bancária para empréstimos de seus associados. Era uma sociedade produtora e progressista que fazia por onde ser notada pelo valor que dava ao município..."

Descendentes[editar | editar código-fonte]

Foram oito os filhos do casamento entre Antônio José e Clara Rosalina, cuja boa parte viveu em Bicas, além de inúmeros netos. Os filhos foram: [79]

  • Antônio Alberto Gomes Baião, casado com Ana Guilhermina Monteiro Bastos (filha de José Joaquim Monteiro de Castro e Maria do Carmo Monteiro da Silva); [80]
  • Antônio Carlos Gomes Baião, casado com Nízia Gomes,
  • Sebastião Gomes Baião, casado com Maria Cândida de Campos Bastos (filha de Francisco José Monteiro Bastos e Adélia de Campos); [81]
  • Eduardo Gomes Baião, casado com Paulina Barroso Gomes; [82]
  • Antônio Júlio Gomes Baião, falecido criança,
  • Maria Gomes Baião, solteira,
  • Teresa Baião Gomes Marques, casada com Joaquim José Marques,
  • Deomar Baião Gomes Campos, casada com o capitão Antônio Cassimiro de Campos. [82]

Referências

  1. BAIÃO, Sebastião Gomes. - Reportagens históricas sobre o município de Guarará, pg
  2. Anuário genealógico brasileiro, Volume 1 - Salvador de Moya. Instituto de Estudos Genealógicos, 1939
  3. BAIÃO, Sebastião Gomes. - Reportagens históricas sobre o município de Guarará
  4. Jornal "O Arauto de Minas",Ano XI, Número 16, pg 2 - São João Del Rei, 9 de outubro de 1887.
  5. ARAÚJO, Maria Marta - Sermão em forma de poesia; Poemas do padre Correia de Almeida criticavam a escravidão durante o Império e o autoritarismo dos presidentes na República, 3/1/2011.
  6. Jornal "Correio Mercantil" ANNO XXII, N. 424, de 28 de novembro de 1865
  7. Jornal "Diario de Minas", ANNO I, N. 159, de 8 de janeiro de 1867
  8. Portaria de 12 de janeiro de 1867 - Jornal "Diario de Minas", ANNO I, N. 190, de 1 de março de 1867
  9. Jornal "A Provincia de Minas", de 26 de junho de 1881
  10. Novo e completo indice chronologico da História do Brasil - 1842 a 1889, pg. 125
  11. Jornal "A Província de Minas", Ano III, N. 112 - Ouro Preto, 26 de agosto de 1882.
  12. Jornal "Cidade do Rio", quinta-feira, 2 de janeiro de 1888.
  13. [1]
  14. Jornal "Brasil", ANNO II, N.º 134, terça-feira, 10 de junho de 1884.
  15. Jornal "O Baependyano" ANO IX, N. 410, de 14 de março de 1886
  16. Jornal "O Minas Gerais", ANNO VI, N. 132, de 20 de maio de 1897
  17. Jornal "O Pharol", sábado 25 de março de 1905
  18. Jornal "O Pharol", domingo 2 de abril de 1905
  19. Jornal "O Pharol", quarta 5 de julho de 1905
  20. Jornal "Gazeta de Notícias", de 12 de julho de 1905
  21. Jornal "O Pharol", quinta-feira, 1 de outubro de 1908
  22. Jornal "O Pharol", sábado, 3 de outubro de 1908
  23. Jornal "O Pharol", terça 20 de outubro de 1908
  24. Jornal "O Pharol", terça 27 de outubro de 1908
  25. Jornal "Correio da Manhã" ANNO X, N 3.295, Rio de Janeiro, terça 26 de julho de 1910
  26. Jornal "O Pharol", terça 27 de julho de 1910
  27. Jornal "Correio da Manhã" 26 de julho de 1910
  28. Jornal "Gazeta de Notícias", 22 de novembro de 1909
  29. Jornal "Diário de Notícias", sábado 23 novembro de 1889, pg 2
  30. Jornal "Gazeta de Noticias", terça, 4 de fevereiro de 1890
  31. Jornal "O Pharol", 16 8 1890, ANNO XXIV, N 193
  32. Jornal "Gazeta de Notícias", terça-feira, 4 de fevereiro de 1890
  33. Jornal" Gazeta de Notícias, quinta-feira, 27 de fevereiro de 1890.
  34. Jornal "O Pharol", ANNO XXIV, N. 193, Juiz de Fora, sábado 16 de agosto de 1890.
  35. Jornal "O Pharol", quarta, 5 de julho de 1916
  36. Jornal "Correio da Manhã", segunda 26 de março de 1917
  37. História do Brasil. Vicentino, Cláudio; Gianpaolo, Dorigo. São Paulo: Scipione, 1997. pag 307.
  38. Jornal "O Pais", domingo 14 de setembro de 1913
  39. Jornal "O Imparcial", 17 de setembro de 1913
  40. Jornal "Gazeta de Noticias", 20 de fevereiro de 1923
  41. A partir de 3 de Fevereiro de 1891, Luiz Pinto é nomeado e passa a responder e despachar como secretário da Câmara de Guarará.
  42. Jornal "O Pharol", Juiz de fora, 17/02/1891
  43. FERREIRA, J. J. - Portarias e Ofícios da Câmara Municipal de Guarará - Período de 1891 a 1895, pg. 4
  44. Jornal "Diário do Comércio", 10 de setembro de 1890
  45. FERREIRA, J. J. - Portarias e Ofícios da Câmara Municipal de Guarará - Período de 1891 a 1895
  46. Jornal "Gazeta de Notícias", ANNO XVIII, N.º 72 - Rio de Janeiro, sábado, 12 de março de 1892
  47. BAIÂO, Sebastião Gomes. - Reportagens históricas sobre o Município de Guarará
  48. jornal "O Guarará" do dia 2 de outubro de 1892
  49. Jornal "Gazeta de Notícias", sexta-feira, 7 de outubro de 1892
  50. Decreto de 5 de agosto de 1899 - Jornal "O Pharol", ANO XXXIII, N. 44 de 25 de agosto de 1899
  51. FERREIRA, J. J. - Portarias e Ofícios da Câmara Municipal de Guarará - Período de 1891 a 1895 Ato N. Nº 213 – pags 28 e 32 a 40
  52. Jornal “O Guarará” , ANO XXII, Nº 42 - Guarará, 5 de dezembro de 1940
  53. Almanak Laemmert para 1931, Vol IV, pag 315
  54. Jornal "O Pharol", terça-feira, 13 de novembro de 1894
  55. FERREIRA, J. J. - Portarias e Ofícios da Câmara Municipal de Guarará, Período de 1891 a 1895, pg 51
  56. Jornal "O Pharol", sábado, 25 de novembro de 1894.
  57. Jornal "Minas Gerais", ANNO VII, N. 56, de 28 de fevereiro de 1898
  58. decreto estadual de 20 de setembro de 1898
  59. Jornal "O Pharol", ANNO XXXV, N.º 48, terça-feira, 6 de novembro de 1900.
  60. Jornais de Minas Gerais
  61. Jornal "O Pharol", ANNO XXXIX, N.º 24, quarta-feira, 25 de janeiro de 1905.
  62. Nobreza de Portugal - Editorial Enciclopédia, 1961
  63. BAIÃO, Sebastião Gomes. - Reportagens históricas sobre o município de Guarará, pg 42
  64. «Circuito turístico Recanto dos Barões». Consultado em 6 de agosto de 2013. Arquivado do original em 7 de agosto de 2009 
  65. [2]
  66. do Sul Mineiro
  67. GENOVEZ, Patrícia Falco - Barões numa perspectiva reticular
  68. Relação Completa dos Titulares do Império Brasileiro - ARCHIVO NOBILIÁRCHICO BRASILEIRO
  69. Jornal "Diário de Notícias", Ano III, N. 929 - Rio de Janeiro, domingo, 25 de dezembro de 1887.
  70. SENRA FERNANDES, Mauro Luiz - Além Paraíba História.
  71. Jornal "O Pharol" - Juiz de Fora, sábado, 28 de janeiro de 1888.
  72. Jornal "O Pharol", Ano XVII, N. 4 - Juiz de Fora, terça-feira, 9 de janeiro de 1883.
  73. Lei 2.224, de 13 de junho de 1876, pag.1
  74. Lei 2.224, de 13 de junho de 1876, pag.2
  75. Lei 2.224, de 13 de junho de 1876, pag.3
  76. Jornal "O Pharol" terça-feira, 27 de março de 1917.
  77. Jornal "Correio da Manhã", segunda-feira, 26 de março de 1917.
  78. Jornal "O País", segunda-feira, 26 de março de 1917.
  79. Jornal "O Município" ANNO I, N 9 24 de junho de 1823
  80. BASTOS, Wilson de Lima - Badalo do Sino, pg 330.
  81. BROTERO, Frederico de Barros - A Família Monteiro de Barros, 1951 - 1047 páginas - pg. 773
  82. a b Jornal "O Guarará" - Segunda-feira, de 27 de junho de 1927, pag. 3

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • CAPRI, Roberto. "Minas Gerais e seus Municipios", 1916.
  • MOYA, Salvador. - Anuário genealógico brasileiro, Volume 1 - Instituto de Estudos Genealógicos, 1939;
  • Nobreza de Portugal - Editorial Enciclopédia, 1961;
  • BAIÃO, Sebastião Gomes. - Reportagens históricas sobre o município de Guarará.
  • FERREIRA, Jânio José. - Portarias e Ofícios da Câmara Municipal de Guarará - Período de 1891 a 1895 (transcrição)
  • FONSECA, Luiz Mauro Andrade. - NOTÍCIAS DO PADRE CORREIA DE ALMEIDA NOS JORNAIS DE BARBACENA, PERÍODO 1881-1905. - Colaboradores: Ivana Melhem Deoud, José Geraldo Heleno e Francisco Rodrigues de Oliveira. Barbacena: Centro Gráfico e Editora Ltda, 2003, 286 p
  • LEMOS, Dr. Floriano. - A FLOR DO VASA - Jornal “Correio da Manhã”, 14 a 25 de janeiro de 1908
  • TEIXEIRA, Francisco de Sequeiros. - Almanach do município de Guarará para 1889, ANNO I, Tipografia da "Gazeta de Guarará"
  • Bicas 70 anos - Dados históricos do município de Bicas, 7 de setembro de 1923/1993
  • Bicas ontem e hoje. Prefeitura de Bicas - Administração 1993-1996 - Editado pelo Instituto Paulo Freire - Juiz de Fora, 1996
  • OLIVEIRA, Paulino. - Efemérides juizforanas. Publicado pela Universidade Federal de Juiz de Fora em 1975
  • CASTRO, Celso Falabella de Figueiredo. - Os Sertões de Leste, Achagas para a história da Zona da Mata, 2ª edição, 2003
  • SENNA, Nelson de. - Fatos Mineiros. - Revista do Arquivo Público Mineiro
  • FARHAT, Fued. - Recantos da Mata Mineira
  • AMARAL, João de Andrade. - Guarará e suas histórias
  • VANNI, Júlio César. - Sertões do Rio Cágado
  • BASTOS, Wilson de Lima - Badalo do Sino
  • MERCADANTE, Paulo Mercadante - Os Sertões do Leste

Notas

  1. Vale dizer que o título propriamente fora decretado por D. Pedro I do Brasil, em 18 de outubro de 1829, para satisfazer ao [mencionado] primeiro Barão de Catas Altas, uma das figuras mais pitorescas e extravagantes da história aurífera mineira.
  2. Alguns de seus colegas de internato, alunos do mesmo mestre, tornaram-se figuras de destaque da aristocracia rural mineira e fluminense, tais como o Comendador Francisco Ferreira de Assis Fonseca, o Cel. Carlos de Assis Ribeiro, Joaquim Clemente de Campos, o Cel. Laureano Rodrigues de Andrade, etc.
  3. Maria Marta Araújo é vice-presidente do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais e autora de Com quantos tolos se faz uma república: Padre Correia de Almeida e sua sátira ao Brasil oitocentista. (Editora UFMG, 2007.
  4. Os demais suplentes, designados pela mesma portaria, foram José Pedro Ferreira de Souza, Antonio Rabelo Teixeira, Dr. Francisco de Assis Barbosa Lage e Tibúrcio de Araujo Lima (respectivamente 2º, 3º, 4º e 5º suplentes). [8]
  5. A Câmara Municipal de Mar de Espanha estava assim composta: 1) Carlos Miguel Olive; 2) Francisco Bernardes de Almeida; 3) Dr. Francisco de Sales Cardoso; 4) Dr. Francisco Infante Vieira; 5) Alferes José Gonçalves de Rezende; 6) Antônio José Gomes Bastos; 7) Dr Francisco Gomes de Carvalho da Rocha; 8) Herculano Alfredo da Costa e 9) Tenente Carlos José Machado. [11]
  6. Para a paróquia do Espírito Santo (Guarará) foram nomeados os representantes Francisco Joaquim de Noronha e Silva, Cap. José Antônio de Oliveira, Cap. Marcelino Dias Tostes, Antonio Carlos Bernardes Nico e Carlos Assis de Figueiredo.[14]
  7. Criada em Mar de Espanha, então sede do distrito do distrito do Espírito Santo, ela fora composta pelas seguintes autoridades: Dr Joaquim Barbosa de Castro, presidente; F Leite de M Pinto, tesoureiro e Dr J Gonçalves Ramos, secretário. As comissões locais foram formadas e compostas pelo Dr João Roquette, Dr Infante Vieira e Manuel Feliciano Alves de Souza e, representando a estação de Bicas estavam Antonio Jose Gomes Bastos e José Telles de Menezes.[15]
  8. Esta reunião oficializou Confederação Agrária, um dos momentos de maior atividade nas questões do "Agro negócio" na região. A reunião foi presidida por Virgílio Rezende e cossecretariada por Arthur Leão. [21] [22]
  9. A reunião de 31 de janeiro de 1890, do partido republicano em Mar de Espanha, convocada pelo Dr João Roquete Carneiro de Mendonça, presidida pelo Dr. Necésio Tavares e secretariada pelos srs. Leon Gilson e Lucio Madeira, contou com a presença de presença de 60 a 80 filiados e ponderou, entre outros assuntos, sobre a demissão do Dr. José Werneck da Silva. Presentes a ela estavam, além dos já nominados, o Dr Antero Dutra de Moraes, Domingos Eufrásio, Carlos Machado, J. Luiz de Andrade, Antônio Carlos Pereira, Sebastião Machado, Augusto Ramos, Manuel Feliciano A de Souza, Dr Caetano de Menezes, alferes Carias, Elias Fassheber, Basílio Mora, José Joaquim, Antonio Maurício, Arnaldo Pereira, entre outros[32]
  10. Compuseram a plenária deste congresso os seguintes delegados: Dr. Estevam Ribeiro de Resende, Dr. Henrique Vaz, Dr. Martiniano Brandão, Dr. Américo Werneck, Dr. João Ribeiro de Oliveira e Souza, Anselmo de Almeida, Dr. Sebastião Bretas, Dr. Josefino Felício dos Santos, Dr. David Campista, José de Moura Neves, Arthur Álvares Pena, Dr. Antonio Dutra Nicácio, Tristão Corrêa Dias, Sebastião Sette, Dr. Gabriel Magalhães, Dr. Simeão de Lacerda, Dr. Henrique Diniz, Marcelino G. P. da Silva, Otávio Carlos de Souza, Dr. Joaquim G. Ramos, João N. Kubitschek, Dr. Francisco Ribeiro A. Rezende, barão de Catas Altas, José Justiniano do Toledo, Dr. Antero Dutra de Moraes, Felicíssimo Duarte dos Santos Silva, Dr. Bernardo Cisneiros da Costa Reis, Dr. Ábeilard Rodrigues Pereira, José Augusto Frederico de Castro Dr. Necesio José Tavares, José Carlos Duarte, Carlos Modesto de Almeida, A, da Silveira, coronel João L, de Campos, Dr. Aristides Maia, Dr. Benjamin Constam Pereira, José M, Montes, dr João Roque te Carneiro de Mendonça, Dr. Arthur Itabirano, Lúcio Cardoso Moreira, Manoel Olvmpio Loures.Júlio César Pinto Coelho, Dr. Luiz de Melo Brandão, Dr. Gomes Freire de Andrade, Reginaldo Augusto da Silva,Dr. João Ferreira de Assis Fonseca,Francisco Delgado Pinto Júnior, Dr. Eduardo da Gama Cerqueira, Rebeldino José Batista, Dr. João Pinheiro, Dr. Carlos da Silva Fortes, Carlos José Ribeiro, Pedro Gomes de Araújo Porto, Antonio Luis Monteiro da Silva, Dr. Otávio Otoni, Dr. Américo Lobo, Dr. José Tavares de Melo, Aprígio R. de Oliveira, dr Camilo de Moura, Dr. João Augusto Rodrigues Caldas, Luiz Arthur Detsi, Dr. Antonio Jacob da Paixão, Dr. Constantino Paletta, Alexandre Augusto de Lima e Joaquim Gonçalves Barroso..[34]
  11. Esta comissão ficou composta dos senhores: Virgílio Rezende, Feliciano Dutra, José Mariano e os deputados Joaquim Ferreira e Netto Júnior. Entre adesões diversas de municípios produtores, fizeram-se presentes à reunião os municípios de Além Paraíba, Juiz de fora, Cataguases, Palma, Rio Branco, Leopoldina, Guarani, Mar de Espanha, Ubá, Manhuaçu, Caratinga, Carangola, etc. e dentre outros, estavam os seguintes representantes, Figueiredo Cortes, Ottoni Diniz, José Mariano, Feliciano Dutra, Francisco Barros, Virgílio Rezende, Fortunado Pereira, José Moreno, Jeremias Freitas, Miguel Souto, Monteiro de Brito, Monteiro Bastos Júnior, Virgílio Vianna, Barão de Catas Altas, Netto Júnior, Oliva Fajardo, Teófilo Teixeira, Alfredo Broder, Pereira Andrade, Ceciliano Guilherme, Milward Azevedo, etc.[35]
  12. Entre as diretrizes principais ficou a oficialização da Confederação Agrária e o Barão, dentre outros, ficou como eleito para o conselho consultivo da dita associação. Outro ponto considerável foi que, a grande maioria dos lavradores presentes àquelas seções eram da Zona da Mata.([36]
  13. Fizeram parte desta reorganização os senhores Vicente Bianco, Presidente; Dr. José Maria de Oliveira Souza, Vice-presidente; o Capitão Aristides Leite Guimarães e o Coronel Álvaro Fernandes Dias. [40]
  14. Os demais intendentes nomeados foram Antonio Francisco de Souza (secretário Intendente) [41], o Dr. José Telles de Menezes e os Adjuntos Randolfo Monteiro de Paula e Firmin François Alibert. [42][43]
  15. Seus companheiros na administração do município eram então João Luiz Alves Viana, vice-presidente; José Ribeiro de Oliveira e Silva, secretário interino; Cap. Francisco Gonçalves de Souza, Francisco José Bastos de Campos, Antônio Francisco de Souza, Capitão Silvestre Henriques Furtado, Francisco Carneiro e Padre Manoel José Corrêa, vereadores. O Agente executivo era o Dr. Antero Dutra de Moraes.[45] [46]
  16. O 129º batalhão de infantaria do Estado-maior fora assim nomeado: Tenente coronel comandante: Antonio José Gomes Bastos (Barão de Catas Altas); Major fiscal, Antonio Francisco de Souza; Capitão cirurgião, Dr. Cristóvão de Freitas Malta; Capitão ajudante, Francisco José Bastos de Campos; Tenente secretario, José da Rocha Pinto; Tenente quartel-mestre, Luiz Pinto. - lª companhia - Capitão, José Ribeiro de Oliveira e Silva; Tenente, Antonio Carlos Gomes Baião; Alferes, Francisco Barnabé da Fonseca Barroso e Francisco Fernandes Padrão. - 2ª companhia - Capitão, Francisco Gonçalves de Souza; Tenente, José de Oliveira Gomes; Alferes, Álvaro Fernandes Dias e Joaquim José de Souza. - 3ª companhia - Capitão, Antonio Alberto Gomes Baião; Tenente, Gustavo Rodrigues Pereira; Alferes, José Álvares de Oliveira Júnior e Teófilo Pires de Gouvêa.- 4ª companhia - Capitão, Antonio Ferreira Martins; Tenente, Joaquim Cândido da Silva, Alferes, João de Souza Ferreira e Joaquim da Costa Mattos
  17. Conforme relatado no Ofício Nº 1138, de 27 de Outubro de 1894 do Dr Presidente da Câmara ao Exmo Sr Dr Presidente do Estado de Minas. [55] [56]
  18. O Barão fora nomeado delegado em maio de 1898 e os subdelegados nomeados foram: Cap. Francisco Gonçalves de Souza, Cornélio Duarte Medina e Francisco Pinto Ferreira, respectivamente 1.º, 2.º e 3.º suplentes. [57]
  19. "...O Comendador Simplício José Ferreira da Fonseca aspirou e não conseguiu o título de Barão de Mar de Espanha, que foi concedido à outra pessoa, Francisco Ignácio de Andrade Goulart...[70]
  20. Lei 2.224, de 13 de junho de 1876: - "...Autoriza o Presidente da Província a conceder privilégio de 50 anos aos cidadãos Francisco Ferreira de Assis Fonseca e Pedro Betim Paes Leme, ou a quem melhores condições oferecer, para a construção de um ramal de Estrada de Ferro, que, partindo das Estação de Serraria, vá ter à povoação do Espírito Santo do Mar de Espanha, e contém outras disposições..."[73][74] [75]