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Australopithecus: diferenças entre revisões

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Os '''australopitecos''' (''Australopithecus'') ([[Latim]] ''australis'' "do sul", [[Língua grega|Grego]] ''pithekos'' "macaco") constituem um [[gênero (biologia)|género]] de diversos [[hominídeo]]s [[extinção|extintos]], bastante próximos aos do género ''[[Homo]]''. O ''A. africanus'', primeiro descrito por [[Raymond Dart]], com base no "[[Criança de Taung|crânio Infantil de Taung]]", datado em 2,5 a 2,9 milhões de anos, foi considerado durante muito tempo o [[ancestral]] direto do género ''Homo'' (em especial da espécie ''[[Homo erectus]]''). Atualmente conhecem-se sete espécies de ''Australopithecus'': ''anamensis'', ''africanus'', ''bahrelghazali'', ''afarensis'', ''aethiopicus'', ''robustus'' e ''boisei, ''dentre eles, o ''A. afarensis'' e o ''A. africanus'' são os mais famosos. Repartem--se geograficamente pela parte oriental da África subsariana, do Norte da Etiópia à África do Sul, e em menor número no Chade.Ocuparam um período temporal que se estendeu decerca de quatro milhões de anos a um pouco mais de um milhão de anos.
{{sem notas|data=abril de 2012| angola=| arte=| Brasil=| ciência=| geografia=| música=| Portugal=| sociedade=|1=Este artigo ou secção|2=|3=|4=|5=|6=}}
{{Título em itálico}}
{{Info/Taxonomia
| nome = ''Australopithecus''
| cor =lightgrey
| imagem =A.afarensis.jpg
| imagem_legenda = Uma Australopithecus fêmea representada numa escultura.
| domínio = [[Eukaryota]]
| reino = [[Animalia]]
| filo = [[Chordata]]
| subfilo = [[Vertebrata]]
| infrafilo = [[Gnathostomata]]
| superclasse = [[Tetrapoda]]
| classe = [[Mammalia]]
| subclasse = [[Theria]]
| infraclasse = [[Placentalia]]
| superordem = [[Euarchontoglires]]
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| infraordem = [[Simiiformes]]
| parvordem = [[Catarrhini]]
| superfamília = [[Hominoidea]]
| família = [[Hominidae]]
| subfamília = [[Homininae]]
| gênero = '''''Australopithecus'''''
| subdivisão_nome = Espécies
| subdivisão =
''[[Australopithecus afarensis|A. afarensis]]''<br />
''[[Australopithecus africanus|A. africanus]]''<br />
''[[Australopithecus anamensis|A. anamensis]]''<br />
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''[[Australopithecus sediba|A. sediba]]''<br />
'''''Antigos Australopithecus,'''''<br />
'''''agora [[Paranthropus]]'''''<br />
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''[[Paranthropus boisei]]''
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Os '''australopitecos''' (''Australopithecus'') ([[Latim]] ''australis'' "do sul", [[Língua grega|Grego]] ''pithekos'' "macaco") constituem um [[gênero (biologia)|género]] de diversos [[hominídeo]]s [[extinção|extintos]], bastante próximos aos do género ''[[Homo]]'' e, dentre eles, o ''A. afarensis'' e o ''A. africanus'' são os mais famosos. O ''A. africanus'', primeiro descrito por [[Raymond Dart]], com base no "[[Criança de Taung|crânio Infantil de Taung]]", datado em 2,5 a 2,9 milhões de anos, foi considerado durante muito tempo o [[ancestral]] direto do género ''Homo'' (em especial da espécie ''[[Homo erectus]]'').


As descobertas recentes de outros [[fóssil|fósseis]] de hominídeos, mais antigos que o ''A. africanus'' e que, contudo, parecem pertencer ao género ''Homo'', colocaram em dúvida aquela teoria: ou o género ''Homo'' se separou do ''Australopithecus'' anteriormente do que se pensava (o ancestral comum mais antigo que se conhece pode ser o ''A. afarensis'' ou outro ainda mais antigo), ou então ambos se desenvolveram independentemente a partir dum outro ancestral comum, ainda desconhecido.
Porém as descobertas recentes de outros [[fóssil|fósseis]] de hominídeos, mais antigos que o ''A. africanus'' e que parecem pertencer ao género ''Homo'', colocaram em dúvida aquela teoria: ou o género ''Homo'' se separou do ''Australopithecus'' antes do que imaginavamos , ou então ambos se desenvolveram independentemente a partir de um outro ancestral comum, ainda desconhecido.


Os australopitecíneos parecem ter aparecido há cerca de 3,9 milhões de anos. Os [[cérebro]]s da maior parte das espécies de ''Australopithecus'' conhecidas eram sensivelmente 35 % menores que o do [[Homo sapiens]] e os próprios animais tinham pequeno tamanho, geralmente não mais de 1,2 m de altura. O nome significa “macaco austral”.
Os australopitecíneos parecem ter aparecido há cerca de 3,9 milhões de anos, e como características gerais além dos [[cérebro]]s da maior parte das espécies de ''Australopithecus'' conhecidas serem 35 % menores que o do [[Homo sapiens]], sabe-se que este era  bípede; possuia tamanho pequeno, chegando a medir em geral 1/1,5 m no máximo; possuia também um cérebro mais volumoso (385 a 400 cm3); tinha cavidade cerebral pouco elevada, muito estreita na região frontal, com um occipital anguloso; face muito saliente e maciça, proveniente da robustez das mandíbulas, maxilares earcadas zygomáticas; pré-molares e molares provavelmente muito volumosos os próprios animais tinham pequeno tamanho, geralmente não passavam de 1,2 m de altura.


O registro fóssil parece indicar que o género ''Australopithecus'' é o ancestral comum do grupo de hominídeos distintos reconhecidos nos géneros ''[[Paranthropus]]'' e ''Homo''. Ambos géneros eram formados por seres mais avançados no seu comportamento e hábitos que os ''Australopithecus'', que eram praticamente tão [[bípede]]s como os [[chimpanzé]]s. Contudo, apenas os representantes do género ''Homo'' viriam a desenvolver a [[linguagem]] e a aprender a controlar o [[fogo]].
O registro fóssil parece indicar que o género ''Australopithecus'' é o ancestral comum do grupo de hominídeos distintos reconhecidos nos géneros ''[[Paranthropus]]'' e ''Homo''. Ambos géneros eram formados por seres mais avançados no seu comportamento e hábitos que os ''Australopithecus'', que eram praticamente tão [[bípede]]s como os [[chimpanzé]]s. Contudo, apenas os representantes do género ''Homo'' viriam a desenvolver a [[linguagem]] e a aprender a controlar o [[fogo]].
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Entretanto, ''Australopithecus garhi'' parece ter sido o mais avançado nesta linha, uma vez que os seus fósseis têm sido encontrados juntamente com instrumentos e restos de animais retalhados, o que sugere que esta espécie teria iniciado uma industria primitiva de fabrico de instrumentos. Isto leva muitos cientistas a supor que ''A. garhi'' é o ancestral mais próximo do género ''Homo''.
Entretanto, ''Australopithecus garhi'' parece ter sido o mais avançado nesta linha, uma vez que os seus fósseis têm sido encontrados juntamente com instrumentos e restos de animais retalhados, o que sugere que esta espécie teria iniciado uma industria primitiva de fabrico de instrumentos. Isto leva muitos cientistas a supor que ''A. garhi'' é o ancestral mais próximo do género ''Homo''.

<ref>''Australopithecus''<span style="color: rgb(64, 69, 75); font-family: Verdana; font-size: 10px; font-weight: bold; line-height: 18px; text-align: justify;">. In </span>'''Infopédia'''<span style="color: rgb(64, 69, 75); font-family: Verdana; font-size: 10px; font-weight: bold; line-height: 18px; text-align: justify;"> [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2014. [Consult. 2014-02-07].</span><br>
<span style="color: rgb(64, 69, 75); font-family: Verdana; font-size: 10px; font-weight: bold; line-height: 18px; text-align: justify;">Disponível na www: <URL: http://www.infopedia.pt/$australopithecus>.</span></ref>


== {{Ver também}} ==
== {{Ver também}} ==

Revisão das 21h04min de 7 de fevereiro de 2014

Os australopitecos (Australopithecus) (Latim australis "do sul", Grego pithekos "macaco") constituem um género de diversos hominídeos extintos, bastante próximos aos do género Homo. O A. africanus, primeiro descrito por Raymond Dart, com base no "crânio Infantil de Taung", datado em 2,5 a 2,9 milhões de anos, foi considerado durante muito tempo o ancestral direto do género Homo (em especial da espécie Homo erectus). Atualmente conhecem-se sete espécies de Australopithecusanamensisafricanusbahrelghazaliafarensisaethiopicusrobustus e boisei, dentre eles, o A. afarensis e o A. africanus são os mais famosos. Repartem--se geograficamente pela parte oriental da África subsariana, do Norte da Etiópia à África do Sul, e em menor número no Chade.Ocuparam um período temporal que se estendeu decerca de quatro milhões de anos a um pouco mais de um milhão de anos.

Porém as descobertas recentes de outros fósseis de hominídeos, mais antigos que o A. africanus e que parecem pertencer ao género Homo, colocaram em dúvida aquela teoria: ou o género Homo se separou do Australopithecus antes do que imaginavamos , ou então ambos se desenvolveram independentemente a partir de um outro ancestral comum, ainda desconhecido.

Os australopitecíneos parecem ter aparecido há cerca de 3,9 milhões de anos, e como características gerais além dos cérebros da maior parte das espécies de Australopithecus conhecidas serem 35 % menores que o do Homo sapiens, sabe-se que este era  bípede; possuia tamanho pequeno, chegando a medir em geral 1/1,5 m no máximo; possuia também um cérebro mais volumoso (385 a 400 cm3); tinha cavidade cerebral pouco elevada, muito estreita na região frontal, com um occipital anguloso; face muito saliente e maciça, proveniente da robustez das mandíbulas, maxilares earcadas zygomáticas; pré-molares e molares provavelmente muito volumosos os próprios animais tinham pequeno tamanho, geralmente não passavam de 1,2 m de altura.

O registro fóssil parece indicar que o género Australopithecus é o ancestral comum do grupo de hominídeos distintos reconhecidos nos géneros Paranthropus e Homo. Ambos géneros eram formados por seres mais avançados no seu comportamento e hábitos que os Australopithecus, que eram praticamente tão bípedes como os chimpanzés. Contudo, apenas os representantes do género Homo viriam a desenvolver a linguagem e a aprender a controlar o fogo.

Apesar de haver diferenças de opinião a respeito das espécies aethiopicus, boisei e robustus deverem ser incluídas no género Australopithecus, o consenso actual na comunidade científica é de que eles devem ser colocados no género Paranthropus, que se pensa ter-se desenvolvido a partir do ancestral Australopithecus. Paranthropus, que é mais maciço e robusto e também morfologicamente diferente dos Australopithecus, com a sua fisiologia especializada, deve ter tido um comportamento bastante diferente do seu ancestral.

Locais onde foram descobertos fósseis de Australopithecus.

A existência do Australopithecus desmente a teoria de que a inteligência humana se desenvolveu primeiro e o bipedalismo depois, uma vez estas espécies tinham um crânio não significativamente maior que o de um chimpanzé actual e, no entanto, eram definitivamente bípedes, o que sugere que foi o bipedalismo que tornou possível a inteligência humana e não o contrário.

Pensa-se ainda que a maior parte das espécies de Australopithecus não era melhor adaptada ao uso de instrumentos que os actuais símios.

Entretanto, Australopithecus garhi parece ter sido o mais avançado nesta linha, uma vez que os seus fósseis têm sido encontrados juntamente com instrumentos e restos de animais retalhados, o que sugere que esta espécie teria iniciado uma industria primitiva de fabrico de instrumentos. Isto leva muitos cientistas a supor que A. garhi é o ancestral mais próximo do género Homo.

[1]

Ver também

Ligações externas

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  1. Australopithecus. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2014. [Consult. 2014-02-07].
    Disponível na www: <URL: http://www.infopedia.pt/$australopithecus>.