Ari Pargendler

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Ari Pargendler
Ministro do Superior Tribunal de Justiça do Brasil
Período 19 de junho de 1995
a 15 de setembro de 2014
Nomeação por Fernando Henrique Cardoso
Antecessor(a) Francisco Dias Trindade
Sucessor(a) Marcelo Navarro Ribeiro Dantas
Dados pessoais
Nascimento 11 de outubro de 1944 (79 anos)
Passo Fundo, RS
Prêmios Ordem do Mérito Militar[1]

Ari Pargendler ComMM (11 de outubro de 1944, Passo Fundo) é um professor e magistrado brasileiro, ex-ministro e ex-presidente do Superior Tribunal de Justiça, onde ingressou em 19 de junho de 1995 e que presidiu entre 3 de setembro de 2010 e 31 de outubro de 2012. Aposentou-se em 15 de setembro de 2014.

Biografia[editar | editar código-fonte]

No STJ, ocupou vaga reservada à Justiça Federal. Ingressou na magistratura federal em 1976, e em 1989 tornou-se juiz no Tribunal Regional Federal da 4ª Região. Havia antes atuado como advogado, entre 1969 e 1972, quando foi nomeado procurador da república. Nesses quatro anos, chegou à procurador-chefe da Procuradoria Regional da República do Rio Grande do Sul.

Em 1978, assumiu a direção do foro da Seção Judiciária do Rio Grande do Sul. Em 1980, atuou no Tribunal Regional Eleitoral daquele estado. É também professor licenciado da Faculdade de Direito da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre.

Integrou o Tribunal Superior Eleitoral, de 2005, como substituto, a 2008, já como efetivo, período em que assumiu a Corregedoria-Geral da Justiça Eleitoral, comandando a preparação das eleições municipais de 2008. O então presidente do TSE, ministro Carlos Ayres Britto, afirmou sobre Pargendler: “Era para todos nós uma âncora cognitiva, com domínio incomum de toda a legislação eleitoral”.

No CJF, foi coordenador-geral da Justiça Federal, no período de agosto de 2003 a junho de 2005. Nesse papel, coordenou grupo de estudos sobre precatórios, do qual resultou a implantação de um sistema que agilizou os pagamentos de precatórios e RPVs (requisições de pequeno valor) provenientes de decisões judiciárias de todo o Brasil. Também iniciou a unificação das tabelas processuais da Justiça Federal para padronizar a busca de informações, projeto depois adotado em todo o Judiciário por meio do Conselho Nacional de Justiça. Pargendler iniciou ainda a implantação da Autoridade Certificadora do Judiciário (AC-Jus), que confere autenticidade a documentos eletrônicos editados pelo Poder, e criou o Sistema Nacional de Estatísticas da Justiça Federal.

Ainda nesse período, Pargendler foi admitido em março de 2005 pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Ordem do Mérito Militar no grau de Comendador especial.[1]

Foi acusado de ofender e humilhar o estagiário do STJ, Marco Paulo dos Santos, em outubro de 2010. Supostamente, quando dentro de uma agência bancária no STJ, o ministro teria se irritado com a proximidade do estagiário, que estava atrás dele na fila do caixa automático, e avançado contra o mesmo gritando: “Sou Ari Pargendler, presidente do STJ, e você está demitido, está fora daqui!” — tendo sido o estagiário logo após dispensado.[2]

O processo foi arquivado a pedido do então procurador-geral da República, Roberto Gurgel, pelo ministro Celso de Mello.[3]

Referências

  1. a b BRASIL, Decreto de 22 de março de 2005.
  2. «Ministro do STJ diz que só falará nos autos sobre suposto assédio moral». G1. Brasília. 25 de outubro de 2010. Consultado em 3 de novembro de 2021 
  3. STF, STF (18 de novembro de 2013). «Petição 4.848 DF» (PDF). Supremo Tribunal Federal. Consultado em 10 de dezembro de 2019