Coro Lírico Municipal de São Paulo

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O Coro Lírico Municipal de São Paulo, muitas vezes chamado de Coral Lírico do Theatro Municipal, é um coro existente na cidade de São Paulo é um dos corpos artísticos do Theatro Municipal de São Paulo.[1]

Atualmente sob regência de Mário Zaccaro, o grupo é formado por 88 cantores de sólida formação musical e que regularmente se apresentam como solistas nos principais teatros do país. Atua na programação lírica do Theatro Municipal principalmente junto com a Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo e com solistas convidados. Dependendo da ópera ou do concerto, atuam também junto com o coro o Balé da Cidade de São Paulo, o Coral Paulistano Mário de Andrade e a Orquestra Experimental de Repertório.[2][3]

História[editar | editar código-fonte]

Até o início do século XX, as óperas que eram encenadas no Theatro Municipal de São Paulo eram produções completamente estrangeiras, pois o teatro não contava com coros e instrumentistas próprios. Com o objetivo de atuar nas montagens operísticas das temporadas do Theatro Municipal, o coro foi fundado em 1939 e estreou no dia 13 de junho com a ópera Turandot. Seu primeiro diretor o regente Fidélio Finzi.[1]

Sisto Mechetti assumiu o cargo de regente titular do grupo em 1947, porém o coro só foi oficializado em 1951. Desde então já foi dirigido por importantes maestros como Tullio Serafin, Olivero De Fabritis, Eleazar de Carvalho, Armando Belardi, Francisco Mignone, Heitor Villa-Lobos, Roberto Schnorrenberg, Marcello Mechetti, Fabio Mechetti, Mário Zaccaro e Bruno Greco Facio.

Durante sua trajetória o grupo recebeu os prêmios de Melhor Conjunto Coral de 1996, pela Associação Paulista de Críticos de Arte, e o Prêmio Carlos Gomes de 1997 na categoria Ópera. Ambas as premiações ocorreram quando Mário Zaccaro estava à frente do grupo.[1][4]

Em 2013 o maestro John Neschling, então diretor artístico do Theatro Municipal, chegou a propor a fusão do Coral Lírico com o Coral Paulistano, outro corpo artístico do teatro dedicado a interpretar principalmente o repertório erudito brasileiro.[5][6] A proposta visava direcionar o teatro para as apresentações de ópera, porém gerou repercussão negativa e o projeto de fusão dos grupos não foi adiante. Após o episódio, o Coral Paulistano foi rebatizado e passou a se chamar-se Coral Paulistano Mário de Andrade.[7][8]

Também em 2013 o maestro Mário Zaccaro, após quase duas décadas de trabalhos à frente do coral, foi afastado do cargo de regente titular e Bruno Greco Facio assumiu a direção do grupo.[9] Em janeiro de 2017 Zaccaro reassumiu sua função e atualmente segue como regente titular do coro.[10]

Referências

  1. a b c «Coro Lírico Municipal de São Paulo - História». Theatro Municipal de São Paulo. Consultado em 6 de fevereiro de 2016 
  2. «Coro Lírico e Orquestra Sinfônica se apresentam no Terminal Capelinha». G1 São Paulo. 2 de setembro de 2015. Consultado em 6 de fevereiro de 2016 
  3. Kunze, Nelson (22 de fevereiro de 2017). «Em clima de festa, Theatro Municipal de São Paulo abre ano com bom concerto». Revista Concerto. Consultado em 5 de março de 2017 
  4. «"ELEKTRA" EM SÃO PAULO». movimento.com. 1 de outubro de 2016. Consultado em 22 de janeiro de 2017 
  5. Fioratti, Gustavo (24 de setembro de 2013). «Neschling funde os corais Lírico e Paulistano, do Theatro Municipal». Folha de S.Paulo. Consultado em 6 de fevereiro de 2016 
  6. Kunze, Nelson (4 de outubro de 2013). «Mário de Andrade e o fim do Coral Paulistano». Revista Concerto. Consultado em 6 de fevereiro de 2016 
  7. Cirley, Ribeiro (2 de dezembro de 2013). «Conselho decide manter Coral Paulistano na Fundação Theatro Municipal». Culturafm. Consultado em 22 de janeiro de 2017 
  8. «Conselho Deliberativo do Theatro Municipal de São Paulo decide por mudanças no Coral Paulistano». Revista Concerto. 3 de dezembro de 2013. Consultado em 22 de janeiro de 2017 
  9. «Theatro Municipal afasta Mário Zaccaro da direção do Coral Lírico». Revista Concerto. 8 de dezembro de 2013. Consultado em 5 de março de 2017 
  10. Fioratti, Gustavo (17 de janeiro de 2017). «Afastados na gestão de John Neschling, regentes voltam ao Municipal de SP». Folha de S.Paulo. Consultado em 22 de janeiro de 2017 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]