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Coxinha

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 Nota: Para o termo pejorativo contra pessoas conservadoras, veja Coxinha (alcunha).
Coxinha
Coxinha
Coxinha com recheio de frango cortada
Categoria Salgado
País Brasil
Região São Paulo
Ingrediente(s)
principal(is)
Frango, caldo, farinha, às vezes batatas e requeijão
Receitas: Coxinha   Multimédia: Coxinha

A coxinha é um salgado brasileiro, de origem paulista,[1][2] feito com massa de farinha de trigo e caldo de galinha, que envolve um recheio elaborado com carne temperada de frango, queijo, calabresa ou vários outros tipos de sabores.[3]

Feita com massa de batata, a coxinha é tradicionalmente recheada com carne de frango cozida e desfiada, podendo ter a opção de também ser recheada com requeijão cremoso, tal qual o catupiry, junto ao frango. Modelada em forma de gota, para lembrar a coxa de galinha, a coxinha é enfarinhada com farinha de rosca e frita em óleo quente.[3] A coxinha de frango é servida em lanchonetes, casas de café, lojas especializadas em salgadinhos, padarias e pastelarias. Em formatos pequenos, são servidas em festas e buffets. Atualmente existem à venda, em supermercados e padarias, diversas marcas de coxinhas semiprontas congeladas.

A coxinha, tal qual em sua forma atual, tem sua origem no século XIX, na região da Grande São Paulo, no estado de São Paulo. Segundo historiadores[4][5] da alimentação, a coxinha foi desenvolvida durante a industrialização de São Paulo, para ser comercializada como um substituto mais barato e mais durável às tradicionais coxas de galinha que eram vendidas nas portas de fábricas.[6] De São Paulo, a receita rapidamente se espalhou pelo restante do estado e logo do Brasil, já sendo popular no Rio de Janeiro e no Paraná na década de 1950, surgindo as primeiras alterações.[4][7]

Algumas versões narram que a origem da coxinha se deu na cidade de Limeira, mais especificamente na Fazenda Morro Azul, feita pela primeira vez ao filho da princesa Isabel. De acordo com essa versão, o menino só comia coxas de frango e como não havia o suficiente em um determinado dia, a responsável pelas refeições inventou o salgado crocante. Com a crescente popularidade dessa história, a prefeitura de Limeira por meio da Secretaria de Cultura, criou a Festa da Coxinha, com diversas receitas do quitute e várias atrações artísticas. No ano de 2022, a festa teve a presença de mais de 50 mil pessoas nos quatro dias de evento, com o total de 256.802 coxinhas vendidas. Em 2023, a 3ª Festa da Coxinha acontece nos dias 14, 15, 16 e 17 de setembro, no Parque Cidade.[8]

Referências

  1. CASCUDO, L. da C. (Org.) Antologia da alimentação no Brasil. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 1977. 254 p. (Raízes do Brasil)
  2. SANTOS, L. S. A. Culinária através dos tempos. O Cruzeiro, nº 65, p. 55-61, 23 dez. 1967
  3. a b Coxinha de frango Arquivado em 10 de fevereiro de 2009, no Wayback Machine.. Manequim. Acesso em 24 de julho de 2010
  4. a b CASCUDO, L. da C. (Org.). Antologia da alimentação no Brasil. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 1977. 254 p. (Raízes do Brasil).
  5. SANTOS, L. S. A. Culinária através dos tempos. O Cruzeiro, nº 65, p. 55-61, 23 dez. 1967.
  6. CASCUDO, L. da C. História da alimentação no Brasil. Belo Horizonte: Itatiaia, 1983.
  7. «A História da Coxinha, a rainha do boteco.». Revista Casa e Jaridm. Março de 2016. Consultado em 11 de abril de 2021 
  8. «Protagonista da festa mais popular da contemporaneidade limeirense, coxinha é a 31ª comida de rua predileta do mundo». Prefeitura de Limeira. 17 de março de 2023. Consultado em 3 de abril de 2023 
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